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22 de setembro de 2021

Fazer futuro....

 





Dá jeito um furacão...

Vamos ser claros! Com a concretização das nefastas Uniões de Freguesias e com isso o aumento do território e população de cada  respectiva unidade administrativa, e no caso concreto com a nossa União a englobar quatro freguesias e uma população que já estará acima dos 10 mil habitantes (aguarda-se o resultado dos Censos 2021), deixou de ser possível realizar campanhas eleitorais casa-a-acasa, rosto-a-rosto. 

Recordo-me que há sete anos quando decidi integrar uma lista participante nas eleições intercalares de 2014, com todos os aspectos positivos e negativos daí decorrentes, optei por dialogar pessoalmente com cada pessoa, exprimindo e esclarecendo os meus pontos de vista e as expectativas que me moviam no sentido de nessa transição procurar defender melhor a parte guisandense no bolo. 

Apesar de, forma quase generalizada, ir recebendo indicações de que caso fosse eleito teria uma missão quase impossível, a verdade é que quase sozinho, sem procissões, sem andores nem figurantes, lá realizei a campanha da forma mais esclarecedora possível, que deu naturalmente os seus frutos, com a vitória ampla, reconhecida e conseguida, revertendo a anterior tendência de voto em que em duas eleições anteriores havia ganho um partido concorrente.

Depois, num mandato mais curto e com heranças pesadas em dívida que cortaram as pernas a algumas obras, e com um presidencialismo demasiado rígido e mesmo inadequado face ao que se pretendia e esperava para uma nova realidade de uma União a quatro, os resultados foram o que se sabe e deles uma enorme decepção pessoal pela incapacidade de reverter as coisas, porque apenas um elemento à luz da lei sem poder e  sem competências atribuídas, para além do muito trabalho voluntário. Basicamente um moço de recados. 

Com essa incapcidade de levar a cabo as obras e melhoramentos que haviam sido propostos em programa, e apesar do forte sentimento de dever cumprido em face das responsabilidades, naturalmente que não encontrei condições objectivas e de princípio para enfrentar uma recandidatura. Nestas coisas, ou cumprimos e honramos a palavra dada aos eleitores ou damos o lugar a outros, mesmo que a tendência geral seja fazer tábua rasa das promessas e compromissos assumidos e voltar à cena com cinismo de actor e como ares de que nada se passou. Há que ter princípios!

Mas dizia eu, esta realidade de fazer uma campanha individual e personalizada, foi chão que deu uvas e torna-se agora tarefa impossível. Assim, as actuais campanhas resumem-se a uma procissão de gente que muitas vezes nem tem nada a ver com as freguesias, actuando como figurantes a quem se paga um jantar no final, fazendo barulho e distribuindo brindes e uns infomails todos janotas e coloridos, com gente sorridente, estampados com uma dúzia de considerações vagas sobre o que se promete realizar. No fundo um copy/paste de anteriores programas, porque em rigor do muito que habitualmente se promete, pouco ou nada se concretiza.

Ora este tipo de campanha, tipo um tornado ou furacção que varre alguma das nossas ruas, mesmo em horas inadequadas, até é o indicado para alguns recandidatos com  "heranças infelizes e pouco nada produtivas", porque assim não têm necessidade de se justificar cara-a-cara, de esclarecer, de ver questionada a palavra de honra, mesmo que já ela pouco valha. Conveniente! 

É, pois, no geral, esta uma campanha que não esclarece, que não argumenta, mas não compromete, o que até se encaixa nas exigências gerais, já que muito do eleitorado olha para estas coisas dos partidos e da política como o seu clube de futebol, em que pode perder, fazer maus resultados, jogar mal, ter um deficiente plano de jogo, um péssimo treinador e jogadores fraquinhos, mas tem sempre o seu apoio e aplauso. E com isso, com esta dedicação e lealdade caninas, se perpetuam, tantas vezes, incompetentes políticos. No fundo as campanhas eleitorais, salvo raras excepções, são um exercício teatral onde importa o espectáculo, o show off e em que o argumento invariavelmente é uma ficção, um faz-de-conta, como diz o povo.

Para mal dos nossos pecados, sinais dos tempos!

21 de setembro de 2021

Saber das novidades

Nestes tempos de campanha eleitoral, tem aumentado o número diário de visitas neste nosso espaço. Tem rondado o milhar de pessoas que por aqui passam com regularidade para saber novidades da terra.

Certamente que a esta frequência não é alheia a presente realidade da campanha eleitoral já que no próximo Domingo o eleitorado escolherá quem os representará nos órgãos de Poder Local. Nada, pois, mais natural que muito do eleitorado pretender saber ideias e opiniões.

No entanto, e quanto a campanha eleitoral, este nosso espaço porque pessoal não está sujeito nem obrigado a critérios de isenção e imparcialidade, pelo que naturalmente se reserva no direito de manifestar directa ou indirectamente apoio ou simpatia por uma ou outra força ou lista ou personalidade concorrentes. 

Apesar de tudo procuramos no geral  ir publicando alguma da propaganda que nos vai chegando às mãos, até porque é sempre importante que todas as opções de escolha sejam analisadas e equacionadas. Assim é a democracia.

Posto isto, naturalmente que cada um dentro da sua liberdade e de forma esclarecida faça a melhor escolha. O resto são cantigas!

Iniciativa Liberal à Câmara

 



18 de setembro de 2021

CDS para fiel de balança?

 


Foi pena que há quatro anos o CDS não tenha apresentado lista à Assembleia da União de Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande. Poderia ter evitado uma maioria absoluta e ter servido de fiel de balança entre as opções do PSD e pS.

É positivo que agora concorra, mesmo sabendo quais os custos decorrentes da não participação há quatro anos.

17 de setembro de 2021

Bons indicadores

 





É certo  que ainda continuam a ser muitas as necessidades no nosso concelho, nomeadamente nas que decorrem das assimetrias que ainda são marcantes no nordeste do concelho, comparativamente com o restante território, bem como de uma excessiva centralização, mas no global, reconheça-se, já muito tem sido feito, nomeadamente no desenvolvimento económico a que se refere o indicador acima e que desemboca numa baixa taxa de desemprego, mas também uma melhoria notória na requalificação da rede viária, durante anos destruída pela instalação das redes públicas de águas, esgotos e gás. 

De resto, se alguma coisa foi realizada nestes quatro anos em Guisande ao nível das pavimentações, tal deve-se quase exclusivamente à acção e orçamento da Câmara Municipal. 
Não sendo, obviamente da responsabilidade da Câmara, há obras e melhoramentos a realizar, que já foram promessas postas no papel há sete e quatro anos, como a requalificação do Monte do Viso, requalificação da envolvente da igreja matriz e polo da junta, requalificação da envolvente do edifício da habitação social, etc. O esforço e empenho pela abertura e pleno funcionamento do Centro Social devem ser reforçados. O papel da Câmara Municipal é tão mais importante para uma freguesia quando esta é manifestamente ignorada pela Junta local a quem cabe primeiramente promover as obras da sua competência.

Assim sendo, num contexto geral, para a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, obviamente que o Dr.  Emídio Sousa tem tudo a seu favor, como a experiência e provas dadas, por isso, de longe, parece-me a mim, aquele que se se apresenta como o melhor dos candidatos a dirigir o destino do município durante os próximos quatro anos.

Creio que este seu terceiro mandato, naturalmente a ser confirmado ou não pelos feirenses nas eleições do próximo Domingo, será ainda de mais extrema importância para a consolidação do desenvolvimento do território. Até porque a ser reeleito será o seu último mandato e certamente quererá deixar consolidadas algumas das áreas que se consideram como importantes nos diversos índices de desenvolvimento do nosso território feirense. Há, pois, muito trabalho feito mas muito ainda pela frente. 

16 de setembro de 2021

Celestino Sacramento - A idade da dedicação

 



Se a cartada para algumas forças concorrentes for a de "provas dadas", Guisande terá objectivamente em Celestino Sacramento um exemplo concreto. 

É certo que pelo seu já longo contributo de cidadania em prol de Guisande, e que ainda perdura, não só como vice-presidente do Centro Social S. Mamede de Guisande, mas como elemento activo ligado aos movimentos da paróquia, seria merecido o descanso e faria sentido que para estas lides da política e disputas eleitorais o candidato representante pelo PS fosse alguém um pouco mais novo, mesmo que igual e obrigatoriamente conhecedor da realidade da freguesia. Todavia, este tipo de personalidades, conhecdoras da freguesia, com provas dadas na cidadania e interessadas pelo bem público e comum, reconheçamos, da esquerda à direita, são aves raras, ou espécies por descobrir. Por isso, a norma, e mesmo para o futuro, será o dar lugar a ilustres desconhecidos e desconhecedores.

Assim sendo, uma vez mais louve-se o esforço e dedicação do Celestino Sacramento, de longe, de todos quanto integram as diferentes listas à Assembleia da União das Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande, aquele com mais provas dadas, conhecimento profundo e dedicação por Guisande, que de forma voluntariosa avança para um segundo mandato depois de  há quatro anos ter levado o PS a vencer na freguesia de forma retumbante. Será para repetir? O povo, que é livre e soberano na escolha, o dirá.

Fim da união das freguesias...Mais nada!

 



O BE - Bloco de Esquerda concorre à Eleição para a Assembleia da União das Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande, com a jovem Raquel Reis como cabeça-de-lista, a qual, para mim e creio que para a maioria da população, é uma ilustre desconhecida. Qual o seu percurso de cidadania e qual o grau de conhecimento da União? O infomail não nos diz, mas indica que uma das suas propostas, logo a abrir, passa pelo "Fim da União das Freguesias". Sintomático!

Já todos percebemos que o fim das uniões, como quem diz a reversão da "cagada" Relvas e do Governo PSD-CDS-PP, não será fácil e até mesmo o Partido Socialista não quer mexer muito na "bosta" porque de algum modo se adapta e ganha com ela. Por isso o mais provável é que, no geral, a coisa se mantenha a cheirar mal, com perda notória para as populações. 

Mas ao BE, tal objectividade, que será bem mais importante no contexto nacional, na hora de negociar com o Governo PS, por si só é positiva e digna de nota.

5 de setembro de 2021

Futuros...

 


Eu não sei se será o Renato, o Manel ou a Maria, mas parece-me, que Canedo, como cabeça da União das Freguesias de Canedo, Vale e Vila Maior, merecerá um executivo à altura das responsabilidades e grandeza. De facto Canedo, tem crescido, é óbvio, em grande parte devido às contrapartidas por desde há décadas ser a lixeira do concelho e arredores e também pelo dinamismo do tecido comercial e empresarial local. 

Do esforço, visão e dinâmica da Junta de Freguesia, pouco ou nada se tem visto, numa estagnação que só pode enganar quem vê pelas lentes de algum partidarismo. A freguesia tem um potencial enorme, desde logo pelo seu amplo território, o maior do concelho, mas ainda pela relação com vias como a A32 e Estradas Nacionais 222 e 223. Por conseguinte, tem tido executivos fraquinhos e apenas disfarçados e confundidos pelo referido dinamismo do tecido empresarial e comercial local bem como do tal contexto de localização de excelência de que goza. 

Da freguesia do Vale, nem vale a pena falar, pois tal como Guisande, tem sido relegada para a indiferença total neste regime disfuncional das Uniões de Freguesias.

Neste contexto, não surpreende que nas Uniões de Freguesias próximas, os slogans eleitorais pareçam residir na ideia comum de fazer futuro. De facto, o presente tem sido mesmo fraquinho pelo que qualquer melhor futuro terá que passar necessariamente por mudanças. Caberá, naturalmente, às populações locais escolher quem decidirá os seus futuros. Ou se mais do mesmo, ou se novas oportunidades.

12 de agosto de 2021

Sinais de fumo...


A pouco mais de um mês das próximas eleições autárquicas, os partidos concorrentes aos diferentes órgãos, nomeadamente para as Juntas/Assembleias de Freguesia, têm já definidos os candidatos e listas e estas já entregues no Tribunal.

Por conseguinte, estamos em tempo de plena pré-campanha. Mas de um modo geral, e particularmente cá pelo nosso concelho e União de Freguesias, nem parece. Tudo ainda muito pouco divulgado e para além de alguns cabeças-de-listas, alguns apenas de forma oficiosa, pouco ou nada se sabe. 

Mesmo fazendo uma pesquisa pela internet e pelas redes sociais, ferramentas indispensáveis a quem nos tempos actuais pretende comunicar e transmitir ideias e programas, a coisa é quase inexistente e por isso quase totalmente desaproveitada. 

Mas este alheamento das forças políticas e alguns candidatos às redes sociais tem razão de ser: É que muitas das figuras que agora são candidatos não gostam de se expor porque se as redes sociais são uma ferramenta poderosa, são, em sentido proporcionalmente inverso, um foco de críticas, ofensas e mal-dizer, muitas vezes a roçar o ataque pessoal. E isto ainda é mais duro quando alguns dos candidatos têm atrás de si heranças de que pouco se possam orgulhar e de missão quase impossível justificar o marasmo. Assim fogem desse confronto social como o diabo da cruz.

Não surpreende, pois, que não se veja páginas nas redes sociais associadas à maior parte dos candidatos e respectivas listas, ou mesmo às forças partidárias por quem concorrem. Por exemplo: O Facebook do PSD-Feira tem a última actualização em 10 de Junho último, o que se espanta tendo em conta que o partido não costuma brincar em serviço no que às campanhas eleitorais diz respeito. Por sua vez o PS - Feira tem-se mostrado mais activo, com uma linha orientadora e tem conteúdos mais recentes e publicados com alguma frequência, mas mesmo assim pouco dinâmico para quem quer "assaltar" o poder. 

Cá pelas proximidades, as páginas do PSD no Facebook são aves raras ou mesmo extintas como o dódó da Maurícia. Já o PS, sem deslumbrar, parece ter mais presença e marca pontos na rede social Facebook, nomeadamente na União das Freguesias de Caldas de S. Jorge e Pigeiros, com uma lista forte encabeças pelo ex-deputado da Assembleia da República, António Cardoso e Pedro Castro Silva. que sob o slogan "Mudança Segura" prometem tomar o poder nessa União de Freguesias. Quanto ao Facebook do PS - Lobão, nos últimos quinze dias apenas uma imagem de slogan com os candidatos (À Junta e Câmara) David Neves e Márcio Correia. É pouco, mas mais que o PSD local de que não se vislumbra qualquer sinal.

Pela "nossa" União de Freguesias, salvo o caso do Facebook do PS - Lobão, ainda não consegui descortinar páginas pessoais relacionadas aos candidatos, suas campanhas ou aos seus partidos. Para além dos motivos atrás expostos, há ainda entre alguns candidatos muita iliteracia no uso das ferramentas tecnológicas e de modo particular nas redes sociais.

Assim sendo, na era do foguetão e das viagens espaciais, e no imenso mar de ferramentas tecnológicas de comunicação e informação, parece que maioria dos nossos candidatos e forças politicas preferem comunicar com sinais de fumos. Sempre é menos arriscado andar pela calada da noite a enfiar propaganda nas caixas de correio ou, então, ao monte, a distribuir programas com esferográficas e outros brindes a propalar a "mais proximidade com as pessoas" e "fazer mais obra"

4 de agosto de 2021

Lista do PSD à Câmara da Feira

 


Foi já apresentada a lista candidata do PSD - Partido Social Democrata à Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, concorrente às próximas eleições autárquicas que terão lugar a 26 de Setembro próximo. 

Comparativamente ao actual executivo, há a registar saídas importantes e naturalmente entradas para as colmatar. Da equipa do atual executivo PSD, registam-se as saídas de Cristina Tenreiro, Helena Portela, António Topa Gomes e Teresa Vieira. Apesar de se ter falado nas suas saídas, mantêm-se Vítor Marques e Gil Ferreira. 

Com o Dr. Emídio Sousa à cabeça, o segundo lugar da lista será ocupado por Amadeu Albergaria, advogado, de S. João de Ver. Em terceiro lugar, surge a economista Sónia Azevedo, natural de Lourosa. O atual vereador do Pelouro da Proteção Civil e Ação Social, Vítor Marques, surge na quarta posição, seguindo-se Gil Ferreira, atual vereador do Pelouro da Cultura. 

A arquiteta paisagista, Ana Osório e o empresário Mário Jorge Reis, que cumpre ainda o seu último mandato enquanto presidente da Junta de Freguesia de Rio Meão, Beatriz Silva, natural de Argoncilhe, gestora de empresas, Alexandra Rocha, assistente de direção, e André Coelho, de Santa Maria de Lamas, advogado, completam a lista.

[fonte: Jornal N]

12 de julho de 2021

Autárquicas 2021 - PSD Feira apresenta listas


Decorreu na passada Sexta-feira, 10 de Julho, a apresentação das listas do PSD concorrentes ás Eleições Autárquicas de 2021 no concelho de Santa Maria da Feira.

A nível da Câmara Municipal, sem supressa, a recandidatura do Dr. Emídio de Sousa. Era esperada e de resto é o melhor candidato, não só pela experiência acumulada, qualidade do trabalho realizado e porque a concorrência, sem desmerecer, sempre a começar do zero, terá óbvias dificuldades.

Quanto às freguesias, no que toca à União das Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande, será Manuel de Oliveira Leite, actual Tesoureiro, a substituir José Henriques dos Santos, que sai de cena. Também uma candidatura que era já esperada  e por demais previsível desde há quatro anos.

Quanto a Guisande, o representante será Joaquim Santos, que já foi presidente de Junta de Freguesia (2005/2009) e actual presidente da Direcção do Centro Social. 

Como seria mais que justo, e no contexto do qual já por aqui opinei,  houve suficiente bom senso e será candidato a Tesoureiro.

Do que conheço de Joaquim Santos, independentemente da popularidade que possa ou não ter, do estilo que se pode ou não apreciar, é competente para o cargo e função a que se candidata e pessoa dedicada e esforçada, de resto bem patente na sua função ligada ao Centro Social, num contexto muito difícil. Pessoalmente, mesmo sem conhecer os representantes pelas demais listas concorrentes, acredito que Guisande será bem representada com o Joaquim Santos. 

Quanto ao resto, a avaliar por algumas figuras ausentes ou presentes, é sinal de que cada vez mais é difícil congregar pessoas e competências para a intervenção e acção política, sobretudo autárquica. O Estado não tem feito nada por isso, antes pelo contrário, como a borrada da reforma administrativa que conduziu às uniões de freguesias, incaracterísticas, ineficazes e pouco ou nada representativas. Assim a mediocridade acaba por ter espaço para se implantar.

No início do terceiro mandato, por isso já com resultados tangíveis a uma análise, percebe-se que, pelo menos a nossa União de Freguesias tem sido um fracasso a toda a prova e não há absolutamente um único exemplo que possa ser apontado como algo positivo e demonstrativo dos objectivos propalados da reforma. 

Pegando no lema da recandidatura do Dr. Emídio de Sousa, no caso das uniões de freguesias, de modo particular da nossa, seguramente nestes oito anos, foram vários os passos dados, não para a frente mas para trás.

Um fracasso total, sobretudo no aspecto de proximidade e serviço às pessoas para além dos prejuízos identitários e afastamento de quem por amor à terra poderia dar mais e servir melhor. Assim, como está, parece uma missão para o Tom Cruise. Impossível.

20 de junho de 2021

Equilíbrio e rotatividade

Só para lembrar que lá para final de Setembro, início Outubro, deste ano, vai haver eleições autárquicas. Parece que cá pela nossa União de Freguesias está já definida a lista do PSD bem como o representante da freguesia de Guisande. A seu tempo a coisa será divulgada com pompa e circunstância.

Para lá das dificuldades naturais que a lista vai ter na campanha, pelo menos cá na terrinha, desde logo como explicar e justificar aos guisandenses o que parece injustificável, o porquê de nada de digno de registo ter sido feito neste mandato que está a terminar, importará por ora, digo eu, que, finalmente, o elemento representante da nossa freguesia venha, caso vença, a ocupar o cargo de secretário ou tesoureiro, isto porque de há muito, mesmo sem necessidade de adivinhos, que está definido o de presidente. 

Parece-me, e parecerá a  muita gente, que por uma questão de justiça, equilíbrio e, vá lá, rotatividade, depois de dois mandatos acomodados com cargos de vogal, sem qualquer peso e competências, será legítimo esperar que no alinhamento da lista o representante de Guisande possa vir a ser secretário ou tesoureiro. Não será pedir nada de mais e qualquer pessoa perceberá isto como algo perfeitamente mais que natural. De resto, sendo quem é, reúne seguramente as capacidades e competências para o cargo.

O contrário, ou seja, novamente e pelo terceiro mandato remeter o candidato de Guisande ao lugar de vogal, será  mesmo um desrespeito para com a freguesia, ainda que até admitindo que o representante não tenha exigido cargo nem faça disso questão. Guisande e Louredo também são da União e depois de dois mandatos com elementos no papel de voluntariosos moços de recados, têm a legitimidade de ter cargos com mais expressão. Afinal o conceito de união, tem aqui este significado de equilíbrio e justeza.

A propósito, quando integrei a lista nas eleições intercalares de 2014, aceitei com naturalidade e sem reticências o lugar de vogal, uma vez que era esse o alinhamento já definido na lista concorrente em 2013. Tratava-se do primeiro mandato e era aceitável e natural que nesse ponto de partida os lugares seguissem a ordem de importância em número de eleitores. Já em 2017, com o segundo mandato, seria expectável que por rotatividade a Guisande coubesse um cargo de secretário ou tesoureiro. Não o tendo sido, é agora, na terceira eleição, mais que justo que o seja.

A ver vamos se haverá esse natural bom senso. Será mau de mais o contrário.

5 de abril de 2021

Hoje como há 3 meses

Há três meses, em 6 de Janeiro passado, escrevi por aqui o que pensava em relação às próximas eleições autárquicas, particularmente no contexto da nossa União de Freguesias.

De lá para cá nada se alterou a não ser no crescendo das movimentações com vista ao posicionamento e formação das listas que hão-de concorrer. Por conseguinte já se sabem algumas coisas porque foram públicas, nomeadamente o facto de que o ainda actual presidente da Junta da União, não se recandidatará. Parece que o afirmou em entrevista a um jornal local, que ainda não li. Tal não constitui surpresa como surpresa não seria se voltasse a encabeçar a lista. Nestas coisas da política já não há nada que surpreenda a não ser a alguém que seja um verdadeiro "anjinho".

Quanto a quem será o cabeça-de-lista pelo PSD, tem-se falado, mas em rigor tanto se me dá que seja o A como o B ou mesmo o C. Nesta estrutura falhada  de uniões de freguesias, nomeadamente da nossa,  qualquer composição está destinada ao fracasso e ao desequilíbrio porque nasceu doente e coxa. Terá que ser reunido um conjunto de bons requisitos para que a coisa possa funcionar, desde logo, para além da qualidade das pessoas, uma filosofia que parece andar arredada na generalidade das uniões de freguesia, que é o respeito pela identidade de cada uma das partes e igual tratamento.

Posto isto, e apesar das tais "movimentações", que são normais, pela parte que me toca é um "peditório" para o qual já contribui, com grande custo, porque em rigor nada do que perspectivei e acalentei como uma mudança, e que alguém superior anuiu, porque posto em programa oficial, nada foi cumprido. De tudo quanto acreditei que fosse executado na freguesia de Guisande, nada foi concretizado. Mesmo nas mais simples questões tudo foi desconsiderado. Nem a localização da "cagadeira" do ecoponto no lugar da Igreja consegui que mudassem.

Também no que poderia ser um modelo de gestão adaptado à nova realidade de uniões de freguesias, com um papel relevante a cada um dos representantes, foi "chover no molhado" porque quem o poderia fazer preferiu não abdicar de nada, apenas continuar pleno no cadeirão das competências. Para o resto da tropa, apenas a função de "moços de recados" e limpadores de sanitários, como bons voluntários.

Por conseguinte, perspectivar que alguém que passou por esta provação, poderá estar receptivo a repetir a "dose" é algo descabido, mesmo irrealista. 

De resto, o que não falta por aí é gente capaz, até mesmo doutores e engenheiros. Também uma boa oportunidade para integrar os habituais "chicos-espertos" sempre tão ladinos a criticar e a rebaixar o papel de quem faz parte das juntas. É uma oportunidade de se chegarem à frente e mostrarem o que valem. Mas destes, a esperança é débil porque está-lhes na natureza serem apenas "papagaios" e mestres da bazófia. Preferem continuar a "andar por aí" a "cagar postas de pescada" e mandar "bitaites". Nisso são bons.

Vamos, pois, aguardar com serenidade as "movimentações". Apenas desejo que me passem bem ao largo.

25 de janeiro de 2021

Presidenciais 2021 - Porque é que não é tão fácil acertar assim no euromilhões?

 





Acima os quadros dos resultados das Eleições Presidenciais de 2021 - Total nacional, distrito de Aveiro, concelho de Santa Maria da Feira e União de Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande.

Quanto a análises, pouco a acrescentar ao que se previa. Num quadro de candidatos populares, popularuchos e extremistas, a vencedora esperada era a abstenção. No resto o mais que expectável: Marcelo folgado a garantir a reeleição, os extremistas Ana Gomes e André Ventura em segundo e terceiro num quase empate, e o resto o costume, todos juntos a valerem pouco mais que uma arroba. 

De assinalável, a vitória do candidato do Chega no Alentejo comunista. Mesmo em Setúbal foi à tangente. Dá que pensar. Tudo o que se possa acrescentar à coisa é dizer mais do mesmo.

Vamos, pois ter mais cinco anos presididos por uma figura escolhida por apenas cerca de 1/4 dos portugueses. Dá que pensar, ou talvez não!

6 de janeiro de 2021

Autárquicas - Já se mexem

Pode parecer cedo, mas já começam a mexer as coisas para a preparação das Eleições Autárquicas neste ano de 2021, que se preveem lá para início Outubro. Mesmo que em surdina, já se traçam cenários.

No entretanto, não se sabe o que vai dar a questão da prometida reversão de algumas das famigeradas uniões de freguesia, nomeadamente quanto à nossa. Com uma situação de pandemia em mãos e entretido com a presidência da União Europeia, que agora começa e se prolonga durante o primeiro semestre, tudo indica que o Governo vai protelar a reversão, ficando esta a navegar em "águas-de-bacalhau". 

Assim, não parece crível que a coisa possa vir a fazer efeitos práticos e a tempo das eleições que se aproximam. Mas seria fantástico que sim, devolvendo-se a dignidade e funcionalidade às freguesias que têm estado paralisadas devido às doenças que padecem as uniões de freguesia, nomeadamente as que não souberam nestes quase oito anos compreender e respeitar as diferenças próprias de cada uma das unidades.

Seja como for, terá que haver eleições. Alguém terá que assumir os comandos e é importante que seja gente capaz a todos os níveis. Será sempre uma missão difícil neste contexto de união de freguesias porque a coisa nasceu torta e será inglório o endireitamento.

Quanto às eventuais listas concorrentes, cabeças-de-lista e demais elementos, que estes sejam capazes e interessados em reunir consensos para dar a cada uma das freguesias a importância e respeito que merecem. Não apenas num critério de justa proporção, mas preferencialmente no sentido de limar diferenças de modo a que todas as partes venham a ter igual nível de desenvolvimento.

Quanto à participação na disputa eleitoral, pela parte que me toca é peditório para o qual já contribui. Neste cenário de união de freguesias o meu contributo já foi dado. Ficarei, pois, a ver na bancada. Além do mais importa dar lugar a tantos que tão inflamadamente encontram apenas defeitos em quem de algum modo se presta a exercer cargos e funções de cidadania, mas para as quais nunca se predispuseram a dar a cara e a fazer parte e a sujeitarem-se às críticas fáceis, gratuitas e tantas vezes desonestas e desconhecedoras das realidades e dificuldades de cada um. Esses devem ser os primeiros a avançar para que, pelo menos, depois passem a ter alguma legitimidade para o arremesso.

Neste contexto, os próximos tempos serão mais do mesmo, com as habituais movimentações, a escolha de candidatos, nem sempre a mais acertada, nem sempre a possível, os perfis, as disponibilidades, as segunda e terceiras vagas, os posicionamentos para o futuro próximo, etc, etc. É, pois, coisa interessante para se assistir (de fora).