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5 de dezembro de 2021

Bodas de Prata Sacerdotais e Paroquiais do Pe. Francsico

 


O saudoso Pe. Francisco Gomes de Oliveira, celebrou as suas Bodas de Ouro Sacerdotais e Paroquias em 15 de Agosto de 1989, numa festa que envolveu de alegria e participação toda a comunidade. Antes, porém, em 15 de Agosto de 1964 celebrou as correspondentes Bodas de Prata. Foi igualmente um dia de festa para toda a comunidade mas que, pelas naturais limitações da época, tiveram um carácter menos participativo por parte da população, Basta pensar que em 1989 foi organizado um grande almoço tendo sido convidada toda a população e que decorreu nas amplas instalações da fábrica da Utilbébé, enquanto que em 1964 o almoço restringiu-se à família do pároco e de pessoas mais ilustres da terra. Decorreu então no rés-do-chão do Salão Paroquial nessa altura ainda em obras de construção e ainda por acabar.

A lembrar essa data, acima reproduzimos três "santinhos" que o Pe. Francisco mandou estampar para assim distribuir não só pelos convidados como pela população.

Hoje em dia este tipo de lembranças e recordações são bem mais espampanantes, como acontece nos convites de casamento, mas na realidade pouco efeito têm e muitas vezes passam a ser lembranças efêmeras dada a rapidez e incidência dos divórcios. Mas estas são contas de outro rosário e o que aqui interessa é mesmo evocar a data das Bodas de Prata Sacerdotais e Paroquiais do Pe. Francisco Gomes de Oliveira.

Mas voltaremos a este assunto acrescentando-lhe mais dados e fotografias.

21 de dezembro de 2020

Um santo Natal de 2020

 


Para todos os amigos e visitantes deste espaço, endereçamos votos de um santo e feliz Natal de 2020. Certamente que com restrições e limitações pelos motivos de saúde pública que todos conhecemos, que nos impedem de celebrar da forma tida como tradicional e normal, mas que pelo menos o espírito natalício da verdadeira mensagem do nascimento de Jesus Cristo não seja limitado mas antes sentido em pleno. Para o ano todos desejamos que volte a normalidade.

Um voto especial para todos os nossos visitantes emigrantes, que neste ano, por um ou outro motivo, não poderão celebrar a quadra na sua casa paterna junto da sua família. A todos reiteramos votos de um santo e feliz Natal!

9 de dezembro de 2020

Almeida Garrett

Passam hoje 166 anos sobre a data de falecimento de Almeida Garrett (João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett (Porto, 4 de fevereiro de 1799 — Lisboa, 9 de dezembro de 1854).

Foi um escritor e dramaturgo romântico, orador, par do reino, ministro e secretário de estado honorário português. Grande impulsionador do teatro em Portugal, considerado uma das maiores figuras do romantismo português, sendo ele quem propôs a edificação do Teatro Nacional de D. Maria II e a criação do Conservatório de Arte Dramática.

Em resumo, uma das grandes figuras da nossa História, artística e literária.

25 de novembro de 2020

25 de Novembro de 1975 - O verdadeiro 25 de Abril


Passam hoje 45 anos sobre os acontecimentos de 25 de Abril de 1975, que na realidade consolidaram os pressupostos da revolução do 25 de Abril de 1974. 

O país libertado pouco antes de uma ditadura de direita, descambava para uma ditadura de esquerda com uma tentativa de golpe militar conduzido e apoiado por uma facção das forças armadas com o apoio do PCP - Partido Comunista Português.

A esta tentativa opôs-se um grupo operacional de militares, chefiado pelo então Tenente Coronel Ramalho Eanes, mais tarde General, que desse modo conseguiu contrariar a revolta.

Face ao fracasso do golpe, o  PCP comprometeu-se a não convocar qualquer manifestação para esse dia, substituindo o PREC, acrónimo para Processo Revolucionário em Curso, pelo Processo Constitucional em Curso. Foi, pois, a partir desta data que se começaram a solidificar os pressupostos para uma transição democrática. Por isso o 25 de Novembro de 1975 é considerado o verdadeiro 25 de Abril na sua essência de derrube de uma ditadura para instaurar uma democracia.

Infelizmente a memória é curta e esses revolucionários de esquerda, adeptos de uma ditadura à sua maneira, passaram intocáveis pelos pingos da chuva e hoje são considerados bons e exemplares democratas, moralistas acérrimos dos valores da democracia contra a qual atentaram. Contrariados, mas democratas.

30 de abril de 2020

Maio, maduro Maio

Amanhã temos o 1º de Maio. E logo numa sexta! Dizem que é o Dia do Trabalhador. Será que o trabalhador precisava mesmo de um dia? Por mim podiam mudar o nome do feriado, para Dia de Folga do Trabalhador. 
Claro está que para a coisa funcionar deveria, como o Carnaval, ser uma data móvel, relacionada à lua, de modo a ser sempre à semana. Não há nada mais frustrante de que o Dia do Trabalhador calhar ao Sábado ou Domingo.

Outra sugestão: Em vez do Dia do Trabalhador, poderiam mudar a designação para Dia das Centrais Sindicais, ou Dia do Funcionário Público ou de empresas do Estado. Afinal, trabalhadores à moda antiga, com estatuto, carreiras, escalões, direitos e garantias, incluindo boas reformas, praticamente só no sector público. É certo que mesmo assim queixam-se, mas é por aí. No sector privado o estatuto do trabalhador anda na penúria e se fosse permitido uma larga maioria de empresas só faria contratos de uma semana ou mesmo para um dia, como antigamente os lavradores que andavam ao "jornal", os "jornaleiros".
Finalmente o Dia do Trabalhador é uma designação desactualizada e de acordo com a moderna terminologia, deveria ser antes o  Dia do Colaborador. Para a coisa ficar ainda melhor, cada profissão deveria ter também direito ao seu dia e ao seu feriado, tipo Dia do Afiador de Tesouras ou Dia do Picheleiro.

Pensem nisso! 

13 de dezembro de 2019

Festa de Santa Luzia





A 13 de Dezembro celebra-se e venera-se a Santa Luzia. Em várias localidades, pois claro, como em Framil - Canedo, mas na nossa região a que porventura tem mais fama e concorrência de devotos e forasteiros é a que se realiza na freguesia do Couto de Cucujães, concelho de Oliveira de Azeméis. Também conjuntamente com Santa Eufêmia, em Paraíso - Castelo de Paiva.

A construção da primitiva capela de Santa Luzia remonta, provavelmente, a uma época próxima ao século XII, tenso sido reconstruída em 1921. Esta capela, imponente e de dimensões generosas e maior que muitas igrejas, é a mais abastada da freguesia de Cucujães e nela se realizam missas dominicais.

A festa realiza-se no próprio dia 13, chova ou faça sol e a ela ocorrem muitos forasteiros e devotos desta padroeira da cura e alívio dos problemas de visão e que morreu mártir em defesa da sua virgindade.

Para além da missa solene, muito participada, ocorre uma magestosa procissão, habitualmente acompanhada pela Banda Filarmónica Cucujanense.

Uma das típicas atracções desta festa é a tradicional bebida "jeropiga". Claro está, há lugar para barracas de comes-e-bebes e de venda de tudo um pouco como é normal em qualquer festa, desde charcutaria regional, legumes, frutas, cestaria, etc..

Nas festas em honra de Santa Luzia um grande número de peregrinos e forasteiros desloca-se a Cucujães ao lugar e capela com o mesmo nome. Padroeira daqueles que têm problemas de visão, esta festa inicia-se com a procissão onde a Banda Filarmónica Cucujanense marca presença.

A propósito, recordo com saudade o avô de minha esposa que enquanto vivo marcava devota e regularmente presença nesta tradicional festa da nossa região.

25 de novembro de 2019

25 de Novembro de 1975

Assinalam-se hoje 44 anos do 25 de Novembro de 1975, o golpe que pôs fim ao Processo Revolucionário em Curso (PREC), estabelecendo condições para a democracia pluralista.

E se há quem queira celebrar esta data, reivindicando até um feriado nacional, outros, mais conotados com os golpistas de 25 de Novembro, nomeadamente a extrema-esquerda, preferem não comemorar. Mesmo o PS, então, por Mário Soares, um dos oponentes ao rumo para uma ditadura de esquerda, tem adoptado uma postura de "nem sim nem sopas", não pretendendo ferir susceptibilidades à sua esquerda, já que vêm aí lutas para as quais precisa do seu apoio.

Para muitos, o 25 de Novembro de 1975, foi mesmo o início do processo democrático e dele emergiram as figuras dos então tenentes-coronéis Jaime Neves e Ramalho Eanes, que tiveram papel determinante ma oposição ao golpe militar, sendo que este último  veio posteriormente a ser presidente da República.

Até então, e desde o 25 de Abril de 1974, vivia-se num "banho maria" revolucionário e não faltava no seio do MFA (Movimento das Forças Armadas) quem quisesse levar o país para uma ditadura, já não de direita, derrubada, mas de esquerda.

Esta questão da importância da data do 25 de Novembro só não tem sido tão generalizada e mesmo celebrada porque ainda mexe com resquícios desses tempos e deles ainda anda por aí muita gente, incluindo os golpistas e seus apoiantes. Até o presidente Marcelo, no seu low-profile parece não querer mexer na "coisa" com receio de soltar maus cheiros, amaciando com um salomónico "...ninguém deve apropriar-se das datas".

Assim sendo, que não se mexa na dita cuja.

31 de outubro de 2019

Guisande Futebol Clube - 40 anos


O Guisande Futebol Clube desde há alguns anos que está inactivo, sem corpos gerentes e sem qualquer actividade. Apesar disso, tem uma história e um passado que importa que não sejam esquecidos. 

Neste sentido, hoje, 31 de Outubro de 2019, o clube completa 40 anos sobre a sua fundação oficial, data em que foi outorgada a escritura pública.

É certo que as suas origens são mais antigas, pelo menos quase duas décadas, mas em termos oficiais e jurídicos, a data é 31 de Outubro de 1979.

Apesar do repto por aqui lançado com tempo para que se organizasse qualquer evento comemorativo nesta data, eventualmente um jantar de partilha de memórias e confraternização, nada se organizou e nada se fez. Por conseguinte, mesmo que lembrada a data, em rigor a coisa passou em branco. Não faltaria gente com legitimidade histórica para o fazer, nomeadamente antigos presidentes do clube e dirigentes ou mesmo jogadores. Assim não aconteceu. É pena, mas as coisas são como são, e reconheçamos que com o clube inactivo não sobra grande vontade. Da Junta de Freguesia estamos órfãos, pelo que dali, desconhecedores da história, identidade e cultura do clube e da terra, nada veio no sentido de congregar e organizar qualquer evento comemorativo.

Embora num contexto diferente, felizmente temos tido a equipa dos Veteranos Guisande F.C, que tem vindo a utilizar e a zelar pelas instalações do campo "Oliveira e Santos", bem como a dignificar as cores do clube. A organização do eventual evento comemorativo dos 40 anos do clube poderia com legitimidade ser assumida pelo grupo mas, com as razões que lhes são legítimas, entenderam não dever envolver-se, o que se respeita.

Assim, sendo, mesmo sem bolo, parabéns! e parabéns a todos quanto ao longo da sua vida, mesmo que em diferentes contextos, desde presidentes, dirigentes, atletas, sócios e adeptos, ajudaram a criar e a fazer crescer o clube da nossa terra.

16 de setembro de 2019

S. Cipriano


Neste dia 16 de Setembro, é venerado S. Cipriano.

Os dados biográficos disponíveis em algumas fontes, dizem que Táscio Cecílio Cipriano nasceu no século III, em Cartago, no norte de África (em território da actual Tunísia), descendente de uma família nobre e rica. Pela sua formação, cultura, posição social e intervenção na acção da então jovem igreja cristã, e seus escritos teológicos, é tido como uma das personalidades mais importantes do século III.

Cipriano terá deixado a vida pagã e a profissão de advocacia por volta dos 35 anos, passando a envolver-se nos movimentos cristãos que na altura se propagavam pelo império romano.  Como era então uma figura muito popular, a sua conversão gerou um grande impacto na população. Desprendeu-se da sua riqueza e posição social em Cartago e distribuiu a fortuna pelos pobres.

De pagão a um sacerdote respeitado e seguido foi um passo e em 249 foi nomeado bispo de Cartago. Cipriano de Cartago, como viria a ficar conhecido, foi um famoso mestre da retórica e as suas inspiradas cartas (dizem que por intervenção divina) depressa se transformaram em fonte de fé e mesmo de culto.

Na época o cristianismo que começava a implantar-se era ferozmente perseguido e castigado pelo que também Cipriano, como aconteceu a muitos outras figuras daqueles tempos, acabou por ser perseguido e preso por ordem do imperador romano Décio. Depois de torturado e sem negação da sua forte fé, terá sido executado a 14 de Setembro do ano de 258. Os documentos que narram o seu martírio registam como as suas únicas palavras proferidas "Graças a Deus!".

Cipriano ficou conhecido e popularizado pela sua fidelidade à Igreja e por seus textos teológicos onde defendeu com firmeza o bom comportamento dos fiéis. A Igreja foi um dos seus temas preferidos. Distinguia a Igreja visível, hierárquica da Igreja invisível, mística, afirmando com convicção que a Igreja é uma só, a fundada sobre Pedro. Repetia que “quem abandona a cátedra de Pedro, sobre a qual está fundada a Igreja, fica na ilusão de permanecer na Igreja”

Frequentemente tem sido confundido com S. Cipriano de Antioquia, a quem a história relacionou com o ocultismo,  exorcismo, práticas de bruxaria e feitiçaria antes da sua conversão e mudança num caminho de fé e santidade. Dizem mesmo que ao homólogo de Antioquia é atribuída a autoria de um livro negro de bruxedos e feitiços a que a superstição e ignorância de uns e oportunismo de outros têm contribuído para a sua disseminação.
Na realidade existem várias versões de um livro conhecido pelo "Livro de S. Cipriano) mas trata-se de um grimório, ou seja, uma coletânea de meros rituais e supostos encantamentos mágicos, que, segundo diversas lendas nunca confirmadas documentalmente teriam supostamente sido  escritos por Cipriano de Antioquia antes da sua conversão ao cristianismo. De resto, as referências a esse livro só surgem apenas no século XIX, por isso centenas de anos depois da da data atribuída à morte de Cipriano de Antioquia, que também viveu no século III.

Entre nós, S. Cipriano de Cartago é padroeiro de muitas paróquias, nomeadamente na freguesia de Paços de Brandão - Santa Maria da Feira, sendo igualmente padroeiro no lugar de Parada, da freguesia vizinha de Louredo (a que se refere a imagem acima). Mas, sem confusões, porque já basta a do "Ferreira" ou "Ferrer", o patrono de Louredo é S. Vicente Mártir

23 de abril de 2019

Compasso da Páscoa - A tradição vai andando mas um pouco a mancar

Pode parecer um lugar comum mas de facto a tradição da Páscoa na nossa freguesia, sobretudo no Compasso, já teve melhores dias. Apesar disso, e este é um mal mais ou menos geral e não apenas de Guisande, a coisa vai indo e sendo cumpridos os serviços mínimos.

Quanto ao Compasso neste ano de 2019, as habituais inconstâncias nos horários levando nalgumas situações a atrasos excessivos. Pela parte que me diz respeito, cá por casa chegou com quase uma hora de atraso relativamente ao que era tido como normal. 
Esta situação do atraso excessivo poderia ser melhorada se a missa pudesse ser celebrada um pouco mais cedo e um pouco menos demorada. Não sendo ou não podendo, e manda quem pode, quando o compasso faz-se à estrada já depois das 10:00 horas é mais que previsível a acumulação de atrasos. Mas esta inconstância está a tornar-se ela própria tradição e por isso já tem que ser encarada como normal.

Também se notou algum desfasamento no que era a tradição do alinhamento das equipas já que pela tradição o Juiz da Cruz deveria fazer o itinerário que percorre o lugar onde tem a sua habitação (neste caso por Casaldaça, Lama e Fornos). Pela mesma razão, o futuro Juiz da Cruz deveria ter percorrido lugares diferentes do que percorrerá no seu ano (2020), o que não aconteceu. Também se notou algum desacerto inicial no protocolo da visita e da ordem das coisas, com alguma atrapalhação. Uma pré-preparação para acertar agulhas não faria nada mal, porque estaremos todos de acordo que as coisas bem organizadas e orientadas funcionam bem e parecem melhor.  Uma das equipas pareceu-me demasiado jovem, faltando alguma presença de pessoas mais velhas e mais dadas a dois dedos de conversa e que comam e bebam algo do que a mesa oferece, se não por educação, pelo menos por cortesia.

Quanto à habitual pagela distribuída em cada casa, estava demasiado minimalista e sem a referência para memória futura ao nome do Juiz da Cruz. A oração de entrada, muito curta, quase inexistente pelo que o momento de alguma reflexão, silêncio e espiritualidade,  quase não se fez sentir.

Mas, em resumo, tudo está bem quando acaba bem e mesmo que com estes pequenos grãos de areia, podemos dar por cumprida a tradição. O dia esteve a jeito, com sol e calor quanto baste, o que é sempre agradável.

No fim de contas vale e importa mais o simbolismo da quadra e da mensagem da ressurreição de Cristo levada a cada casa e a cada família. Importantes, também, os momentos de partilha e confraternização das famílias que se juntam neste dia. O resto, tendo relevância, porque tradição vinda de trás e com referências cimentadas, são sempre coisas menores, mais materiais e protocolares.

18 de setembro de 2018

M. R. Pum Pum





Quem viveu o contexto da revolução do 25 de Abril de 1974 recorda-se, concerteza, do MRPP, um sigla com mais uma letra para além do que era mais ou menos habitual no panorama partidário. Resumia-se ao Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado. 

Recordo-me que nos anos seguintes ao 25 de Abril, nomeadamente quando começaram a ter lugar as eleições e respectivas campanhas, a pequenada e mesmo os mais velhos frequentemente diziam M. R. Pum Pum, ao referirem-se ao respectivo movimento. Uma curiosidade.
Pessoalmente sempre dei atenção artística ao lado da propaganda eleitoral, nomeadamente panfletos, cartazes e murais. Ora o MRPP, sobretudo nas grandes áreas urbanas, nomeadamente na Grande Lisboa, onde de resto tinha a maioria dos seus militantes, primava pela qualidade artística dos seus murais, de inspiração da escola da Europa de Leste, e que tornaram-se testemunhos de um tempo revolucionário e hoje são tratados como elementos documentais em acervos de bibliotecas.

Por esses tempos, mesmo nas aldeias como Guisande, à falta de recursos financeiros e mesmo de tecnologia como a disponível hoje em dia, que produz grandes outdoors e requintados programas, as pinturas nos muros e mesmo nos pavimentos das ruas eram frequentes. Recordo-me que na campanha das eleições autárquicas de 1985, quando os jovens de então corporizaram a lista FJI - Força Jovem Independente, concorrente em Guisande, fizemos então alguns moldes em cartão e sob o manto da noite pintalgamos tudo quanto era muro ou estrada. Num ou noutro recanto ainda será possível ver esse testemunho. Bons tempos!

Quanto ao MRPP – Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado, foi fundado precisamente neste dia 18 de Setembro mas no ano de 1970 e na  base da sua fundação defendia que o Partido Comunista Português adoptara uma ideologia "revisionista", tendo deixado de ser o "partido do proletariado". Para a prossecução da revolução era necessário reorganizá-lo – daí o nome escolhido.

Teve como Secretário-Geral Arnaldo Matos. O seu órgão central foi sempre o "Luta Popular", cuja primeira edição foi lançada em 1971 (ainda no tempo da ditadura). O MRPP foi um partido muito activo antes do 25 de Abril de 1974, especialmente entre estudantes e jovens operários de Lisboa e sofreu a repressão das forças policiais, reivindicando como mártir José Ribeiro dos Santos, um estudante assassinado pela polícia política durante uma reunião de estudantes da academia de Lisboa no então Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras (ISCEF) em 12 de Outubro de 1972.

O MRPP – e depois o PCTP/MRPP – ganhou fama com as suas grandes e vistosas pinturas murais. Continuou uma grande actividade durante os anos de 1974 e 1975. Nessa altura tinha nas suas fileiras membros que mais tarde vieram a ter grande relevo na política nacional, como José Manuel Durão Barroso e Fernando Rosas, entretanto expulsos e Maria José Morgado.

Logo a seguir ao 25 de Abril, o MRPP foi acusado pelo Partido Comunista Português (que desde sempre foi "eleito" como o seu maior inimigo, apelidado de "social-fascista" – uma prática fascista disfarçada por um discurso social), de ser subsidiado pela CIA, acusação destinada a "desmascarar" um partido que se mostrava incomodativo. Essa acusação terá tido como motivo uma crença baseada, em parte, na cooperação entre o MRPP e o Partido Socialista, durante o chamado "Verão quente", por serem ambos os partidos contra a via comunista ("revisionista" segundo o MRPP) defendida pelo PCP para Portugal.

A partir de 26 de Dezembro de 1976, o MRPP, após Congresso, passou a designar-se Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses, com a sigla PCTP/MRPP. O seu líder histórico é Arnaldo Matos. O primeiro director do "Luta Popular", na fase legal, foi Saldanha Sanches, a quem sucedeu Fernando Rosas. O jornal chegou a ser diário, durante um curto período.

fontes: [wikipedia] [ephemera] [ci.uc]

11 de setembro de 2018

11 de Setembro


Há quem diga que mudou o mundo. Há quem diga que o acordou. Por mim acho que o acordou para a mudança. Porque a maldade reside no mundo desde sempre. Apenas os meios, os métodos e os intervenientes foram mudando. As sementes do mal que abalaram Nova Iorque há 17 anos já andavam por aí, pelo mundo, desde o princípio dele a ser semeadas e colhidos os frutos.  De novo e de alarmante talvez a forma, o alvo e o efeito dramático do colapso das torres arrastando aqueles milhares de inocentes. E claro, todo o horror transmitido em directo.
Para o bem e para o mal, a globalização trouxe-nos esta capacidade de alojarmos nas nossas próprias portas o inimigo. Como na informática, o inimigo explora as fragilidades dos sistemas democráticos, as liberdades e garantias, de culturas e religiões, mesmo para quem não as tem, nem as aceita nem as respeita nos países de origem.
Não espanta, pois, que os ditos movimentos populistas ou nacionalistas estejam a ganhar espaço na nossa velha e sempre nova Europa, tão exposta como uma menina da rua que, de mini saia e de mini cueca, ou mesmo sem ela, vai com todos, porque sem preconceitos. 
Não alinho pelos populistas e pelos fundamentalismos destes, porque algures entre o 8 e o 80 haverá talvez um 30 ou 40, mas não fará mal algum que a Europa use cuecas mais largas, desça a saia ao joelho e, sobretudo, feche um pouco as pernas.

19 de julho de 2018

Em dia de Santo Arsénio já a pensar no Natal

Parece que, entre outros, hoje é dia de Santo Arsénio, mas já se vai rabiscando a pensar no Natal.

Arsénio, “o Grande” nasceu em Roma no ano de 354, no seio de uma família de senadores. Foi tutor dos filhos do imperador Tedodósio em Constantinopla e ordenado sacerdote pessoalmente pelo Papa Dâmaso.

Em 394 deixou o seu cargo de tutor imperial para se retirar no deserto egípcio. Foi aqui que conheceu Santo Antão e se recolheu a uma vida eremítica contemplativa. Santo Arsénio seria então procurado pela sua sabedoria por pessoas que faziam grandes peregrinações só para o ouvirem.

Em 434 foi forçado a deixar a região do seu retiro espiritual devido a ataques por uma tribo da Líbia aos eremitas, mudando-se para Troe, Egito. Foi neste local que viveu isolado e faleceu em 445. [link]

16 de julho de 2018

Recordando - Visita pastoral - Junho de 2011





Parece que foi ontem, mas já passaram 7 anos sobre o registo destes momentos. Foi em Junho de 2011 aquando da visita pastoral do bispo auxiliar da Diocese do Porto, D. João Lavrador. 
De lá para cá muitas coisas mudaram: D. João é actualmente Bispo da Diocese de Angra - Açores, o P.e Agostinho deixou de ser pároco de Guisande, continuando como pároco de S. Miguel do Mato, Fermedo e Escariz, e o Pe. Arnaldo Farinha, então vigário paroquial, foi nomeado pároco de S. Mamede de Guisande e do Vale.
De registar nestas fotos, as presenças do Sr. António Henriques e do Sr. Alberto Almeida, infelizmente já não entre nós. Fica, pois, a saudade de duas figuras que muito dedicaram à paróquia.

11 de maio de 2018

Pe. Francisco - 20 anos de saudade


Passam na próxima terça-feira, 15 de Maio de 2018, vinte anos, duas décadas, sobre a morte do Pe. Francisco Gomes de Oliveira. São vinte anos de saudade de um homem e pastor que dedicou a maior parte da sua vida à paróquia de S. Mamede de Guisande, um percurso iniciado em Setembro de 1939. Paz à sua alma!

Desconheço se a paróquia de Guisande tem ou não prevista alguma celebração ou evento em memória e evocação da data, mas creio que seria justo.
Pela parte que me toca, disse-o por aqui há algum tempo, estou a elaborar alguns apontamentos biográficos e contextuais à freguesia e paróquia de Guisande, que entretanto serão passados a livro, mesmo que de edição de autor. Tinha como intenção que o livro já estivesse impresso e fosse apresentado neste mês de Maio à passagem da data, mas tal tornou-se impossível. Por um lado devido ao facto de estar a incluir mais apontamentos do que aqueles que inicialmente tinha previsto e por outro lado porque não tenho tido a colaboração de quem inicialmente esperava obtê-la. Vejo que nestas coisas temos que contar apenas connosco próprios. 
Seja como for, tenho a esperança de mais ano menos ano vir a concretizar essa intenção, nem que revista e enquadrada noutro contexto.

A. Almeida