31 de julho de 2014

Já lá vão 10 anos

 

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O tempo passa a voar. Parece que não mas passam já 10 anos sobre a data em que eu juntamente com o Carlos Santos e o Vasco Monteiro ( o quarto elemento eleito não assumiu),  ainda com a Nilza Silva e a Mónica Santos, na qualidade de elementos da Comissão de Festas organizamos a Festa do Viso. Foi no ano de 2004, quando o país ainda vivia o rescaldo do Europeu de Futebol realizado nesse ano em Portugal e digeria a reles derrota encaixada na final com a Grécia (...e o burro sou eu?).


Sou suspeito para esta apreciação, mas sem falsa modéstia, creio que realizamos uma excelente festa. Desde logo, trouxemos duas bandas de música, a Sociedade Musical Vouzelense - Vouzela e  a Filarmónica da Boa Vontade Lorvanense - Lorvão - Penacova, o que já não acontecia há varias dezenas de anos.

Na Sexta-Feira, numa noite de karaoke, a Comissão de Festas ofereceu uma sardinhada a quem quis e aproveitou. No Sábado, para além do conjunto típico "Saias Amarelas" e o Grupo de Danças e Cantares das Margens do Rio Uíma, ainda passou por cá o Grupo Folclórico da Casa do Povo de Rosais - Velas - Açores.


No Domingo à noite houve bom folclore com três excelentes ranchos, dois deles do Alto Minho, o Rancho Regional das Lavradeiras de Carreço - Viana do Castelo e o Grupo Folclórico de S.ta Marta de Serdedelo - Ponte de Lima, e ainda um bom rancho da nossa região, o Grupo Folclórico de S. Miguel de Azagães - Carregosa - Oliveira de Azeméis.


Para a noite de Segunda-Feira contratamos o popular artista José Cid, acompanhado ao vivo pela sua banda, incluindo o seu eterno amigo Mike Sargent. Antes dele, passou pelo palco o carismático artista Paulo Bragança que deslumbrou com a sua voz e a sua característica maneira de cantar o fado.

Para além do programa, houve algumas inovações que passaram a ser regra, nomeadamente a instalação de um palco gigante, abandonando-se o acanhado coreto e foi necessária a contratação de um gerador para assegurar a potência eléctrica exigida por José Cid.


Para além de enfeitar os andores de Nossa Senhora da Boa Fortuna e Santo António, a Comissão de Festas ainda contribuiu com verba para enfeitar outros andores de modo a participarem no número de 14.

O fogo de artifício foi muito melhorado em qualidade e quantidade em relação a anos anteriores. Para além disso, o cartaz oficial foi elaborado pela própria Comissão de Festas e toda a programação musical foi feita pessoalmente, sem recurso a agente artístico. O habitual Sr. Lopes da Agência Musitoque ficou de fora e com ele a Simara (que já havia passado uns anos antes pela nossa festa), os primos e cunhados da Ágata que nos queria propor.
Em termos de orçamento, foi batido o recorde e no final ainda foi entregue à Comissão Fabriqueira um chorudo cheque com o saldo positivo, de 2000 euros com o objectivo de serem aplicados na capela do Viso em situações que se mostrassem necessárias (recorde-se que nessa altura a capela tinha tido obras de requalificação).


Pode-se pensar que nessa altura as coisas eram mais fáceis e não havia a crise que vivemos hoje, mas já houve muitas dificuldades na angariação das receitas de publicidade, com muitas recusas e cortes. Acima de tudo foi preciso muita dedicação e muita canseira ao longo de um ano. Paralelamente a maioria dos guisandenses, reconhecendo a qualidade da festa, contribuíu de forma proporcional pelo que no final, feitas as contas, o dinheiro chegou e sobrou.

 

- Américo Almeida