Mostrar mensagens com a etiqueta Pessoais. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Pessoais. Mostrar todas as mensagens

1 de fevereiro de 2022

80 mil cabritadas

 

Quando uma nossa foto de um prato num bom restaurante é por nós partilhada e visualizada 80 mil vezes, fica-se a pensar que 80 mil bocas ficaram a salivar. 

O Restaurante, é o Pedrógão, em Moldes - Arouca, pequeno, familiar, mas grande na qualidade e ambiente e sabores. Não é barato, pois, não, mas se fosse era apenas mais um com comida convencional e andadeira para o dia-a-dia. Tudo tem um preço.

28 de dezembro de 2021

Tradição com grelos


Não é caso único, mas manda a tradição em Guisande que a consoada oficial de Natal seja no próprio dia 25 de Dezembro. 

Assim, no dia 24, algumas famílias têm outras tradições, nomeadamente na alternância de local. 

No meu caso, pela parte dos sogros, a tradição manda que seja preparada uma ceia de bons rojões, tão caseiros quanto possível, acompanhados com batatas e grelos. A regar, azeite simples ou em molho com cebola ou ainda a própria gordura da confecção dos rojões. E alho picado, pois claro.

Nada de sofisticado nem de gourmet, mas sempre um prato bem regional.

7 de dezembro de 2021

Semente de luz


SEMENTE DE LUZ


Da semente da aurora nova,

A luz há-de brotar mais clara, 

mais intensa, 

a dissipar a decisão sombria.

Os caminhos serão largos,

mais planos, 

e neles as crianças terão prados, 

macios e ternos, 

onde dormirão com travesseiros de sonhos mansos,

coloridos e brilhantes, 

mesmo nas noites mais densas de escuridão.


A. Almeida

20 de novembro de 2021

Um valente monte de raspadinhas

 



Dois anos e meio, 82 números e 900 euros depois, está finalizada a colecção. "Príncipe Valente", um dos mais famosos e clássicos heróis da banda desenhada, de autoria de Hal Foster

Do ano de 1937 (início da saga) e 2018, 82 álbuns a cores que reúnem a totalidade da obra de Foster e seus discípulos que continuaram as aventuras do herói medieval desde que o seu criador por velhice e morte deixou de poder continuar. 

Novecentos euros! O que isto não daria em raspadinhas ! Mas cada tolo com a sua mania. Esta pelo menos na certeza de que valorizará no futuro.  A alguém há-de fazer proveito (ou talvez não). Que mais não seja, porque a vida não pode ser só raspadinhas e dinheiro no porquinho gordo. Há outras coisas que também alimentam.

17 de setembro de 2019

Rui Costa em debate com António Rio


No debate de ontem na televisão, Rui Rio pareceu-me muito bem e uns bons pontos acima de António Costa, mesmo que este numa posição de quem sabe que está em vantagem nas sondagens.

Todavia, hoje em dia, mais do que no passado, as eleições e os seus resultados decidem-se muito em função do antes parecer que ser e neste palco Rui Rio dificilmente ganhará vantagem porque o seu estilo de frontalidade e desprendimento dos truques e manha politiqueira e demagógica não lhe permite dançar como virtuoso nesse folclore.

Apesar de Rui Rio me parecer bem melhor, no geral foi um debate em que as diferenças de fundo nunca foram substanciais a ponto de o Rio poder ser o Costa e vice-versa.

Creio, contudo, que os debates pouco ajudam a decidir eleições mas apenas para pasto de quem vive do comentário e da análise, tal qual como quem disseca um jogo de futebol (no fundo, o que estamos aqui a fazer). Na hora da verdade, poucos querem saber das reformas estruturais e do jogo dos números e estatísticas, investimento e desenvolvimento e demais panaceias do discurso político. 

No geral o voto decide-se por quem no final do mês tem mais 4 ou 5 euros na reforma ou no vencimento, mesmo que o disperse nos múltiplos impostos indirectos, desde logo no combustível e em tantos outros bens e serviços, agravados pelo actual Governo.

A generalidade do eleitorado não militante e clubista, vota quase sempre em função do sentimento de que as coisas estão melhores ou piores. E convenhamos que não estando melhores de forma substancial, o sentimento é de que já estiveram piores e o facto de ter sido numa legislatura condicionada por um quadro de ajuda externa e controlo da troika, certo é que poucos lhe dão importância e nem lhes serve de desculpa o contexto de quem foi obrigado a cortar para resolver desmandos de anteriores.

Assim pode-se (posso) concluir que o sentimento do eleitorado não obedece tanto a questões de consistências programáticas ou estruturais para o futuro e num contexto de bem comum, mas apenas para o presente e se para o futuro, apenas o amanhã, mas acima de tudo num quadro individual.


[foto: JN]

15 de setembro de 2019

"S. Vicente, nem terra, nem gente"


"S. Vicente, nem terra, nem gente". Certamente que pelas freguesias vizinhas de Louredo, desde logo Guisande, muitos conhecem e sabem de cor e salteado este estribilho. E de um modo geral o mesmo é entendido como pejorativo, isto é, com um sentido negativo, mas sem lhe conheceram os fundamentos.

Contudo, este estribilho, quase como um ditado do povo desta nossa zona, foi eloquentemente explicado pelo saudoso Pe. Acácio Freitas, que foi pároco de S. Vicente de Louredo, no prefácio da sua monografia sobre a freguesia que paroquiou, desde 23 de Novembro de 1958 até aos seus últimos dias, e na qual foi sepultado. 

Ora segundo a sua explicação,"S. Vicente, nem terra, nem gente" tinha origens no facto de esta freguesia ter sido durante séculos propriedade de mosteiros e de conventos (daí o "nem terra") e que na ganância feudal dos rendimentos e exploração do povo e dos trabalhadores num regime de quase escravatura assentava o "nem gente".

O clérigo rematava que com a extinção das ordens religiosas foram arrumados os senhores e entidades proprietárias de Louredo pelo que assim o povo tomou posse das terras que cultivava deixando de pagar as rendas e foros, ficando livre desses e outros "jugos" que de tal modo alcançou a sua libertação. Dessa mudança de estado e de espírito e recuperação do empreendimento em prol do progresso pessoal mas também comunitário,  o autor da "Monografia de Louredo" concluía que em oposição ao estribilho original e negativo o actualizado e fiel era o de "São Vicente, boa terra e boa gente".

É certo que não se esperaria uma apreciação diferente de uma comunidade e terra que foi sua casa durante quase sessenta anos, mas pela parte que me toca, concordo em absoluto e tenho uma simpatia e consideração global pela freguesia e comunidade de Louredo. Fosse possível e imperiosa uma União de Freguesias a dois, pessoalmente não hesitaria em escolher Louredo como parceira. Infelizmente, neste aspecto de união de freguesias, por cá as coisas não correram nem têm corrido bem e todos saíram a perder com uma união a quatro, pesada e desequilibrada. 

Infelizmente, apesar de passos que foram dados nesse sentido e de alguns indícios de possível mudança pela parte governamental, tudo indica que não será fácil pelo que o mal feito dificilmente será desfeito, obviamente que para prejuízo de todas as freguesias envolvidas.

Como numa certa cantiga, nestas como noutras asneiradas de gente dita graúda, "o povo é que paga". Apesar do rumo da história no sentido do respeito pelas pessoas, comunidades e culturas, parece que mesmo pelos nossos dias ainda vigora uma certa "posse" por parte de certos "mosteiros" e "conventos", com a teimosia destes em fazer das suas boas terras e boas  gentes, "nem terras nem gentes".

5 de setembro de 2019

Que regresse rápido às voltinhas


Soube ontem: O Manuel Ferreira, entusiasta do ciclismo, numa das suas habituais voltas de bicicleta, teve um acidente. Foi no Domingo passado, tendo caído com algum aparato depois de um cão se ter atravessado de forma inesperada à sua frente, embatendo violentamente na bicicleta e provocando o acidente.

Da queda terá resultado uma ligeira fractura, pelo que está hospitalizado e entretanto será operado. Tive já a oportunidade de falar com ele e está bem e optimista quanto à recuperação, salientando que no azar, que é sempre um acidente, teve alguma sorte pois poderia ter resultado em ferimentos bem mais graves.

Seja como for, sendo sempre uma situação infeliz e complicada, certamente que o restabelecimento correrá bem e estará em breve entre nós e, adivinha-se, com vontade de retomar a bicicleta. Esperemos e desejamos que sim. Que regresse rápido e forte às voltinhas pois tem sido uma inspiração para os mais novos.

Infelizmente, e porque também ando por aí de bicicleta, sabemos que os acidentes são sempre uma real possibilidade, quer devido a animais que atravessam a estrada de forma inesperada, quer mesmo por algum desrespeito e muita desatenção de automobilistas. Quase todos os ciclistas têm histórias para contar, de acidentes ou iminência deles.

Pela natureza frágil da bicicleta, e que não faz barulho para alertar quem atravessa sem cumprir a velha regra do "pare, escute e olhe", qualquer acidente resulta quase sempre em queda aparatosa o que facilita ferimentos e lesões. Haja sorte e...naturalmente, muita precaução bem como importa que os condutores de veículos mais pesados tenham mais cuidado para quem usa a estrada de bicicleta. Obviamente que os ciclistas devem igualmente ter comportamentos adequados.

31 de agosto de 2019

Com a língua de fora...




Muitas voltas, a subir e a descer serras mas, imagine-se, faltava-me ainda fazer a subida de Vale de Cambra à Senhora da Saúde, pela Estrada Nacional 328 em direcção a Sever do Vouga. 
Pois bem, foi hoje de manhã. Para os 6,3 Km de subida muito dura foram 28 minutos. Nem muito nem pouco, foi o que se pode arranjar. Mais rápido só de motorizada. Em todo o caso, e falo para quem percebe da poda e já fez o percurso (ena, tantos), a gestão não terá sido a melhor, pois poderia ter poupado forças no primeiro terço e atacado com ganhos no último. A chegada em 10 minutos ao corte para a Junqueira foi desgastante pelo que, de forma mais contida, deveria ter sido em 13 ou mesmo 15. Com a gestão certa, o que só se consegue com algumas idas e melhor conhecimento de cada troço, mesmo com este motor fraquinho (relação idade/peso), penso que será possível fazer a subida nos 25 minutos, quiçá um pouco menos. 
Fica o desafio para a próxima, quiçá com menos peso e quem sabe se com o Brandão a fazer companhia.

19 de agosto de 2019

Se uma é bom, duas bem bom...



O Ilustração Contemporânea Portuguesa é um projecto que" ...no âmbito da área de ilustração contemporânea portuguesa,apresenta-se com o objectivo de promover a descoberta e o conhecimento da ilustração como um expoente cultural português. Ao mesmo tempo, pretende também transmitir o papel e a importância que esta pode ter em várias áreas, como por exemplo, no design gráfico, publicidade, comunicação ou até mesmo em tecnologias e engenharia de interface e multimédia".

Entre outras vertentes, promove desde há algum tempo concursos de ilustração relacionados a diversos temas.
Um pouco na desportiva, participei também nos últimos dois concursos e, para minha natural satisfação, vi os meus trabalhos premiados e com direito ao pódio. No tema "Opostos" o júri atribui o 3º lugar (imagem em baixo) e agora no tema "Folia", a minha ilustração obteve o 2º lugar (imagem em cima), numa alusão às festas populares simbolizadas pelo S. João no Porto.

Não será nada de mais, pois não, e vale o que vale, mas ter esta distinção com direito a bis, num projecto significativo e com muitos participantes licenciados e com percurso nas artes plásticas e de modo particular na ilustração, convenhamos que não deixa de ser enriquecedor para um simples autodidacta.

Naturalmente que este duplo prémio é um incentivo a pelo menos rabiscar mais. Claro que só damos valor ao que é de fora, pelo que vou continuar na sombra deste cantinho. A rabiscar, enquanto houver inspiração.

8 de agosto de 2019

Rabiscos - Pipi das Meias Altas


Quem não se recorda da série de televisão "Pippi das Meias Altas", no original sueco com o título de "Pippi Langstrump" e noo inglês "Pippi Longstocking" ? Certamente que apenas os mais velhos.
A reboque dessa memória fiz o rabisco acima, com a sorridente Pipi e o seu inseparável amigo macaco Herr Nilson (por cá, Sr. Wilson).

A Pipi era interpretada por Inger Nilsson que em 4 de Maio passado completou 60 anos, já que nasceu em 1959. O nome da personagem ficou para sempre colado à actriz pelo que a mesma tem salientado publicamente que preferia não ser tão conhecida apenas por esse facto mas pelo todo da sua carreira, já que o seu trabalho tem sido diversificado, nomeadamente na televisão sueca e alemã, onde tem tido algum êxito.

A série de televisão baseia-se nos livros infanto-juvenis escritos pela também sueca, Astrid Lindgren.

Antes da versão para TV, "Pippi das Meias Altas" foi realizado como um filme para cinema, em 1949, então com Viveca Serlachius no papel da Pippi. 
A série para televisão, com produção sueca, teve o seu início em 1969 com continuidade até 1973, creio que com 13 episódios, sempre com Inger Nilsson no papel principal. 

Para além desta série, a que de facto popularizou a Pippi das Meias Altas, esta figura do imaginário infanto-juvenil teve ainda outras versões, nomeadamente uma soviética, em 1982 e uma americana, em 1988. Teve ainda uma versão de origem canadiana, em animação, com 26 episódios, em duas temporadas de 1997 a 1999, que também se tornou muito popular. 

Entre nós, a série "Pippi das Meias Altas" passou na RTP em meados dos anos 70, por isso a preto-e-branco.
Como não podia deixar de ser, então uma criança, eu, como muitos outros, assisti com entusiasmo infantil às aventuras da Pippi das Meias Altas e seus amigos. Creio que a série passava aos domingos à tarde.

Pippi era uma rapariga de 10 anos, com uma figura deveras característica, com as suas pernas altas e magras, vestidas com umas longas meias coloridas (donde lhe advém o apelido), cabelo ruivo, atado em duas espécies de tranças ou puxos laterais, com o rosto sardento, um nariz arrebitado e uns dentes um pouco salientes. Pippi destacava-se pela sua irreverência, permanente boa disposição mas sobretudo pela sua coragem e incrível força, que lhe permitia pegar com facilidade nas coisas mais pesadas. Penso que era essa a sua característica que mais fascinava as crianças de então que seguiam avidamente os episódios.

Entre nós, a série foi um êxito e como tal, por essa altura, entre outras vertentes de marketing, foi  editada uma caderneta de cromos, que coleccionei, cuja tema era dedicado ao filme "Pippi e os Piratas".
Pippi tinha dois inseparáveis amigos, os irmãos Tommy (Pär Sundberg) e Annika (Maria Persson) e ainda o inseparável macaco, chamado Sr. Wilsson. 

Neste filme, os amigos, em plena brincadeira, descobrem uma garrafa com uma mensagem de socorro, por coincidência enviada algures pelo pai de Pippi, o capitão Langkous, que tinha sido feito prisioneiro por um grupo de ferozes piratas, encontrando.se algures numa ilha do Pacífico. Então Pippi e os amigos (que estavam de férias), a bordo do seu balão voador, decidem ir à procura do pai para o resgatar.

Depois a aventura continua, entre muitas peripécias, com o confronto com os piratas e finalmente a libertação do pai de Pippi e o regresso de todos a casa, à Vila Revoltosa.
A caderneta, com uma dimensão de 238 x 335 mm,  é uma edição da Casa Arnaldo, sendo composta por 182 cromos, com fotogramas do respectivo filme. 

A caderneta tinha inserto um cupão que depois de preenchido dava direito ao sorteio de uma viagem à Suécia. 
As saquetas dos cromos tinham também senhas surpresa (250000), cada qual correspondente a 1 ponto. Depois, somando os diversos pontos  era possível reclamar vários prémios, tais como jogos, puzzles e livros, correspondendo a cada qual um determinado número de pontos de acordo com uma tabela impressa na caderneta.



5 de agosto de 2019

Orgulhosos, concerteza!


Ainda decorre a festividade em honra de Nossa Senhora da Boa Fortuna e Santo António, na nossa freguesia de Guisande, popularizada como Festa do Viso. 

O programa encerra hoje, estando prevista a actuação da banda de música popular “Minhotos Marotos”. É verdade que já actuaram em Guisande há alguns anos, poucos depois da sua criação em 2009, mas entretanto foram mudando algumas coisas, apresentando-se agora com um estilo mais incaracterístico, à laia de nem carne nem peixe, e ainda a reboque da vocalista Cláudia Martins, mais produzida, que encabeça o nome do grupo. Há coisas que começam bem e que mudam, umas vezes para melhor, outras nem por isso. Parece-me, pessoalmente que a mudança foi algo para pior, mas são opiniões.

Seja como for, não sendo uma atracção de topo, reúne a popularidade suficiente para trazer ao Monte do Viso muitos forasteiros. O dia está bom e a noite promete.

Mesmo antes de terminada a festa, arrumada a tralha e fechadas as contas, está de parabéns a Comissão de Festas, ainda que apenas com um único sobrevivente dos nomeados (António Gomes de Almeida) e os restantes na qualidade de (bons) voluntários, nomeadamente o Armando Rodrigues Ferreira, o Joaquim de Oliveira Santos e o António Azevedo da Conceição, bem como as festeiras Cátia Ferreira e Daniela Almeida.

De algum modo, perante a negação de uns, a raça e o querer de outros. Ainda bem, porque no dia em que a nossa festa não for realizada por falta de elementos na Comissão de Festas, será sinal de que algo vai mal. Não é fácil, pois não, nem sempre há o reconhecimento justo, também não, mas há uma coisa chamada orgulho naquilo que nos deve distinguir, a identidade e paixão pelas nossas tradições e raízes.

Por mim, e certamente que por muitos mais, faço votos para que as contas corram bem e se não sobrar, pelo menos que não falte. Mas se faltar, apesar do meu contributo, que, sem falsa modéstia, considero  significativo, podem voltar a bater à porta que terão novo apoio.

Devem, pois, no final do suor da testa, sentir-se orgulhosos do fazer a festa. 

17 de junho de 2019

Limpar o vidro protector da câmara do telemóvel


É sabido, está-nos no sangue, quando compramos algum equipamento novo, seja em grande, como um carro, ou pequeno, como um telemóvel ou relógio, nos primeiros tempos tudo é amor e cuidados para que o brinquedo não se estrague, não se arranhe nem fique empoeirado. Há até quem contrate um seguro.  Um pouco como com as nossas  mulheres. Mas, depois, com o passar do tempo, vem a rotina e o desleixo habitual e no que toca ao telemóvel, porque o usamos já como parte de nós próprios, arranhões e vidros partidos é o que mais há. Para agravar, e porque as reparações ou substituição de peças são em regra dispendiosas e manhosas, a ideia comum é que mais vale comprar outro novo e há até quem goste do pretexto, pelo que os divórcios com os telemóveis já são quase tantos como com os casais.

Pois bem, uma das coisas que com o passar do tempo perde qualidade se não houver o tal cuidado, amor e carinho iniciais, é o vidro protector da lente da câmara fotográfica, habitualmente na parte traseira do brinquedo. Aos poucos ficam arranhados, baços e por conseguinte com perda da qualidade da fotografia e não há óculos que lhes valha.

Como na Internet há solução para tudo, podem encontrar-se vídeos que explicam alguns truques mais ou menos caseiros para solucionar a coisa sem mandar substituir. Um deles utiliza a vulgar e antiga  palha-d´aço embebida em sabonete líquido para esfregar e polir o vidrinho. A avaliar pela maioria dos comentários, parece que a coisa resulta. Há quem diga que experimentou por "putaria" e que resultou mesmo; há quem afirme que experimentou na filosofia do "Tiririca", "porque pior não fica", mas há quem diga, aparentemente enfurecido, "foda-se, ficou pior!".

Como de são e de louco todos temos um pouco, no caso do meu Asus Zenfone 3 Max (como o da imagem acima) o tal vidrinho protector já tinha a sua miopia de tão gasto e arranhado. Um pouco na ideia do "Tiririca" experimentei, mas em vez da palha-d´aço utilizei massa de polir, grão fino, daquela usada pelos chapeiros nos automóveis. Embebi um pano macio num pouco de massa e suavemente e em movimentos circulares poli durante alguns minutos. Depois limpei com um pano embebido em álcool e em duas sessões o vidro ficou...isso mesmo, polido, brilhante e transparente e as fotos voltaram a ter qualidade.
Não é coisa que se recomende em público, mas no meu caso resultou.
Afinal, a experimentação muitas vezes é a base das grandes criações. Embora não confirmada, é atribuída ao grande inventor Thomas Edison, a frase "Deixem-me experimentar".