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27 de fevereiro de 2014

Imprensa periódica da Vila e Concelho da Feira

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Excelente trabalho de Roberto Vaz de Oliveira sobre a imprensa periódica da vila e concelho da Feira, integrado na publicação “Aveiro e o seu Distrito, Nº 10 de Dezembro de 1970.

Como curiosidade, a indicação de um nosso conterrâneo, Dr. Joaquim Alves Santiago, ter sido director do jornal “Democrata Feirense”.

 

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O Dr. Joaquim Alves Santiago nasceu na freguesia de Guisande, deste concelho da Feira, em 25 de Novembro de 1898, sendo filho de Joaquim Alves Santiago e de sua mulher D. Maria Joaquina da Conceição. Casou, pela primeira vez, com D. Margarida Augusta da Conceição Valente Baldaia e, pela segunda vez, com D. Inocência da Silva Santos.

Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, foi, nesta cidade, professor da Escola Académica, tendo também advogado na Vila da Feira, onde faleceu em 12 de Setembro de 1958.

24 de julho de 2013

Homenagem ao P.e Domingos Moreira

 

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Em reconhecimento do elevado valor humanista, altruísta e científico do Padre Domingos Azevedo Moreira, abade de Pigeiros durante 50 anos, falecido a 10 de janeiro de 2011, o Município de Santa Maria da Feira e a Junta de Freguesia de Pigeiros vão homenagear, dia 27 de julho, esta figura maior da cultura portuguesa.

Pelas 10h30 realiza-se uma missa solene, na Igreja de Pigeiros, presidida por D. João Lavrador, seguida de descerramento de busto e romagem ao cemitério. À tarde, pelas 15h00, terá início a conferência “Padre Domingos Moreira: o homem e a obra”, no auditório da Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira, cuja abertura estará a cargo do presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, Alfredo Henriques.

Serão oradores nesta conferência, com a presença de D. Carlos Azevedo, delegado do Conselho Pontifício para a Cultura no Vaticano, os professores catedráticos Cândido dos Santos, (“Os livros na vida de um pároco de aldeia”), Luís Carlos Amaral, (“O percurso incomum de um historiador invulgar: em torno da obra historiográfica do Padre Domingos A. Moreira”) e Eugénio dos Santos (“Como o Padre Domingos Moreira era visto pelos amigos”). Celestino Portela, membro da Comissão Executiva da Liga dos Amigos da Feira (LAF) encerra o encontro. O programa da homenagem termina com a inauguração da exposição “A Biblioteca de Padre Domingos Azevedo Moreira”, pelas 17h00, na sala de exposições da Biblioteca.

- Padre Domingos de Azevedo Moreira

Nascido em 1933, em Romariz, Santa Maria da Feira, o Padre Domingos Azevedo Moreira foi, como gostava de referir, abade de Pigeiros, durante 50 anos. De uma forma humilde, dedicou toda a sua vida aos seus paroquianos, família e ao estudo, buscando, permanentemente, o conhecimento.

Detentor de uma expressiva biblioteca, constituída por cerca de 20 mil documentos e por uma coleção especial de 30 fac-símile, decidiu partilhá-la com a sua comunidade, através de doação, por testamento, ao Município, definindo que a biblioteca geral deverá ficar depositada, em sala com o seu nome, em Pigeiros e a biblioteca especial, em cofre, com condições especiais de conservação, que, no caso, será na biblioteca municipal.

 

fonte da notícia: link

 

Nota: Pela ligação afectiva e efectiva do P.e Domingos Moreira à freguesia e paróquia de Guisande, seria importante que alguém se fizesse representar de forma oficial nesta homenagem.

6 de maio de 2013

P.e Francisco Gomes de Oliveira – 15 anos de saudade

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Neste mês de Maio lembramos os 15 anos sobre o falecimento do P:e Francisco Gomes de Oliveira, anterior pároco de Guisande.

A nossa simples homenagem e lembrança da efeméride na forma de um banner comemorativo.

20 de outubro de 2005

Dr. Joaquim Alves Santiago


O Dr. Joaquim Alves Santiago nasceu na freguesia de Guisande, concelho de Vila da Feira, em 25 de Novembro de 1898, filho de Joaquim Alves Santiago e de  Maria Joaquina da Conceição, de Caldas de S. Jorge. Era irmão de António Alves Santiago e por conseguinte, de entre outros, tio paterno do Pe. António Alves de Pinho Santiago. Tinha ainda um irmão de nome Manuel Alves de Santiago, na altura solteiro e estudante, que foi seu padrinho de baptismo. Teve como madrinha a tia paterna de nome Maria Joaquina da Silva.
Era neto paterno de Manuel Santiago e de Eufrásia Joaquina da Silva, de Casaldaça, e neto materno de Manuel Alves Moreira e de Maria Joaquina da Conceição, das Quintães.

Casou em primeiras núpcias com Margarida Augusta da Conceição Valente Baldaia e em segundas núpcias com Inocência da Silva Santos.

Licenciou-se em Direito pela Universidade de Lisboa,  tendo, nesta cidade, exercido a função de professor da Escola Académica. Exerceu também a advocacia com escritório na Vila da Feira. 

Chegou a ocupar o cargo de redactor principal e depois director do então jornal "Democrata Feirense", um semanário fundado em 5 de Outubro de 1914 e que viria a terminar no ano de 1958. Entre outras importantes figuras feirenses, também foi director desse jornal, em período anterior, o Dr. Vitorino de Sá (Sanfins, em 25 de Outubro de 1854 - Vila da Feira, em 21 de Maio de 1934).

O Dr. Joaquim Alves Santiago veio a falecer em 12 de Setembro de 1958, com 60 anos de idade (não conseguimos apurar onde se encontra sepultado, presumindo que na Vila da Feira, onde faleceu).



Nota: Dados biográficos colhidos de Roberto Vaz de Oliveira na publicação "Aveiro e o seu distrito" Nº 9 de Junho de 1970. 

Observação: Não temos mais dados sobre esta figura Guisande, nomeadamente sobre se teve alguma intervenção na freguesia onde nasceu e se para ela contribuiu com a sua acção de homem das leis e das letras. 
Em todo o caso, foi sem dúvida uma figura de relevo, ligada a uma família importante na nossa freguesia e considera-se que é justificada a sua referência nesta simples galeria de figuras ilustres ligadas à freguesia de Guisande.

3 de fevereiro de 2000

Lista de padres nascidos em S. Mamede de Guisande

António Coelho Ribeiro

Manuel Maia - Foi coadjutor pelo fim do século XVII e princípio do seguinte..

Manuel Gomes Leite - Na sua monografia sobre Guisande, o Dr. António Ferreira Pinto apenas indica o nome. Por isso pouco se sabe deste clérigo guisandense. Encontrei, porém, num assento de baptismo de António Gomes Loureiro, filho de Domingos Pinto e de sua mulher Sebastiana Gomes, do lugar da Barrosa, que nasceu em 14 de Setembro de 1711 e foi baptizado em 20 do mesmo mês e ano, uma referência ao seu nome, como testemunha, sendo descrito como Reverendo Cónego da Sé do Porto e tio do baptizado. Fica-se sem a certeza se irmão do pai ou da mãe, porque os diferentes apelidos de ambos não ajudam ao esclarecimento, mas pela existência comum do apelido Gomes admite-se fosse irmão da Sebastiana. Será de supor que este cónego tem as suas raízes à família e Casa do Loureiro da Barrosa.
Anteriormente, num assento de baptismo de 12 de Novembro de 1703, em em anos seguintes, surge como coadjutor do pároco Valério Alves Pereira.
Num assento de baptismo de 7 de Julho de 1794 é indicado como coadjutor na paróquia de S. Cristóvão de Mafamude - Vila Nova de Gaia.

Manuel Alves da Silva. Foi coadjutor pelo fim do século XVII.

António Alves de Magalhães. Em alguns assentos paroquiais, nomeadamente num de baptismo datado de 15 de Março de 1739, de um José filho de seu irmão Custódio de Magalhães e sua mulher Maria Moreira, do lugar da Quintão (Outeiro) é dado como morador nesse lugar. Desconhece-se se é natural de Guisande mas presume-se que sim.
Faleceu em 14 de Janeiro de 1766 e instituiu como seu herdeiro o seu sobrinho e afilhado José, filho de Custódio de Magalhães, do referido lugar da Quintão (Outeiro). Deixou ainda bens a seu irmão João Alves de Magalhães e a sua sobrinha Helena.

José Francisco - Num assento de baptismo de José, filho de Manuel Francisco e de Maria Guedes, do lugar de Casaldaça, que nasceu em 29 de Abril de 1737 surge como padrinho e como morador no lugar das Quintães. Não encontrei mais dados sobre este padre e se realmente era natural de Guisande, mas será de presumir que sim. Na lista de padres nascidos em Guisande publicada pelo Cónego Dr. António Ferreira Pinto na sua monografia "Defendei Vossas Terras", de 1936, não há qualquer referência a este sacerdote.

José Pinto, das Quintães, em 1769, tinha 79 anos e fora ordenado em 1724. Rebentou-lhe na mão uma espingarda, ficou muito doente dos olhos e nunca fez exame de confessor. Faleceu em 14 de Novembro de 1775 tendo sido sepultado dentro da igreja matriz de Guisande. 
Deixou testamento cerrado com bens por alma de seus pais e seu irmão Manuel e instituiu como sua herdeira uma Josefa  Maria, mulher de Bernardo Pereira da freguesia de Lamas, com a obrigação de lhe fazer os bens de alma e pagar suas dívidas.
Durante a sua vida foi padrinho de baptismo de vários guisandenses.

Com alguma incerteza mas com grande probabilidade, do que consegui pesquisar, seria filho de António Pinto e de sua mulher Isabel Dias, tendo nascido a 5 de Janeiro de 1684, sendo baptizado a 7 do mesmo mês. Foram padrinhos, José Francisco, do lugar das Quintães e Isabel filha de Gonçalo Pinto, do lugar da Lama. A ter em conta este assento e esta data de nascimento poderá estar errada a indicação acima de que em 1769 tinha 79 anos, mas antes 85.

Manuel Alves da Conceição. Na paróquia de Santa Maria do Vale, nos assentos de casamento dos dias 5-10-1750, e 14-11-1752 lê-se que era de Guisande, mas que residia no Vale, onde fora assistente. 
Em vários assentos paroquias de S. Mamede de Guisande, nomeadamente num de baptismo na data de 30 de Maio de 1737 em que foi padrinho de um Bernardo, filho de Pedro de Oliveira e de sua mulher mariana do Espírito santo, do lugar da Trás da Igreja, sendo dado como morador no lugar de Cimo de Vila. Faleceu em Guisande em 12 de Abril de 1764 tendo sido sepultado no interior a igreja matriz. De acordo com a indicação no seu assento de óbito, deixou como herdeira uma sua filha (natural e não legítima) que vivia em Romariz, pelo que se presume que não exerceria como sacerdote.

Manuel José Reimão, foi cura e encomendado. Era da família de cujos descendentes, entre outros, são o Américo Baptista da Silva, o Valdemar e outros seus irmãos. Daí a alcunha que ainda têm de Reimão. Todavia ainda não consegui apurar a data de nascimento nem a filiação nem a relação genealógica. 

Num assento de baptismo de José, filho de António Pereira e de Maria Joana, do lugar do Outeiro, nascido em 14 de Maio de 1787 e baptizado a 19 do mesmo mês, aparece na qualidade de padrinho e identificado como sendo do lugar de Casaldaça. Será pois natural desde lugar.

Foi coadjutor da nossa paróquia pela segunda metade do séc. XVIII, tendo assinado vários assentos paroquiais. O primeiro assento que identifiquei como coadjutor foi num baptismo em 11 de Março de 1789, de uma rapariga de nome Tomásia que nasceu no dia 6 do mesmo mês, filha de José Francisco de Sousa e de Damiana Maria de Jesus, do lugar da Barrosa.
Faleceu em Guisande em 20 de Junho de 1828 e foi sepultado no dia 23 do mesmo mês e ano dentro da igreja matriz.

Para tentar chegar à filiação deste padre, pesquisei os assentos de baptismo de vários baptizados com o nome de Manuel e de Manuel José apenas encontrei um assento de Manuel José, nascido em 25 de Agosto de 1754, filho legítimo de Eusébio Francisco e de sua mulher Maria Francisca, do lugar de Estoze, neto paterno de Domingos Francisco e de Ângela Franciscia (do lugar de Tozeiro da freguesia de Louredo) e neto materno de João António e de sua mulher Ana Francisca (do lugar de Estoze).
É apenas uma referência que tem em conta a coincidência do nome, mas em rigor pode não ter qualquer relação, De resto o facto dos pais serem indicados apenas com os nomes próprios, por isso sem apelidos, também não ajuda ao esclarecimento. Mas fica o apontamento. Na hipótese de ser este, nascendo em 1754 e tendo falecido em 1828 significa que viveu 74 anos.

José Gomes de Almeida (Pe. Loureiro), nasceu em 22 de Setembro de 1807.
Era filho de Domingos José Francisco de Almeida e de Maria Felizarda de São José da Silva Loureiro  estes do lugar da Barrosa, Guisande.
Era neto paterno de Domingos Francisco de Almeida Vasconcelos e de Clara Angélica Rosa. Era neto materno de Manuel Gomes Loureiro e de Tomásia Rosa da Silva de Jesus.
Recebeu a ordem de presbítero em 24 de Setembro de 1831. Foi nomeado pároco de S. Jorge de Caldelas em 1844. Faleceu em 03 de Agosto de 1879.

José Ferreira Coelho, recebeu a ordem de presbítero em 8 de Setembro de 1847. Foi encomendado em S. Jorge, Guisande e Gião, morrendo nesta freguesia.

António Ferreira Pinto, recebeu tonsura e menores em Julho de 1892, subdiácono logo em 7 de Agosto, diácono e presbítero em 30 de Julho e 22 de Outubro de 1893. De 1892 a 1897 formou-se em Teologia pela Universidade de Coimbra, sendo nomeado professor do Seminário do Porto em Setembro de 1897. Foi aposentado em Outubro de 1935 como consta do Diário do Governo n. 250.

Manuel Leite de Resende, nasceu em 4 de Setembro de 1758. Recebeu o presbiterado em 13 de Setembro de 1784.
Era do lugar de Trás-da-Igreja, sendo filho de Manuel José de Resende e de Mariana da Silva. Era neto paterno de Bartolomeu João e de sua segunda mulher Josefa Maria de Resende (1). Era neto materno de Manuel da Silva e de Ana Fernandes, do lugar da Lama. Era irmão do Pe. José Leite de Resende.
Esta Josefa Maria de Resende faleceu em 2 de Janeiro de 1774.

José Leite de Resende, nasceu em 19 de Setembro de 1766. Recebeu o presbiterado em 1 de Agosto de 1897. 
Era do lugar de Trás-da-Igreja, sendo filho de Manuel José de Resende e de Mariana da Silva. Era neto paterno de Bartolomeu João e de sua segunda mulher Josefa Maria de Resende. Era neto materno de Manuel da Silva e de Ana Fernandes, do lugar da Lama. Teve como padrinho de baptismo o Pe. José Pinto, do lugar das Quintães. Era irmão do Pe. Manuel Leite de Resende.

Delfim Augusto Guedes, da Casa do Ferreiro, da Leira, recebeu o presbiterado a 12 de Novembro de 1911, em Remelhe, durante a expulsão de D. António Barroso. Foi pároco na freguesia de Sanguedo, de Vila da Feira e depois nas Caldas de S. Jorge a partir de 28 de Setembro de 1939, sucedendo ao Pe. José Inácio da Costa e Silva, natural de Pigeiros, que resignou nesse ano, seguindo depois, em 1943,  para a freguesia de Escariz - Arouca, onde faleceu em 1961 e ali foi sepultado no cemitério local, tendo sido muito estimado pelos seus paroquianos.

Nota à margem sobre o Pe. Delfim Augusto Guedes:
Sobre este sacerdote, aquando da sua paroquialidade em Escariz - Arouca, José António Rocha, no documento intitulado "A Senhora da Abelheira", inserto no Lusitânia Sacra, 2ª série, Tomo 19-20 (2007-2008), a páginas 449, narra como lhe tendo sido contado pelos locais um episódio que considerou anedótico, mas que numa perspectiva sociológica ou de história das mentalidades, dizia muito. Assim, lá por Escariz dizia-se que o Pe. Delfim (ali p
ároco entre 1943 e 1961) não era muito muito devoto da capela da Senhora da Abelheira (porventura pela polémica da sua história e fundação) e que a ela se referia depreciativamente como "...lá em cima do monte". Ora por volta de 1960, numa celebração na dita capela da Abelheira, quando a missa estava a "santos" lançaram os tradicionais foguetes, sendo que um deles caiu sobre o telhado, furando-o e ferindo o pároco na cabeça, tendo sangrado..
Fosse ou não "castigo divino", certo é que a partir dessa data o padre não terá voltado a maldizer a capela.

Nota: Sendo que faleceu em 1961, verdade se diga, o Pe. Delfim também não teve muito mais vida para continuar a depreciar a capela da Abelheira. Não se consta que tenha morrido por causa do episódio do foguete, de resto um acontecimento algo mitificado e lendário, como reconheceu o atrás referido autor José António Rocha.

Joaquim de Oliveira Pinto, nasceu em 06 de Junho de 1894. Recebeu a ordem de presbítero, em 22 de Julho de 1917. 
Era filho de António Caetano Pinto e de Maria Joaquina de Oliveira, neto paterno de Manuel Caetano Pinto e de Joana Maria de Jesus, do lugar de Casaldaça e neto materno de Manuel de Oliveira e de Ana Joaquina, do lugar do Reguengo. Teve como padrinhos Alberto Caetano Pinto e Amélia Maria de Oliveira, irmãos do baptizado.
Foi pároco de S. André de Gião, na Feira, onde tem um busto do lado nascente da igreja antiga. Faleceu com 87 anos de idade em 23 de Outubro de 1981. Está sepultado no Cemitério Paroquial de Guisande.

José de Oliveira, recebeu a ordem de presbítero em 1934. Pertenceu à congregação do Espírito Santo e esteve nas missões de África.

Em 1769 havia dois estudantes: José Alves de Magalhães, com 26 anos, do lugar da Quintã e Bernardo José de Oliveira, com 31 anos, do lugar de Trás da Igreja, ambos com boas informações do Visitador e do pároco, mas não aparecem na matrícula para a ordenação.

Alberto Caetano Pinto, aluno do 1.º ano teológico, faleceu em 1896. Nota: Era tio do Pe. Joaquim de Oliveira Pinto, atrás citado.

Manuel Alves Santiago, já muito doente, fez o 2.º ano teológico, em 23 de Julho de 1906, falecendo pouco depois.

Cónego António Ferreira Pinto - Fornos - Guisande 
02/06/1871 - 08/04/1949

José Pereira de Oliveira - Gândara - Guisande

O Padre José Pereira de Oliveira, nasceu em Guisande, no lugar da Gândara, numa velha casa localizada onde actualmente se situa a casa do António Mota e da esposa Matilde.

Nasceu em 4 de Outubro de 1909. Professou em 8 de Setembro de 1930, em Orly, França e foi ordenado sacerdote em em Braga, em 8 de Outubro de 1933.

Pertencia à Congregação do Espírito Santo, tendo estado em Missão em terras de Angola, entre1937 e 1941 e em Cabo Verde, entre 1950 e 1966.

Exerceu funções de Provincial da Congregação entre 1943 e 1949.

Faleceu em 24 de Fevereiro de 1986, estando sepultado na Silva - Barcelos.

De família humilde, era filho de Manuel Pereira de Oliveira e de Rita Joaquina de Jesus. Teve três irmãos, o Mamede, que viveu em Casaldaça, marido da Sr.ª Elvira, o Domingos e o António, este pai do Sr. Mário Reis de Oliveira do lugar da Gândara.

Agostinho Pereira da Silva - Casaldaça - Guisande
29/08/1920 - 08/03/1997

António Alves de Pinho Santiago - Quintães - Guisande
14 de Dezembro de 1937
Ordenação em 06 de Agosto de 1961

Leonel da Conceição Lopes - Igreja - Guisande  - Ordenado no início da década de 1980 (data a confirmar), Missa Nova em Guisande - Resignou após um curto magistério sacerdotal, passando a exercer a actividade de professor.

[Fonte: “Defendei vossas terras... S. Mamede de Guisande, no concelho da Feira, bispado do Porto”, António Ferreira Pinto - Porto, Soc. de Papelaria, 1936.] - Actualizações e complementos por Américo de Almeida.

5 de janeiro de 2000

Padre Agostinho Pereira da Silva

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O Padre Agostinho Pereira da Silva nasceu na freguesia de Guisande, no lugar de Casaldaça, no dia 29 de Agosto de 1920. Filho de Roberto Pereira da Silva e de Ermelinda Henriques de Jesus. Faleceu em 08 de Março de 1997.

Pais do Pe. Agostinho


Missionário da Congregação do Espírito Santo e do Imaculado Coração de Maria, o Padre Agostinho, percorreu, desde os primeiros tempos da sua vocação e formação missionária, iniciada no Seminário da Guarda, uma longa e difícil caminhada pelos trilhos da dedicação a Cristo e à Sua Igreja, passando ainda pelo Seminário de Fraião, em Braga, na Casa do Espadanido, também em Braga, onde viveu a experiência do primeiro Noviciado e fez a sua Profissão Religiosa, professando os votos de pobreza, castidade e obediência na congregação, que o caracterizaram por toda a sua vida como um homem simples e desligado das coisas materiais, já que nunca teve nada de seu, para além da sua vida, a qual, até essa, dedicou a Cristo e aos irmãos.

De seguida passou para o Seminário de Viana do Castelo, sendo ordenado presbítero a 7 de Outubro de 1945. Ainda em Viana do Castelo recebeu a sua Consagração ao Apostolado, tendo então recebido a sua primeira nomeação - Missionário em Nova Lisboa, actual Huambo, em Angola. Em 1954, de regresso, em férias ,à metrópole, voltou a passar algum tempo no Seminário do Espírito Santo em Viana do Castelo, ingressando de seguida no Noviciado do Mosteiro de Dueñas, convento espanhol de tradição cisterciense onde viveu durante quase dois anos uma difícil experiência monacal exclusivamente dedicada à oração e meditação.

Em 1958 regressa a Angola onde serviu em várias Missões e leccionou no Seminário de Nova Lisboa. Acometido de vários problemas de saúde, que o perseguiram quase durante toda a sua vida, regressa a Portugal, onde após um descanso em família, lecciona no Seminário da Torre d’ Aguilha.

A 1 de Novembro de 1965 é nomeado pároco da freguesia de S. Domingos de Rana, concelho de Cascais, onde inicia uma das últimas etapas da sua vida, iniciando aqui um trabalho com raízes profundas nas vertentes da acção pastoral e social, fazendo dele um projectista de sonhos e realidades inerentes a uma região suburbana de Lisboa, com uma população crescendo exponencialmente, assim como as suas necessidades e problemas. Já em 1974, quando a razão do crescimento e das necessidades da sua paróquia colocaram em seu auxílio dois coadjutores, o Padre Agostinho começou a dedicar uma especial atenção a um dos lugares da Paróquia de S. Domingos de Rana: Tires. 

A ela se dedicou nos últimos anos da sua vida, tendo conseguido a 31 de Maio de 1985 a designação canónica de “quase paróquia” da Nossa Senhora da Graça de Tires, onde após uma dedicação de sacerdote, missionário e construtor. Nesta nova paróquia, celebra as suas Bodas de Ouro Sacerdotais a 7 de Outubro de 1995, entregando, pouco tempo depois - 8 de Março de 1997 - a sua alma a Cristo.

O Padre Agostinho Pereira da Silva, foi homenageado, a título póstumo, no dia 7 de Junho de 1997, pela Câmara Municipal de Cascais, com a Medalha Municipal da Solidariedade, como reconhecimento pela sua acção apostólica e social que ao longo de grande parte da sua vida dedicou às paróquias de S. Domingos de Rana e Nossa Senhora da Graça, de Tires.

Cónego Dr. António Ferreira Pinto

Conego


Nasceu em 02 de Junho de 1871, no lugar de Casaldaça, freguesia de Guisande. Filho primogénito de Joaquim Caetano Pinto e Ana Rosa Duarte. Foi baptizado na igreja matriz de Guisande em 7 de Junho de 1871 pelo então pároco Abade Manuel Ferreira Pinto. Foram padrinhos o então pároco de S. Miguel do Mato - Arouca, Abade António Ferreira Duarte (1) e Margarida Gomes.
Era neto paterno de Manuel Caetano Pinto e de Joaquina Maria de Jesus e neto materno de Manuel Ferreira Duarte e Joana Margarida Gomes.

Faleceu em 08 de Abril de 1949. Está sepultado em jazigo de família no cemitério de Guisande.

Nota: (1) - - O Abade António Ferreira Duarte, que foi pároco de S. Miguel do Mato - Arouca,  nasceu no Vale, lugar de  Cedofeita, no dia 30 de Março de 1838. Filho do sargento Manuel Ferreiro Duarte e de Joana Margarida Soares. Foi capelão em S. Vicente de Louredo e durante vários anos celebrou missa em Santo André de Gião - Vila da Feira. Dizem que foi dele a autoria da abertura da estrada do lugar da Granja - Vale,  a S. Vicente de Louredo. Faleceu no dia 8 de Agosto de 1909.

Arcediago da Sé do Porto. Dedicou grande parte da sua vida ao Seminário do Porto. Foi nomeado Vice-Reitor em 1906 e mais tarde Reitor, cargo que desempenhou até ao fim da sua vida.
Professor muito competente, com 50 anos de aturado esforço intelectual e didáctico, deixou uma vastíssima obra entre os quais avultam “Lições de Teologia Pastoral e Eloquência Sagrada “, “Memória histórica do Seminário do Porto, “In Memoriam do Bispo D. António Barroso”, entre outras. Em 1936 publica a Monografia de Guisande “Defendei as vossas terras”. Trabalho de investigador, colhido paciente e demoradamente, as páginas deste livro representam o amor de quem escreveu pela sua terra. Este trabalho, devido à sua importância para a freguesia, foi reeditado pela Junta de Freguesia de Guisande em 1999, aquando do cinquentenário da sua morte.
 
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No centenário do nascimento do Dr. Ferreira Pinto.
( M. Álvaro V. de Madureira )

Este homem granítico bem podia ter sido arrancado ao arcabouço de uma serra arcaica. Mas, não. Nasceu, há 100 anos, a 2 de Julho de 1871, perto da Vila da Feira, em S. Mamede de Guisande, nessa terrinha pachorrenta “situada em terreno muito acidentado, mas abundante de boas águas e muito fértil nos seus pequenos vales”, consoante diz Pinho Leal. O povo era simples e crendeiro, nesse tempo, como se deduz de uma anotação do mesmo autor: quem tivesse “padecimento nos ouvidos” furtava uma telha e ia “levá-la de presente” à capela de Santo Ovídeo… “Óptimo remédio”, “Medicamento muito experimentado e aproveitado pela gente da terra da Feira”…Naquele tempo…

Formado em Teologia pela Universidade de Coimbra, foi nomeado professor do Seminário Maior do Porto em 1897, vice-reitor em 1906, e reitor em 1929. Em 1947 a Diocese prestou-lhe solene homenagem, pelos 50 anos do Magistério. Durou a sua longa vice-reitoria 23 anos, e a sua reitoria 20 anos. O Seminário Maior do Porto esteve, pois, na primeira metade do sec. XX, confiado às suas mãos. O clero diocesano ficou bastante marcado pela sua personalidade. Ainda teria sido mais profunda a influência, se fosse maior a compreensão, mas ele não teve a graça de sofrer cedo na vida: começou a sofrer tarde de mais.

Porém não se pense que tinha propriamente uma pedra no lugar do coração. Vi chorar um dia…e ele não sabia fingir pela saída do seu vice-reitor, Dr. Sebastião Soares de Resende, para a costa de África.
Disciplinado e disciplinador, levantava-se muito cedo e não se deitava muito tarde. De hábitos severos, não suportava faltas de ordem nem de limpeza, na casa ou nas pessoas. Não tolerava manchas nem desalinho. Passava periodicamente revista aos alunos, ao vestuário, ao cabelo, às unhas…Naquele tempo os súbditos eram muito resistentes: aguentavam todas essas provas…

Implacável contra os atrasados, contra os “canguinhas”, como ele dizia, tinha o admirável culto inglês da pontualidade. Claro exagero para os latinos que usam horas elásticas: o relógio que também espere.
Não contemporizava com os desorganizados, que desorganizam a vida de toda a gente.
Para impor a sua disciplina militar, estava muito presente aos actos de comunidade e à vida de toda a casa. Renan dizia de Mons. Dupanloup que “cada um dos 200 alunos tinha lugar distinto no seu pensamento”. O chefe deve ser, de certo modo, omnipresente, mas como a cabeça que, sem sair do seu lugar, está em todo o corpo pelos fios do comando, sem absorção nem atropelos. É muito difícil esta omnipresença que não absorve nem atropela. Não me atrevo a dizer que o Dr. Ferreira Pinto o tenha realizado: era um general à moda antiga.

Modelo de coragem, de energia, de trabalho, manifestou um singular estoicismo em 1911, quando foi assaltado o Seminário e, pouco depois, levados por ordem das autoridades cerca de 100 mobílias completas dos quartos dos alunos: “Paciência ! Deixemos as lamentações que para nada servem”. Realmente entendeu bem que a vida é uma luta permanente, que a cada passo importa recomeçar.
Outra característica da sua pessoa e da sua orientação era o apego às coisas do passado. Lá permaneceram, durante a sua vida, na parte velha da casa as minúsculas janelas seculares e, “no claustro”, as tristes lousas cinzentas e a melancólica palmeira…Era, todavia, uma apego por vezes excessivo. Todos os seus discípulos se lembram do seu entusiasmo pelas botas de elástico e da sua relutância em instalar telefone no Seminário. Pelas alturas de um ciclone que assolou a cidade e o País, mandou alguém fora a telefonar aos bombeiros. Só depois disso, lentamente, se foi convencendo dessa necessidade. Era preciso um ciclone para lhe abalar as ideias…
Cada qual vive e serve a seu modo.
No centenário do seu nascimento, queremos prestar sincera homenagem a esta grande figura da Diocese do Porto, que procurou sempre bem servir.
 
Notas de direcção:
Como também acontece com todas as grandes figuras, não é consensual a importância intrínseca que o Cónego António Ferreira Pinto  representou em vida ou representa no presente para a sua freguesia natal, havendo quem considere que no seu tempo foi, para com a Guisande, uma figura ausente e que pouco ou nada contribuiu para o seu progresso não lhe sendo conhecidas obras ou legados patrimoniais para além da pequena monografia.
 
Sob um ponto de vista objectivo, é inquestionável  a importância e relevância desta figura natural da freguesia de Guisande, e daí constar merecidamente nas páginas deste humilde espaço. Porventura reconhece-se que a sua vida, a sua obra e a sua acção estão por razões óbvias mais ligadas à Igreja portuense e nesta ao seu papel enquanto reitor do Seminário Maior, do que propriamente à sua humilde terra natal. Todavia, que mais não seja, esta tem que lhe estar grata tanto pela notoriedade emprestada, e que a deve orgulhar,  mas sobretudo pelo legado da monografia “Defendei Vossas Terras”, que publicou em 1936.
 
Relativamente à importância da monografia, ela é inquestionável porque comporta o resultado de aturado trabalho de pesquisa e investigação. Todavia, reconhece-se que está mais aprofundada nos aspectos ligados à relação com a Igreja, incluindo a importante lista de párocos/sacerdotes e visitas pastorais à paróquia.  Quanto a outros aspectos que habitualmente compõem uma monografia sobre uma determinada terra, e tomando como bom exemplo a monografia sobre a freguesia de Romariz, do padre Manuel Fernandes dos Santos, ou mesmo a dedicada ao lugar de Duas Igrejas da mesma freguesia de Romariz, de autoria do padre Castro, ela é básica e pouco ou nada acrescenta sobre os aspectos geográficos, etnográficos, sociais e culturais da freguesia. Seja como for, mesmo na sua forma abreviada, a monografia “Defendei Vossas Terras” é um elemento importante e que nos ajuda a situar a freguesia e paróquia de Guisande no seu contexto temporal.

Padre Francisco Gomes de Oliveira

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Padre Francisco Gomes de Oliveira
1915 – 1998


 
A memória do Padre Francisco de Oliveira continua bem viva entre os Guisandenses. A sua longa vida sacerdotal dedicou-a quase em exclusivo à paróquia de S. Mamede de Guisande, um percurso iniciado 23/09/1939 e interrompido, por vontade de Deus em Maio de 1998. Pelo meio ficaram inúmeros marcos e etapas, das quais se destacam as Bodas de Prata, pela comemoração de vinte e cinco anos de sacerdócio e as Bodas de Ouro, pelos cinquenta anos .

Ao longo de muitos contactos pessoais, aprendemos a ver nele um idealista das coisas de Deus e da Sua Igreja, defensor inabalável das doutrinas e dogmas da fé, tradicionalista e conservador, não no sentido negativo dos adjectivos mas numa dimensão de vivência e preservação do genuíno. De resto, no que era necessário, sempre procurou evoluir no tempo e nos tempos, acompanhando o ritmo das mudanças sociais e culturais que se registaram com maior intensidade essencialmente nos últimos vinte anos da sua vida.
Quando questionado sobre uma certa acusação de conservadorismo, chegou a dizer: “ – Acho que não há motivos para ser acusado disso. Não vou com certas modernices, porque não quero ser mais papista do que o Papa. Conservo aquilo que parece ser bom para a Igreja e para o povo, como a reza do Terço, a Confissão individual, etç, costumes para alguns, erradamente, ultrapassados.”

Foi um pároco dedicado e disponível a todo o tempo à paróquia e aos seus fregueses. Por ano, reservava para si apenas uns escassos dias de férias, que gostava de passar em ambiente de repouso e retiro, fosse em Fátima ou em termas, mas sempre curtos devido às preocupações com a paróquia. Gostava de passear por este nosso belo Portugal o que fazia com regularidade em tempos de férias com um grupo de amigos habituais, percorrendo o país do Minho ao Algarve. De todos esses passeios deixou interessantes fotografias que hoje são documentais e que aos poucos temos vindo a publicar.
Como bom padre, era um bom garfo e gostava de boa comida, incluindo um bom bacalhau, mas sempre de forma moderada sobretudo quando tinha serviços em agenda.

Era um bom conversador e bom ouvinte. As suas homilias eram objectivas e compreensíveis. Abordava a litugia e frequentemente recorria a exemplos e analogias para fazer chegar a sua mensagem e ajudar à compreensão da Palavra de Deus. Para as suas homilias habitualmente redigia um texto sintético, escrito à mão ou mesmo na sua velhinha máquina de escrever. Essas folhinhas estavam meticulosamente amontoadas na sua secretária de serviço. Após a sua morte e desocupação da residência paroquail desconheço o destino que foi dado a esses seus textos mas presumo que tenham sido guardados pela família. Poderiam muito bem ter ficado no arquivo paroquial.

Rigoroso e pontual, não tenho memória de lhe notar um atraso de um minuto que fosse, tanto nas cerimónias mais solenes como nos serviços ordinários como as missas semanais e terços. Não era preguiçoso nem adormecia e durante muitos anos celebrava missa às seis e sete da manhã na capela do Viso, aos Domingos, vindo sempre a pé pelas Quintães e Barreiradas acima, fosse de Verão ou de Inverno.
Tinha uma ligação constante e interessada nos diversos grupos que acompanhava, fosse na Catequese, no Grupo Coral, que durante muitos anos ensaiou, como nos grupos de jovens, casais, leitores, etc. Desejados eram os seus passeios anuais que organizava e com que premiava sobretudo a dedicação do grupo coral e catequistas.
Vivia e fazia viver com especial fervor e entusiasmo as celebrações festivas como a Primeira Comunhão,Comunhão Solene e Crisma, e todas as festividades da paróquia e do calendário litúrgico, de modo especial os tempos de Natal e Páscoa. Era um devoto da reza do terço, de modo especial no mês de Maio e mês de Novembro.

Era um exímio administrador dos dinheiros da paróquia e sempre atento às necessidades de obras de conservação e restauro, tanto na igreja matriz como na capela do viso e da residência paroquial.
Para além da sua carismática figura de guia e pastor espiritual de uma comunidade, sempre soubemos distinguir no Padre Francisco, o homem, terreno e idêntico a cada um de nós, nos sentimentos, nos impulsos, nos gostos, nos defeitos e nas virtudes. Por conseguinte, a este nível, é indissociável a sua acção de amigo, companheiro e confidente de cada um dos seus paroquianos, partilhando os momentos da dor e da doença, da tristeza e da alegria.
Por toda esta grandeza espiritual e humana, o Padre Francisco terá sempre um lugar reservado no coração de todos quantos o conheceram e sobretudo dos que com ele vivenciaram.

Acima os documentos de nomeação do Pe. Francisco de Oliveira como Vigário da Vara do II Distrito Eclesiástico da Feira. O primeiro, datado de  e o segundo, pelo Bispo D. António Ferreira Gomes, uma renomeação para o triénio de 1972 a 1974, datada de 21 de Dezembro de 1971.
De referir que o Pe. Francisco exerceu a função de Vigário desde 1962 a 1979, sucendo ao pároco de Romariz, Pe. Manuel Fernandes dos Santos e sendo sucedido pelo pároco do Vale, Pe. Santos Silva.

Dados biográficos:
 
 08/07/1915
 Nasce na freguesia de Fiães - Vila da Feira.
1928
Entrada no Seminário de Vilar.
1932
Mudança para o Seminário da Sé, Porto.
1937
Falecimento do P.e Custódio, pároco de Guisande, ficando a exercer o cargo o P.e Benjamim Soares, pároco de Louredo.
1938
É nomeado pároco de Guisande o P.e Guilherme Ferreira.
06/08/1939
Ordenação como sacerdote na Sé do Porto.
15/08/1939
Celebração de Missa Nova na igreja matriz de Fiães, sua terra natal.
30/08/1939
É nomeado pároco das freguesia de Guisande e de Pigeiros.
19/09/1939
Primeira visita à freguesia de Guisande.
23/09/1939
Tomada de posse como pároco de Guisande e de Pigeiros, com residência na primeira.
24/09/1939
Celebração da primeira missa na igreja matriz de Guisande.
1938/1945
Entre esta data a paróquia de Pigeiros esteve anexada a Guisande, desde, portanto, do tempo do P.e Guilherme Ferreira.
1945
A paróquia de Pigeiros é anexada à paróquia das Caldas de S. Jorge. O P.e Francisco passa a prestar serviço religioso na paróquia de Louredo, por troca ordenada pelo Bispo, com Pigeiros.
1950
É designado novo pároco de Louredo o P.e Romeiro.
1956
Falece o P.e Rufino Pinto de Almeida, pároco de Lobão. Por incumbência do Bispo, entre Fevereiro e 20 de Outubro, o P.e Francisco toma a seu cargo essa paróquia.
1962
Em  28 de Dezembro de 1962 é nomeado, pelo Bispo D. Florentino de Andrade e Silva,
como Vigário, substituindo o P.e Manuel Fernandes dos Santos, pároco de Romariz. Em 
          21 de Dezembro de 1971 é renomeado para o triénio de 1972 a 1974.
15/08/1964
Comemoração das Bodas de Prata (25 anos) de sacerdócio.
1971
Entre 27 de Janeiro e 12 de Junho paroqueia Lobão por doença do P.e Aurélio.
1979
É exonerado como Vigário, sendo substituído pelo P.e Santos Silva, pároco do Vale
15/08/1989
Comemoração das Bodas de Ouro (50 anos) de sacerdócio e paroquiais. Foi realizada uma grande festa com a participação geral da paróquia que culminou com um almoço convívio que mobilizou a maior parte da população.
15/05/1998
Falecimento – Foi sepultado em jazigo de família  no Cemitério Paroquial de Fiães, sua terra natal


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O jovem seminarista Francisco Gomes de Oliveira

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O seminarista Francisco Gomes de Oliveira entre os seus colegas no curso de 34/35. Foto obtida aquando da conclusão de Preparatórios, em 9 de Junho de 1935.

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O seminarista Francisco, no seu quarto do Seminário, o Nº 33, no corredor S. Francisco. Foto de 29 de Junho de 1936.
 
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Francisco, numa altura das férias de Verão, na sua terra natal, Fiães, ajudando os irmãos nas tarefas da eira. Do lado esquerdo a irmã, a pequena Elisa, que mais tarde se tornaria a sua inseparável companheira já quando pároco da freguesia de Guisande. No lado direito, o mano Artur, já com pose de homenzinho de trabalho.