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19 de fevereiro de 2024

Guisande F.C. - Liga Masters AFA - Jogo 13

 


No que foi o seu jogo 13 na Liga Masters da AFA, a equipa do Guisande F.C. Veteranos visitou e venceu neste último Sábado a equipa congénere do ADC Lobão, por 0-2, consolidando-se no meio da tabela classificativa. Parabéns!

5 de fevereiro de 2024

Guisande F.C. - Liga Masters AFA - Jogo 11

 

A equipa de veteranos do Guisande F.C. no que foi o seu 11.º jogo da prova, recebeu e defrontou neste Sábado, 3 de Fevereiro de 2024,  o Fiães S.C. e venceu por 3-0. Um excelente resultado contra uma boa equipa, o que estabiliza a equipa aproximadamente a meio da classificação.

Parabéns!

25 de janeiro de 2024

Guisande F.C. - Liga Masters AFA - Jornada 9

 

Após a realização da partida 9, em que no passado Sábado, 20 de Janeiro de 2024, recebeu a ADC Sanguedo, em que não foi além de um empate a zero golos, o Guisande F.C. Veteranos segue praticamente a meio da tabela com 9 pontos, o que corresponde a uma média de 1 ponto por jogo. A classificação acima mostra que há várias equipas com diferentes números de jogos o que de algum modo a torna provisória.

Considerando as maiores exigências desta prova, o nosso clube tem tido uma participação muito positiva o que é de enaltecer.

19 de dezembro de 2023

Futebol, paz, amor e bananas

No nosso futebol maior o Sporting recebeu ontem o F.C. do Porto, em jogo que venceu por 2-0, colocando-se no primeiro lugar da classificação.

Não vi nem ouvi, apenas o resumo e análise e hoje de manhã nas notícias. Do que vi, mais um jogo que correu bem, com jogadores e treinadores a respeitarem-se e a trocarem cordialidades, incluindo no final da partida. Foi, a meu, ver mais uma sessão de desejos mútuos de feliz Natal e boas festas. Mesmo a expulsão do Pepe só aconteceu porque ele queria ir embora mais cedo para compromissos de fazer de Pai Natal num centro comercial. Um exemplo de correcção este rapaz já crescidote.

Com este clima em espírito natalício, quando assim é vale a pena ir ao futebol, porque aquilo é só paz e amor. Amém!

Já agora, ouvimos por ali que as contas fazem-se em Maio. Pois claro! É sempre bom termos a certeza de que 2+2 são 4 e que o Natal é a 25 deste mês. A malta do futebol, boa rapaziada, são mestres das vulgaridades, do curto e grosso, mas é assim que a coisa funciona e não se pode esperar que um castanheiro produza bananas.

12 de setembro de 2023

Gatões e ratinhos

Na vida real ninguém, presumo, gosta de ver um adulto a bater numa criança ou num inadaptado, mas no futebol de selecções ao mais alto nível isso acontece sem esmorecimento. 

Não se percebe, pois, o que selecções de futebol como Luxemburgo, S. Marino, Andorra, Ilhas Faroé, Liechtenstein, Gibraltar, Malta e outras que tais, andam por ali a fazer, a não ser de figuras de meigos passarinhos para os gatões os depenarem e se lambuzarem.

Mas dizem os entendidos nesta matéria difícil do chuto na bola, que as senhoras FIFA e UEFA, duas gatonas gorduchas e ávidas por whiskas com cifrões, não se incomodam com isso porque quanto mais selecções, mais jogos e mais direitos. Com jeitinho ainda lá metem os Açores, a Madeira e as Canárias.

Poderia e deveria haver um sistema de divisões,  ou então, mal por mal, um sorteio puro e duro, pelo menos para se garantir um princípio de aleatorieadde; Mas não, a FIFA e a UEFA não querem saber disso e para além desse desequilíbrio notório, ainda o potencia e confina com o sistema de potes, à moda dos antigos fojos que os pastores usavam para caçar os malvados dos lobos que lhes apanhavam os mansos cordeirinhos. Assim, com este sistema de pirâmide, garante-se o direito de que a dois gatos mais fortes, cabem sempre um ou dois ratinhos tenros. 

Mas a quem incomoda isto? À maioria era vê-los, ontem, todos rejubilosos, no Algarve, a festejarem a cabazada ao Luxemburgo, como se fosse um jogo de hóquei em patins. Só lá faltava o Ronaldo para somar mais uns quantos.

Se o futebol competitivo é isto...

10 de agosto de 2023

Fujamos da chuva!

Num jogo de futebol, vejam lá a novidade, há três desfechos possíveis: a vitória, a derrota e o empate. Por conseguinte, sendo disputado por duas equipas, se não houver empate significa que uma vencerá e a outra perderá. Perceberam?

Por conseguinte qualquer adepto da coisa deve estar preparado para qualquer resultado da sua equipa, seja em que contexto for, para além da outra questão acessória que é a decisão eventual do desempate por penalties. Outros quinhentos.

Todavia, se há muita e boa gente que percebe isto e como tal se comporta, outros há que é tiro e queda, ou seja, convivem mal com a derrota e raramente ou nunca a aceitam. Há quem diga, para o justificar, que isto é fervor, mística e amor ao clube, mas também quem considere que é apenas o elementar fanatismo, falta de fair-play, respeito ou mesmo fanfarronice.

Ora esta situação é mais grave quando esses adeptos ocupam igualmente posições de liderança e como tal com muitos olhos postos no seu exemplo.

Mas em rigor isto já pouco interesse tem e serve apenas para alimentar jornais e debates na TV porque com o futebol na dimensão em que está, não passa de uma mera indústria, um negócio de muitos milhões, que usa os adeptos apenas como fonte de receita para pagar principescamente a jogadores, dirigentes e empresários. Por conseguinte os valores que ainda, pensamos que estão lá, como o desportivismo, o fair-play, o respeito pelo adversário, etc, são na realidade eufemismos sem correspondência e usados apenas para entreter gente sem sono.

Mas que é interessante assistir a este "jogo" para além do rectângulo de jogo, é, porque nele podemos ver até onde vai o pior que o futebol tem, a rivalidade doentia, o desrespeito mútuo, a fanfarronice, a falta de bom senso, etc.

É o que é! Talvez por isso, a leste do paraíso, só soube hoje de manhã do desfecho do resultado de um certo jogo de futebol que terá acontecido ontem ao início da noite. E, como se previa, sem surpresas, não tanto no resultado, que poderia ser qualquer um, mas sobretudo nas reacções a ele. Mais do mesmo.

Se está a chover, fujamos da chuva, a não ser que valha a pena ver alguém a molhar-se!

14 de junho de 2023

Desportivismo e falta dele

Marcus Rashford, um dos bons futebolistas do Manchester United, deu os parabéns ao rival, Manchester City, pela conquista de Premier League, Taça de Inglaterra e Liga dos Campeões.

Em declarações à Sky Sports, disse:

«Não é agradável, mas o futebol é assim. A melhor equipa, que joga, consistentemente, o melhor futebol, vai conquistar a maior parte dos troféus. Eles conquistaram três, por isso, bom para eles. Temos de seguir em frente». «Cabe-nos a nós apanhá-los. Vou dar-lhes os parabéns. É o futebol. Não é nada de novo. Olhem para a rivalidade de há alguns anos entre Barcelona e Real Madrid... Eram de forma consistente os melhores e ganhavam títulos»

Façamos agora um exercício imaginando que isto ocorreria em Portugal. Estamos a ver alguém do F.C. do Porto dar os parabéns ao rival Benfica? Ou então ao contrário? Tretas!

Por aqui, em grande parte devido a  uma rivalidade fanática e acicatada tanto por dirigentes como por jogadores e treinadores, o clima é precisamente o contrário: Nada de desportivismo nem reconhecimento do mérito adversário, mas antes a depreciação, a desvalorização das conquistas, e pior do que isso, a ofensa e a provocação mútuas.

Por cá somos assim, sempre a um nível inferior e com bons (maus) exemplos de comportamentos anti-desportivos. Mas há quem os siga e os tenham como doutrina e mística.

13 de junho de 2023

Condenação

Nesta segunda-feira, no Juízo Central Criminal de Lisboa. Francisco J. Marques (diretor de comunicação do FC Porto), foi condenado a um ano e dez meses de prisão e Diogo Faria (diretor de conteúdos) a nove meses de prisão, ambos os casos com pena suspensa. Ambos estão ainda condenados a pagar 10 mil euros, de forma conjunta, a Luís Filipe Vieira, que se constituiu como assistente no processo. Júlio Magalhães (ex-diretor do Porto Canal) foi absolvido.

Importa realçar a condenação. Pena que a pena seja suspensa. Nem que fossem uns três meses de prisão efectiva fariam bem aos condenados para se consciencializarem de que não pode valer tudo em nome do fanatismo e rivalidade clubística.

Mesmo admitindo que as mensagens privadas obtidas de forma ilegal e divulgadas igualmente de forma criminosa e ainda por cima com alguma manipulação, pudessem ter indícios de deturpação do sistema ligado ao futebol e arbitragem, tal não justifica os crimes cometidos por esses senhores. Pena ainda que o ex-director do Porto Canal tenha sido absolvido quando é demasiado claro que teve responsabilidades na divulgação pública enquanto director da estação.

Em todo o caso, sabemos que a sentença ainda é passível de recursos, o que vai acontecer porque nestas coisas ninguém quer admitir a derrota e o artista Francisco J. Marques já disse que "a luta continua", como se o crime de apropriação e divulgação de mensagens de carácter privado de terceiros, de uma instituição ou de um particular, possam ter aceitação de ânimo leve num Estado de Direito e seja uma luta pela qual valha a pena lutar. Em suma, o homem apesar de condenado dá ares de quem não está arrependido, bem como transmite uma mensagem clara de que vai reiterar no mesmo crime. Ora quando assim é, sabendo-se que o arrependimento ou a falta dele é factor importante na determinação das penas criminais, a Justiça só tem um caminho, condená-lo a prisão efectiva.

Por mais que eles e muitos dos deles defendam nesta questão o interesse público dos seus actos, não pode valer tudo, e no dia em que a Justiça legitimar este tipo de crimes, então já mais nada há a defender no que toca à defesa e salvaguarda da vida privada. O cerne do problema, a manipulação de eventuais procedimentos ligados ao futebol e ao desporto em geral, em favor próprio, têm que ser combatidos, sejam prevaricadores o Benfica, o Porto ou qualquer outro clube ou quaisquer dirigentes ou agentes desportivos, mas com os meios e canais legais que a Justiça e a lei têm ao dispôr. Fora disso é campo da ilegalidade e do crime. 

Já agora, para terminar, uma questão: Os condenados fariam o mesmo se os emails em causa atingissem o seu próprio clube? Oram respondam lá!

28 de maio de 2023

38 - No fim de contas apenas um número, um dejá vu

 


Conforme já o escrevi por aqui há algumas semanas, confesso que pelo andar arrastado da carruagem das últimas jornadas não tinha grande esperança de ver o Benfica a conquistar o seu 38.º título de campeão nacional de futebol da 1.ª Liga Portuguesa. Chegou a ter 10 pontos de vantagem e com possibilidade de chegar aos 13 mas acabou apenas com 2. Decidido ficou o título na última jornada vencendo com naturalidade o último classificado, o Santa Clara. 

Apesar disso, pela parte que me toca, sem qualquer entusiasmo e euforia. De resto nem vi nem ouvi o jogo apesar do seu carácter decisivo e festivo. E se nesta noite abri um bom espumante nem foi para celebrar tal coisa, mas antes pela amizade e convívio, não com benfiquistas, mas com um portista.

Isto porque, deve ser do raio da idade, já nada acrescenta e porque aprendemos a colocar cada coisa na ordem natural de importância nas nossas vidas. Ora o futebol, incluindo o nosso clube, numa época em que não passa de uma indústria que gere, recebe e paga balúrdios de milhões, onde os jogadores são profissionais, príncipes e idolatrados,  e tantas vezes meros mercenários, porque trocam de clube por uns trocos a mais no salário, já perdeu aquela mística verdadeiramente genuina e clubista onde havia uma coisa chamada amor à camisola e ao clube.

Quanto ao F.C. Porto, lutou naturalmente até ao fim, como é seu timbre, e na partida que poderia ser decisiva foi logo a partir dos 2 minutos de jogo que a coisa ficou inclinada a seu favor com uma estúpida e inexplicável expulsão (bem justificada) de um jogador do Vitória de Guimarães. O castigo de ser ultrapassado pelo Arouca foi mais que merecido. Há nódoas que não se apagam e só não apanharam 11 porque o Porto desligou quando sabia o resultado que corria lá para os lados da Luz e o Taremi à custa de uma inusitada (mas normal)  fartura de penalties sagrou-se o mellhor marcador da Liga. Mas foi merecido para o iraniano porque quem tanto mergulha acaba por nadar. E de resto, reconheça-se, é um excelente avançado.

Apesar disso, nas últimas jornadas o Porto manteve sempre o discurso de acreditar mesmo que não dependendo de si. Isto é crença e porque fica bem perante a massa adepta, mas é sobretudo fanfarronice. Quando não dependemos de nós próprios temos que o salientar e valorizar. Mas isto durou muitas jornadas e nas últimas até a imprensa azul e branca andou a alimentar a coisa e até foi desenterrar ao Japão um tal de Kelvin a recordar gloriosos milagres como se isso bastasse para decidir a seu favor algo que dependia dos outros. Ainda na véspera da jornada decisiva o habitual condicionamento dos árbitros. Mas até aqui é tudo natural e dali não se espera nunca que venha qualquer mérito ao adversário, nem por via de dúvidas. Um treinador que não sabe empatar nem perder e até nem vencer, andará toda a vida como aquele soldado que no pelotão considera que vai a marchar de passo certo e que todos os outros é que andam descompassados.

É futebol! Para a próxima será mais do mesmo, vença Benfica, Porto, Sporting ou qualquer outro. Será sempre um filme já visto, um dejá vu.

24 de maio de 2023

Racismo ou mais alguma coisa?

O futebol não se livra dos casos identificados como "racismo". Agora mais um, mediático, a envolver o futebolista do Real Madrid, Vinicius Júnior, insultado por adeptos adversários no jogo com o Valência.

Sinceramente, não sei se considero isso como racismo no verdadeio conceito do termo, mas se tão somente rivalidade levada ao extremo e dela a má educação, falta de respeito, facilidade e impunidade com que ainda se continua a atingir os outros, sejam eles jogadores, árbitros, dirigentes ou adeptos. Esta cultura de ofensa gratuita já é assimilada na própria rivalidade entre grandes clubes e a questão do racismo acaba mesmo por ser menor, até porque hoje em dia qualquer clube de futebol ou de outra modalidade tem tantos brancos como negros. Não é de todo por aí.

Se quisermos, esta cultura da ofensa já nos vem de pequeninos. Nos jogos distritais as provocações e ofensas, aos árbitros e jogadores e até aos adeptos forasteiros, porque geralmente em menor número, eram consideradas normais. Assim chamava-se tudo e mais alguma coisa: Termos como, filho da puta, corno, boi, monte de merda, cabrão, animal, paneleiro, etc, etc, eram o normal. E a coisa era a eito e as consequências eram em rigor nulas porque onde havia autoridades estas não queriam incómodos e os ofendidos raramente pediam a identificação dos ofensores. 

Por conseguinte, chama-se preto ou  macaco a um negro não por uma especificidade racista de fundo mas no geral apenas ofensiva. Ora quem ofende gratuitamente fá-lo nos termos que considera serem mais duros e incisivos para os ofendidos. 

Em resumo, eu próprio me considero anti-racista mas entendo que há nesta classificação muito exagero porque o que de facto está em causa é um mal muito mais amplo e generalizado que, como disse, é de má educação, fundamentalismo no conceito de adversário e rival e em muito pelo tal sentimento de impunidade porque, sobretudo nas bancadas de um jogo de futebol, quem ofende sente-se anónimo e protegido entre uma multidão composta pelos da sua facção. Quem é que como adepto não é ofendido no meio da claque adversária? Experimente um portista ir equipado com as cores do seu clube para o meio da claque dos "No Name Boys" ou um adepto benfiquista ir equipado de encarnado para dentro da claque dos "Super Dragões". Serão ambos respeitados na sua diferença? Tretas! No extremo poderão ir para o hospital. Se o adepto em questão  for negro no meio de brancos será racismo? E se for branco entre maioria de brancos será o quê? 

Assim sendo, ou não, vamos andando nisto e casos como este em Espanha é apenas mais um, como já foi em Portugal, na Itália, França, Inglaterra ou em qualquer país ou sítio onde haja adeptos em jogos de futebol e mesmo de outras modalidades.

E não pensem que estes maus exemplos acontecem a um nível profissional e mediatizado, mas até mesmo em jogos distritais e amadores e já nas camadas mais jovens. Insultos entre adeptos, pais e treinadores, são coisa comum.

Podemos ter irradiado ou controlado a violência física nos estádios, chamada de hooliganismo, mas a violência verbal ainda continua bastante activa, nomeadamente no meio de algumas claques. É pois necessário combater a violência como um todo e a verbal é igualmente condenável.

Mas lá vamos batendo na tecla do racismo porque dá jeito a algumas agendas.

22 de maio de 2023

Ainda futebol...

Já depois de escrito o anterior artigo, o Benfica jogou ontem à noite em Alvalade contra o Sporting. Não vi nem ouvi um segundo sequer e soube do resultado já depois de terminado o jogo. Do que li hoje no início da manhã terá sido um excelente jogo, um bom derbi com o Sporting a dominar a primeira parte, em que chegou a vencer por 2-0, e a segunda parte foi do Benfica que conseguiu empatar já ao caír do pano. Um resultado que não serviu para o Benfica se sagrar ali campeão mas que arrumou o Sporting da pretensão de chegar ao 3.º lugar e com ele o acesso à Liga dos Campeões. Para o Benfica o empate até poderá ser menos mau já que conforme está a classificação até poderá empatar em casa no último jogo com os açoreanos do Santa Clara, último classificado, isto desde que o F.C. do Porto não vença o V. Guimarães por mais de 11 golos de diferença, o que convenhamos que não sendo impossível mesmo que surpreendente, é muito difícil tanto mais que os vimaranenses têm demonstrado qualidade e ainda têm pretensões de manter o 5.º lugar o que pode estar ao alcance do surpreendente Arouca.

É pena, para os adeptos, que o Benfica tenha chegado a esta situação de ter que resolver, ou não, o título na última jornada, quando chegou a ter 10 pontos de vantagem e com possibilidade de aumentar para 13. Quem assim se deixa alcançar naturalmente que põe-se a jeito e vai para o último jogo que nunca é fácil porque os nervos são muitos e a lucidez pouca.

A ver vamos, sendo que eu benfiquista que assisto à distância, já vi de tudo e já estou bem vacinado. Nada do que possa acontecer na última jornada será surpresa, até mesmo que o F.C. do Porto venca o Guimarães com uma dúzia de golos de diferença e com 8 ou 10 penalties a favor. Se o Taremi falhar algum ainda terá direito a repetir.

Os Calabotes andam por aí.

Boa Segunda-Feira e os meus amigos portistas sabem que isto não passa de brincadeira. Antes isto que uma dor de dentes!

21 de maio de 2023

Modernos Calabotes

Volta e meia os adeptos portistas ressuscitam o antigo árbitro de futebol, o alentejano Inocêncio Calabote a propósito de um jogo da última jornada do Campeonato de Futebol da 1.ª Divisão da época 1958/1959 em que alegadamente procurou ajudar o Benfica a ter um resultado frente ao G.D. da CUF que lhe permitissse ser campeão a desfavor do F.C. do Porto. O pecado foi o assinalar de 3 penalties a favor do clube da Luz, ter começado o jogo 6 minutos para além da hora marcada e de ter concedido à volta de 10 minutos de tempo de descontos. 

Certo é que mesmo nessas circunstâncias o resultado de 7-1 não serviu de nada ao Benfica pois na mesma última jornada o F.C. do Porto venceu o Torreense num jogo igualmente polémico, com expulsões na equipa ribatejana e com o golo decisivo a ser marcado nos últimos segundos, pelo que se sagrou campeão.

Apesar disso, apesar da imprensa da época ter admitido que os 3 penalties foram normais e que até ficou por marcar um mais óbvio a favor dos encarnados, admitido pelo próprio treinador adversário, o Calabote ficou com essa má fama e o Benfica sem qualquer proveito.

Mas a história tem sempre o seu karma e no jogo de ontem entre o Famalicão e o F.C. do Porto, igualmente decisivo para manter a esperança acesa, a equipa azul-branca venceu por 4-2, sendo que três dos golos foram marcados de penaltie e um deles mandado repetir depois de o seu cobrador ter atirado ao centro da baliza direito ao guarda-redes, tão somente porque um jogador da equipa da casa terá posto o pé na área antes do castigo ser cobrado. Um preciosismo regulamentar porque tantos e tantos que são validados nessas circunstâncias ou mesmo com os guarda-redes a avançarem antes do tempo.  Por outro lado, como se isso não bastasse, o jogo teve quase 15 minutos de tempo de descontos. Ufa! Quem começasse a ver o jogo nessa altura na televisão e não tivesse qualquer informação, pensaria que o jogo estaria a ser decidido em prolongamento e depois em pontapés da marca da grande penalidade, como se fora uma qualquer final.

As coisas são como são e como nós queremos que sejam. Mas, independentemente da justeza do resultado e da boa ou má análise dos penalties a favor dos portistas, pelo menos dois muito subjectivos de análise, face a esta situação o caso do Calabote até parece uma anedota.

Agora se o Benfica se quiser ser campeão, o que ainda continuo a duvidar apesar de lhe bastar vencer um dos dois jogos em falta, um deles em casa na última jornada com o Santa Clara, penúltimo classificado (à hora em que escrevo) e já em situação de descida de divisão, tem mesmo que fazer pela vida porque se estiver à espera que o Porto escorregue, que espere sentado, porque isso não vai acontecer nem que tenha que ganhar um jogo com 6 penalties e 20 minutos de descontos. E na última jornada dos dragões esperam-se mais penalties para o Taremi juntar à carrada deles que já contabiliza. Nesta de penalties a favor, o Porto dá uma cabazada na concorrência. Tem que defender o estatuto que detém na Europa.

Bom Domingo e divirtam-se, porque o futebol não é para levar a sério, mesmo que os modernos calabotes ainda andem por aí.

Divirtam-se

21 de abril de 2023

Olha a novidade...

 Da imprensa: 


"FC Porto é a quarta equipa com mais penáltis no mundo desde 2020 - Apenas os costa-riquenhos do Herediano (44), os egípcios do Zamalek (43) e os croatas do Hajduk Split (43) beneficiaram de mais grandes penalidades desde 2020.

O FC Porto foi a quarta equipa das 75 principais ligas mundiais que beneficiou de mais grandes penalidades desde 2020, segundo uma conclusão publicada esta quinta-feira pelo Observatório do Futebol (CIES).

Neste período, os dragões viram ser-lhe assinaladas a favor 41 penáltis a favor, o mesmo número dos turcos do Fenerbahçe. Apenas os costa-riquenhos do Herediano (44), os egípcios do Zamalek (43) e os croatas do Hajduk Split (43) beneficiaram de mais grandes penalidades.

O top 10 fica completo com os colombianos do Deportivo Cali (40), os sauditas do Al Nassr (39) e do Al Hilal (38), os turcos do Galatasaray (38) e os gregos do PAOK (3)".

[fonte: JN] 

Esta estatística não tem nada de surpreendente. De resto, bem à maneira portuguesa, até a "olhómetro" se sabia dessa particularidade que tem, em muito, ajudado o  F.C. do Porto a conseguir títulos. Ainda no último jogo, beneficiou de 2 penalties. Não é por acaso que nas últimas décadas tem tido bons profissionais da arte do mergulho na relva. Tantos e tão bons. Afinal, o azul faz-nos sempre lembrar uma piscina e é fácil a tentação, tanto mais quando os homens que apitam jogos do Porto vêm mosquitos em África.

Já agora, com os devidos créditos ao blog "Influência Arbitral", fica aqui um quadro mais pormenorizado relativo às épocas de 2021/2022 a 2022/2023.


Caso se pretenda recuar a análise a uns anos mais para trás: Desde a época 2008/2009 a 2022/2023 (esta ainda a decorrer), o F.C.do Porto continua a liderar no número de penalties a favor, no caso 140, contra 130 para o Sporting, 118 para o Benfica e 82 para o Braga,

Coisas do futebol...

16 de abril de 2023

Muitos anos a virar frangos...

 ...Uns dirão que é falta de fé, de crença e fartura de pessimismo. Mas eu digo que será mais constatação de alguns sinais e por outro lado o ter já visto filmes com os mesmos enredos e desfechos e ainda, como diz a cantiga, a experiência de ser muitos anos a virar frangos.

Posto isto, a seis jornadas do fim e ainda com 4 pontos de avanço sobre o segundo classificado, e por isso a única equipa a depender dela própria, tenho para mim que o Benfica vai perder o campeonato mesmo depois, de apenas há duas jornadas, ter chegado a dispor de 10 pontos de avanço sobre a concorrência directa e com a possibilidade de ter aumentado para 13. Mas em duas jornadas esbanjaram 6 pontos. 

Para além disto, dizem os entendidos, a equipa que está a jogar mal e porcamente a que se soma o duplo empenho dos adversários, grandes ou pequenos. O Chaves, por exemplo, até agora apenas tinha tido três vitórias em casa e a quarta  foi agora contra o Benfica. Sintomático. Até o Famalicão ganhou em Chaves. 

Há ainda outros sinais: O adversário directo no jogo caseiro com o lanterna vermelha venceu por 2-1 e beneficiou de 2 penalties, um a abrir as hostilidades e outro daqueles que nem inventados. Já o Benfica, para além da sua azelhice e de um erro colossal que deitou a perder pelo menos 1 ponto, viu ser-lhe negado um penaltie claríssimo (reconhecido até pelo órgão oficial do F.C. do Porto, o JN) a que nem o VAR se deu ao trabalho de analisar. 2+2...

Colhidas as provas, as coisas estão já definidas e no final das contas, a não ser por um daqueles acasos em que o futebol é fertil, o Benfica perderá o título de forma vergonhosa como resultado de uma caganeira-hacatombe de final de época. Ainda por cima o descalabro começou a desenhar-se logo a seguir à renovação do treinador, o qual arrisca-se a passar de bestial a besta em meia dúzia de jogos. Os próximos seis, ou talvez menos, confirmarão.

A ver vamos! Pelo menos para mim, o incómodo nunca será grande porque no meio de tudo isto em toda a temporada não perdi, sequer, meia a hora a ver um jogo na TV, muito menos a ida aos palcos dos jogos.

É o que é, e antes isso que uma dor de dentes! Não falta quem prefira ter uma valente dor de dentes, ou mesmo a perdê-los todos, a ver a sua equipa a perder, mas isso é lá com eles!

4 de janeiro de 2023

Pornografia

 O comportamento de um certo funcionário de um clube, depois de regressar do Mundial do Qater insuflado de ego com o que dizem ter sido uma revelação, com comportamentos disciplinares que prenunciam um "esticar da corda" com a sua entidade patronal e com a qual tem contrato de trabalho, é sintomático dos valores que nos tempos actuais regem o futebol: Cobardia, desrespeito e falta de ética e profissionalismo. 

No fundo não passam de meros mercenários onde o dinheiro e a fama ditam as leis. Para além disso, há a outra parte da vergonha, os clubes que aliciam estes rapazolas levando-os a desrespeitarem os clubes com os quais têm contratos e sem qualquer regulamentação.

E no fim de contas conseguirá o fulano o que pretende, saír na primeira "janela de oportunidade", mesmo que o clube receba o pornográfico valor da cláusula de rescisão. 

Um comportamento destes implicaria que o jogador fosse remetido para a prateleira da insignificância e fosse obrigado a cumprir o contrato até ao final na equipa B, ou nem isso, mas é certo que o clube não pode permitir-se a esbanjar tão grande valor que terceiros estão dispostos a pagar por ele. Por isso vai ser despachado,  até porque maçãs podres nunca passarão disso.

Em resumo, estas situações ligadas oa futebol são por demais banais e deveriam servir de reflexão a quem tanto interesse dedica a acompanhar estas coisas, mas em rigor é destas telenovelas que vive a indústria. 

É mau de mais, mas é disto que o nosso povo gosta e faz chorar de orgulho, nos estádios, quando esta gentalha beija o emblema. Todavia, é só surgir a oportunidade e o motivo para se revelarem na sua pequenez.

19 de dezembro de 2022

E a Argentina venceu


Pouco tempo dediquei ao Campeonato Mundial de Futebol no Qatar. E no que toca a assistir aos jogos, menos tempo ainda. Mesmo de Portugal terei visto pouco mais que os resumos. Mas do que pouco que fui vendo, e é impossível fugir disto porque por estes dias a comunicação social não falou doutra coisa, fico com algumas opiniões, porque apenas minhas: 

A Argentina foi uma justa merecedora do título apesar do arranque desastroso com uma derrota frente à Arábia Saudita. Messi teve o mais que merecido coroamento como o melhor jogador do mundo, ou lá o que isso queira significar. No jogo da final, depois de ter dominado completamente a França durante quase todo o jogo, não havia ao necessidade ao Scaloni mexer na equipa retirando um Di Maria inspirado, e com isso dar fôlego aos bleus e logo através de um penalti ter permitido que os gauleses entrassem num jogo que estava perdido. Mesmo depois no prolongamento, novamente na frente, lá concedeu uma segunda vez  um outro penalti. Verdade se diga, indo para o desempate por penaltis, seria quase injusto que a França vencesse a competição através deles, dos penalties. Era sorte a mais.

Quanto a Portugal, uma participação sem história, sucumbindo nos quartos à "potência" do futebol mundial, Marrocos. A sortezinha, um coelho na cartola, a protecção dos deuses e o alinhamento dos astros que se verificou no Europeu de 2016, não se repetiu e sem honra nem glória, a selecção de Ronaldo e mais o resto, lá regressou com o rabinho entre as pernas. Dizem agora que o Fernando Santos finalmente vai dar o lugar a outro e que Ronaldo, amuado como é seu timbre, ainda não se manifestou. 

Ronaldo, um fantástico futebolista, e que acredito que é um bom ser humano, enquanto figura da indústria do futebol, não tem tido personalidade à altura e esta sua fase final tem sido mal gerida como que a tentar enganar o destino de que tudo tem um fim. Durante todo o tempo no Qatar, foi sempre a figura principal mas não pelos melhores motivos. De resto, a famosa entrevista na véspera só veio dar espaço para essa instabilidade. Já poderia ter saído pela porta grande da sua fantástica carreira, mas em vez disso considera-se ainda um deus sol com vinte anos onde tudo à sua volta deve gravitar. Não é assim e por isso vai perdendo pontos e dando motivos a quem o critica no seu estilo egoncêntrico.

No fim de tudo, foi quase um Mundial atípico, desde logo pela sua atribuição ao Qatar num processo corrupto que contribui para o descrédito destas coisas. Tudo gira em torno do dinheiro e este move montanhas. O recente caso com eurodeputados, que evidenciam um esquema de corrupção de autoridades do Qatar, é apenas mais uma certeza quanto à forma como as coisas funcionam. O dinheiro ainda continua a valer. No caso, perde o futebol, mas em rigor pouca mossa faz à indústria porque para além de uns arrebates de consciência marcados pela filosofia do politicamente correcto, na realidade tudo continua a rolar como se nada fosse e todos compareceram à competição, com mais ou menos simbolismos de protesto.

É este um futebol com selecções que já há muito deixaram de ser nacionais e que não passam de uma reuniões de jogadores onde a questão de nacionalidade já pouco diz. Por conseguinte, quem ainda procura ver o futebol pelo seu lado menos conspurcado, mais genuíno, já há muito que perdeu as ilusões do regresso ao passado. Face a isto, já pouco sentimento desperta ver um grupo de malta bem paga a cantar, invariavelmente desafinada, o hino nacional e com a mão no peito. Tretas!

Viva la Argentina!

18 de dezembro de 2022

Cada coisa no seu lugar

Mas porque carga de água tenho eu que agradecer ao Fernando Santos, agora que deixou o cargo de treinador da selecção de futebol?

Fez ele algo de notável que mudasse a vida concreta dos portugueses? E fê-lo de graça, num exercício de generosidade e altruísmo?

Tanto quanto saiba, foi ele sempre muito muito bem pago para o que fazia. Ganhava mais por mês que uma grande maioria dos portugueses numa vida inteira de trabalho. E não se tem falado, mas quanto levará agora de indemnização?

Alguém agradece particularmente a milhares, mesmo milhões de portugueses, que trabalham com dignidade e profissionalismo no dia a dia, com horários pesados, com esforço e dedicação? Alguém agradece a um médico, a uma enfermeia, a um varredor de ruas, ao homem da recolha do lixo, a um trolha, pedreiro ou mineiro, quando termina o seu trabalho?

Vão-se catar! As coisas são como são, mas é sempre bom que lhes demos não mais que a sua devida importância. Cada coisa no seu justo lugar.

Em resumo, fez um trabalho, com êxitos e com fracassos, mas foi excelentemente pago para isso. O país nada lhe deve. 

Que seja feliz, tenha vida e saúde, mas mais do que isso soa a moléstia. Não é questão de inveja ou coisa que lhe pareça, mas há gente bem mais merecedora do nosso agradecimento. O futebol, por mais que o pintem, será sempre uma banalidade, um entretenimento.

29 de novembro de 2022

Malta humilde

Não há números recentes quanto às prendas de Natal para o Mundial do Qatar. Mas em 2018 os jogadores da selecção luso-brasileira convocados por Fernando Santos para o Mundial da Rússia, ganhavam 700 euros por dia, mas, é claro, a juntar aos prémios e aos milionários ordenados auferidos nos respectivos clubes. 

Caíram nos oitavos, mas mesmo assim, de prémio, cada jogador trouxe qualquer coisita como 66 mil euros. Uma ninharia.

Vamos, pois, todos nós, o Zé, o Alfredo, o Tono, a Maria e a Fátima, que ganham ordenados mínimos, torcer por todos eles. Merecem, são humildes e laboriosos trabalhadores, que lutam com sacrifício pelo amor à camisola!

Haja algum algum bom senso! Afinal é apenas uma indústria e muito bem paga! Merecedores de apoio e admiração são todos aqueles que lutam no dia a dia, com salários mínimos ou nem isso, para pagar as contas , incluindo a da televisão onde se assistem a esses jogos!

Mas, não liguem! Isto é da idade e com o avançar dela já não há lugar a deslumbramentos e já somos daltónicos para coisas que alguns ainda veem com todas as cores. 

Nesta fase já é difícil confundir o relativismo com absolutismo. Ora um jogo de futebol ou uma competição dele, mesmo que milionária, atribuída com sujidade pelo poder dos petrodólares e a decorrer num país onde se ultrajam os elementares direitos-humanos, é apenas isso: Um jogo! Podia ser de xadrez, de damas ou sueca, mas é de futebol!

29 de setembro de 2022

Futebóis, cães e gatos


A propósito da discussão que anda por aí sobre se Ronaldo, Pepe, Fernando Santos e companhia já estão a mais na selecção portuguesa, se deviam já ter dado o lugar a outros jovens e igualmente talentosos, ou, se pelo contrário, ainda têm muito para dar, tanto agora no Mundial do Qatar, como depois no Europeu de 2024 e ainda de novo no Mundial de 2026 e por aí fora.

Por mim é-me indiferente, mas parece-me que para o caso, não importa confundir reconhecimento e agradecimento. Todos reconhecemos o valor e contributo de todos esses jogadores.

Tudo tem o seu tempo e seu lugar. A indústria do futebol é isso mesmo, uma indústria em que tudo gira em torno de dinheiro.

Eu não vejo a selecção como uma coisa supra-patriótica e transcendental, mas antes um entretenimento. 

É apenas um grupo de jogadores de elite quem vive e ganha muito bem, porventura mais com um prémio de jogo que a maioria dos portugueses a trabalharem toda a vida numa fábrica ou na agricultura.

Não fazem nada de borla e qualquer vitória, só lhes acrescenta mais prestígio e mais dinheiro. Mesmo que num sector estupidamente exorbitante na relação do rendimento/benefício, não os invejo. Só não lhes dou valor acima do que é suposto dar.

São os futebolistas que ganham milhões anualmente, doutores, engenheiros, médicos, investigadores, cientistas, biólogos, etc, etc, que contribuiem para o crescimento da ciência, da saúde, da humanidade? Não! Apenas alguém com habilidade para dar uns chutos na bola. Alguns, muitos, apenas com formação básica.

Por conseguinte, o ponto aqui é tratar-se de pragmatismo.

Ora o pragmatismo nestas coisas indica que há lugar e tempo para o reconhecimento, para o agradecimento, mas também para a renovação. Em suma, seguir em frente.

Mas outros, naturalmente, têm uma diferente opinião. Regra geral são esses que compram o bilhetinho, cachecóis e camisolas, pagam as quotas, leem jornais e assinam canais premium, contribuindo para que toda essa indústria prospere. Alguém tem que pagar os Bentleys, os Porches, os Jaguares, os iates, a vidinha boa da malta da bola, etc. Estão no seu direito e há sempre a quem o dinheiro sobeje.

As coisas são como são. Gosto de futebol, tenho um clube de simpatia, gosto das selecções na justa medida, embora os veja cada vez menos. Seguramente que já não os vejo com lirismos ou paixões exarcebadas. 

Como dizia um antigo spot publicitário "um cão é um cão, um gato é um gato. Tudo no seu justo lugar, tempo e medida.

20 de setembro de 2022

S. Rafael

Não procuro as notícias mas elas vêm ter comigo. E dizem-me que o futebolista do SL Benfica, Rafa (Rafael Alexandre Fernandes Ferreira da Silva), terá anunciado a sua indisponibilidade para representar a dita selecção nacional de futebol abrasileirada, como quem diz, anunciou a sua retirada.

Independentemente das suas razões, que diz serem pessoais e familiares, devem ser respeitadas. Ganha com isso, naturalmente, o seu clube, já que as participações nas selecções são para os clubes uma constante dor de cabeça e notório prejuizo.

Parece-me também que, pelo seu historial na selecção e a forma como vinha a ser aproveitado, em que nunca foi levado a sério, fez bem. De resto já é moço a roçar os 30 anos, o que para um futebolista é quase velhice.

É claro que alguns arrastam-se por ali ate´aos 40 e se lhes derem lugar, até mesmo aos 50, tapando o caminho a outros craques mais novos.

De resto esta selecção dita nacional, a do Fernando Santos, do Ronaldo e do Jorge Mendes, sempre foi assim, de um certo grupinho, alguns brasileiros e mais uns tantos. E no grupinho não se mexe, mesmo que não joguem nos clubes. Os outros, os mais uns tantos, vão andando por ali para jogar uns minutinhos, a amaciarem o banco e almoçarem juntos com o Ronaldo, o Pepe e o Moutinho.

Portanto, esta decisão legítima do Rafa, vale o que vale, e nem deverá ser encarada como recado para ninguém, mas servirá pelo menos a alguma reflexão, até porque foi anunciada num momento de nítida boa forma e rendimento e na véspera de jogos da selecção para os quais tinha sido convocado.

Posto isto, mesmo que esta seja uma notícia banal, parece que tem incendiado as redes sociais e a coisa é levada à discussão num contexto de clubite com interpretações próprias, leituras e recados. Uns louvam a atitude, outros acham que não faz falta, outros consideram que foi uma decisão nojenta, outros ainda alvitram que foi um opção cobarde, como se o representar uma selecção, que é tudo menos nacional, seja um desígnio sagrado ou dever patriótico. 

Um exagero. Afinal foi apenas um jogador que tomou uma decisão de carreira. Nada mais!