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28 de dezembro de 2021

Festa Diocesana da Infância

 


Noutros tempos a Diocese do Porto realizava a nível diocesano a Festa da Infância, organizada pelo Secretariado Diocesano da Educação Cristã. Assim, de cada paróquia participavam crianças que frequentavam as diferentes quatro classes de Catequese. O impresso acima refere-se à participação das crianças da paróquia de S. Mamede de Guisande no ano de 1961, que teve lugar no Palácio de Cristal, na cidade do Porto, a 30 de Abril desse ano.

O então pároco Pe. Francisco inscreveu 36 crianças das diferentes classes,logo a abrir com o Jorge Silva Ferreira, presumindo-se que tenham participado todas. 

Uma das premissas da participação era de que as crianças tivessem registo de bom comportamento e sem faltas às aulas de Catequese. Para as crianças que se distinguiam na Catequese eram atribuidos prémios, que mais não fosse, uma espécie de Diploma, conforme o abaixo reproduzido, nesse ano atribuído ao menino Manuel Bastos Monteiro, da 2ª Classe.



 A festa, para além da parte religiosa, certamente com uma celebração, englobava uma parte recreativa com a exibição de vários números ensaiados pelas crianças, como representação teatral, danças e cantares regionais, etc. A ter em conta uma das reportagens do evento, a coisa era bastante participada e apreciada tanto pelos adultos como pelas próprias crinaças.





Pessoalmente, um pouco mais novo, não tenho memória de ter participado numa dessas festas, não porque fosse mal comportado ou com faltas, mas ou porque não se voltaram a realizar ou porque a paróquia não participou, uma vez que tal englobava custos com o transporte.

Não sei se com os mesmos objectivos, certamente que não, até porque os tempos são outros, mas a participação de crianças da Catequese num evento algo parecido acontece agora anualmente no Santuário em Fátima, na forma de peregrinação,  habitualmente no dia 10 de Junho.

Apesar da simplicidade do assunto, não deixa de ter alguma importância o documento acima até porque identifica algumas das crianças que por essa data frequentavam a Catequese.

23 de dezembro de 2021

O Salão Paroquial de Guisande



Salão Paroquial na actualidade.

Para quem nasceu depois da primeira metade dos anos de 1960, sempre conheceu o Salão Paroquial de Guisande tal como ainda está nos dias de hoje, sendo um edifício destinado à catequese,  à realização de eventos comunitários ligados à paróquia, como encontros, reuniões, convívios, espectáculos, saraus recreativos, teatro, etc.

O Salão Paroquial tal como o conhecemos, foi edificado na primeira metade dos anos 1960, tendo a maior parte das suas obras sido realizadas no ano de 1964 e terá sido concluído por volta de 1965 ou mesmo início de 1966. 

Desenvolve-se em dois pisos, Rés-do-Chão e Andar, com a comunicação vertical entre os pisos a ser assegurada por uma escada exterior praticada na fachada lateral a norte. O acesso do espaço público ao edifício processa-se pelo caminho público localizado entre o salão e a igreja.

A planta é rectangular, de orientação poente/nascente e com dimensões aproximadas de 15,00 x 8,00 m, por isso com uma área de implantação de 120,00 m2.

Plantas dos dois pisos do Salão paroquial.
Em baixo o piso do Rés-do-Chão e em cima o pavimento do Andar.

No piso térreo desenvolve-se o salão propriamente dito, com um espaço amplo e na parte posterior um palco elevado a cerca de 1,00 m. Não tem espaços de apoio ao palco pelo que os acessos processam-se por detrás do cenário, tanto dos lados como na parte posterior. A zona do palco tem uma saída directa para o exterior do lado norte.

O Andar é composto por 5 pequenas salas, numa organização aproximadamente simétrica, a que se acedem a partir de um vestíbulo central o qual desemboca no pátio da escada exterior.

Este edifício emblemático da nossa freguesia e paróquia, foi implantado no mesmo local onde até então e desde de 1909 existiu um outro edifício, com uma implantação de área aproximada ao actual edifício mas apenas com um piso térreo, chamado de Casa dos Mordomos ou Casa das Sessões. Para além de um espaço de arrumos e apoio às actividades da paróquia, o mesmo dispunha de uma ampla sala onde a Junta de Freguesia e antes dela a Junta Paroquial, bem como os mordomos das diferentes festas, confrarias e irmandades, tinham as suas reuniões.

Pelo que é possível perceber de algumas poucas fotografias dessa antiga construção, a mesma estava implantada à face do caminho, mais larga que o actual salão e dotada com duas  portas na fachada principal, dispostas simetricamente, voltadas a poente e encimadas na parte superior central por um elemento talhado em pedra, tipo florão, com um anagrama formado pelas letras C A P. 

Não tenho a certeza do significado do anagrama, mas sendo plausível que possa corresponder a Casa de Administração Paroquial, considero, todavia, que a mais provável e para a qual me inclino, se refere a Custódio Alves de Pinho, rico proprietário do lugar do Outeiro, que terá contribuído para a construção desse edifício e que assim desse modo quis ou quiseram perpetuar esse benemérito. De resto o seu nome também está gravado na parte exterior da caixilharia do guarda-vento no entrada principal de igreja matriz a propósito das obras de melhoramentos ocorridas entre os anos de 1923 e 1929.

Florão em granito, com o anagrama C.A.P.

De referir que este elemento, na imagem acima, foi aproveitado mas afixado no actual edifício do salão, mas na fachada norte, na zona debaixo do vão da escada exterior. Creio que se o mesmo tivesse um significado relacionado ao nome ou função do salão, o Pe. Francisco teria colocado o mesmo sobre a fachada principal e não de forma discreta e quase escondida na fachada lateral norte, debaixo da escada, como já referi. Ainda lá está para ser testemunhado como o único vislumbre da antiga Casa dos Mordomos. 

Ainda quanto à configuração da antiga Casa dos Mordomos, esta teria uma cobertura com desenvolvimento em "quatro-águas", solução que acabaria por ser adoptada igualmente no edifício que lhe sucedeu.



Fotografia (colorizada) do princípio dos anos 1940, em que se vislumbra parcialmente a antiga Casa dos Mordomos.

A foto acima, datada do início dos anos 1940, apesar de captar parcialmente o edifício, será uma das poucas que permite deixar perceber o aspecto da fachada da antiga Casa dos Mordomos, com as tais duas portas, com umbreiras em cantaria e o tal florão em granito incrustado na parte central da fachada. Veja-se que, pela projecção do alinhamento do muro norte do cemitério, o antigo edifício estaria implantado um pouco mais para sul do que o actual salão.

Também pelo que é dado testemunhar por algumas fotografias da época, as paredes exteriores do nível do rés-do-chão do actual salão foram erigidas com granito, dito perpianho, e certamente aproveitando a pedra da antiga construção. Já o piso superior, o Andar, foi realizado com paredes exteriores em tijolo de barro vazado. As lajes de pavimento e tecto do Andar foram realizadas com laje em cimbre. A cobertura tem estrutura de madeira e revestimento de telha de barro do tipo "francesa".

Quando o Pe. Francisco celebrou as suas bodas de prata sacerdotais, em 15 de Agosto de 1964, o salão ainda estava em obras, praticamente na fase de pedreiro, mas foram adiantadas e mesmo com acabamentos improvisados para que no Rés-do-Chão ali fosse possível acolher com a dignidade possível a boda da celebração. Há fotografias desse evento e nota-se que o interior estava revestido com panos e elementos de verdura para disfarçar as paredes que certamente ainda não tinham o acabamento final. Mesmo o pavimento estaria apenas em cimento.


Nas fotos acima, datadas de 8 de Julho de 1964 (data de aniversário do Pe. Francisco, que então completava 49 anos de idade, pois nasceu em 1915), vê-se partes das fachada do salão paroquial e como se percebe, as paredes estavam ainda em pedra e tijolo à vista, sem reboco ou acabamento, bem como se nota no interior alguns materiais. Mesmo o beiral da cobertura ainda estava com escoras.

Já agora, na foto, reconhecem-se várias pessoas, para além do Pe. Francisco e suas irmãs, o Pe. António Santiago e seu pai,  Dr. António da Casa do Loureiro, O Sr. Domingos Azevedo “Patela”, o Sr. Belmiro Henriques, da Igreja e o Sr. José Gomes, do Reguengo. Os demais, não os identifiquei.

Como as bodas de prata seriam dali a pouco mais de um mês, a 15 de Agosto de 1964, certamente que as obras ao nível do piso térreo foram aceleradas. Nas fotos publicadas abaixo, referentes a momentos do almoço do evento celebrativo, já se percebe que pelo menos havia porta exterior e janelas, embora, como atrás se disse, com as paredes ainda em pedra e revestidas com panos brancos.


Na foto acima, também do ano de 1964 mas já depois da data das Bodas de Prata do Pe. Francisco, em 15 de Agosto desse mesmo ano, vê-se parcialmente o salão, percebendo-se as paredes do Rés-do-Chão realizadas em granito e as paredes do Andar realizadas em tijolo de barro mas já com as janelas colocadas. Também se nota que no Andar já estavam colocadas as janelas e o edifício já tinha cobertura e telhado. 




Pela leitura das fotos acima, que captam momentos do banquete das Bodas de Prata Sacerdotais e Paroquiais do Pe. Francisco, percebe-se que devido à necessidade de acolher o almoço, as obras foram aceleradas. Distingue-se o embelezamento das paredes com panos brancos bem como como existência da porta principal e certamente as janelas.

Certamente que depois de passada a data e cerimónias das Bodas de Prata foi dada continuidade aos trabalhos, tendo começado o revestimento com reboco, tanto na parte interior como na exterior e seguindo-se naturalmente os demais acabamentos, de modo a que as obras se concretizariam nos meses seguintes.

Só por 1965 é que as obras terão sido concluídas oficialmente como terminadas em fevereiro de 1966. Há fotografias (acima uma sequência de algumas delas) de um sarau recreativo, coma  data de 16 de Maio de 1965 (um Domingo), pelo que corresponderão à data da inauguração e entrada ao serviço. Esse evento recreativo constou de danças, pequenas peças de teatro e mesmo a actuação de um grupo musical, que, a ter em conta informações de alguém mais velho, terá sido o Conjunto Típico “Os Peles Vermelhas”, vindos de Lourosa.

A paróquia esmerou-se com os ensaios e apresentação do sarau que para além da parte musical contou com peças de teatro e danças. Terá sido, assim um dia importante e memorável na vida e História da paróquia.




Apesar dessa data referida como da inauguração, certo é que o prédio foi dado como concluído em 15 de Fevereiro de 1966, e dado como ocupado no dia 20 do mesmo mês.  Foi inscrito nas Finanças em 25 de Fevereiro de 1966, conforme o documento reproduzido abaixo


A importância do salão Paroquial:

O Salão Paroquial tem sido ao longo dos tempos de uma extrema importância no contexto não só da paróquia como da freguesia, mesmo que em muitos aspectos tenha sido sempre bastante básico, com uma escada exterior, sem instalações sanitárias e com o salão sem espaços de arrumos e de camarins que possam servir de apoio às actividades teatrais. Também devido às técnicas e materiais de construção, foi sempre bastante frio, sobretudo a parte do auditório, por isso desconfortável sobretudo no Inverno.

Vista da fachada norte do actual salão.

Por conseguinte, ao longo dos anos, para além do desconforto em tempos de catequese e reuniões, foi sempre um cabo dos trabalhos ali realizar teatro, como nos tradicionais saraus de Natal e de Reis, sobretudo em tempo de chuva e de frio. Quem de algum modo já ali participou em eventos recreativos e culturais compreende sobremaneira estas dificuldades, tendo que se trajar no Andar e transportar móveis e outros adereços, escada acima, escada abaixo, muitas vezes expostos ao frio e chuva. 

Neste contexto, se por um lado se compreende que o edifício não tenha de início, por dificuldades financeiras, sido dotado com os referidos elementos que em muito tornariam o espaço mais funcional, prático e confortável, espanta, por outro lado, que nos tempos posteriores nunca se tenha tido a iniciativa e coragem de fazer esses melhoramentos. Cheguei a propô-los ao Pe. Francisco, mas certo é que nunca se entusiasmou com a ideia. 

Por parte das consecutivas juntas de freguesia, o facto do terreno e do prédio ser pertença do Paço (Diocese) também foi sempre uma barreira e obstáculo a qualquer obra que ali se pudesse acrescentar. Por conseguinte, com mais ou menos obras de conservação, como pinturas e substituição de caixilharias exteriores, certo é que o velhinho Salão Paroquial se mantém tal qual foi edificado há mais de meio século. 

Por outro lado, nunca na freguesia, nem mesmo com a construção do edifício sede da Junta de Freguesia de Guisande, inaugurado em 1981, se projectou qualquer coisa em grande e que contemplasse um auditório polivalente e espaço para as diferentes associações ou grupos. Mesmo bem mais recente, a construção do Centro Social, aproveitando o edifício da velhinha escola primária do Viso, também não previa resposta a esse requisito sendo que com a junção das duas salas numa única (por minha sugestão ao presidente do Centro, a que a arquitecta autora do projecto, acedeu), pelo menos criou-se uma sala ampla e com alguma versatilidade e polivalência. Mesmo que com algumas adaptações, como a colocação de um palco ou estrado amovível, será possível ali realizar pequenos espectáculos culturais e recreativos bem como espaço de jantar. 

Do mal o menos, mas certo é que Guisande continua sem um grande auditório projectado e edificado de raiz, tal como têm, por exemplo, Louredo e Lobão. Por outro lado e em contraponto, o movimento associativo nunca andou tão mal e desinteressado pelo que pode-se colocar a questão sobre a necessidade de construção de um auditório ou casa de cultura se não há dinâmica associativa que o justifique? Veja-se, por exemplo, o caso do rinque polidesportivo em Casaldaça, há muito abandonado e sem qualquer uso e utilidade e com as instalações já degradadas. Esta é a realidade actual. Poderá ser que no futuro por um qualquer “milagre” as coisas venham a melhorar, mas por ora é o que a casa vai gastando.

Apesar de tudo isso, e por tudo isso, o Salão Paroquial de Guisande tem um lugar marcado na história da nossa paróquia, freguesia e comunidade e de várias gerações de guisandenses, seja por ali frequentarem a catequese, seja por terem realizado ou assistido a momentos recreativos de teatro e variedades ou mesmo participado em reuniões da paróquia ou tão simplesmente participarem nas dádivas de sangue, que ali também se realizaram.

Alguns elementos sobre a construção do Salão Paroquial:

Como atrás ficou dito, as obras de construção do Salão Paroquial ocorreram na sua maior parte em 1964 e parte de 1965.

Consultando no meio de papeladas da paróquia, demos com alguns elementos curiosos sobre as obras. Fica-se a saber que a empreitada de pedreiro foi realizada por Manuel da Conceição, a parte de trolharia a cargo de Joaquim Gomes da Silva, de Cimo de Vila e a carpintaria também da responsabilidade de um outro Joaquim Gomes da Silva. As grades da escada e portão, foram realizadas por Bernardo Pereira Baptista.

Nos documentos abaixo estão representados alguns dos comprovativos de pagamentos aos empreiteiros. Pela sua leitura constata-se que as obras de pedreiro terão custado 31.662,50 escudos. 








22 de dezembro de 2021

Nota de falecimento

 


Faleceu Diamantina da Silva Santos (a Sr.º Tina da Gândara), de 78 anos (21 de Maio de 1943 a 21 de Dezembro de 2021). Residia no lugar da Gândara, na Rua Nossa Senhora de Fátima, 1745 - Guisande.

O funeral terá lugar amanhã, Quinta-Feira, dia 23 de Dezembro de 2021, pelas 15:30 horas na igreja matriz de Guisande, indo no final a sepultar no cemitério local em jazigo de família.

Matriarca de uma grande família, mulher de luta e mãe dedicada, sempre sorridente, mesmo que as vicissitudes de saúde a limitassem desse há alguns anos. Marcou uma das casas com significado na vivência social e patrimonial da freguesia, a Casa Neves, com o seu marido, o Sr. Alcides Neves, que também já partiu há alguns anos.

Nesta hora de dor e perda, sentidos sentimentos a toda a família, de modo particular a filhos, netos, noras e genros.

Que descanse em paz!

12 de dezembro de 2021

Pedrinhas de Guisande para o monumento a Cristo Rei


O monumento a Cristo Rei, existente no santuário com o mesmo nome, localizado na freguesia do Pragal, concelho de Almada, na margem sul do rio Tejo, frente a Lisboa, é por demais conhecido e pela sua imponência e silhueta, marca o horizonte daquela paisagem. Com uma altura de 110 metros, é um miradouro de excelência sobre o rio Tejo e a cidade de Lisboa, abarcando a ponte 25 de Abril.

Em 1934, depois de uma visita ao Cristo Rei Redentor, existente na cidade brasileira de Rio de Janeiro, o então cardeal de Lisboa, D. António Cerejeira, ficou com o desejo de fazer algo similar em Portugal e essa ideia foi transmitida ao Movimento do Apostolado da Oração e depois acolhida com entusiasmo pelos bispos portugueses.

Foi lançada a obra, a cargo da empresa Obras Públicas e Cimento Armado (OPCA), com a imagem de Cristo Rei de autoria do mestre escultor Francisco Franco, assente sobre pórtico projectado pelo arquitecto António Lino, e em 18 de Dezembro de 1949 foi colocada a primeira pedra. O monumento acabou por ser inaugurado em 17 de Maio de 1959, dia de Pentecostes.

Todas as dioceses e paróquias foram chamadas a contribuir para a obra, nomeadamente numa campanha designada de "Pedras Pequeninas", dirigida às crianças, em que estas poupariam dinheiro de prendas para depois as oferecerem no presépio da paróquia com o intuito de serem direccionadas para a construção do monumento. Esta campanha durou entre 1939 e 1958. No âmbito da mesma, a nossa paróquia de S. Mamede de Guisande também colaborou, pelo menos com a quantia de 207,50 escudos, conforme o atesta o recibo, reproduzido abaixo, emitido em 13 de Janeiro de 1952, pelo Secretariado Nacional do Monumento a Cristo Rei.

Posto isto, podemos dizer que o Cristo Rei, sendo de todos, na forma desse emblemático monumento também é nosso.





Acima, cartazes relacionados à campanha "Pedras Pequeninas"

Quadra natalícia - Horários de missas

 



24 de Dezembro de 2021 (Sexta-feira): 
Na Paróquia de Pigeiros, Eucaristia às 16.00 horas, nas Caldas de S. Jorge, Missa do Galo, às 23.30 horas. Esta será de forma rotativa com Guisande. Nas Caldas de S. Jorge agora em 2021; Em Guisande em 2022. 

Dia de Natal, 25 de Dezembro (Sábado):
Na Paróquia de Pigeiros, Eucaristia. às 9.30 horas; Caldas de S. Jorge 11.00 horas e Guisande 15.00 horas. 

Festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José, dia 26 de Dezembro (Domingo): 
Celebração às 9.30 horas, em Pigeiros; às 11.00 horas, nas Caldas de S. Jorge e às 15.00 horas, em Guisande. Neste dia, nas Eucaristias em cada Paróquia, haverá "Bênção das Famílias". 

Noite de fim de ano, 31 de Dezembro (Sexta-feira):
Eucaristia, às 16.00 horas em Pigeiros; às 17.30 horas em Guisande e nas Caldas de S. Jorge, às 19.00 horas.

No dia de Ano Novo, 1 de Janeiro (Sábado): 
Paróquia de Guisande, 9.30 horas; Caldas de S. Jorge, 11.00 horas e Pigeiros, às 16.00 horas. 

No dia 2 de Janeiro, Domingo da Epifania do Senhor: 
Na Paróquia de Guisande, às 9.30 horas; Caldas de S. Jorge, às 11.00 horas e em Pigeiros, às 16.00 horas. 

6 de dezembro de 2021

Acerto de estipêndio


Na Diocese do Porto, como nas demais nacionais, a tabela de taxas e tributos, data de Junho de 2008. 

Entretanto em Maio de 2019, os bispos portugueses aprovaram o documento "Contributos por serviços pastorais e atos administrativos nas Dioceses de Portugal", relativo à tabela de taxas por diferentes serviços na Igreja, que entra em vigor após a aprovação pela Santa Sé. 

A Tabela de Taxas e Tributos, relativos à obtenção de documentos, da celebração de festas, da construção de novos espaços, da celebração de sacramentos, da alienação de bens temporais, ou da prestação de contas das Comunidades Paroquias, das Irmandade ou Associações e outros, será “reconhecida pela Santa Sé, para uniformizar na Igreja em geral, apesar das diferenças locais” e entrará em vigor posteriormente. Desconheço se tal documento já foi aprovado. Assim, por enquanto presume-se que está em vigor a versão de Junho de 2008.

Da tal tabela de 2008, entre os diversos actos previstos, a alínea a) do ponto 33 refere que o estipêndio referente a missa com intenções(ofício exequial) tem o valor de 10,00 euros.

Neste contexto, nas missas de Sábado e Domingo passados o nosso pároco Pe. António Jorge Oliveira contextualizou e justificou o acerto do valor das missas por intenções, para os tais 10,00 euros tabelados desde 2008. Tal significa, no caso da paróquia de Guisande, um acerto de 100%, já que desde há anos que se vinha praticando excepcionalmente o valor de 5,00 euros. É certo que é um significativo aumento mas de facto, independentemente de se considerar, ou não, ser caro ou barato,  não se justifica que na mesma diocese e vigararia se pratiquem diferentes valores.

Esta actualização será aplicada a partir de Janeiro de 2022.

Em consequência, o pároco pretende também que as intenções de missa sejam marcadas com alguma antecedência de modo a que as mesmas possam ser anunciadas uma semana antes, de resto uma prática já em vigor em várias outras paróquias.


1 de dezembro de 2021

Residência Paroquial de Guisande - Novos apontamentos - 1

 


Muitas vezes a História tem que ser reescrita ou actualizada à luz de novos documentos ou factos que possam surgir. Não é, pois, inédita, esta realidade, não só ao nível desta ciência que estuda o ser humano e a sua acção no tempo e no território, como mesmo nas outras áreas da ciência, nomeadamente na medicina, astronomia, etc, em constante actualização conforme o conhecimento vai progredindo.

Tudo isto para contextualizar os apontamentos que noutra altura por aqui publiquei a propósito da história da residência paroquial da nossa freguesia de Guisande.

Efectivamente, então à falta de outros documentos, fizemos fé no que foi lavrado na acta da reunião da Junta de Freguesia, em 21 de Outubro de 1923. No essencial, na acta referida, era dado conta da  apresentação do novo pároco, Pe. Rodrigo José Milheiro, bem como o presidente da Junta informava que com a saída do antigo pároco Pe. Abel Alves de Pinho, por exoneração pedida por este, certamente por idade avançada, ao abandonar Guisande decidiu vender a sua habitação, suas pertenças e terrenos, em 11 de Outubro de 1923, ao Reverendo Joaquim Esteves Loureiro. Esta venda foi a título de recordação pela sua passagem pela freguesia de Guisande e com o objectivo claro de passar a ser a residência dos futuros párocos da paróquia de S. Mamede de Guisande.

No meu entendimento, como digo no referido artigo, a Junta considerou a venda como um benefício e a classificou como recordação pela passagem do Pe. Abel Alves de Pinho pela paróquia, pelo que só fazia sentido que a referida venda fosse a favor da paróquia, para nela funcionar a residência dos futuros párocos. Se fosse para a posse e usufruto de uma pessoa particular, não faria sentido a tal consideração da Junta. Presumi, por isso, que a venda terá sido simbólica ou, mesmo que formal, a favor do Paço e na condição do edifício permanecer ao serviço da paróquia como residência. Mas no pressuposto da construção pertencer particularmente ao Pe. Abel Alves de Pinho.

Neste contexto, mesmo que assente em presunção, tudo indica que o Rev. Joaquim Esteves Loureiro foi apenas o representante legal do Paço no acto da venda.

Em todo o caso, mais tarde, no Arquivo da Diocese do Porto obtive alguns apontamentos sobre o referido Pe. Abel Alves de Pinho e lá está escrita uma nota relacionada ao processo da residência paroquial.

Procurei saber mais factos sobre essa anotação e sobre esse processo mas, de forma estranha, foram-me recusadas mais informações. Nesse contexto conclui, comigo mesmo, que havia ali um qualquer mistério relacionado com a residência paroquial que não interessava (ao Paço) aprofundar.

Veja-se abaixo a nota sobre a "questão da residência".

Pois muito bem, por estes dias tive acesso a um importante documento, existente no acervo de velhos documentos da paróquia, e que é nem mais nem mesmo que o relatório das contas relacionadas á construção da residência paroquial de Guisande, que já a seguir se reproduz.


Como se poderá ler e interpretar, e lá vem a primeira actualização ao anterior pressuposto de que a residência teria sido edificada pelo Pe. Abel Alves de Pinho, pois confirma-se que a construção na realidade foi da iniciativa da freguesia e paga por um grupo de guisandenses, certamente então os mais abastados (já agora, lá está o meu avô paterno, Joaquim Gomes d´Almeida (do Viso) com a oferta de 3$000 - três mil réis).
Percebe-se que a lista de contribuidores está encabeçada pelo Pe. António Ferreira Pinto,  o qual lavrou e assinou o referido relatório.

A decisão da construção está datada de 22 de Abril de 1906, em que os cinco primeiros subscritores (Pe. António Ferreira Pinto, Custódio António de Pinho, Raimundo de Almeida Leite Rezende, Joaquim Caetano Pinto e José Ferreira Coelho) "resolveram tratar de construir uma nova residência".

Em continuação, em 17 de Junho desse ano houve uma reunião para apreciar o local escolhido, planta e condições de arrematação.
Em 29 de Junho foi entregue a obra ao pedreiro. Em 20 de Agosto foram marcados os alicerces e começou logo a obra. Em Agosto de 1908 foi concluída e entregue ao Sr. Pároco, nesse altura o já referido pe. Abel Alves de Pinho, pois a sua apresentação na nossa freguesia ocorreu em 7 de Fevereiro de 1907, tendo sido colado em 4 de Junho e a 7 de Julho inicia a paroquialidade. 

Uma outra situação intrigante: Sendo escrito no relatório que a obra iniciou em 1906 e foi dado como concluída em 1908, o porquê da data de 1907 inscrita na fachada principal? Eventualmente na data em que foi colocada, por isso mais ou menos a meio da obra.

Pelo relatório atrás publicado, fica-se também a saber que a construção  teve o custo de 1023$180 réis, suportado pelas ofertas dos subscritores, sendo ainda feita referência a várias ofertas, nomeadamente com carretos (transportes) de materiais.

É ainda referido que foi necessário um empréstimo de 50$000 e que a referida verba deve ser paga "pelas pessoas que nada deram, que subscreveram com pouco ou faltaram á quantia prometida, ou ainda por qualquer confraria, do contrário será descontada aquela quantia prometida para o cemitério".
Deduz-se que o empréstimo foi concedido pelo Pe. Ferreira Pinto, pois o mesmo refere que "recebi 40$000 e dei por liquidada a dívida".


Este relatório é assim, sem dúvida, um importante documento que importa ser preservado e que, como todos os documentos e velhos papéis, trouxe uma nova luz à nossa história, neste caso à da residência paroquial de Guisande..

Para além de tudo, o relatório agora divulgado vem esclarecer muita coisa relacionada com a construção da residência paroquial, e desde logo o facto de que a mesma foi edificada e custeada pela freguesia.

Quanto à questão atrás levantada sobre a tal venda da residência pelo Pe. Abel Alves de Pinho, a mesma só pode ser compreendida e entendida como uma forma do edifício passar a ser pertença não da freguesia mas do Paço e como forma de assegurar a habitação como residência dos futuros párocos, como de resto aconteceu até à morte do Pe. Francisco Gomes de Oliveira. Não vejo, pois, outra explicação, sendo que a coisa poderá no futuro vir a ser melhor explicada e justificada. Em todo o caso, fica o mistério da Junta de Freguesia de então ter considerado a venda como "um benefício", se a mesma já era da freguesia. Intrigante, de facto.

Ainda da leitura e interpretação do relatório aqui em análise, emergem outras considerações como o facto de à data já existir uma anterior habitação, e daí a referência a "uma nova residência",  bem como ainda da lista dos trabalhos se perceber que houve demolição da "obra velha" e certamente aproveitamento de alguns materiais da mesma, como pedra.

Oportunamente, já com mais documentos importantes relativos à questão da residência paroquial, que certamente farão luz sobre os seus contornos,  darei continuidade a este assunto pois de tudo quanto foi dito e escrito, sendo que ainda há algumas suposições e existem várias questões que importa esclarecer e por conseguinte actualizar.

Voltaremos ao assunto.

14 de novembro de 2021

Velho cemitério nos anos 60

 



Já havíamos publicado fotos antigas do cemitério paroquial de Guisande, dos anos 1960, mas a preto/branco. Agora numa versão a cores. Em ambas é possível visualizar a lápide da sepultura do Padre Manuel Carvalho, fundador da secular Confraria da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário, que por desleixo ou incúria, foi destruída ou desencaminhada, num verdadeiro atentado à história, ao património e  sobretudo à memória de quem tanto se dedicou à paróquia.

3 de outubro de 2021

Tomada de posse do novo pároco


A paróquia de S. Mamede de Guisande tem a partir de hoje um novo pároco, o Pe. António Jorge Correia de Oliveira, que desempenhará igual função nas paróquias vizinhas de Pigeiros e Caldas de S. Jorge. Será assim uma paroquialidade dividida ou partilhada.

A tomada de posse ocorreu na manhã de hoje, Domingo, com celebração de missa solene em que para além do novo pároco concelebraram o Pe. Arnaldo Farinha e o Vigário Pe. José Carlos Teixeira Ribeiro. Ajudou na celebração o diácono António Avelino.

Na assembleia, para além da participação da comunidade guisandense e seus diferentes grupos e movimentos, marcaram presença o presidente da Câmara, Dr. Emídio Sousa e o presidente da Junta da União de Freguesias, José Henriques.

Para o novo pároco, votos de uma missão repleta de bênçãos  e que a mesma seja frutuosa espiritual e socialmente para a comunidade e que seja sempre factor de unidade e congregação.

Ao Pe. Arnaldo Farinha, que cessa funções, um agradecimento comunitário pela missão que durante os últimos anos, sete dos quais como pároco, desempenhou em Guisande, e que agora, por força de novo rumo no seu sacerdócio, termina. Ficará no nosso país em formação até aproximadamente ao início do próximo ano, regressando depois ao seu país, Angola, e à sua Diocese de Benguela, onde desempenhará funções na respectiva Cúria. Votos de uma missão plena ao serviço da Igreja e do seu povo irmão neste nova fase da sua vida sacerdotal.







[fotos: E. Sousa, Conceição Santos e Zeza Fontes]


Sobre o Pe. António Jorge Correia de Oliveira - Alguns dados biográficos e de percurso formativo e de sacerdócio:

O Pe. António Jorge nasceu em Cepêlos - Vale de Cambra, em 24 de Outubro de 1968 

Frequenteou a Telescola do Casal (Cepelos – Vale de Cambra)

Ensino Secundário

Seminário dos Missionários Combonianos (Maia)

Seminário dos Missionários Combonianos (Viseu)

Seminário Menor de São José (Fornos de Algodres – Viseu)

Seminário Maior de Nossa Senhora da Conceição (Viseu)

Seminário Maior

Seminário Maior de Nossa Senhora da Conceição (Viseu)

Seminário Maior da Sé (Porto)

Ensino Superior

Universidade Católica Portuguesa – Porto

Frequentou e concluiu o Curso de Licenciatura em Teologia nos Anos 1991/93

No ano de 1993/94 frequentou e concluiu a Pós-Graduação em Teologia Pastoral

No ano de 1994/95 realizou o Estágio Pastoral na Paróquia do Santíssimo Sacramento – Porto

É ordenado sacerdote em 09 de Julho de 1995.

A 25 de Julho de 1995 é nomeado Pároco da Paróquia do Divino Salvador de Real, Divino Salvador de Castelões e São Romão de Carvalhosa. Tomou posse a 8 de Outubro de 1995.

A 24 de Julho de 2003 é nomeado Pároco da Paróquia de Santa Eulália de Banho. Tomou posse a 24 de Agosto de 2003.

A 25 de Julho de 2014 é nomeado Pároco da Paróquia de São Pedro de Ataíde e São Paio de Oliveira. Tomou posse a 12 Outubro de 2014.

A 20 de Julho de 2011 (Triénio 2011-2014) é nomeado Adjunto do Vigário da Vara da Vigararia de Amarante – Região Pastoral Nascente.

A 28 de Outubro de 2014 (Triénio 2014-2017) é nomeado Vigário da Vara da Vigaria de Amarante – Região Pastoral Nascente.

A 21 de Junho de 2018 (Triénio 2018-2021) é nomeado Vigário da Vara da Vigaria de Amarante – Região Pastoral Nascente.

Em Março de 2001 é nomeado Capelão da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Meã, Amarante.

Em Abril de 2002 – Presidente do Centro Social e Cultural da Paroquia Divino Salvador de Real, Instituição Particular de Solidariedade Social.

A 30 de Julho de 2007 é nomeado Assistente do Núcleo Este do CNE que engloba os Concelhos de Baião, Amarante, Felgueiras, Penafiel, Marco de Canaveses, Paredes e Paços de Ferreira.

Em 22 de Julho de 2021 é nomeado pelo Bispo do Porto como Pároco de Caldas de S. Jorge (S. Jorge), Guisande (S. Mamede) e Pigeiros (Nª Srª da Assunção), da VigaraVigararia de Santa Maria da Feira, sendo dispensado dos múnus anteriores.

Em 03 de Outubro de 2021 toma posse como pároco das paróquias de S. Mamede de Guisande, Senhora da Assunção de Pigeiros e Caldas de S. Jorge.