1 de junho de 2017

Residência paroquial de Guisande


Residência paroquial de Guisande. Edificada em 1907. Foi edificada com dinheiros angariados por um grupo de guisandenses, encabeçados pelo cónego Dr. António Ferreira Pinto. Nela passou a habitar o Padre Abel Alves de Pinho, natural de Fiães, logo após a sua posse como pároco de Guisande. Posteriormente, num processo confuso e algo misterioso, que por aqui falaremos noutra altura, foi adquirida pelo referido pároco e depois vendida por este em 1923 ao padre Joaquim Esteves Loureiro (testa de ferro da Diocese?) com a prerrogativa de  passar a ser a residência dos párocos da freguesia. Só mais tarde, pela década de 1940, já no tempo do Pe. Francisco Gomes de Oliveira, é que foi passada a propriedade para o Benefício Paroquial.

Ao longo dos tempos foi sofrendo obras de conservação, mas mantendo-se fiel à sua traça original, com excepção da casa de banho construída pelo Padre Francisco de Oliveira no canto da fachada norte/nascente. 
Já depois do falecimento do Padre Francisco de Oliveira em 1998, foram realizadas algumas obras nomeadamente com a substituição das caixilharias exteriores, substituindo-se a madeira pelo alumínio. O sistema original de janela de guilhotina (abertura vertical) foi substituído por janelas de abrir com bandeira fixa na parte superior.



 (residência em fotografia de 1956)

O seu estado de conservação geral é razoável, sobretudo ao nível exterior, sendo que para ser plenamente utilizada como habitação, no interior está a carecer de obras, nomeadamente com a substituição do pavimento do Andar e do respectivo tecto, os quais sendo em madeira estão naturalmente deteriorados. Tal obra ao nível interior obrigará naturalmente à reformulação de paredes e infra-estruturas.
O piso térreo, está conforme o original, com dependências destinadas a arrumos, praticamente sem qualquer nível de acabamento.
Desde o falecimento do Padre Francisco de Oliveira em 1998 o edifício deixou de ter função de residência, passando a funcionar como espaço de apoio às actividades da igreja e da Comissão Fabriqueira.
Quaisquer obras que se venham a realizar no futuro obviamente que serão sempre custosas, dependendo obviamente da profundidade das mesmas. Importante será, todavia, que pelo menos se vá assegurando a sua conservação básica já que é um edifício património da paróquia e com toda a carga histórica e sentimental inerente.