Mostrar mensagens com a etiqueta Festa do Viso. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Festa do Viso. Mostrar todas as mensagens

31 de julho de 2020

Festa do Viso 2020 - Comunicado da Comissão de Festas


Dadas as circunstâncias especiais por que estamos a passar, este ano a Festa do Viso só terá a celebração religiosa. 
No domingo, dia 2 de Agosto, teremos missa campal no Monte do Viso, às 09:30 horas com a presença dos andores da Nossa Senhora da Boa Fortuna e de Santo António. 
A capela do Viso ficará aberta após a missa para quem desejar visitá-la e fazer as suas orações, tal como a sacristia, para as pessoas que pretenderem contribuir para as despesas (tanto das mordomas como dos festeiros) da nossa Festa.
Pedimos a todos que cumpram com as indicações presentes no local e todas as instruções de segurança estipuladas pela DGS.
A Comissão de Festas agradece todo o apoio que nos foi dado pela população.

29 de julho de 2020

Festa do Viso 2020


Não fosse esta coisa dita pandemia da Covid-19, que, por ela própria e por muitas decisões e indecisões políticas nem todas acertadas, tem adiado e cancelado muita da normalidade que tínhamos como adquirida dentro de um estado de direito, e estaríamos já na semana que antecede a nossa Festa do Viso. Por esta altura o arraial já estaria em preparação, e estamos certos que seria uma boa festa, e com bom tempo, com a tradição e inovação que a Comissão de Festas pretendia implementar.

Foi pena, e é pena, não só, naturalmente, para Guisande, como para todas as aldeias que se viram privadas destes tão importantes eventos comunitários que são as festas e romarias.
Porventura, adivinhasse a Comissão de Festas e tivesse contratado o Bruno Nogueira, o Jerónimo de Sousa e a líder da CGTP e poderíamos ter a festa quase plena. Mas como não parecem ser artistas à altura das exigências da nossa tradição, nem sequer se pensou neles. A classe política e os artistas do status quo, têm outra classe e são-lhes permitidas excepções.

Seja como for, não tendo ainda informações, creio que será natural que pelo menos se realize a Missa com a solenidade possível para honrar Nossa Senhora da Boa Fortuna e Santo António. Talvez uma procissão não solene pelo percurso habitual mas automóvel pelas ruas da freguesias. Quem sabe?

Vamos, pois, acreditar que para o próximo ano já será possível voltar à plena normalidade. É certo que ,pelo actual contexto económico, o ano que aí vem será difícil, mas certamente que a Comissão de Festas, que aceitou prolongar até lá o seu mandato, saberá com arte e engenho promover as iniciativas adequadas à angariação de receitas. A todos nós cabe-nos apoiar.


13 de maio de 2020

Festa do Viso 2020 cancelada



COMUNICADO

No actual contexto da pandemia da Covid-19, que tem vindo a condicionar os diferentes sectores da sociedade, tanto de carácter económico como religioso, desportivo, cultural e social, têm sido anunciados cancelamentos de diversos eventos, nomeadamente os relacionados com festivais e romarias. Por um lado pelas restrições de confinamento e distanciamento social que têm vindo a ser impostas pelo Governo e autoridades de saúde, bem como também por condicionalismos decorrentes dos apoios financeiros de que necessitam muitos dos referidos eventos, nomeadamente as festas religiosas e populares.

Nesta situação, a Comissão de Festas em Honra de Nossa Senhora da Boa Fortuna e Santo António – 2020, viu-se também confrontada com as limitações e restrições impostas, tendo desde o início do mês de Março vindo a suspender todas as iniciativas de angariação de fundos. 

Neste cenário, percebe-se que a realização da nossa Festa do Viso não poderá ser realizada nos moldes habituais e com a grandiosidade que queríamos proporcionar e que estava programada. Todos os contratos com artistas foram já suspensos e adiados para o próximo ano, pelo que da parte da Comissão de Festas existe a vontade de continuar em funções de modo a poder realizar a festa de 2021, certamente já dentro da normalidade.

Até lá, a Comissão de Festas vai continuar atenta à situação e às determinações do Governo e da Direcção Geral de Saúde, para perceber se aquando da data da celebração da festa, no primeiro Domingo de Agosto de 2020, será pelo menos possível concretizar a festividade na sua componente religiosa e ainda que de forma mais ligeira, com alguma animação e convívio, pelo menos no Sábado e Domingo.

Em todo o caso, o que se vier a fazer, mesmo que de forma mais improvisada, será sempre dentro do que for possível e de acordo com o respeito pelas determinações das autoridades e que vigorem na ocasião.

Vamos, pois, continuar atentos à evolução da situação e quando se justificar daremos novas indicações de modo a que a população em geral e habituais patrocinadores possam estar actualizados.
Até lá, temos o dever de respeitar e cumprir as recomendações quanto à forma como devemos em cada momento enfrentar e lidar com a pandemia.

A Comissão de Festas reitera assim a sua disponibilidade e vontade em retomar o projecto logo que possível, nomeadamente a angariação de fundos de modo a poder festejar em 2021 com toda a normalidade, alegria e bairrismo a nossa tradição da Festa do Viso.

Continuamos, pois, a contar com o apoio de toda a comunidade e patrocinadores e na esperança de que rapidamente possamos todos festejar e conviver plenamente sem riscos de saúde.



Bem hajam!
A Comissão de Festas 2020/2021

Carlos Santos de Almeida
Johnny Almeida
Micael Silva
Xavier de Almeida Baptista 
Maria Inês de Jesus Santiago
Juliana Alves da Silva

17 de janeiro de 2020

Festa do Viso 2020 - Comissão de Festas


Carlos Santos de Almeida - Fornos
Johnny Almeida - Quintães
Micael Silva - Leira
Xavier de Almeida Baptista - Barrosa
Maria Inês de Jesus Santiago - Quintães
Juliana Alves da Silva - Cimo de Vila

22 de outubro de 2019

Comissão de Festas para 2020


Foi já nomeada publicamente a Comissão de Festas para a festividade em Honra de Nossa Senhora da Boa Fortuna e Santo António, para o ano de 2020 (31 de Julho, 1, 2 e 3 de Agosto).
Ainda sujeita a confirmação oficial, pois a informação chegou-me de forma indirecta.

Comissão de Festas para 2020

Carlos Santos de Almeida - Fornos
Johnny Deivis Baptista de Almeida - Quintães
Micael Silva - Leira
Xavier de Almeida Baptista - Barrosa
Juliana Alves da Silva - Cimo de Vila
Maria Inês de Jesus Santiago - Quintães

Certamente que será uma equipa dinâmica e que saberá trabalhar e honrar a função mas que terá que contar com a habitual ajuda e apoio de toda a comunidade para que a tradição se mantenha viva e dignificada. Certamente que sim.

Não nos chegou qualquer relatório com as contas fechadas relativas à edição de 2019, mas fomos informados que terá havido um saldo negativo residual suportado pelos festeiros, que para minorar o mesmo tiveram que bater à porta de quem falhou no pagamento de oferta. 
É pena que a juntar ao esforço e dedicação dos festeiro se some algum prejuízo, mas infelizmente acontece, não por má gestão ou mau planeamento do orçamento, mas porque há sempre alguém que falha nos compromisso de pagamento de ofertas. Em todo o caso, foi uma festa muito positiva nos seus diferentes aspectos pelo que a Comissão de Festas cessante honrou e dignificou a tradição. Parabéns e bem-hajam!




6 de agosto de 2019

Já está!




Como se ouviu ontem várias vezes pela boca da marota da Cláudia Martins, -Já está! 

Depois de mais uma boa noitada, com boa casa e animação, incluindo pelo meio o fogo de artifício, encerraram as festividades em honra de Nossa Senhora da Boa Fortuna e Santo António. Já pode chover.

Segue-se o arrumar da tralha, o fecho e a apresentação das contas, certamente lá mais para o final do mês, como manda a tradição.

Reiteramos os parabéns à Comissão de Festas pelo empenho e trabalho realizados e certamente pelo sentimento de dever cumprido, embora alguns de forma repetida, como o caso dos festeiros voluntários.

Como se diz na gíria, - Para o ano há mais!

5 de agosto de 2019

Orgulhosos, concerteza!


Ainda decorre a festividade em honra de Nossa Senhora da Boa Fortuna e Santo António, na nossa freguesia de Guisande, popularizada como Festa do Viso. 

O programa encerra hoje, estando prevista a actuação da banda de música popular “Minhotos Marotos”. É verdade que já actuaram em Guisande há alguns anos, poucos depois da sua criação em 2009, mas entretanto foram mudando algumas coisas, apresentando-se agora com um estilo mais incaracterístico, à laia de nem carne nem peixe, e ainda a reboque da vocalista Cláudia Martins, mais produzida, que encabeça o nome do grupo. Há coisas que começam bem e que mudam, umas vezes para melhor, outras nem por isso. Parece-me, pessoalmente que a mudança foi algo para pior, mas são opiniões.

Seja como for, não sendo uma atracção de topo, reúne a popularidade suficiente para trazer ao Monte do Viso muitos forasteiros. O dia está bom e a noite promete.

Mesmo antes de terminada a festa, arrumada a tralha e fechadas as contas, está de parabéns a Comissão de Festas, ainda que apenas com um único sobrevivente dos nomeados (António Gomes de Almeida) e os restantes na qualidade de (bons) voluntários, nomeadamente o Armando Rodrigues Ferreira, o Joaquim de Oliveira Santos e o António Azevedo da Conceição, bem como as festeiras Cátia Ferreira e Daniela Almeida.

De algum modo, perante a negação de uns, a raça e o querer de outros. Ainda bem, porque no dia em que a nossa festa não for realizada por falta de elementos na Comissão de Festas, será sinal de que algo vai mal. Não é fácil, pois não, nem sempre há o reconhecimento justo, também não, mas há uma coisa chamada orgulho naquilo que nos deve distinguir, a identidade e paixão pelas nossas tradições e raízes.

Por mim, e certamente que por muitos mais, faço votos para que as contas corram bem e se não sobrar, pelo menos que não falte. Mas se faltar, apesar do meu contributo, que, sem falsa modéstia, considero  significativo, podem voltar a bater à porta que terão novo apoio.

Devem, pois, no final do suor da testa, sentir-se orgulhosos do fazer a festa. 

30 de junho de 2019

Festa do Viso 2019 - Apresentação do programa


Decorre hoje, Domingo, 30 de Junho, no Monte do Viso, o convívio de apresentação do programa da Festa em Honra de Nossa Senhora da Boa Fortuna e Santo António 2019 (2 a 5 de Agosto), promovido pela Comissão de Festas. Acompanhamento musical e porco-no-espeto fazem parte da ementa.

Quanto ao programa, a habitual componente religiosa com Missa Solene no Domingo de manhã (10:30 horas) e Procissão Solene à tarde (18:30 horas). Ainda, na Segunda-Feira, missa na capela com intenções por festeiros e benfeitores já falecidos.

Musicalmente, na Sexta-Feira há fados, no Sábado actuam a artista Beatriz e a Banda Lusa. No Domingo, de manhã e à tarde, a Banda de Música de S. Tiago de Lobão, à noite folclore, com exibição dos ranchos de S. Tiago de Lobão, S. Pedro de Canedo e S. Lourenço de Alvelos - Barcelos. Na Segunda-Feira animarão a noite o Duo Paivadouro e Cláudia Martins com os Minhotos Marotos, que pela segunda vez actuam na nossa festa, 

9 de agosto de 2018

Festa do Viso - Guia e apontamentos


Elaborei do zero um documento a que chamo de "Festa em Honra de Nossa Senhora da Boa Fortuna e Santo António - Enquadramento, caracterização e guia de orientação de alguns dos seus aspectos organizativos e tradicionais"

Como justifico no próprio "...este documento não tem pretensões especiais nem disciplinares nem como alguma espécie de jurisprudência, mas apenas um simples resumo com a visão pessoal de alguns princípios que têm sido tradição e por isso "quase" regra.
Resulta em muito da experiência na primeira pessoa (como festeiro em 2004, com a participação no programa de duas bandas filarmónicas, José Cid, Paulo Bragança e três bons ranchos folclóricos, um deles do Alto Minho) bem como do testemunho de muitos anos, alguns deles na condição de vizinho privilegiado da festa.
Obviamente que tão importante ou mais do que este documento, é a transmissão de conhecimentos que cada comissão cessante deve legar à comissão nomeada. 
Por outro lado, a estrutura da nossa Festa do Viso não é compartimentada, mas antes dinâmica e é o resultado de sucessivos melhoramentos e introduções. Cada Comissão de Festas do passado contribuiu para a identidade da festa, sempre com algum elemento ou momento diferenciadores. Assim, tudo o que possa contribuir para preservar e enriquecer a tradição e melhorar o que nem sempre corre bem, é importante e positivo. A busca da perfeição, ou quase, deverá sempre nortear o ser humano. No futuro procurar-se-á actualizar alguns aspectos agora omissos ou ligeiramente abordados.
Se estes apontamentos à laia de guia informal a alguém puder ser útil, tanto melhor. Se não, valerá pela intenção de o ser.

Em resumo, vale o que vale, eventualmente pouco ou nada, mas se a alguém interessar, pode fazer o download do PDF e dar-lhe o proveito que entender. [LINK] Entretanto, quando se justificar, para corrigir gralhas ou acrescentar outros apontamento, publicarei uma versão revista.

6 de agosto de 2018

Festa em honra de Nossa Senhora da Boa Fortuna e Santo António - 2018 - Procissão



Mesmo que com algumas "novidades", nomeadamente a do horário, bem como o facto de ter sido o Santo António a fechar a lista de andores, ao contrário do tradicional, que seria o de Nossa Senhora da Boa Fortuna, a procissão solene saiu à rua e cumpriu-se a devoção. Eventualmente com menos forasteiros a assistir, mas decorreu de forma que aos guisandenses deve orgulhar.

Pessoalmente, lamento que o Mártir S. Sebastião, um dos santos representativos da paróquia, tenha ficado sem participar. Não fica bem, e alguém (da paróquia ou da Comissão de Festas) deveria ter-se responsabilizado ou empenhado em arranjar uma solução.

A questão da coordenação da procissão, nomeadamente no que aos andores diz respeito, gestão de promessas e responsáveis (particulares, grupos, Comissão de Festas ou paróquia), é um dos aspectos que ainda continua a precisar de muita afinação. A organização a este nível tem sido gerida um pouco ad hoc, o que propicia algumas confusões que não ajudam. Certamente que com uma melhor gestão, o mártir teria feito parte da procissão, com a veneração e devoção que lhe é devida pelos guisandenses. É certo que tem a sua festividade própria (20 de Janeiro), mas creio que todos concordarão que deveria fazer sempre parte da procissão da festa maior da freguesia.

Será, pois, de melhorar e definir bem esta situação no futuro.

30 de julho de 2018

Festa do Viso - O passado é lá atrás



Já chegara no início da semana a pista de carrinhos de choque. A custo, os camiões lá subiram a rampa do Monte do Viso e despejaram à sombra das acácias e do velho sobreiro todas as peças desse puzzle que, montadas uma a uma à força de braço, dariam lugar a uma espécie de tenda de circo onde o palco era uma pista de asfalto de chapa metálica, sem princípio nem fim, nivelada numa estrutura de barrotes e pranchas de madeira. O carrinho número 1, branco, que todos queriam pilotar, porque dizia-se ser o mais rápido, lá estava pronto a “faiscar” num cenário kitsch adornado com pinturas reluzentes de animais e paisagens.

Lá pela quarta-feira ao fim da tarde também chegava a "Almeida Rádio", com os seus altifalantes cinzentos que eram colocados no alto do sobreiro, apontados para os quatro cantos da freguesia, em que por alguns dias haviam de esganiçar as melodias da moda. No átrio da entrada da Escola do Viso montava-se a cabine de som, com gira-discos e torres de discos, onde se misturavam o Rancho Folclórico de Santa Marta de Portuzelo e Conjunto Típico Maria Albertina ou “Pais e Filhos” com José Cid, Amália Rodrigues, António Mourão, Fernando Farinha, Demis Roussos, The Nazareth ou The Rubetts, entre muitos outros que pela época eram sucessos da rádio. Quase sempre os agudos do “Sugar Baby Love” abriam as hostilidades musicais e o grego que cantava inglês, o Demis, actuava logo de seguida.

Entretanto a Comissão de Festas já começara a delimitar, com postes de eucalipto e arames, o espaço reservado à elite à qual havia de cobrar bilhetes para sentarem o cu em bancos macios e corridos. Podiam assim ver mais de perto “Os Marinheiros de Ovar”, os “Estrelas Incomparáveis” ou os “Peles Vermelhas”. Pagavam, mas dava-lhes estatuto, sobretudo quando estava em causa causar boa impressão às namoradas. Os outros, para quem o dinheiro era para queimar em quarteirões de branco com açúcar ou em lambarices, ficavam de fora, encostados aos arames num KO de indiferença.
Por esses tempos não havia dinheiro para mais folguedos musicais e os “pimbas” ainda estavam para nascer. Mesmo quando por ali passou a Ana Malhoa e a a Filipa Lemos (dos Santamaria) eram ainda crianças em início de carreira.

Um a norte e a outro a sul, à sombra das mimosas, estavam já montados os pequenos coretos de madeira vindos empoeirados da Casa da Quintão e do Sr. Gomes do Reguengo, juntamente com os mastros embandeirados com a vermelha Cruz de Cristo. Os coretos eram pequenos mas as filarmónicas também e como passarinhos lá se acomodavam em tão pequeno ninho. As festeiras e a raparigada, há semanas que, entretidas, vinham a entrelaçar cordas com papel recortado e a tecer delicadas flores coloridas que a qualquer chuvisco murchariam mas que engalanavam a dura rampa do monte até às Quintães por onde haveria de passar a procissão solene no Domingo à tarde.

Debaixo das frondosas austrálias, o Alcides da Casa Neves já montara a tasca onde se serviriam cervejas, pirolitos, gasosas e laranjadas da Gruta da Lomba a acompanhar suculentas fatias de melão e sardinhas do mar de Espinho, bem assadas. Mais tarde fazia-lhe companhia e na concorrência o saudoso Neca dos Santos.
Depois eram as tendas de brinquedos, da fruta, da regueifa, doces e outras lambarices como pacotinhos de bolachas de baunilha, torrões de amendoim em caramelo e chupas em forma de guarda-chuva ou de bolacha. Os brinquedos, para os quais a criançada andava um ano a juntar tostões, eram ainda de chapa ou de madeira pintada com cores garridas. O plástico era ainda novidade. Os rapazes compravam uma carrinha ou um taxi e as meninas uma máquina de costura ou um conjunto de cozinha com fogão, ferro de engomar, ou mesmo uma boneca despida para a qual faziam vestidinhos com as sobras dos trapos.

Era assim a nossa Festa do Viso lá pelos idos anos 60 e 70. De lá para cá as coisas foram mudando e a magia foi-se reduzindo conforme o palco ía crescendo e o orçamento aumentando. É certo que ainda continua a ser marcante, motivo e pretexto para reencontro de famílias e emigrantes com saudades matadas numa boa e farta mesa onde não falta o assado caseiro de vitela, carneiro ou cabrito e o melão da época mas, verdade se diga, já não é a mesma coisa. Mudaram-se os tempos e com eles as modas , os gostos e as dinâmicas e até mesmo o arraial. Já não há espaço para pistas, carroceis "8 "ou "zero", cestas ou aviões. Mesmo que algo ali se acomodasse com jeitinho, os empresários destes divertimentos só querem festas bem graúdas e barulhentas como a de Canedo, Lourosa, Arrifana e outras mais. Por cá, já foi chão que deu uvas e cascas de melão.

É verdade que a génese da nossa festa, a religiosa, está ainda quase intacta,  porque a mais genuína, mas a componente popular, à imagem de quase todas as festas e romarias da zona, há muito que deram lugar a manifestações incaracterísticas onde o sucesso das mesmas se mede pelas figuras e figurões dos cartazes musicais e do nome ou prestígio da pimbalhada. Os aspectos puramente tradicionais foram perdendo muito da sua autenticidade e terminarão quase definitivamente com o desaparecer das gerações mais antigas.

Apesar de tudo, mesmo que as coisas já não sejam o que foram, e até nós próprios, porque já não vemos as coisas com os olhos da infância, onde tudo nos parecia mágico e deslumbrante, ainda há muito de positivo nas festas das aldeias, incluindo a nossa, e são ainda um elemento agregador e identitário. Por isso, que continuem por muitos e bons anos e que no final da mesma, que cada Comissão de Festas continue a sentir-se orgulhosa do trabalho desenvolvido, na certeza de que, não agradando a todos, fez por isso e à causa dedicou-se com empenho e compromisso com os valores da nossa freguesia. Bastará isso para que valha sempre a pena.

2 de julho de 2018

Festa em honra de Nª Sª da Boa Fortuna e Santo António - Programa de 2018

Dias 3,4,5 e 6 de Agosto de 2018

Programa:

Sexta-Feira, 3 de Agosto
22:00 Horas
- Cantadores ao desafio com Augusto Caseiro (de Caldas de S. Jorge) e António Cante (de Avanca)

Sábado, 4 de Agosto
21:30 Horas
- Baile com Nelson Marto
22:30 Horas
Espectáculo musical com Xico à Portuguesa (do Got Talent)
23:30 horas
- Espectáculo musical com a actuação do cantor Clemente

Domingo, 5 de Agosto
8:30 horas
- Entrada da Banda Musical de S. Tiago de Lobão. Para além da actuação no palco, até ao pôr-do-sol, participação musical na missa e na procissão solenes.
10:30 Horas
Missa Solene em honra de Nossa Senhora da Boa Fortuna e Santo António
17:00 Horas
- Reza do terço
18:00 Horas
- Majestosa Procissão Solene
21:45 Horas
- Noite de folclore com o Rancho Etnográfico "Os Pinhoeiros" de Lobão e
Grupo Folclórico de S. Tiago de Azagães - Carregosa - Oliveira de Azeméis

Segunda-Feira, 6 de Agosto
10:30 Horas
Missa na capela em memória e por intenções de festeiros já falecidos
21:30 Horas
- Espectáculo musical a cargo do grupo Novasom
23:30 Horas
- Fogo de artifício
23:50 Horas
- Espectáculo musical com David Antunes & The Midnight Band com participação especial de Simone de Oliveira
01:00 Horas
- Encerramento

5 de outubro de 2017

Festa do Viso 2017 - Fecho

Os resultados da nossa Comissão foi a seguinte: Saldo positivo de 51,51€.

A Comissão de Festas arranjou patrocinadores para financiar uma pequena intervenção  na Capela do Viso: Intervenção na Sacristia – Lugar onde trabalha a equipa da Comissão.
- Uma secretária em madeira
- Quatro cadeiras em madeira
- Fazer uma puxada eléctrica com tomadas junto da porta para facilitar a ligação de um computador e/ ou Frigorífico.

Assim que se colocar o material será apresentado o valor do mesmo o que corresponde ao valor doado pelos Patrocinadores.
A Comissão de Festas agradece a colaboração de toda a comunidade e empresas, mesmo com menos um elemento conseguimos atingir os objectivos planificados.

Esperamos que a próxima Comissão tenha melhores resultados e que todas as pessoas possam contribuir para manter a tradição cultural e religiosa na nossa freguesia.
Todos os habitantes da freguesia devem ficar honrados por serem nomeados, fazer voluntariado não é vergonhoso nem desprestigia nenhuma classe social.

A próxima Comissão de 2018:
Juiz: Ilídio Gomes Pereira – Lugar de Fornos
Tesoureiro: Domingos Daniel Conceição Lopes – Lugar da Lama
Secretário: Fábio António Cadete – Lugar de Fornos
Vogal: António Francisco Silva – lugar da Gandra

Muito Obrigado….!

Juiz : Domingos Alexandre Alves Magalhães 
Tesoureiro: João Paulo Ferreira Dos Santos 
Secretário: Pedro Filipe da Silva Peixoto

(Fonte: Facebook da Comissão de Festas 2017)

Festeiras:
Inês Margarida Gonçalves Bastos - Igreja
Diana Isabel de Almeida Baptista - Reguengo

7 de agosto de 2017

A ver as bandas a passar





Festa no Viso. Domingo à tarde. Depois da solene procissão, com 16 andores, entres eles o de Santo António e o de Nossa Senhora da Boa Fortuna, que com orgulho ajudei a carregar, a exibição das bandas de música de Lobão e do Vale, num encontro inédito no nosso arraial. Qual delas a melhor sob um ponto de vista artístico? É uma opinião que pouco importa, mesmo que a tenhamos, porque de destacar acima de tudo o simbolismo da presença de duas bandas de música de freguesias próximas, ambas com jovens músicos de Guisande, que em muito ajudaram a abrilhantar as festividades na nossa aldeia. Um destaque ainda para a missa solene, o ponto mais importante da festividade, como salientou o pregador padre Couto. A missa foi superiormente acompanhada musicalmente por um quarteto que com a sua qualidade vocal excepcional demonstrou que poucos podem parecer muitos. De facto um momento também ele inédito e que ajudou a marcar a solenidade da  eucaristia da festa.

6 de agosto de 2017

Cantou-se o fado à luz da lua






Ontem, na Festa do Viso, houve lugar ao fado. Não foi inédito, pois Paulo Bragança cantou-o em 2004, antes da actuação de José Cid, mas foi uma bonita noite. Porventura sem o silêncio ambiente que se exigia para melhor o sentir e apreciar, mas resultou muito bem e foi feliz a opção da Comissão de Festas em fazer do escadório do Calvário o cenário. 
O arraial esteve muito bem composto e andou por ali muita gente. Foi uma noite bonita com um cenário a condizer e ao qual não faltou o holofote da lua quase cheia.
Antes da noite de fados, uma curta exibição de danças de salão pelos pares que frequentam as aulas no Centro Cívico. Estiverem muito certinhos e já com movimentos de alguma desenvoltura. Parabéns ao centro Social e aos pares pela sua coragem e alegria. Parabéns à Comissão de Festas por esta bonita noite.
A festa continua porque hoje é o dia grande, com uma forte vertente religiosa em honra de Nossa Senhora da Boa Fortuna e de Santo António, com missa solene ao final da manhã e procissão lá mais para a tardinha. Haverá duas bandas de música (Vale e Lobão) e ainda o folclore e concertinas a fechar a noite.

5 de agosto de 2017

Festa do Viso - À espera do fado



Silêncio, mais logo, que se vai cantar o fado.

Há festa na aldeia


Há festa na aldeia. Arrancou ontem, sexta-feira, a festividade em Honra de Nossa Senhora da Boa Fortuna e Santo António. Foi o primeiro de quatro dias de festejos. Para a Comissão de Festas, que tem sido incansável, é a parte principal e final de um ano de canseiras e preocupações. 
Ontem o programa contou com os Mancha, uma banda de estilo rock. Para quem eventualmente pensava numa noite de bailarico ficou desapontado,  mas é sempre difícil agradar a todos e num programa destes há que tentar conciliar diferentes estilos para as diferentes gerações. Foi uma noite positiva já que tradicionalmente a sexta-feira é apenas um dia de aquecimento e por isso nunca se conta com casa cheia. 
Hoje há mais e o programa promete algum diferença com uma noite fados, um estilo que requer silêncio para ser bem sentido e apreciado, por isso não muito adequado para um arraial, mas certamente merecerá a atenção e interesse de quem assistir.

1 de agosto de 2017

Meu querido mês de Agosto



Meu querido mês de Agosto,
Por ti levo o ano inteiro a sonhar.
Trago sorrisos no rosto, 
Meu querido mês de Agosto,
Porque sei que vou voltar.

Meu querido mês de Agosto
Por ti levo o ano inteiro a sonhar.
Trago sorrisos no rosto, 
Meu querido mês de Agosto, 
e trago Deus para me ajudar.

A canção é do saudoso Dino Meira, que nos deixou já há quase 24 anos (11 de Novembro de 1993) e de algum modo contextualiza a importância tradicional do mês de Agosto para os portugueses, já que para uma larga maioria é o mês de férias e porque também é o mês por excelência em que os emigrantes, sobretudo de França e Suiça, regressam às suas terras para uns dias de descanso, convívio e ajuste de contas com as  saudades.

Em todo o caso, tanto para os portugueses que trabalham por cá como os que trabalham por lá, cada vez o Agosto é menos marcante pois as férias tendem a ser divididas ao longo do ano, sobretudo pela altura da Páscoa e Natal e ainda porque os imperativos das entidades empregadoras e do mercado de trabalho  cada vez menos permitem férias à fartazana e "à la carte". Esse tempo em que se entrava de férias com a pontualidade de um relógio já acabou há muito. E de resto faz sentido que assim seja pois, como diz o povo, alguém tem que trabalhar para que não pare o país, para que funcionem os serviços, o comércio e a indústria, sobretudo a produtiva. Para que a malta possa ir comer um "peixinho" ao Algarve é preciso que pescadores se abalencem ao mar e nos restaurantes trabalhem cozinheiros e empregados de mesa. Para que alguém possa ir comer uma postinha de vitela solteira em Lafões é preciso trabalhar o lavrador e o talhista. E por aí fora...

Por cá, este oitavo mês do nosso calendário é marcado sobretudo pela Festa em Honra de Nossa Senhora da Boa Fortuna e Santo António, que será já neste fim-de-semana, no Monte do Viso. É sempre um ponto e momento de encontro de alguns emigrantes com as suas famílias e raízes. Um bom assado no forno na companhia da família ou uma sardinhada na barraca na segunda-feira da festa, ajudam a mitigar a dureza de meses passados longe da sombra da casa paterna. Por tudo isso,  por estes dias as coisas sabem melhor e Agosto ainda consegue trazer-nos um sorriso ao rosto, mesmo que nublado e sem calor que nos leve à praia.

21 de julho de 2017