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23 de setembro de 2023

Centro de Interpretação do Românico


Num belo Sábado de princípio de Outono, uma visita ao Centro de Interpretação do Românico em Lousada. De autoria dos arquitectos Henrique Marques e Rui Dinis, pretende ser a definição de um conceito baseado nas “características do românico da região”: “a unidade dentro da diversidade”. Segundo os autores "...foi concebido com o intuito de remeter as pessoas, “ainda que de forma contemporânea, para as sensações que têm ao entrar dentro de uma das igrejas do românico,  pela escala, geometria dos espaços e da planta, altura, conseguindo-se assim transmitir a diversidade e representatividade de tudo o que a rota do românico oferece.

Para além da visita ao centro, ainda nela a decorrer uma exposição de aguarelas da autoria de António M. Silva, com uma mostra constituída por 58 trabalhos, um por cada monumento da atual Rota do Românico.

Concebida em duas fases (2006 e 2012/13), esta exposição temática tem vindo a percorrer, desde então, todo o território abrangido pela Rota do Românico, nos vales do Sousa, Douro e Tâmega.

António M. Silva nasceu em 1960 na freguesia de Arcozelo, no concelho de Vila Nova de Gaia. Desde jovem trabalhou em artes gráficas, como desenhador, tendo frequentado a Escola Artística de Soares dos Reis. Tem-se dedicado maioritariamente à pintura, com notada preferência pela aguarela.





























10 de fevereiro de 2023

A poesia

A poesia é uma importante forma de arte que desde há séculos tem sido valorizada em diferentes sociedades e culturas, sendo uma das formas mais antigas de escrita. Ela é essencialmente caracterizada por sua musicalidade, ritmo, e uso de recursos linguísticos específicos, como a metáfora, a personificação, e a assonância, para criar efeitos emocionais e artísticos.

A poesia pode ser usada para explorar uma ampla variedade de temas, desde aspectos da nossa personalidade até questões de carácter social, religioso, político, etc. Ela também pode ser usada como uma forma de autoexpressão, sendo  frequentemente usada para processar e compreender as emoções e as circunstâncias da vida.

Além disso, a poesia é conhecida por sua capacidade de evocar imagens poderosas e emocionantes na mente do leitor, e por sua capacidade de transmitir mensagens profundas e universais. A poesia pode ser encontrada em muitas culturas e tradições ao redor do mundo, e é apreciada por pessoas de todas as idades e origens.

Podemos concluir que a poesia é uma forma de arte rica e versátil, que tem o poder de inspirar, comover, e transformar.

22 de fevereiro de 2022

Ver o cu à Capicua


Na data de hoje, 22 de Fevereiro de 2022, temos uma capicua, ou seja, 22222, ou mesmo 22022022.

Relembre-se que capicuas são conjuntos de algarismos que se leem da mesma forma, quer da esquerda para a direita, quer da direita para a esquerda. 

Esta particularidade é rara e só voltará a acontecer em 21 de Dezembro de 2112, ou seja, 21122112. Ainda neste século XXI aconteceu também em 20 de Fevereiro do ano de 2002, ou seja, 20022002 ou 20220.

Quem tiver paciência e descoberto o elixir da eterna juventude também poderá esperar por ver acontecer a data de 2222222 ou 222222, ou seja, dois ou vinte e dois de Fevereiro do ano de dois mil e duzentos e vinte e dois. 

Mesmo neste mês de Fevereiro, algumas datas curiosas considerando os algarismos 0 e 2, como 02022022 e  20022022 e agora o tal 22022022 ou 2222.

8 de setembro de 2019

Concertando...








Concerto de Órgão de Tubos, por Rui Soares - Igreja Matriz de Santo André de Mosteirô - Santa Maria da Feira.

13 de agosto de 2019

Rádio Clube de Guisande - Chama intensa


Era uma vez um grupo de jovens, que algures pelo início dos anos 1980 criaram uma associação cultural e nela um jornal mensal entre outras múltiplas actividades. Bem, em rigor foi ao contrário; primeiro o jornal e depois a associação. Não foi em Lobão, Gião ou Louredo, mas em Guisande.

Poucos anos mais tarde, em meados dos anos 80, a febre das rádios locais, rádios livres ou piratas, como vulgarmente eram conhecidas, andava a atacar um pouco por todo o lado e os mesmos jovens, não de Lobão, Gião ou Louredo, mas de Guisande, decidiram criar uma rádio local. Estávamos em Agosto de 1985.

Vai daí, com o nome dado, Rádio Clube de Guisande, escolhido num dia de praia em Espinho, por Américo Almeida e Rui Giro, e com o indispensável apoio técnico do entusiasta da electrónica  António Pinheiro, e com a aderência de muitos outros jovens, em pouco tempo e após a melhoria gradual das condições técnicas, a jovem rádio chegava a muitas casas, não só na freguesia como nas freguesias vizinhas e até mais além, (depois de instalada uma antena - ela própria com uma estória) que ainda hoje resiste).

Certo é que, de acordo com o jornal "O Mês de Guisande", em Dezembro de 1986 a emissão já estava estruturada e com um vasto grupo de pessoas a dar corpo ao manifesto.
Assim: 

Domingo: Das 07:00 às 09:00 horas: "Bom Dia, Domingo", com Mário Costa e Marco Paulo Alves;
Das 09:00 às 12:30 horas: "Domini", com Américo Almeida;
Segunda-Feira a Sábado: Das 14:30 às 17:00 horas "Guisande à Tarde", com David Conceição (uma das figuras emblemáticas da RCG, na foto acima);
Segunda-Feira: Das 20:00 às 23:00 horas: Desporto e Música", com Américo Almeida, Rui Giro e Elísio Monteiro;
Terça-Feira: Das 20:00 às 23:00 horas: A Vez e a Voz", com David Conceição;
Quarta-Feira: Das 20:00 às 23:00 horas: "Rota Nocturna", com Alberto Jorge;
Quinta-Feira: Das 20:00 às 23:00 horas: A Vez e a Voz", com David Conceição;
Sexta-Feira: Das 20:00 às 24:00 horas: Espaço Jovem", com José Higino Almeida;
Sábado: Das 13:00 às 14:30 horas: Quiosque do Som", com Elísio Mota;
Das 17:00 às 18:00 horas: "Sábado Especial", com Mário Costa e Marco Paulo Alves;
Das 18:00 às 20:00 horas: "Tema Livre", com Mário Silva.

Um ano antes, em Novembro de 1985, a programação (com carácter experimental) da rádio publicada no jornal "O Mês de Guisande", com a curiosidade do primeiro logotipo:



Um pouco mais tarde, era imperioso meter ordem na casa e o Governo lá arranjou um processo de candidaturas e atribuição de frequências. Mesmo que candidatando-se com um grupo de outras boas rádios do concelho (Rádio Clbe de Guisande, Rádio de Lourosa, Rádio Santa Maria e Rádio Independente da Feira), num projecto comum designado de "RTF - Rádio Terras da Feira", as duas licenças previstas para o concelho da Feira foram atribuídas à Rádio Clube da Feira (frequência 104.90) e (com enorme surpresa) à Rádio Águia Azul (frequência 87.60 ), em 21 de Abril de 1989.

Poucos dias antes, à margem da apresentação do Programa  de Apoio às Associações Juvenis, que decorreu em Viseu, em 15 de Abril de 1989, o director do jornal "O Mês de Guisande" e da Rádio Clube de Guisande", Rui Giro, ainda teve a oportunidade de falar pessoalmente com o então Ministro da Juventude, Couto dos Santos, mas apesar das palavras de estímulo e esperança deste, tal acabou por ser inconsequente e de nada valeu o esforço.

Depois ainda subsistiu a esperança de atribuição de uma terceira frequência ao concelho numa segunda-fase, mas tal não veio a suceder.  De resto alguém no concelho, se esforçou para que não fosse atribuída uma terceira frequência.

Este foi um processo polémico em que logo se percebeu que quem melhor mexeu os cordelinhos das influências políticas recebeu a prenda.  Deu-se primazia à rádio de uma única pessoa em detrimento de uma rádio que englobava um grupo alargado de pessoas e freguesias.

É claro que depois alguém andou durante anos a fazer as devidas vénias a quem fez por isso. Coisas da política. Mas, já passaram 30 anos e alguns dos então intervenientes já por cá não andam. Coisas passadas que já não movem moinhos, nem de água nem de vento. Apenas as memórias baloiçam na brisa do tempo.

De lá para cá as referidas rádios deram muitas voltas, piruetas e cambalhotas, mas mesmo que longe dos pressupostos iniciais, lá continuam, umas vezes na onda de cima, outras na de baixo.

Pela nossa parte e de quem ficou de fora nessa época, foi pena, mas temos que admitir que era necessária ordem numa anarquia que se instalou, embora salutar. 

Certo é que enquanto durou, a "Rádio Clube de Guisande" tornou-se numa referência de cultura e convívio para muitos jovens na nossa freguesia. As memórias e saudades são, naturalmente, muitas.
De facto aqueles jovens na década de 80 não tinham internet, nem facebook, nem smartphones, e poucos tinham carro, ou, se sim, apenas chaços, mas tinham uma chama intensa e um forte espírito de grupo e partilha.

Hoje em dia, apesar dos meios tecnológicos e fácil acesso a plataformas de comunicação, incluindo de rádio e tv, não se vêem grandes projectos, sobretudo os ligados à cultura e identidade das aldeias, mas fundamentalmente boçalidades e egocentrismos. Mas há que respeitar. Afinal são novos os tempos e os sinais deles. Nem tudo mal, mas nem tudo bem.


2 de novembro de 2018

Biblioteca Abade de Pigeiros


Como a casamentos e a baptizados vão os convidados..., apenas hoje tive a oportunidade de visitar a Biblioteca Pe. Domingos A. Moreira - Abade de Pigeiros. Foi uma visita guiada pela simpática responsável, Maria de Fátima, precisamente a sobrinha do Pe. Domingos, que demonstrou conhecimento e sobretudo amor e paixão pelo rico legado deixado por seu tio. Desde os simples mas emblemáticos objectos de uso pessoal e que demonstram o sentido arquivista do sacerdote e professor, até às obras mais significativas, passando pelos manuscritos, há de facto um imenso e importante espólio, naturalmente na sua maior parte a precisar de catalogação. 

Por conseguinte, não me surpreendeu que não tivesse resposta a algumas questões ou eventuais referências documentais deixadas pelo Pe. Domingos relativamente a Guisande onde foi administrador paroquial durante uma dezena de anos para além da frequente colaboração com o Pe. Francisco. Talvez noutra altura. Mas, registei, com emoção, o facto de também ter guardado um exemplar do jornal "O Mês de Guisande", precisamente o número especial sobre a celebração das Bodas de Ouro Sacerdotais do Pe. Francisco G. Oliveira, de Agosto de 1989.

Quanto ao espaço, tem a suficiente dignidade,  mas obviamente muito longe do que seria expectável e condizente. O pé-direito é baixo e o espaço livre nas diferentes salas é exíguo e nada compatível com o que se espera de uma moderna biblioteca com amplos e iluminados espaços para além dos requisitos técnicos de controlo de temperatura e ambiente. A este respeito colhi o sentir da responsável  mas obviamente que não interessa ao caso aqui o reproduzir.

Em todo o caso, é uma biblioteca rica e diversificada, obviamente que predominando as temáticas de interesse do Pe. Domingos A. Moreira, mas também com conteúdos mais generalistas e que podem colher a atenção de visitantes ou utilizadores menos estudiosos. No entanto, a interesse de todos e do próprio espaço convém que tenha a devida dinamização de modo a que, passada a novidade, não se torne num mero arquivo morto. Um espaço na internet, individualizado ou ligado à Biblioteca Municipal, será importante pelo menos, para já, como apresentação ainda que sumária, do espaço, dos seus objectivos bem como alguns apontamentos biográficos do Pe. Domingos. O trabalho até já está feito, bastando procurar reproduzir o que sobre ele publicou a revista "Villa da Feira" edição Nº 28 de Junho de 2011, da Liga dos Amigos da Feira. Certamente que com tempo farão isso, mas não deixo de me espantar que ainda não esteja online esse espaço próprio mesmo que numa versão simplificada.

28 de outubro de 2018

2ª Noite de Fados no Centro Cívico


Ontem ao final do dia o Centro Cívico no Monte do Viso acolheu a 2ª Noite de Fados. Jantar com música ao vivo, uma boa combinação, aliada ainda à ajuda na angariação de fundos para esta importante obra do Centro Social.
Em nome da Direcção, um agradecimento a todos quantos colaboraram, tanto na cozinha e serventia como quem acedeu ao convite participando no jantar. Bem hajam!
Lamenta-se, e isto sou eu a dizer, que,  apesar de convidados, nenhum representante da Junta ou da Câmara tenha marcado presença, nem que fosse apenas para dizer olá, vou ali e já venho. 

21 de julho de 2018

Teatro no Monte do Viso
















Pelo Grupo Cénico de Lourosa, o Centro Social S. Mamede de Guisande trouxe o teatro até ao Monte do Viso. Foi ontem, pelas 21:30 horas. A peça "Flor da Aldeia", uma história divertida e bem disposta, que nos transportou ao tempo dos nossos avós, onde se mostra que a riqueza e a pobreza têm lugar para o amor, principalmente quando a riqueza é de sentimentos e a pobreza é de humildade, pureza e despreendimento. Os interesses de um casamento de conveniência nem sempre resistem às patetices de um filho e da "cegueira" de qualquer pai importante da terra, lavrador, regedor ou sr. doutor. Mas no final, os tolos são quem mais se riem e fazem rir. Assim foi.

A plateia estava bem composta mas a peça e o momento de cultura mereciam mais gente. Infelizmente muitos não são de teatros de comédia e preferem os dramas do dia-a-dia.  A vida é mesmo assim, máscaras que choram rindo e máscaras que riem chorando. É o teatro da vida onde todos, sem excepção, vivemos representando.

Já podemos tirar as botas...