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1 de fevereiro de 2024

500 amigos (e amigas)


Convenhamos que o Facebook vulgarizou o conceito de amigo. Parece que à data tenho 500, meio milhar. Deve haver engano porque pensando bem, assim com umas contas por alto, em tal conta serão pouco mais que os dedos de uma mão, e desses alguns nem estão na lista deste meio milhar.  Mas tenho uma boa parte como gente que conheço, considero e estimo. O resto, até acredito que são todos boas pessoas e que todos me querem bem, ou pelo menos não me desejam mal, sendo que nesta coisa de desejar, desejo sempre em dobro daquilo que me desejam. Mas também sei que nestes 500 andam por ali alguns com umas pedritas nas mãos atrás das costas e com uns alfinetes bem afiadinhos. Melhor é fingir que não sei.

Vale o que vale e o que não faltam por aí é trocadilhos e frases sobre amigos, mas aparte alguma ironia, dos bons todos queremos ter e precisamos, tanto nos bons como sobretudo nos maus momentos. A todos estimo.

Em todo o caso, a avaliar por certas figuras que os coleccionam, 500 amigos é mesmo um número baixo, e qualquer Manel Pancrácio e Zé da Esquina tem bem mais que isso, dos quais alguns que conhecem.

Mas convenhamos que 500 é um número redondinho e quase apetece não ter mais "amigos"  para não estragar a conta.  Caso para se dizer  que me bastam"poucos mas bons". É verdade que não tenho mais porque sou envergonhado a convidar, mesmo com o Facebook todos os dias a recomendar-me paletes de gente conhecida ou nem por isso, mas deste meio milhar quase ninguém convidei e, pelo contrário, quase todos tiveram a amabilidade e fizeram-me o favor de se convidarem. Bem hajam por isso e obrigado por fazerem parte dos 500!

9 de novembro de 2023

Pausa no facebocas


A quem interessar e estranhar pela ausência, sobretudo aos meus mais habituais seguidores, informo que desactivei a minha conta no Facebook. Não é a primeira vez nem será a última. Por nenhum motivo especial ou particular, mas apenas para uma pausa salutar. Reactivarei logo quando entender como oportuno, podendo ser daqui a dias, semanas ou meses.

Em todo o caso, aos meus fiéis seguidores e interessados, como sempre, sabem que estarei por cá neste espaço, sempre com novidades.

17 de julho de 2023

Meter a foice na (poda) seara alheia...

A propósito do assunto da poda dos arbustos e limpeza realizadas por elementos da Comissão da Festa do Viso - 2023, na envolvente da nossa linda igreja matriz, que veio à baila no Facebook, meti a foice na seara alheia, isto é, também me meti na conversa mas num objectivo de serenizar.

Diz a minha experiência e a minha idade que quase sempre nestas coisas e conversas travadas no espaço mais ou menos público, como é uma rede social, quase todos saem chamuscados porque nem sempre travadas com equilíbrio, sensatez e respeito pela opinião de todos. Assim, como na velhinha fábula da luta entre o padeiro e o carvoeiro, que aprendemos noutros idos tempos pelos livros da escola primária, ficaram ambos os intervenientes sujos. Nem o padeiro se manteve branco e imaculado como a farinha, saindo enfarruscado, nem o carvoeiro negro como o carvão, saindo empoeirado. Por conseguinte, quem se mete em conversas alheias, mesmo que no fórum público, arrisca-se a sair chamuscado.

Mas também diz a experiência que se somos pessoas livres e com opinião, se valorizamos e respeitamos ambos os pontos de vista, devemos então dar o nosso contributo com opinião num sentido positivo, mesmo correndo esse risco, sob pena de condicionarmos a nossa própria consciência, numa atitude fácil de não desagradar a Deus nem ao diabo ou o contrário. Ora por vezes é difícil conciliar esta neutralidade. Talvez por isso é que muitos preferem intervir de forma lateral e não pública, atirando a pedra e escondendo a mão.

Por conseguinte, a mesma experiência de uma vida aconselhava que devia deixar prosseguir a discussão e assistir descontraído no alto da bancada, como se constuma dizer. Mas intervi e ali deixei o meu comentário, a minha opinião, pela justa razão de que acho que mesmo com pontos de vista diferentes, e uma ou outra consideração menos medida e mais contundente, todos demonstram paixão e interesse pelas coisas da nossa freguesia e paróquia.

Para quem não seguiu a conversa, devo dizer que grosso modo o nosso estimado André Silva, que todos conhecem pelo amor e interesse pelas coisas da paróquia, de algum modo expressou o seu descontentamento com a forma como foi feita alguma da poda, nomeadamente, no seu dizer, por não serem respeitados os modelos que já existiam do passado e provenientes da mão do saudoso Pe. Francisco e achando que com isso foi "destruído" o trabalho de muitos anos.

Assim, porque tenho uma elevada estima a carinho pelo André, e partilho com ele muitas considerações sobre as coisas da paróquia, mas também valorizo quem de forma desinteressada trabalha com qualidade pela freguesia, como é o caso de qualquer Comissão da Festa do Viso, e do trabalho desta de modo particular no caso da limpeza e poda, acabei por comentar, compreendendo o seu ponto de vista mas achando-o um pouco injusto face ao trabalho que foi feito.

Mas voltando ao cerne da questão, era notório que os elementos arbustivos que adornam o nosso adro e a nossa igreja, estavam numa situação de desmazelo, a reclamar uma intervenção de limpeza e poda. E aqui nem importa reclamar de razões ou atribuir culpas do desmazelo. Em última análise somos todos responsáveis. Por conseguinte, mesmo que possamos discordar de alguns aspectos, porque há sempre vários pontos de vista, e diferentes formas de intervir, e cada cabeça sua sentença, é de justiça valorizar o que foi feito, tanto mais, como no caso, com um propósito de melhorar e zelar.

Esperemos que de facto os arbustos regenerem, e deve haver algum cuidado na rega nestes meses de Verão, e se componham para voltarmos a ter um adro ajardinado de modo a que não desmereça a nós próprios, paroquianos, como a quem nos visita. O adro e envolvente da nossa igreja sempre foram um motivo de orgulho, um postal vivo, e para que isso se mantenha é preciso trabalho e dedicação. Ao longo dos tempos foram muitos. Ora as plantas também precisam de cuidados, quer na poda quer na rega e o abate ou cortes radicais e muitas vezes a sua substituição apenas por pavimentos, nunca serão boa solução a não ser por motivos maiores e devidamente justificados como doenças das plantas ou quando impeçam outras situações como circulação e acessos.

Em resumo, importa nestas como noutras coisas de interesse colectivo, haver discernimento, bom senso e razoabilidade e nunca decisões unilaterais, precipitadas e radicais que só contribuirão para desunir a comunidade. Ora o que importa verdadeiramente aqui, parece-me é unir, é congregar. Tudo o que for feito nesse sentido será sempre de enaltecer.

3 de maio de 2023

Ainda a leste do Facebook

No início do ano informei por aqui mais uma pausa na minha frequência da rede social Facebook, o que de resto já havia feito noutras alturas.

A pausa dura assim há quase quatro meses e de facto não tenho acedido à conta pelo que não tenho partilhado ou visualizado qualquer publicação. 

Entretanto, e porque não estava mesmo a utilizar e poderia confundir alguns amigos, nomeadamente deixando-me mensagens a que não daria resposta, desactivei mesmo a conta temporariamente. 

Como se costuma dizer, nem sempre nem nunca e por isso em qualquer altura pode-se retomar a coisa, mas por agora vai seguindo assim.

Escusado será dizer que quem quiser acompanhar o que vou escrevendo e partilhando, pode sempre visitar esta minha página que, ao contrário do Facebook, tenho mais controlo em muitas das definições e privacidade de dados.

14 de janeiro de 2023

Pausa de Facebook


Tenho já dito que a rede social do Facebook é uma plataforma excepcional se utilizada com algum critério e qualidade, sobretudo que visem o enriquecimento cultural, o debate de ideias e partilha de coisas interessantes. Mas, todavia, verifica-se que no geral é usada com banalidades, partilha e replicação de vulgaridades que pouco ou nada acrescentam. Originalidade, pouca  ou mesmo nenhuma. Os auto-elogios, os egocentrismos, as poses e as nossas coisinhas e vaidades como se fossem importantes para os outros, são também lugares comuns e recorrentes.

Para além de tudo, falta gente com qualidade que promova a partilha e debate de ideias sobre os assuntos que a todos interessam.

Não sou, de todo, o melhor exemplo e também cometo os meus pecados, mas pelo que vou vendo há de facto uma pobreza extrema e aqueles "amigos" que conheço e que poderiam acrescentar valor de intervenção e mesmo de cidadania, andam por fora e raramente aparecem ou intervêm. Porventura é o que fazem melhor. De facto, na maior parte das vezes, intervir e participar é "chover no molhado". Discussões idiotas é o que não falta e lá diz o velho ditado que "lavar a cabeça a burros é perder tempo e gastar sabão" ou mesmo, "a burros dá-se palha e não conversa".

Neste contexto, quando a corrente comum é a banalidade, faz bem entrar em quarentena, em pausa curativa até que volte a surgir uma nova vontade de participar. Pode ser daqui a semanas ou meses. Quando apetecer. De resto já não é a primeira vez que faço férias da coisa. Como excepção a esta inactividade, apenas para a partilha de alguma situação que considere importante e especial.

Para aqueles que eventualmente gostam de seguir o que vou publicando, escrevendo e opinando, podem sempre passar aqui por este espaço.

Por isso, malta amiga e habitual do Facebook, um até já!

11 de novembro de 2022

-Bem vindo ao mundo da realidade!



Há dias, alguém que estimo e da minha reduzida rede de amigos facebookianos, dizia-me pessoalmente que não compreendia que algumas das coisas que pelo Facebook partilho, sobretudo artigos ou apontamentos relacionados à história da freguesia, fotografias, poemas e ilustrações, não tenham mais comentários e "gostos".

Respondi-lhe: - Caro amigo, bem vindo ao mundo da realidade! Aqui não é um espaço de reconhecimentos e de sinceridades. Aqui valem sobretudo os grandes grupos e os interesses que se estabelecem entre eles. Se tens uma grande tribo que cultivas na arte do bajulatório, basta dares um peidinho de uma qualquer insignificância ou egocentricidade do teu dia-a-dia para teres largas dezenas de likes e comentários e sentires-te importante, inflamado. Uma alarvidade ou, vá lá, banalidade, se dita por alguém que bajulas, é certinho e direitinho que tem direito a dezenas de deferências. Ao contrário, qualquer laivo ou rasgo de meritório, de inspiração artística ou poética, opiniões e pensamentos próprios e escritos pela tua caneta, se porventura a necessitarem de um qualquer incentivo à continuação e melhoramento, a coisa morre logo ali à nascença, quase sem ninguém que lhe acuda verdadeiramente.

Por conseguinte, farto-me de dizer o óbvio: As redes sociais não são mais que uma extensão do que somos lá fora, porventura com o mérito de realçar aquilo que somos, nas coisas boas e menos boas, nas qualidades ou falta delas. 

Posto isto, o que vou por aqui partilhando é mesmo uma teimosia a pensar numa boa dúzia de mentes sensíveis e com capacidade de admirar e valorizar. Nem mais nem menos!

Mas vejamos sempre a coisa pela positiva, até porque, de novo socorrendo-me da velha sabedoria popular, "ovelhas não são para mato" ou mesmo "os burros também se ensinam". Talvez por isso, muitos dos meus bons amigos, por quem tenho apreço cultural e de cidadania, andam afastados destas coisas e se até têm página pessoal, pouco ou nada escrevem e só aparecem esporadicamente como quem a abrir as janelas num dia de sol para arejar a casa fechada.  

De alguns, bons, que por cá andaram no início, acabaram por sair ou deixar de aparecer porque perceberam que isto de andar a partilhar e a escrever coisas próprias, a exercer cidadania, sem ser egocentrismos e banalidades, tem custos e sobretudo não gera clientela à altura. É o que é. 

Desses bons, tenho sobretudo saudade do José Marques Pinto da Silva, das Caldas de S. Jorge, figura de saber falar e melhor escrever, senhor de princípios e lutas a que nunca virou costas às vagas, mesmo com as bategadas fortes de quem não tinha estofo para estar à sua altura. Andou literalmente a chover no molhado e a malhar em ferro frio, porque sem concorrência à altura. Mas era um gosto ler e reflectir no que escrevia, mesmo não sendo da sua freguesia.

Obrigado pois a todos os bons amigos que ainda têm bom gosto, sabem ver a beleza de uma fotografia e o que ela apresenta e representa, o sentido transcendente de um poema, a reflexão de um qualquer pensamento ou opinião, a arte, mesmo que não académica, de um rabisco. 

Quanto ao resto, a caravana, esta passa e os cães ladram. Não fosse assim, esta lei da natureza, e um pai pinguim nunca conseguiria encontrar o seu filho no magote de milhares dos seus quando regressa do mar com o estômago cheiro de peixe para partilhar.

A natureza humana tem muito a aprender e a reflectir com a natureza animal, mas aquela sempre em desvantagem, porque esta, mais pura, genuína.

28 de julho de 2022

O silêncio dos inocentes


Parece que na minha página do Facebook tenho 471 amigos. Uma miséria. Até a Maria da Esquina tem mais do dobro e limita-se a partilhar coisas fofas como florzinhas, cãezinhos, gatinhos e corações. E quem não gosta de fofuras?

Bem sabemos que o conceito de amizade no Facebook é muito subjectivo e não surpreende, por isso, que de um modo geral, entre centenas de amigos tenhamos mesmo alguns inimigos de estimação, bem disfarçados. Sabemos até quem são, porque não enganam, mas fingimos que não, e deixamo-los andar por aí contentinhos para de quando em vez nos deixarem uns remoques. Adiante.

Mas mesmo assim, com quase 500 amigos, esperava ler de parte deles algumas intervenções sobre assuntos do quotidiano público, do escorrer dos dias, mesmo em contexto de cidadania. Mas em regra, relevando um ou outro caso esporádico, as intervenções não existem ou são para entreter. Nada de substancial.

Mas reconheço que essa larga maioria é que está certa, porque hoje em dia opinar de forma pública, sobretudo nas redes sociais, é um grande risco, porque da crítica construtiva, do contraditório, até à ofensa pessoal e gratuita vai uma distância muito curta, sobretudo quando envolvendo figuras públicas. Como exemplos, atente-se a algun dos casos que têm acontecido, como os mais recentes envolvendo a actriz São José Lapa sobre as considerações que fez sobre o compositor e cantor Pedro Abrunhosa e este sobre o Putin, mandando-o fod.. num concerto em Águeda? Mas também sobre uma tal de Joana Albuquerque que numa visita à ilha da Madeira, terá dito que "...adoro países estrangeiros onde se fala português". E ainda há pouco tempo o caso do traseiro da fadista Cuca Roseta com a análise do também fadista Nuno da Câmara Pereira?

Enfim, os exemplos são mais que muitos e poderia aqui apontar uma catrefada deles.

Com todo o risco inerente, não surpreende, pois, que de um modo geral as pessoas prefiram partilhar ou falar sobre egocentricidades, mais que expressar pensamentos e opiniões, seja sobre que assunto for, nomeadamente naqueles com riscos acrescidos, envolvendo política, partidarismo, futebol, clubismo e religião.

É, pois, uma boa posição o andarmos por aí como gente inocente, em silêncio, muda e calada, quando muito só para atirar pedras a quem opina a quem pensa de modo diferente.

Já agora o que penso eu sobre a polémica do Pedro Abrunhosa e da São José Lapa e sobre a queixa do Chega ao comportamento do presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva? Ou mesmo sobre os artistas que vão actuar na festa do Avante?

Schiuuuuuu!

27 de julho de 2022

Big Brother e cuecas


Quem utiliza a internet e pesquisa assuntos ou produtos, já terá percebido que logo de seguida será bombardeado com publicidade a esses mesmos produtos. 

Por exemplo, se pesquisa cuecas, logo de seguida será atafulhado de propostas para cuecas de todos os tamanhos, cores e feitios, mesmo daquelas que têm buracos pela frente e por trás. Se pesquisa por locais de férias, de seguida será tentado com mil e uma propostas, desde um fim-de-semana em Escariz até um mês nas exclusivas ilhas gregas, Antilhas ou Caraíbas, como se tivesse uma carteira com o tamanho da do Cristiano Ronaldo.

Ora isso decorre dos algoritmos usados pelas operadores como a Google, Facebook, etc. Em rigor, como num Big Brother global, andamos constantemente a ser vigiados, onde vivemos, onde estamos, o que fazemos e os nossos gostos. E não há volta a dar pois não me parece que estejamos, sobretudos os mais novos, dispostos a fazer dietas rigorosas de uso de redes sociais e internet em geral, e capazes de deixar os telélés desligados na gaveta.

Esta situação para além de tudo o mais, tem outros efeitos perniciosos e até mesmo paradoxais. Por exemplo: Há dias doei um donativo para a Unicef como um simples contributo e dar um pouco mais de esperança de vida e cuidados médicos básicos às crianças do Corno de África (nomeadamente Somália, Etiópia). Não foi a primeira vez e não será a última, pela justeza da causa e pela idoneidade da entidade, mas sempre de acordo com a minha possibilidade e calendário. 

Pois bem, apesar de dar esses contributos, só porque o fiz e mostrei interesse e sensibilidade para com esse assunto, desde então que tenho sido bombardeado por anúncios ligados à Unicef e a essa causa, o que compreensivelmente me deixa incomodado. 

É como darmos uma esmola a um arrumador à porta de uma média superfície aqui nas redondezas, que dali não descola, apesar de já lhe ter oferecido trabalho para pedreiro ou trolha, que obviamente não lhe interessa porque significa trabalhar, e assim termos que apanhar com ele todas as vezes que lá vamos para o ajudar a angariar 100 euros por dia. E nas suas argumentações para a pedinchice, o homem já teve uma série de nacionalidades, desde marroquino a ucarniano. Depende da história que quer contar. Umas vezes porque tem uma doença, outras porque tem filhos na Ucrânia que quer resgatar, outras que tem a pobrezinha da mãe em Marrocos, a depender da sua ajuda.

Não compreendo, de todo, como é possível que alguém estrangeiro por cá continue indefenidamente, sem trabalho, a viver destes expedientes, e aparentemente sem qualquer controlo das autoridades.

Mas voltando ao assunto principal, tenham, pois, cuidado com aquilo que procuram porque, acreditem, estão a ser vigiados, já não por um qualquer bufo da PIDE mas por quem tem bem mais poder de seguir cada passo das nossas vidas, dos nossos gostos, preferências e mesmo pensamentos.

30 de janeiro de 2022

No Facebook a meio-pau


Na alimentação, é sabido, não convém abusar do álcool, das gorduras, do açúcar e do sal.  Assim, também nas redes socias, e de modo particular no Facebook, torna-se saudável fazer pausas regulares e adoptar um regime de dieta, até mesmo de desintoxicação.

Assim, para já entrei em modo "Vou ali e já venho" no que se refere a uma intervenção directa e esgrimir de comentários, bem como à visualização de publicações de terceiros, isto é, numa merecida e apetecível pausa pelo que por algum tempo estarei em modo poupança. Por ora apenas o lugar à partilha dos links para temas publicados neste meu blog pessoal. 

Quem tiver algum interesse em acompanhar as coisas que por cá vamos publicando, que passe porque é bem vindo!

10 de maio de 2021

O Facebook é um filão de sarna

Alguns "amigos" têm estranhado e perguntado pelos motivos da minha ausência na minha página no Facebook.

Para sossegar aqueles que de algum modo eram seguidores frequentes, devo dizer que está tudo bem. Apenas desactivei a conta, para uma pausa e higienização mental. Certamente que é temporária a pausa, e já o havia feito anteriormente, mas de frequentar essa tasca é coisa que para já não sinto falta. Creio que já desde o início de Dezembro último.

É que esta coisa do Facebook tem tanto de importante e interessante, quando usada de forma construtiva, como de estupidificante quando banalizada e apenas como uma câmara de eco dos nossos egocentrismos e vaidadezinhas. E a coisa é como a sarna, pega-se e às tantas estamos a descer aos buracos mais fundos de alguns fundamentalismos, sejam políticos, sejam futebolísticos, ou outros. É um filão de sarna o Facebook. É certo que assim também não posso acompanhar algumas coisas interessantes produzidas por pessoas "amigas" igualmente interessantes, mas como estas são aves raras, o saldo acaba por compensar.

Poderia já ter partilhado fotografias de alguns bons trilhos já percorridos desde Abril, dando a conhecer recantos e encantos de gentes e lugares, mas não se pode ter tudo. Quem sabe, mais daqui a algum tempo quando algumas poeiras assentarem.

Assim sendo, a pausa higiénica e salutar continua e aqueles que têm realmente algum interesse no que vou escrevendo e publicando podem sempre passar por este espaço, o que de resto em média é feito por quase um milhar de visitantes.

21 de outubro de 2020

O antes, o depois e o agora

 

Anda pelo Facebook uma mensagem que grosso modo diz que no tempo de Salazar, Portugal não tinha dívida pública e tinha uma das maiores reservas de ouro.

O "Observador" pegou no assunto e depois de analisada a questão classifica a mensagem como enganadora e isto porque Portugal tinha nessa altura efectivamente dívida pública.

Em todo o caso, confirma que em 1974 a nossa dívida pública "equivalia a 

cerca de 13,5% do PIB, ou seja, da riqueza gerada na altura em que se deu a revolução dos cravos, segundo os dados do FMI. Em contrapartida " ....Hoje, a dívida representa 117,7% do PIB, segundo dados oficiais da Pordata, que também podem ser encontrados no relatório do Conselho de Finanças Públicas. Portanto, a dívida pública é hoje muito maior, apesar de ter existido dívida nos dois períodos de tempo.

Quanto à questão do ouro:

"...De facto, Portugal tinha uma das maiores reservas de ouro do mundo. Segundo o Banco de Portugal, em 1974, o país tinha 865,94 toneladas de ouro, estando em oitavo lugar num ranking a nível mundial, sendo essa uma das marcas históricas do legado de Salazar. Neste momento, e segundo os dados mais recentes (que são de 2019), Portugal está em 14º lugar no ranking mundial de países com as maiores reservas de ouro, segundo dados do World Gold Council".

Em resumo, a mensagem é enganadora porque não é totalmente correcta, mas no essencial é verdadeira. Obviamente que as razões que concorreram e concorrem para isso são várias e conforme o interesse de cada um. Argumentos válidos não faltarão. 

Mas se é certo que, apesar de em 1974 o país estar envolvido numa guerra estúpida e ceifadora de vidas e recursos, estava nessa posição de percentagem de dívida e detenção de reserva de ouro, também é verdade que, para além da questão do regime político, era notório o atraso em relação a muitos índices de qualidade de vida de outros países europeus.

Mas também é certo que tendo já passado quase 50 anos, Portugal inverteu em grande parte  essa situação e podemos dizer que praticamente estamos a par da Europa, mas a que custo? Pela responsabilidade, rigor, organização, produtividade, combate à corrupção e interesses partidários? Seria bom sinal que assim fosse, mas, infelizmente, e como já comentei outro dia, devido a grandes apoios e subsídios a fundo perdido da União Europeia ao longo de mais de 30 anos, mas sobretudo a custo do endividamento, que é brutal e certamente inamortizável nas próximas décadas. Não só do Estado, mas das famílias, empresas e instituições.

Portanto, cada um que pense e analise como bem entender, mas há coisas que não podem ser escamoteadas, nem no antes, quase há meio século, nem no depois, nem na actualidade. 

26 de julho de 2020

Varredura


A propósito de uma denúncia com fotografia (acima) que o Sr. presidente da Câmara de Santa Maria da Feira , Dr. Emídio Sousa, deixou na sua página do Facebook, entristecendo-se pelo abate de árvores "a varrer" num terreno marginal ao rio Uíma e junto ao trajecto da extensão do passadiço que irá ligar Lobão a Caldas de S. Jorge,  numa primeira vista, e desconhecendo as causas por parte do proprietário, de facto é de se lamentar.

Em todo o caso, convém lembrar que uma grande parte dos terrenos envolventes ao Uíma, nomeadamente em toda a zona conhecida por ribeiras, e de resto em todas as zonas de vale de qualquer rio ou ribeira, num passado não muito distante, os terrenos eram isso mesmo, ribeiras, campos de cultivo, com poucas árvores, eventualmente na bordadura dos ditos campos e na margem do rio, para sustentar videiras. Imaginemos que agora o proprietário pretende voltar ao cultivo. Pode não ser o caso, mas coloca-se a questão. Também me parece que alguma diversidade de ocupação (agrícola e florestal) ao longo do passadiço pode ser positiva.

Também não sei se foi feito e se o terreno em questão abrange o novo passadiço, mas se sim, nos protocolos de cedência ou venda das parcelas, deveria ser acautelada a preservação das árvores e manta vegetal, não só na galeria do rio como até determinado afastamento. Mas, como referi, não conheço esta situação em concreto, suas causas e motivações, pelo que é apenas uma reflexão com algumas questões.

Mas sim, numa primeira impressão, afigura-se como injustificável esta varredura, sem qualquer sensibilidade ambiental.

23 de janeiro de 2019

Pausa para café

Quando algo nos intoxica, o melhor a fazer é fugir do ambiente com ar poluído e procurar a saúde de espaços abertos onde melhor se possa respirar.
Assim, com esta naturalidade, volto a fazer uma pausa na utilização da rede social Facebook. Apenas uma pausa terapêutica, nada mais. É que por ali tem-se respirado muito mal e a decadência da coisa não está longe. As pessoas é que fazem a coisa mas a própria rede tem dado uma enorme ajuda, intoxicando a casa com demasiada publicidade e partilhas patrocinadas que nos invadem sem qualquer controlo. De resto esse controlo supostamente existe mas sempre que tapamos um buraco são abertos dois. Pode ser da idade, mas começa já a faltar paciência ou pachorra para algumas coisas. Vão-se foder!
Em contrapartida, vou explorar algumas outras redes, nomeadamente o Twitter.
Quem tiver algum interesse no que vou dizendo, fotografando ou rabiscando sabe que é por aqui neste espaço que vou estando.

16 de janeiro de 2019

- Acudam que é lobo!


De volta e meia lá surgem as atoardas sobre a política de privacidade da rede social Facebook e que muitos utilizadores partilham e replicam às cegas, tornando-se no que se diz viral.
Por estes dias a coisa voltou a atacar com uma mensagem do género "Não se esqueça que o prazo termina amanhã. Tudo o que você já postou torna-se público a partir de amanhã. Até as mensagens que foram apagadas ou as fotos não permitidas.".

Esta, como muitas outras, é uma treta que já tem alguns anos e que volta e meia, apesar de desmentida, retorna a circular com intensidade. O que espanta é a quantidade de utilizadores que alinham nesta cadeia e copiam e colam sem sequer procurar saber se há algum fundamento na coisa. Alarmante não é, contudo, a réplica desta treta mas a predisposição que demonstramos para replicar outras, porventura, mais graves e com propósitos oportunistas  por quem as lança. Para além de tudo, com tanta treta misturada e tantos falsos alarmes, às tantas adoptamos a atitude do povo da aldeia para com Pedro o pequeno guardador de rebanhos que à custa de tantos falsos alarmes de "-Acudam que é lobo!", por brincadeira, quando o pedido de socorro tinha fundamento ninguém lhe deu ouvidos por pensar que era mais uma  do mentiroso. 

Apesar das fraquezas do Facebook, há coisas que ainda podemos controlar, desde logo o regime ou grau de privacidade que queremos dar a cada publicação, fotos incluídas. Para além de tudo há uma ferramenta muito boa que é de ir apagando o que de certa forma se tornou desactualizado. 

É certo que é fácil fabricar falsidades tidas como verdades mas um bocadinho de auto-regulação e sentido crítico só fariam bem. Já agora, menos exposição dos nossos e das nossas coisas mais pessoais e íntimas também seriam uma ajuda.

7 de dezembro de 2018

O email do amigo João Esteves


O texto abaixo, que vai sendo partilhado pela rede social do Facebook como se fosse uma coisa actual, anda há anos a ser divulgado. Basta fazer uma ligeira pesquisa para o perceber. Supostamente toda a gente tem um amigo João Esteves que lhe enviou esse importante email com essa surpreendente conclusão.
Em todo o caso, fazendo de conta que este é um texto actual, aparte a generalização de algumas questões e conclusões que, em rigor, não são tão lineares, certo é que muitas são evidentes e óbvias e, mais coisa menos coisa, mais alarmismo ou generalização fácil, há por ali muita coisa que bate certo no que acontece com as campanhas de solidariedade a que periodicamente os portugueses são chamados a contribuir, como ainda recentemente para o Banco Alimentar.

Em resumo, e antes de passar à reprodução do texto, para quem quiser ter o trabalho de o ler, e que por aí anda sempre com ar de  fresquinho, custa é acreditar que só agora cheguem a essa conclusão, de tão demasiado óbvia. Para além de que, mesmo não sendo politicamente correcto dizê-lo, uma grande parte destes alimentos é para ajudar quem vai vivendo à custa do Estado Social e da generosidade dos portugueses num contexto de chico-espertice continuada. Não generalizando, obviamente, todos nós conhecemos por aí alguns deles, que fumam, bebem, bons carros, bons telemóveis, ao sol no Inverno, à sombra no Verão, mas trabalhar, aí é que a porca-torce-o-rabo. "Trabalhar", eventualmente de madrugada. A malandrice neste país compensa e está isenta de IMI, IRS e IVA. 
Mas, ok, é Natal e somos bons e generosos, não só a dar aos pobres como aos ricos. Pagamos os combustíveis mais caros da Europa, a electricidade mais cara da Europa, os impostos indirectos mais altos da Europa, sempre com boa disposição e sem grandes alaridos, contentes com um salário mínimo nada condizente com o luxo do que pagamos. Em suma, pagamos mais por menos, mas contentes porque nos devolveram uns patacos e uns feriados, pelo que daqui a nada temos uma maioria absoluta para dar de prenda, na filosofia já por alguém cantada de que "pr’a melhor está bem, está bem, pr’a pior já basta assim".

Segue o texto:
Ontem recebi na minha caixa de mensagens um email enviado pelo meu amigo João Esteves, o qual embora de autor desconhecido, dada a importância do tema, não podia deixar de o partilhar.
O texto é um pouco extenso mas vale a pena ler, porque ajuda a denunciar uma situação que é mesmo, uma verdadeira vergonha.

Trata-se das campanhas de solidariedade e vejamos como se fazem lá fora e cá dentro.
“Em Inglaterra a cadeia de supermercados Waitrose, oferece uma chapa (espécie de moeda) a cada cliente que faz compras acima de um determinado valor. O cliente à saída tem três caixas, cada uma em nome de uma instituição social sediada no seu município, para receber as referidas moedas de acordo com a opção do cliente. Periódicamente a empresa conta as moedas e entrega depois em dinheiro o valor correspondente. Esse donativo diminui obviamente nos seus lucros fiscais, uma prerrogativa que a lei portuguesa, também permite através do Estatuto dos Benefícios Fiscais.

Só que em Portugal, as campanhas de solidariedade custam ao doador uma parte para a instituição, outra para o Estado e ainda mais uma boa parte, para a empresa que operacionaliza a acção ou campanha.
Somos um país de espertos até na ajuda aos mais necessitados, donde não devemos ficar quietos e calados, devendo denunciar esta total falta de vergonha.
É muito triste, mas é bom saber que no Programa de luta contra a fome, nada é o que parece.

Ora veja:
Na última acção de recolha de bens junto dos hipermercados, uma ação, louvável do programa da luta contra a fome, segundo os telejornais, foram recolhidos cerca de 2.644 toneladas! Ou seja 2.644.000 Kg.
Se cada pessoa adquiriu no hipermercado 1 produto para doar e se esse produto custou, digamos, 0.50 € (cinquenta cêntimos), repare que:
2.644.000 Kg x 0,50 € dá 1.322.000,00 € (1 milhão, trezentos e vinte e dois mil euros), total pago nas caixas dos hipermercados.

Quanto ganharam?
O Estado: 304.000,00 € (23% iva); O Hipermercado: 396.600,00 € (margem de lucro de cerca de 30%).
Nunca tinha reparado, tal como eu, quem mais engorda com estas campanhas...
Devo dizer que não deixo de louvar a ação da recolha e o meu respeito pelos milhares de voluntários.

MAIS… É triste, mas é bom saber...
Porque é que os madeirenses receberam apenas 2 milhões de euros da solidariedade nacional, quando o valor doado foi de 2 milhões e 880 mil?
Querem saber para onde foi esta "pequena" parcela de 880.000,00 €?

A campanha a favor das vítimas do temporal na Madeira, através de chamadas telefónicas é um insulto à boa-fé da gente generosa e um assalto à mão-armada.
Pelas televisões a promoção reza assim: Preço da chamada 0,60 € + IVA. São 0,72 € no total.

O que por má-fé não se diz, é que o donativo que deverá chegar ao beneficiário madeirense é de apenas 0,50 € assim oferecemos 0,50 € a quem carece, mas, cobram-nos 0,72 €, mais 0,22 € ou seja 30%.
Quem ficou com esta diferença?
1º - A PT com 0,10 € (17%), isto é, a diferença dos 50 para os 60.
2º - O Estado com 0,12 € (20%), referente ao IVA sobre 0,60 €.

Numa campanha de solidariedade, a aplicação deu uma margem de lucro pela PT e da incidência do IVA pelo Estado, são o retrato da baixa moral a que tudo isto chegou.
A RTP anunciou com imensa satisfação, de que o montante doado atingiu os 2.000.000,00 €.
Esqueceu-se de dizer, que os generosos pagaram mais 44%, ou seja, mais 880.000,00 €, divididos entre a PT (400.000,00 €, para a ajuda dos salários dos administradores) e o Estado (480.000,00 €, para auxílio do reequilíbrio das contas públicas e aos que por lá andam).

A PT cobra comissão de quase 20%, num acto de solidariedade!
O Estado faz incidir IVA, sobre um produto da mais pura generosidade!
Isto é uma total falta de vergonha, sob a capa da solidariedade é bom que o povo saiba, que até na confiança somos roubados. Isto é um triste esbulho à bolsa e ao espírito de solidariedade do povo português!

Pelo menos. DENUNCIE! Não vale a pena sermos solidários nestas acções, pois há muitos a comer à nossa conta e com muito mais

20 de setembro de 2018

Força Bayern! - Força Schalk 04! Força Qarabag!



Tolerância é um termo que vem do latim tolerare que significa "suportar" ou "aceitar". A tolerância é o ato de agir com condescendência e aceitação perante algo que não se quer ou que não se pode impedir.
A tolerância é uma atitude fundamental para quem vive em sociedade. Uma pessoa tolerante normalmente aceita opiniões ou comportamentos diferentes daqueles estabelecidos pelo seu meio social. Este tipo de tolerância é denominada "tolerância social".

Esclarecido o significado, e face ao que ainda hoje li no Facebook, fica a questão: 

Podemos tolerar no Facebook um "amigo" que descarada e declaradamente torce por um clube estrangeiro adversário do nosso clube? Tipo, Força Bayern! - Força Schalk 04! Força Qarabag!
Admite-se e compreende-se que um determinado adepto possa ter esses sentimentos para com os clubes rivais, porque o sucesso dele reside no insucesso dos demais, mas, pôrra, expressá-los publicamente de forma contundente, provocatória mesmo, não parece nada apropriado nem respeitoso para com os "amigos" e demais comunidade, esta certamente diversificada nos gostos, nomeadamente clubísticos. Há, pois, um desrespeito básico nestas manifestações. Ora o desrespeito deliberado fere necessariamente o direito à tolerância. Ou não?

Em resumo, a tolerância é uma coisa bonita mas não merecida para quem abusa dos princípios por ela abrangidos, desde logo o fundamentalismo. Dito isto, "amigos" desses estarão certamente sempre a mais, mesmo que numa lista de redes sociais onde o conceito de "amigo" vale o que vale. Quando muito, temos na nossa lista, entre verdadeiros amigos, alguns "grunhos" a quem simpaticamente aceitamos como "amigos".

7 de maio de 2018

Manadas


(...É evidente hoje que o Facebook – e o mesmo se poderia dizer do Twitter ou do Youtube (que pertence à Google) – albergam e difundem o melhor e o pior, porque, como dizia recentemente na Argentina o sociólogo Manuel Castells, “as redes são a expressão do que somos e a espécie humana não é necessariamente boa”.

A meu ver, porém, não basta repetir o que o senso comum diz habitualmente das tecnologias: que elas, em si mesmas, “não são boas nem más”; e que “o uso que delas fazemos é que é determinante”. É verdade que muito depende do utilizador e do uso. Mas é preciso não ser ingénuo relativamente à natureza e finalidades das redes sociais. O Facebook ou o Instagram são bem mais do que brinquedos que nos ofereceram para realizar a promessa de pôr de pé uma rede de comunicação à escala do mundo. E não é só pelas utilizações fraudulentas e mal-intencionadas de que vamos tendo conhecimento. Somos também nós que fazemos essas redes, em particular quando nos desinteressamos de conhecer a sua lógica de funcionamento e adotamos, no seu uso, ‘comporta-mentos de manada’....)


(Manuel Pinto in Rádio Renascença)

20 de abril de 2018

A minha lista é melhor que a tua


Se há sítio onde se contam tretas, e das grandes, e se partilham indefinidamente como sendo verdades, é a rede social Facebook. Ainda hoje, alguém partilhou, muito escandalosamente, que Portugal está em 5º lugar na lista dos países mais corruptos do mundo. Obviamente que é uma treta e depois há que ter em conta que estes rankings ou listas são diversas e os seus supostos resultados dependem muito das entidades que as fazem, dos critérios e países analisados. Uma coisa é estar-se em 5º numa lista de 20 ou 30 países outra é entre 100 ou 200.

Por exemplo, de acordo com a organização não governamental Transparency International, que analisa o índice de corrupção em 180 países, classificando-os numa escala de 0 a 100, sendo que 100 significa o número máximo de “pureza” ou transparência”, enquanto o 0 é o nível máximo de corrupção, o estudo coloca Portugal na posição 29ª no que se refere a transparência, à frente de países  europeus como Polónia, Espanha, Itália e Grécia, entre outros. A Nova Zelândia, Dinamarca e Finlândia encabeçam o pódio dos países mais transparentes.

Em resumo, bem acima da maioria dos países identificados. Como se poderá ver pela lista, referente a 2017, é uma posição bem menos "feia" do que muitos a pretendem pintar.
Portanto se gosta de tretas e escândalos, acredite no Facebook e partilhe sem se dar ao mínimo trabalho de pesquisar a credibilidade das fontes e de verificar se há alguma pinta de verdade.

Em todo o caso, sim, Portugal em termos médios europeus continua ainda com muito caminho por percorrer rumo a mais transparência e a partir dela menos corrupção, como refere João Paulo Batalha, presidente da Transparency International Portugal, acrescentando que"... Portugal não tem evoluído significativamente no índice ao longo dos anos em que este é gerado. “Esta estagnação é o retrato da falta de vontade política em adotar uma abordagem frontal a este problema crítico para o bom funcionamento das instituições e para a capacidade de a nossa economia ser competitiva e captar investimento e gerar emprego”.

23 de agosto de 2017

Eleições Autárquicas 2017 - O que se vai lendo, vendo e ouvindo - V


A ideia não é nova nem inédita, mas é interessante e digna de registo. É uma das propostas da candidata do Partido Socialista à Câmara Municipal de Santa Maria da Feira. A plataforma pode ser acedida aqui.