14 de abril de 2018

Nota de falecimento


Faleceu, de forma inesperada, Paula Maria Batista dos Santos (Paula do Ti Pereira do Viso), com 51 anos. Residia na Rua Nossa Senhora da Boa Fortuna Nº 575  - Cimo de Vila - Guisande.
Cerimónias fúnebres na próxima Segunda-Feira, 16 de Abril de 2018, com velório a partir das 14:30 horas na Capela Mortuária de Guisande e missa de corpo presente pelas 17:00 horas na igreja matriz de Guisande, indo no final a cremar no Cemitério Nº 3  de S. João da Madeira.
Sentidos sentimentos a todos os seus familiares, particularmente aos seus filhos. Paz à sua alma!

13 de abril de 2018

Nota de 20 escudos - A verdinha


Desde 1 de Janeiro de 2002 que Portugal, como membro da da Comunidade Europeia (actualmente União Europeia) desde 1986, está integrado no chamado sistema de moeda única europeia, ou Zona Euro. Por conseguinte, a nossa moeada é o Euro, o que na actualidade vigora em 19 dos 28 países membros. 
Todos sabemos do conjunto de dificuldades de adaptação ao novo dinheiro bem como a curiosidade que na altura despertou. A curiosidade passou, é certo, mas as dificuldades, principalmente de conversão, ainda fazem parte do dia-a-dia de muitas pessoas, de modo especial dos idosos. Actualmente, de um modo geral, já estamos mais ou menos familiarizados com o sistema, mas de facto foi uma etapa marcante para todos os portugueses e obviamente para a população dos Estados que aderiram ao sistema. Muitos dizem que com nítido prejuízo para Portugal.

Do tempo dos escudos, uma das mais emblemáticas notas foi sem dúvida a de 20 escudos, com a efígie de Santo António, popularmente conhecida como "verdinha". Esta nota entrou em circulação em 27 de Janeiro de 1965 e foi retirada de circulação mais de duas décadas depois, concretamente em 30 de Maio de 1986, sendo substituída anteriormente em 31 de Outubro de 1977 por uma nota também em tom verde, mas com um design mais moderno e com a efígie do almirante Gago Coutinho. Em 30 de Maio de 2006 terminou o prazo para a troca das notas de 20 escudos por euros, existindo então 27 milhões de notas ainda por trocar. Até essa data muitas foram de facto trocadas mas um grande número ficou nas gavetas dos portugueses, esquecidas, perdidas, roubadas ou simplesmente para amostra de saudosos tempos. Deste modo, no mercado do coleccionismo são relativamente vulgares mas os seus preços podem ir de 1 a 10 euros ou bem mais, dependendo do estado de conservação e de alguma particularidade que as tornes raras.

A nota de que falamos foi impressa na Inglaterra, tendo sido produzidas  mais de 229 milhões de unidades, todas com a data de 26 de Maio de 1964. A data e as assinaturas do vice-governador e do administrador do Banco de Portugal foram posteriormente  impressas em Portugal e com tinta preta. Uma das séries ficou com essa impressão um pouco desenquadrada ficando com o O da frase "O Administrador" a coincidir com o olho do peixe da gravura. Obviamente que tais notas são raridades e muito valorizadas por coleccionadores.

A "verdinha" era uma nota muito vulgar, porque a de valor mais baixo de todas as notas nesses tempos em circulação e por isso mesmo era das mais populares. Apesar de baixo valor, dizem os entendidos que comparativamente nos dias de hoje teria um valor aquisitivo similar à nota de 10 euros, mas certamente que ainda mais importante pois compravam-se com ela coisas com muita mais importância do que actualmente uma nota de 10 euros.

12 de abril de 2018

Leões à solta


É verdade que com os males dos outros podemos nós. Mas em jeito de comentário, creio que o que está a acontecer na grande instituição que é o Sporting Club de Portugal, resulta essencialmente de um presidente que apesar de maioritariamente apoiado por sócios e adeptos, para além dos seus evidentes méritos na recuperação financeira e mesmo desportiva do clube, tem tido uma postura e posicionamento, sobretudo comunicacional, pouco dignos com a posição que ocupa. A necessidade de guerra com o rival da capital, não justifica tudo, para além de quem tem "disparado" sobre tudo e sobre todos, mesmo para os da casa.

Os acontecimentos pós Atlético de Madrid-Sporting, em que criticou publicamente de forma contundente (e injusta, diga-se) os seus jogadores profissionais, confundindo azares e erros involuntários com mau profissionalismo, e depois destes tomarem uma posição conjunta de auto-defesa e desagrado com a crítica do seu presidente, como um bom ditador Bruno de Carvalho voltou, sempre de forma pública, a acusá-los e a suspende-los, sujeitando-os (os "meninos mimados") ao regulamento disciplinar.

Ora qualquer leigo nestas coisas do futebol caseiro, soube desde logo que Bruno de Carvalho criou uma situação insustentável e altamente danosa, para si próprio mas sobretudo para os interesses do Sporting, desportivos mas também financeiros e mesmo de imagem. Por isso seguiu-se a natural indignação e reacção de muitos sócios e adeptos, anónimos e "notáveis", não havendo outro remédio senão dar um passo atrás e "virar o bico ao prego", suspendendo-se a suspensão, porque logo de seguida (no Domingo passado)  havia um jogo com o Paços de Ferreira, ainda importante para a definição do pódio da Primeira Liga de Futebol, e logo depois o jogo da segunda mão para a Liga Europa com o Atlético de Madrid (naturalmente ainda com hipóteses de inverter o 2-0 de Madrid) e um pouco mais à frente o importante jogo da segunda mão da meia-final para a taça de Portugal com o F.C. do Porto, por isso com um título em jogo para além da recepção ao Benfica, jogo que pode decidir o título e mesmo o pódio. Ora Jorge Jesus, que tem tido uma posição de defesa dos seus jogadores mas sem confrontar publicamente o seu presidente, por óbvios motivos de lealdade institucional, certamente que teve muito a ver com a mudança de posição e rumo dos acontecimentos quanto à suspensão da maior parte do plantel. Não cedesse o presidente e teríamos o caldo entornado, com Jorge Jesus certamente a não abrir mão dos seus melhores jogadores para o embate dos jogos atrás referidos. E não surpreenderá que logo que terminada a época, com toda esta instabilidade, "dê à sola".

Assim sendo, perante toda esta previsibilidade, em nome do sportinguismo, diálogo, humildade ou acobardamento, o que lhe queiram chamar, a SAD determinou que está suspensa a suspensão e para além da luta interna e das condições que Bruno de Carvalho tem ou não para continuar a presidir ao Conselho Directivo, e muitos acham que não tem, mesmo que tenha abandonado a "metralhadora" do Facebook, está a passar-se a ideia de que afinal tudo isto foi um equívoco, uma precipitação mútua e que o presidente até estará doente e com stress por causa do nascimento da filha, etc, etc, e não passou de um "faz-de-conta". Vamos, pois, todos dormir e amanhã acordaremos com a sensação de que tudo não passou de um sonho, muito menos um pesadelo.

Mas, como dizia no princípio, com os males dos outros podemos nós. Mas não deixo de lamentar até porque, parecendo paradoxal, porque benfiquista, sempre tive muita simpatia pelo Sporting, considerando-o mesmo o meu segundo clube no que a preferência clubística nacional diz respeito.

10 de abril de 2018

Estrada da Barrosa



Acima, um extracto da acta da reunião da Junta de Freguesia de Guisande de 10 de Março de 1946, por isso com mais de 70 anos. O executivo então liderado por António Leite de Oliveira Gomes, delibera que "...é necessário proceder-se, quanto antes, aos acabamentos da estrada da capelinha do Bonfim ao lugar do Reguengo". Nada mais havendo a tratar, encerrou-se a sessão. Com apenas esta conclusão ou decisão ou mesmo uma intenção, que não colheu mais pormenores quanto ao que faltaria concluir, deve ter sido de curta duração a reunião.
Seja como for, como nota importante e documental, desta breve acta concluiu-se que por essa data estaria em obras a estrada a que actualmente designamos de Rua do Reguengo. Antes dessa obra o acesso principal ao centro do lugar do Reguengo seria pelo caminho que ladeia a norte a Quinta do Loureiro, hoje praticamente sem uso. Com a abertura referida, o lugar ficou com acesso mais facilitado à zona da capelinha e por isso à então estrada vinda do Viso e que seguia em direcção a Fornos e a Casaldaça, sendo esta uma das principais artérias da freguesia, mesmo que em terra batida.

8 de abril de 2018

Meninos, é hora do recreio


Muitos recordarão esta cena e este local. Muitos outros, os mais novos, seguramente não. Mas trata-se, julgo, de um fotografia  dos anos 50, da Escola do Viso, junto ao recreio do lado nascente. Pelo aspecto da brincadeira, seria em tempo de magusto pois vê-se a pequenada, alguns de pés descalços, à roda da fogueira. Curiosamente apenas se veem rapazes, o que não é de admirar pois por esses tempos, os rapazes tinham uma sala (lado nascente) e as raparigas outra sala (lado poente) e não havia misturas, pelo que o mais provável é que do outro lado do recreio também as meninas estivessem a ter o seu magusto. 
Obviamente que hoje o local está muito mudado. Se o edifício principal ainda existe, embora incorporado no Centro Social, e já, infelizmente, sem a função de escola, toda aquela zona do recreio alpendrado, com as características colunas em "tijolo burro", foi demolida e agora só apenas em algumas escassas fotografias e sobretudo no álbum de memórias  na cabeça de muitos e muitos guisandenses que por ali passaram e aprenderam as primeiras (e últimas) letras. Afinal de contas, a cavalgada do tempo.

Adenda 1: Já depois desta publicação e partilha no Facebook, ali alguém perguntou se a professora aqui de costas, seria a D. Célia Azevedo. Sem ter certezas, até porque esta fotografia em princípio será dos anos 50, mas sem confirmação se da primeira ou segunda metade, respondi que tenho indicações que não será a Prof.ª Célia Azevedo, já que esta terá começado ali a leccionar apenas pelo início dos anos 60.
Assim, e estando de costas, o que não ajuda a identificação, poderá ser a Prof. Noémia, que ali deu aulas nos primeiros tempos, ou ainda a Prof.ª Georgina, que por ali também leccionou nos anos 50. Mas, dependendo da real data da fotografia, não está posta de parte a possibilidade de ser a Prof.ª Célia, logo no início da sua actividade. É uma interessante dúvida e que certamente havemos de resolver. Ainda por esses tempos também ali leccionou a Prof.ª Balbina, a qual em Guisande conheceu e veio a casar com o Custódio da Casa do Santiago.
É claro que durante todo o tempo em que funcionou como tal a escola primária do Viso, foram muitas as professores e professores que ali passaram. Pela parte que me toca, mesmo tendo nascido quase à sombra da escola, apenas ali leccionei a primeira classe, seguindo depois para a então recente escola primária da Igreja onde completei o ensino primário. Nessa minha primeira classe tive como professora a D. Lúcia, de Gião, ainda minha parente. Esta professora leccionou ainda durante vários anos em Guisande.

Adenda 2 - Lançada a curiosidade sobre a eventual identificação da professora que na foto acima aparece de costas e, mais do que isso, sobre o interesse histórico e documental, conversei pessoalmente com a Prof.ª D. Célia Azevedo, a qual, sem prejuízo de uma futura conversa com mais calma e mesmo biográfica, deu algumas interessantes informações. Desde logo que acabada a sua formação iniciou a sua carreira de professora precisamente na Escola Primária do Viso. Começou no dia 1 de Outubro de 1960 e por ali andou até 1970, altura em que passou para a então novinha Escola Primária da Igreja, onde leccionou mais 23 anos, por isso com uma carreira de ensino de 33 anos.
Nesse começo na Escola do Viso, dava aulas aos rapazes na parte da tarde enquanto que as raparigas tinham como mestra a professra Noémia, natural de S. Roque - Oliveira de Azeméis (que viverá actualmente em Milheirós de Poiares).
Por sua vez, na parte da manhã eram professoras A D. Brilhantina Porto, de Louredo e Maria Balbina, a tal que veio a conhecer e a casar com o Custódio da Casa do Santiago, das Quintães.
A professora Georgina, natural do Porto, muito falada entre os mais velhos, foi de facto a primeira a leccionar na Escola do Viso, logo após a sua construção, por isso aproximadamente de 1950 até quase 1960.
É certo que, como já dissemos, pela Escola do Viso foram passando muitas professoras ao longo dos anos, mas a D. Célia do seu tempo no Viso recorda-se também de professoras como a D. Fernanda,  de S. João de Ver, a Alcinda, essa sim, filha do professor Cabral, de Duas Igrejas - Romariz e ainda de uma colega a quem a rapaziada, pela forma muito disciplinadora, com muitos castigos à mistura, chamavam de "Preta". Na altura da nossa conversa não tinha a memória fresca quanto ao seu nome, mas com uma ideia de que se chamaria Fernanda, vinda de Grijó - Vila Nova de Gaia.
Aos poucos procuraremos aprofundar mais esta questão, mas penso que algumas peças do puzzle estarão já encaixadas.

Quando o Domingo dá para pouco mais que rabiscar...



Ilustrações: Américo Almeida

6 de abril de 2018

Nota de falecimento


Faleceu Domingos Lopes Bastos, de 38 anos, do lugar da Leira - Guisande. Residia em Pigeiros - Santa Maria da Feira. As cerimónias fúnebres terão lugar amanhã, sábado, dia 7 de Abril de 2018, na igreja matriz de Guisande, pelas 15:30 horas, indo no final a sepultar em jazigo de família no cemitério local.
Missa de 7º Dia na Quinta-feira, 12 de Abril, pelas 18:30 horas na igreja matriz de Guisande.
Sentidos sentimentos aos familiares. Paz à sua alma!