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7 de setembro de 2017

Eleições Autárquicas 2017 - O que se vai lendo, vendo e ouvindo - XI





Propaganda do Bloco de Esquerda para as eleições à Câmara Municipal e Assembleia Municipal de Santa Maria da Feira.

Grafismos e geografia


Porque é um pormenor, quase um pintelho, vale o que vale e porventura vale pouco, mas como "o seu a seu dono", não ficaria mal que no grafismo que identifica a forma geográfica de cada uma das freguesias,  utilizado pela PSD na propaganda das eleições autárquicas deste ano de 2017, o território da União de Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande fosse devidamente representado (conforme mapa abaixo). De facto, no grafismo seguido, conforme imagem acima, falta ali uma extensa parte a que se refere o enclave do lugar de Parada da freguesia de Louredo. Pessoalmente não gosto de ver a minha união de freguesias representada sem uma parte do seu território, e por maior razão os louredenses, mas há quem ache isso de somenos importância.

De algum modo, quanto ao essencial, a reforma administrativa que impôs uniões de freguesia, no nosso concelho para além de ainda não ter resolvido nada, antes agravado, não conseguiu sequer  resolver os mapas e os enclaves. Neste caso do enclave de Parada, a coisa teria ficado resolvida se porventura tivesse avançado uma união de freguesias composta pelo Vale e Louredo, de resto duas freguesias com identidades e aspectos históricos muito interligados. Mas não se foi por aí, se calhar por diferentes posicionamentos e sem escutar a voz do povo, quiçá por falta de empenho e mediação capaz da Câmara Municipal. Fosse pelo que fosse, em vez de uniões de freguesias equilibradas avançou-se por uma união desequilibrada e até mesmo desproporcional. Foi o que se arranjou e agora há que se pagar por isso. Talvez no futuro se vislumbrem mais valias, mas para já...



4 de setembro de 2017

Eleições Autárquicas 2017 - O que se vai lendo, vendo e ouvindo - X



A CDU - Coligação Democrática Unitária entregou esta sexta-feira, 4 de agosto, as suas listas no Tribunal para os órgãos autárquicos no município de Santa Maria da Feira.
Informa-se que esta coligação apresentou listas à Câmara Municipal, Assembleia Municipal e pela primeira vez depois de muitos anos a todas as Freguesias do município.
Destaca-se o aumento de independentes a integrar as listas da CDU, comparativamente com as últimas eleições autárquicas, assim como o número de cabeças de lista do sexo feminino (6 - nas freguesias de Romariz, União de Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande, Paços de Brandão, Lourosa, Sanguedo e Nogueira da Regedoura).
Ressalva-se para o facto da diminuição da média de idades dos candidatos que integram as listas da coligação.

[fonte]

Nota: Não sendo ainda conhecidos os nomes e as caras, nomeadamente para a nossa União de Freguesias, fica-se a saber por esta notícia que a CDU apresenta como cabeça-de-lista à Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande, uma mulher. Também são ainda mulheres as cabeças de lista para as freguesias de Romariz, Paços de Brandão, Lourosa, Sanguedo e Nogueira da Regedoura. É sem dúvida uma nota positiva e que se deseja que no futuro também sejam mais mulheres a encabeçar as listas dos grandes partidos.

Eleições Autárquicas 2017 - O que se vai lendo, vendo e ouvindo - IX



- Propaganda da candidatura do Partido Socialista à Assembleia de Freguesia da União de Freguesia de Caldas de S. Jorge e Pigeiros.

31 de agosto de 2017

Eleições Autárquicas 2017 - O que se vai lendo, vendo e ouvindo - VIII


- Outdoor - candidatos da lista do PSD concorrente às eleições para a Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande.

25 de agosto de 2017

O passado é lá atrás

...Estamos, pois, no final de um mandato e no lançamento de novas eleições e de um novo ciclo. As eleições de 2013 e 2014 são já passado e o passado é lá atrás. Importa agora olhar para a frente.

É certo que já na recta final e já em período de pré-campanha, ainda faço parte do executivo da Junta da nossa União de Freguesias, embora não como recandidato nem integrando qualquer lista concorrente às próximas eleições de 1 de Outubro. Por isso, na qualidade de cidadão independente, não concorrente e sem interesses directos ou indirectos no resultado das próximas eleições, creio assim poder ter alguma legitimidade para emitir opiniões sobre alguns aspectos ligados ao processo, de resto no livre direito de cidadania.

Neste contexto, parece-me que nesta altura e para estas eleições de 2017 porventura não será a estratégia mais adequada para a lista do PSD o voltar à carga com a questão do ônus do "impedimento" por parte do PS- Partido Socialista, estratégia que parece transparecer do texto de um infomail de apresentação distribuído por estes dias nas caixas de correio, em que se começa por dizer que "Há quatro anos fomos impedidos pelo PS de formar a Junta da nossa União de Freguesias".
Pessoalmente acho esta "insistência" uma estratégia algo despropositada e já fora de tempo, porque se o PS teve algumas responsabilidades em 2013, e teve certamente, já as pagou e foi julgado por elas em 2014 nas eleições intercalares. Certamente que os seus elementos perceberam-no pelo resultado das eleições em que foi dada uma maioria absoluta à lista do PSD. Estamos, pois, no final de um mandato e no lançamento de novas eleições e de um novo ciclo. As eleições de 2013 e 2014 são já passado e o passado é lá atrás. Importa agora olhar para a frente.

De momento não conheço oficialmente o cabeça-de-lista pelo Partido Socialista à Assembleia de Freguesia e por consequência à Junta da União de Freguesias, mas mesmo que venha a ser o mesmo cabeça-de-lista de há três anos, como se tem falado oficiosamente, não me parece legítimo que lhe voltem a ser assacadas estas responsabilidades porque se as teve foram já saldadas pelo resultado das últimas eleições. Por outro lado, quanto às responsabilidades e dívidas herdadas de anteriores Juntas (Gião e Guisande), é um facto que as mesmas se traduziram em indesmentíveis e sérias dificuldades na gestão do ainda actual executivo, limitando em muito as obras que no início foram propostas ou perspectivadas, bem como impediram por dificuldades financeiras o aumento do quadro de pessoal comprometendo aspectos básicos como a limpeza regular das ruas e espaços públicos. Não perceber o peso desta herança é estar de má fé. Todavia, também não é menos verdade que a mesma foi da responsabilidade de Juntas já extintas e de pessoas (do PSD e do PS) que já estiveram e estão afastadas do processo. É certo que deveriam ter sido responsabilizadas em devido tempo e pelos meios legais, mas não o tendo sido até aqui, nem activados os meios que poderiam conduzir a essa responsabilização (nomeadamente por uma auditoria às anteriores gestões), não me parece razoável e justo que se pretenda agora continuar a responsabilizar porventura quem teve menos ou mesmo nenhuma culpa por essa herança.

Posto isto, e é apenas a minha livre opinião, neste momento tão isenta quanto possível, considero que a estratégia de qualquer lista concorrente para estas eleições de 2017 deve passar por falar de projectos, de compromissos, da competência e qualidade das pessoas para os concretizar, desde logo a disponibilidade, proximidade, genuinidade e acima de tudo respeito na teoria e na prática pelas identidades e características próprias de cada uma das freguesias. Também como pontos fundamentais, será importante que os representantes de cada freguesia tenham alguma autonomia na gestão quotidiana, fundamentada no conhecimento que devem ter das mesmas, e ainda um presidente para a totalidade da União de Freguesias e não apenas para a freguesia de Lobão, e digo isto obviamente num sentido geral e transversal a todos os concorrentes e partidos já que pelo que se sabe, ambos apresentam  cabeças-de-lista naturais de Lobão o que já por si denota algum sentido de preponderância, altivez e superioridade que não é nada positivo. Ora é importante que esta selectividade e predominância de Lobão e lobonenses, mesmo que aparentes, sejam contrariadas no terreno, no dia-a-dia, com posturas de igual interesse e dedicação pela totalidade do território e população da União de Freguesias. Quem perceber e corporizar estes requisitos necessariamente estará mais próximo das populações e dos seus problemas e por conseguinte poderá fazer mais obra. De resto, como já o disse, não tenho dúvidas que quem vier a formar Junta terá muito melhores condições para realizar um melhor trabalho. Essa será a parte fácil. A parte difícil será fazer pior.


Américo Almeida

23 de agosto de 2017

Eleições Autárquicas 2017 - O que se vai lendo, vendo e ouvindo - VII



Infomail distribuído pelas caixas de correio, referente ao anúncio da recandidatura de José Henriques, pela lista do PSD concorrente às próximas eleições para a Assembleia de Freguesia da União das Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande. 

Eleições Autárquicas 2017 - O que se vai lendo, vendo e ouvindo - VI


O Sr. Manuel Faria Plácido Resende, mais conhecido por Sr. Plácido, uma das carismáticas figuras da Feira, dono da não menos emblemática Casa Plácido, um bazar no centro da Feira, onde se vende de tudo um pouco, é o mandatário honorário da candidatura do CDS em Santa Maria da Feira. 

Eleições Autárquicas 2017 - O que se vai lendo, vendo e ouvindo - V


A ideia não é nova nem inédita, mas é interessante e digna de registo. É uma das propostas da candidata do Partido Socialista à Câmara Municipal de Santa Maria da Feira. A plataforma pode ser acedida aqui.

10 de agosto de 2017

Mais esclarecimentos - Convites

Por esta altura de pré-campanha para as eleições autárquicas do próximo dia 1 de Outubro é natural que haja alguma desinformação e contra-informação, alguma por ignorância, outra intencional.
Neste momento, há algumas situações que já estão definidas, desde logo a composição das diferentes listas as quais já deram entrada no Tribunal. Não sendo ainda conhecidas oficialmente, já se sabe quem na nossa União de Freguesias encabeçará as listas. 
Pela minha parte, conforme já justifiquei, estarei de fora e a minha relação com as próximas eleições será apenas a de um eleitor independente, ainda sem definição de intenção de voto, já que estou a aguardar pela listas, seus nomes e pelos respectivos programas para poder decidir de acordo com os mesmos.

Apesar disso, porque têm surgido algumas dúvidas, volto a referir que a minha decisão de não recandidatura deve-se a algumas opções pessoais e obviamente pela assunção das responsabilidades próprias, por considerar que as coisas não correram conforme eu tinha perspectivado e por isso com alguma natural desilusão.  Mas esta é apenas uma conclusão e responsabilidade pessoais pelo que não falo pelos outros mas apenas pela parte que me toca. Porventura as minhas expectativas estavam desajustadas e exageradas face a uma realidade que no começo ainda desconhecia, nomeadamente o peso das responsabilidades herdadas das juntas extintas, nomeadamente de Guisande e Gião e que em muito dificultaram a acção e programa da Junta. Estas dificuldades objectivas, aliadas a um mandato curto e com as exigências de uma nova realidade administrativa, obviamente que marcaram todo o mandato. Quem quiser fizer uma análise de boa fé não pode deixar de as ter em conta.

Quanto ao convite, confirmo que, embora algo tardiamente, fui convidado pelo presidente a recandidatar-me para um lugar no executivo ou mesmo, recusada essa primeira hipótese, para a Assembleia de Freguesia, o que registei com apreço mas que, obviamente, declinei ambas as situações. Ficou assim livre o presidente para convidar quem quer que fosse para suprimir o meu lugar, não tendo eu indicado ou referenciado qualquer pessoa como alternativa. Por isso a escolha feita não teve nada a ver comigo nem teria que ter. 

Em resumo, não se tendo seguido um modelo de gestão baseado em alguma autonomia para os representantes das freguesias, que eu pessoalmente entendia como o mais adequado, porque decorrente de um melhor conhecimento das realidades locais, todavia, sempre procurei compreender e respeitar o modelo  seguido, mesmo que o considerasse como marcadamente presidencialista, com os defeitos e virtudes inerentes. Nestes três anos nunca deixei de colaborar com o executivo.  Fi-lo sempre, como já o disse, consciente de que bem acima do que seria suposto exigir-se a um simples vogal a quem a Junta, por definição legal, paga pouco mais que quarenta euros mensais.

Em todo este processo de convite, não guardo obviamente rancor ou desconsideração contra quem quer que seja. Se alguma desilusão sobra deste assunto, para além de ter sido feito tardiamente, foi a forma como a concelhia do partido tratou ou não tratou do assunto. Eram elementares alguns procedimentos de consulta ou "apalpar do pulso", que a meu ver não foram considerados com tempo nem mesmo a destempo. Mas isso são outras histórias e que para o caso já não contam para o totobola, sendo que ficam registadas.

Os dados estão agora lançados e que todos os intervenientes façam o seu melhor pois, como também já disse, acredito que todos, mesmo que com diferentes estilos,  projectos e visões, querem o melhor para a União de Freguesias e a sua população. Acima de tudo que seja uma campanha esclarecedora e sem ataques pessoais como, infelizmente, fui vítima há três anos.

9 de agosto de 2017

Eleições Autárquicas 2017 - O que se vai lendo, vendo e ouvindo - IV

Eleições Autárquicas 2017 - O que se vai lendo, vendo e ouvindo - III

A reforma administrativa imposta em 2013 extinguiu 10 das 31 juntas de freguesias do nosso Concelho, o que veio acrescentar dificuldades no que diz respeito à mobilidade, principalmente da população idosa, devido à extinção de diversos serviços administrativos.
Fomos contra essa reforma administrativa e continuamos contra uma decisão que consideramos prejudicial para os feirenses. Temos propostas concretas para reverter alguns dos problemas causados por essa reforma!

Margarida Rocha Gariso - Candidata do Partido Socialista à Câmara Municipal de Santa Maria da Feira - in página de candidatura no Facebook

5 de agosto de 2017

Eleições Autárquicas 2017 - O que se vai lendo, vendo e ouvindo II

Por estes dias, na Rádio Clube da Feira, ouvi Margarida Gariso, a candidata à Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, pelo Partiudo Socialista, entre outras acusações a algumas das políticas do actual executivo camarário, liderado pelo recandidato Emídio Sousa, a abordar a questão do abastecimento de água. Disse o que considero serem algumas verdades, mas rematou dizendo que na negociação com a Indáqua a Câmara tem sido fraca, em contraponto com uma posição de força adoptada para com os contribuintes e consumidores, ou seja, "fraca com os fortes e forte com os fracos".
Nem tudo o que a candidata disse será exactamente como o dissem mas pela parte que me toca, e como muitos milhares de feirenses, tendo sido obrigado a pagar pela medida grande os ramais de ligação e agora vendo que outros deixaram de pagar, não posso deixar de estar de acordo. Mas pior do que isso, é o facto dos consumidores que pagaram os ramais serem agora penalizados com o aumento das tarifas tendentes à compensação à Indáqua por agora deixar de se encher comas taxas dos ramais. Não é novidade nem afirmado por qualquer Zé Ninguém que o preço da água no nosso concelho é do mais alto praticado na área metropolitana do Porto. Posto isto, tem razão quem o afirma e denuncia estas "mãos na carteira", seja a Margarida Gariso, o Zé da Esquina ou Toninho das Iscas. A razão é sempre ele própria.

28 de julho de 2017

Bloco de Esquerda a falar direito


Já começou a campanha para as autárquicas de 1 de Outubro próximo. As caixas de correio já começaram a receber as propostas. O Bloco de Esquerda, que apresenta o jovem Luís Miguel Sá como candidato â Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, distribuiu um pequeno panfleto em que nos pergunta, no singular, se sabíamos de uma série de coisas que supostamente são sinais de uma má gestão da actual Câmara PSD. Mas pela parte que me toca, respondendo ao Luís Sá e ao seu colega deputado da Assembleia da República,  Moisés Ferreira, sim, sabia de algumas dessas coisas, desde logo  a questão das tarifas sociais da água e da privatização das águas (que já vem de longe). Mesmo que não referido no panfleto, mais sabia da tremenda injustiça relacionada com o pagamento dos ramais, em que uns pagaram pela medida grande e outros que deixaram de pagar. Como se não bastasse esta injustiça e descriminação, os que  pagaram ainda têm que pagar a diferença por outros já não pagarem.
Se isto não é meter água...

24 de julho de 2017

Esclarecimento

Já esclareci, por aqui, que terminado o mandato da actual Junta da União de Freguesias, do qual faço parte como vogal, não serei recandidato na lista do PSD que concorrerá nas próximas eleições autárquicas de 1 de Outubro de 2017. É pois um assunto decidido e encerrado. Por conseguinte, tendo sido formalizada essa decisão, os responsáveis pela lista ficaram com o caminho livre para convidar quem quer que fosse para minha substituição. Apesar disso, mesmo que me tenha sido solicitado, por não conhecer quem com interesse nem por querer interferir no processo, não indiquei nem sugeri qualquer nome como alternativo ao meu. Por conseguinte, quando tomei conhecimento oficial da pessoa escolhida foi já no dia seguinte à sua apresentação no jantar-comício do PSD realizado a 14 de Julho no Europarque.

Dada a naturalidade do assunto e da forma como decorreu, não deixo de achar estranho que já ande por aí a circular a ideia de que terei sido eu a indicar a pessoa e que terá sido escolhida em função das minhas supostas referências. Como tal não corresponde à verdade, serve esta nota para esclarecer que não tive nada a ver com a indicação da pessoa ou com a escolha feita. Como tal, qualquer informação nesse sentido é falsa. Não está em causa a pessoa, de resto por quem tenho apreço e estima, mas apenas a necessidade de salientar a verdade dos factos. O seu a seu dono.

Quanto à escolha, obviamente que não me pronuncio pois importa respeitar a opção de quem escolheu e convidou e naturalmente de quem foi convidada e aceitou. Apenas entendo que por uma questão de princípio, de resto estabelecido aquando da minha aceitação há três anos, caberia agora à representante de Guisande candidatar-se a ocupar o cargo de tesoureira ou secretária, promovendo-se assim uma natural e saudável rotação dos cargos no executivo de acordo com as freguesias representadas. Se sim ou não, e porque  sim ou porque não, é assunto que já não me diz respeito mas apenas aos envolvidos.

Américo Almeida

18 de julho de 2017

As minhas responsabilidades

Até ao momento não conheço na totalidade a composição e distribuição dos elementos na lista do PSD, candidata à Assembleia/Junta da nossa União de Freguesias, nas próximas Eleições Autárquicas de 1 de Outubro. Sei, sim, que da equipa do actual executivo apenas o presidente será recandidato, de resto foi já apresentado oficialmente na última sexta-feira (14 de Julho) em jantar-comício no Europarque.

Por conseguinte, percebe-se que não se recandidatam os restantes elementos, a secretária (Louredo), o tesoureiro (Gião) e os dois vogais (Guisande e Lobão), nos quais me incluo. Independentemente das razões e motivos de cada um, pela parte que me toca, para além de outras razões, incluindo as pessoais, obviamente que saio porque desiludido e decepcionado. As coisas não correram de acordo com as minhas expectativas iniciais nem com as expectativas que em campanha, cara-a-cara, transmiti à generalidade dos eleitores, numa fundada esperança de mudança para melhor. Do programa eleitoral apresentado à população, dos sete pontos principais definidos para Guisande, em rigor nenhum foi ainda cumprido, apenas um ou outro parcialmente, e já faltará tempo para que ainda se concretizem no presente mandato. Por outro lado não custa reconhecer que a Junta mostrou incapacidade nalguns aspectos básicos como a limpeza regular de valetas, ruas, espaços ajardinados e tapamento de buracos. Para estas dificuldades e incapacidades em muito contribuíram as responsabilidades e dívidas transmitidas por anteriores juntas, incluindo a de Guisande, que condicionaram o alargamento do reduzido quadro de pessoal e algumas obras perspectivadas, bem como um mandato encurtado devido às eleições intercalares, pois o que seria o primeiro ano foi gasto numa gestão corrente que adiou ou agravou algumas necessidades da União. Com mais um ano no mandato certamente que ainda muito seria concretizado. Por outro lado, os inerentes obstáculos e custos com as mudanças decorrentes da nova organização administrativa que já tendo sido ultrapassados em muitos aspectos, ainda há situações a resolver e que certamente passarão para o futuro executivo. Mas percebe-se que estas dificuldades e constrangimentos surgidos são situações que a generalidade dos eleitores ignora ou não quer reconhecer, o que de resto é condizente com o desinteresse e pouca participação do público nas assembleias de freguesia.

Por conseguinte, mesmo que ocupando um cargo menor e sendo apenas um elemento numa equipa de cinco, sem responsabilidades directas no modelo de gestão seguido, diferente até do que desde o início preconizei, em que defendia alguma autonomia e distribuição de poderes e competências para cada um dos representantes de cada freguesia e no âmbito de cada uma, e porque entendo que as coisas não se resolviam com "pressões", "murros na mesa" nem com ameaças de demissão, sempre procurei cumprir as minhas obrigações, porventura acima do exigível a um simples vogal. Procurei privilegiar o diálogo e a cooperação em detrimento do confronto ou da ruptura, colocando sempre as questões e alertando para as necessidades que iam surgindo no dia-a-dia.

Neste contexto e num sentido geral, entendo que quando termina um ciclo e quando consideramos que nele não cumprimos os objectivos propostos e as expectativas criadas, mesmo que com naturais e pesadas condicionantes, temos que ter a ombridade de reconhecer o que falhou, assumir as nossas responsabilidades e sair de cena para dar lugar a outros. Porque esta é a minha maneira de pensar, e cada um pensará pela sua própria cabeça, pela parte que me toca é o que farei terminado o mandato e com ele um ciclo de participação e cidadania. Entendo que é assim que funciona em democracia a disputa de cargos públicos. O importante é que em todo o processo cada um tenha a sua consciência tranquila e sentimento de dever cumprido, e eu tenho seguramente. Daí, em grande parte, pela assunção desta minha responsabilidade, a decisão de não me recandidatar na mesma lista onde há três anos entrei como independente. Para o futuro, noutro ciclo, com outras pessoas e com outros projectos, tudo será possível.

Quanto a quem fica, a quem sai e a quem entra, mesmo que tenha opinião, por enquanto é assunto que não me preocupa e sobre o qual não me quero pronunciar. Mas, para todas as listas, desejo que façam obviamente o seu papel e deem o seu melhor e que o povo escolha, tanto quanto possível, ciente, consciente e esclarecido. O importante é que o território e a população sejam sempre tidos em conta, independentemente de quem venha a vencer e ser chamado a comandar os destinos da nossa União de Freguesias nos próximos quatro anos. Não tenho dúvidas que todos, por diferentes projectos e modelos de gestão, quererão o melhor para a nossa União e para cada uma das suas quatro freguesias, como não tenho dúvidas, também, de que independentemente de quem venha a dirigir a Junta no próximo mandato, terá bem melhores condições para realizar um bom trabalho, desde logo porque muito caminho já foi arrepiado, e porque certamente a actual tesouraria não transmitirá calotes nem pesados compromissos que condicionem a sua acção.

Américo Almeida

Post Scriptum:
Como o próprio título do artigo expressa, esta minha reflexão é obviamente  pessoal e apenas diz respeito à minha posição e opinião e não pretende ser mais do que isso. Não está implícita qualquer crítica ou julgamento a quem quer que seja, mas apenas ao que penso num sentido particular e até mesmo geral. De resto, em democracia e em eleições, em primeira e última análise é o povo, o eleitorado, quem decide ou faz as escolhas a partir do direito legítimo e secreto do voto.  Fazer segundas leituras ou interpretações ficam sempre à responsabilidade e suposições de quem a fizer.