8 de outubro de 2017

Nem sempre o que parece é

Parece que foi ontem, mas passam já oito dias sobre o último Domingo eleitoral. Em todo o país foram milhares de elementos, homens e mulheres, que nas diferentes secções e mesas de voto asseguraram o serviço e respectivo funcionamento. Sem dúvida uma papel importante, louvável até, mas não voluntário, mas sim pago. É certo que já foi bem melhor pago mas por ora ainda rende uma notinha de 50 euros e 55 cêntimos e ainda o direito de folgar no dia seguinte no trabalho sem perda de direitos. Nada mau.

Nunca o faria apenas por dinheiro, é certo, mas no entanto, como representante da Junta e para assegurar a abertura e fecho dos locais de voto aqui em Guisande, bem como assegurar o serviço de apoio aos eleitores, certo é que, ao contrário dos elementos das mesas de voto que foram mais cedo para casa, com excepção dos presidentes de mesa, estive entre as 07:00 horas da manhã até quase às 22:00 horas, altura em que, tardiamente, passou o piquete da GNR para efectuar o levantamento dos votos e entregar os mesmos na Câmara Municipal. Fechei e saí da Junta já passava das 22:00 horas.

Pelo meio, um escasso tempo para um almoço apressado. Em suma, um bonito Domingo, a pedir festa ou passeio e preso ali entre as quatro paredes de um gabinete. Apesar disso, e porventura poucos o sabem, sem ganhar um cêntimo sequer por esse serviço de 15 horas. Pelo contrário, e com todo o gosto, tal como nos dois últimos actos eleitorais (legislativas e presidenciais) saiu do meu bolso o custo com a despesa do tradicional lanche para os elementos das mesas de votos e delegados dos diferentes partidos, incluindo uns franguinhos de churrasco assados na melhor churrasqueira do mundo e arredores, a Churrascaria da Serra, em  Estôse.
As coisas são como são, nem mais nem menos, mas fica aqui esta nota, não como lamento, mas para que pelo menos não se pense, erradamente, que recebem todos pela medida grande. O seu a seu dono.