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16 de setembro de 2018

Momentos de história e sopa à lavrador


Há dias em que bastam dois, três ou quatro momentos e outros tantos pormenores para os considerarmos como salvos (os dias, claro). Hoje, por exemplo, no Monte do Viso, onde decorreu a I Festa das Colectividades da União de Freguesias, da qual fazemos parte, fiquei com a certeza de que as cantigas ao desafio podem ensinar-nos muitas coisas, incluindo trechos da História de Portugal. Disse-mo o meu inestimável amigo (permitirá que assim o trate, até porque a isso obriga os laços de parentesco) Tono Ribeirense, que, torcendo o nariz e o branco bigode ao estilo das cantigas que no palco iam sendo travadas entre o Borguinha de Braga (bom cantor e tocador) e a Naty (Natividade) Viera, da Póvoa de Lanhoso, esta mesmo com um "pipo" na barriga quase a fazer jus ao seu nome, para mais realçado de um macacão à Benfica, para ele, o "patriarca" do lugar do Ribeiro, o que por ali estava a assistir em nada se comparava com os antigos duelos entre o Augusto Caseiro das Caldas de S. Jorge e o Valdemar de Cucujães, em que o Augusto, qual professor universitário, a cantar lhe ensinou que o ilustre descobridor de Terras de Vera Cruz, Pedro Álvares Cabral, nasceu à sombra do bonito castelo de Belmonte. Ele que diz que nunca aprendera isso na escola, aprendeu-o numa quadra improvisada pelo Augusto. - Toma que é para aprenderes!

Outros bons momentos: Ver o Sr. Maximino Gonçalves (que não via há semanas), com boa cara, apesar do problema de saúde que atravessou. Com atenção e controlo (e um novo sorriso), está aí para durar. Ver ainda, a Ti São do Neves, vinda do lar onde se encontra a rever gentes e lugares que lhe enchem os olhos. 

Ainda tempo para uma curta mas boa conversa, muito informal, como Sr. Emídio Silva, responsável pela Horta Social e Comunitária da nossa União de Freguesias, triste pela falta de água na horta e por falta de mais alguma coisa. Ainda uma boa conversa com o David Neves, presidente da associação do Rancho Folclórico S. Tiago de Lobão, entre um fresca cerveja e não menos frescos tremoços e azeitonas. Um exemplo de associação dinâmica. multifacetada e inclusiva. Bem hajam!

No Centro Social de Guisande, por estes dias, muita gente boa a ajudar, como o Jorge Ferreira, sempre atento e disponível, o Fernando Almeida, o Celestino Sacramento, a D. Zélia, o Joaquim Santos, a Eduarda Sá e outros mais que perdoar-me-ão por não os chamar ou não me lembrar pelos nomes.

A finalizar: Uma merenda, quase, jantar, entre as tasquinhas do referido rancho e da associação Os Rodinhas BTT. Bom melão com presunto e rojõezinhos desta, a rematar com um misto de grelhados e uma sopa à lavrador daquela, sopa essa que estava à altura do nome, confirmada pela opinião da sogra que não se coibiu de repetir a boa tigela.  

Crepúsculo








 Monte do Viso - I Festa das Colectividades da União de Freguesias LGLG

13 de setembro de 2018

Sim, não e nim



Atento ao edital da convocatória da próxima sessão da Assembleia de Freguesia da nossa União de Freguesias, que terá lugar no próximo dia 21 de Setembro pelas 21:00 horas na Casa da Cultura, em Gião, no 6º ponto da agenda de trabalhos está programada a "Continuação da apreciação sobre a eventual desagregação da União das Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande".

Considerando-se que já houve uma sessão de carácter extraordinário para debater este assunto, em 15 de Junho de 2018, e considerando ainda que supostamente a desagregação será um assunto que interessará a todas as quatro freguesias que compõem a actual União (ou não ?), pensei eu que a coisa já estava mais que resolvida e decidida a favor, caso o Governo se venha a manifestar receptivo a alterar a lei, tanto mais que várias freguesias do nosso concelho, incluindo a de Guisande, entregaram na Assembleia da República uma petição pública nesse sentido, com um número significativo de cidadãos eleitores. 

Todavia, pelos vistos, uma decisão que parecia fácil  e de consenso transversal aos partidos representados na AF, afinal ainda se arrasta, vestida de eventualidade, o que me leva a supor que pelo meio há pedras no sapato da vertente política, porque, nestas coisas da dita cuja, por vezes há a tentação de se dizer sim apetecendo dizer não, ou dizer não com a consciência a dizer sim. 

Mas vamos ter uma fezada que a coisa com mais ou menos discussão, mais ou menos embaraço, acabará por ir de encontro ao interesse da natural desagregação, sendo ela possível, claro. Na impossibilidade de uma pura reversão (que me parece mais plausível), pelo menos um ajustamento na composição da União das Freguesias, que esta nossa, conforme está e como sempre o disse, é natural e manifestamente desajustada e desequilibrada. Mas é apenas a minha humilde opinião, e mandará sempre quem pode.

12 de setembro de 2018

Sinais dos tempos


Bem sabemos que normalmente estas coisas, que não dependem única e exclusivamente da nossa vontade,  nem sempre são como desejaríamos que fossem. Daí poder compreender que a rua que liga Guisande a Louredo (Rua 25 de Abril/Rua de de S. Vicente) fosse marcada muito tempo depois de ser pavimentada e  já depois de outras ruas no concelho, mesmo que pavimentada antes. Ou mesmo que a Rua Nossa Senhora de Fátima passados cinco anos após a sua pavimentação continue ainda sem o remate das caixas e sem qualquer marcação no pavimento. Pormenores.

Já quanto ao tipo de marcação da Rua 25 de Abril/Rua de S. Vicente, parece-nos exagerado que toda ela tenha linha contínua. Percebe-se que com isso se pretende salvaguardar as questões de segurança e velocidades regulamentares, mas face a uma situação de trânsito lento, como um tractor ou outro veículo, seria razoável que existissem algumas zonas de linha interrompida que permitissem ultrapassagem em segurança e sem a tentação de transgressão, que assim é recorrente. Ora na referida rua há pelo menos dois ou três locais em que tal seria possível, nomeadamente no Reguengo, imediatamente a seguir ao viaduto e até meio da subida, no sentido nascente/poente. Mas, enfim, manda quem quer e quem pode. 

Em todo o caso, será adequado que a sinalização horizontal esteja compatível com a vertical, o que não acontece, por exemplo, conforme o atesta a fotografia acima, na zona de Louredo, no sentido poente/nascente em que em oposição à linha contínua no pavimento o sinal vertical no lado direito indica fim de zona de proibição de ultrapassagem. Ora tal contradição suscita naturalmente  confusões e delas perigos, até porque de acordo com a hierarquia das sinalizações, as verticais têm prioridade face às sinalizações horizontais/marcas rodoviárias no pavimento. Creio não estar enganado neste particular.

Quanto à sinalização no geral nas ruas da nossa União de Freguesias, há algumas lacunas que seriam de rectificar ou melhorar. Na altura em que era membro do executivo chamei a atenção para algumas situações de ausência de sinal de STOP em saídas secundárias para estradas principais e de trânsito mais intenso (por exemplo, Rua da República - Lobão -  para a Rua Nossa Senhora de Fátima - Guisande), no que pode proporcionar acidentes já que nestas situações o hábito dos condutores que seguem na rua principal é não pressupor a falta de tais sinais e assim considerarem que transitam com prioridade, não atendendo à regra desta. Depois...pumba, catrapumba. Ora o custo de um sinal é imensamente inferior ao de um acidente ou de uma vida.

28 de agosto de 2018

União das Freguesias LGLG - I Feira das Colectividades

No próximo mês de Setembro, nos dias 14,15 e 16, decorrerá no parque do Monte do Viso - Guisande, a 1ª Feira das Colectividades da União das Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande, uma organização da Junta com o apoio de algumas associações e Câmara Municipal.
O programa, que pode ser consultado na página Facebook da Junta, promete momentos musicais com a actuação de vários grupos e artistas nos três dias do evento, insufláveis para os mais novos, convívio e gastronomia (comes-e-bebes).

8 de junho de 2018

Assembleia de Freguesia - Sessão Extraordinária - 15 de Junho de 2018

Num sentido geral, dado o interesse do assunto em apreciação, discussão e deliberação, será importante a participação do público nesta sessão extraordinária da Assembleia da União das Freguesias.

Em todo o caso, será sempre uma deliberação da Assembleia de Freguesia e não do  público. De resto a opinião deste, pelo menos no que diz respeito a Guisande, já está devida e claramente expressa nas largas centenas de pessoas que subscreveram a petição a favor da desagregação. Assim, sendo importante a presença do público, todavia, não me parece que esta seja decisiva na deliberação que vier a ser tomada.

Pessoalmente congratulo-me que o Sr. presidente da Assembleia de Freguesia tenha agendado o assunto, porque é importante. Qualquer decisão desta sessão extraordinária que contribua para a reposição anterior à Reforma Administrativa, com Guisande independente ou, em última análise face a essa impossibilidade, e como mal menor, a reformulação e integração numa União de Freguesias mais equilibrada, apenas com Louredo ou com Gião, terá o meu apoio.

Acreditando que a desagregação é do interesse geral de ambas as quatro freguesias que actualmente compõem a nossa União, porque até ao momento tem sido uma decepção e longe de se traduzir numa melhoria quer ao nível de obras e melhoramentos, quer nos serviços básicos de manutenção de espaços e equipamentos, limpezas e atendimento, só espero uma deliberação categórica da Assembleia: A favor, por unanimidade.

Neste contexto, cada um que decida por si, esteja presente ou ausente, mas pela minha parte, não tendo direito a voto nem qualquer poder ou influência decisória, o mais provável é que não assista. Afinal, a minha posição é pública e de há muito decidida.

3 de maio de 2018

União de Freguesias - Passeio dos Seniores 2018



Foi já anunciado o Passeio dos Seniores da União de Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande. Será no dia 21 de Junho de 2018 e o convívio terá lugar na Quinta do Cruzeiro em Vila Praia de Âncora. O valor da comparticipação será de 10 euros para seniores com idades a partir dos 65 anos, reformados e inválidos. Os acompanhantes com idades inferiores e maiores de 18 anos pagarão 18 euros. 
Inscrições (até ao dia 8 de Junho) e mais informações na sede e pólos da Junta da União de Freguesias.

29 de janeiro de 2018

Reversão da Reforma Administrativa e anulação das uniões de freguesias


A propósito da petição que já anda apor aí a circular para reversão da malfadada Reforma Administrativa que conduziu à extinção de centenas de freguesias, nomeadamente de Guisande, e à sua acomodação em uniões, na maior parte dos casos mal amanhadas, já falamos aqui neste artigo.
Como se tem lido, estas petições públicas estão a circular em algumas das nossas freguesias vizinhas afectadas pelas uniões, como Vale, Pigeiros e Louredo. Podem estar a ser promovidas noutras freguesias, mas pelo menos do nosso conhecimento são as atrás referidas. 

Sem prejuízo de outra posição, não surpreende, pois, que  estejam fora destas preocupações e deste processo de petição, as freguesias cabeças das uniões, nomeadamente Lobão, Caldas de S. Jorge e Canedo, num sinal claro de que, do mal o menos,  são as freguesias que menos perderam com as uniões e que de algum modo até ganharam alguma importância face à preponderância de cabeça e local de sede e mesmo porque concentraram em si investimentos que pela regra da proporcionalidade caberiam a cada uma das freguesias agregadas.

A este propósito teve alguma razão Celestino Sacramento, da bancada do PS, quando na última assembleia de freguesia (primeira do novo mandato) tomou voz e falou em 400 mil euros como cabendo a Guisande. É certo que as contas agora não são feitas assim, mas é uma orientação válida e lógica. Ora se o orçamento anual da nossa Junta da União das Freguesias tem rondado os 600 mil euros, olhando para a tal proporcionalidade de número de habitantes/eleitores, a Lobão, em números redondos, caberia metade do bolo, 3/6, e a cada uma das três demais freguesias (Gião, Louredo e Guisande) caberia 1/6. Ou seja, 300 + 100 + 100 + 100 mil euros. Como eu disse, números redondos e como balizamento, porque em rigor os orçamentos anuais de alguns executivos da ex-Junta de Freguesia de Guisande,  até ultrapassaram em muito os tais 100 mil euros, dependendo dos subsídios e apoios especiais a determinadas obras. 

Para além do mais, a ter em conta o compromisso inicial deste processo, de que uma das mais valias das uniões seria procurar incrementar as freguesias menos desenvolvidas de modo a limar diferenças, estava implícito um natural acréscimo de verba de modo a que a médio prazo se pudessem gerar equilíbrios e homogeneidade em todo o território. Ora isto não aconteceu no primeiro mandato da nova realidade administrativa, e em muito devido aos compromissos e dificuldades financeiras herdadas, mas mesmo agora que sanadas e até com um presente de um substancial saldo positivo herdado do anterior executivo, na ordem dos 100 mil euros, não nos parece que este ajustamento vá acontecer no actual mandato, até porque os sinais dados neste primeiro trimestre são ilucidativos dessa inoperância.

Assim sendo, alguém acredita que Guisande nestes próximos quatro anos vai absorver um investimento de 400 mil euros? Ou mesmo, optimistamente, 300 mil? Ou mesmo Louredo? Qualquer leigo na matéria, até pela leitura do processo eleitoral de Outubro de 2017, perceberá que as fatias de leão irão naturalmente para Lobão e para Gião. No final far-se-ão contas, mas, para mal da tal importância de homogeneidade de desenvolvimento, não nos parece que tão cedo  venha a ser uma realidade e isto porque na actualidade são poucos os "tolos" sem arte pelo que na hora de partir e repartir... 

Tal como a minha ex-colega de Junta, Marta Costa, de Louredo, que integra o movimento de petição naquela freguesia, afirmou recentemente no Jornal N que enquanto membro no executivo sentiu uma enorme desilusão e incapacidade, eu também falo com a autoridade de quem esteve no executivo e experimentou uma igual frustração e igual incapacidade quanto às expectativas que os mentores das uniões de freguesias criaram, apregoaram e defenderam como certas, até mesmo por parte da nossa Câmara Municipal. Foi de facto uma desilusão e uma luta inglória a das freguesias mais pequenas, perdendo autonomia, identidade e investimento, mesmo nas coisas mais básicas como limpezas de ruas e espaços, públicos.

Posto isto, mesmo estando convencido que o poder de decisão estará apenas no Governo, e não tanto ou nada nas petições públicas e força dos movimentos, faz todo o sentido que a população expresse nas petições a sua posição, numa espécie de referendo quanto às actuais uniões.
Entretanto, em notícia de hoje, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, divulgou que o assunto da reorganização será levado  à Assembleia da República até final do mês de Junho.  Vamos ser optimistas e esperar que então saia algo de positivo para as freguesias discriminadas.

Nota: Para apalpar o pulso aos habituais clientes desta casa, e diariamente andarão na ordem dos 400 visitantes, criamos, ao lado, uma simples sondagem na qual se pede a opinião quanto à possibilidade de reversão da Reforma Administrativa e à consequente anulação ou reformulação das uniões de freguesias tidas como fracassos, como a nossa. Podem, pois, querendo, votar.

12 de dezembro de 2017

Mau pressentimento

Sinceramente, ainda em período de nojo por um mandato de desilusões, do qual eu próprio assumi as minhas responsabilidades, dando lugar e oportunidade a outros, não queria, para já, estar a tecer comentários pela actividade da actual Junta. Todavia, tendo em conta que estão decorridos quase dois meses sobre a tomada de posse (20 de Outubro) e sabendo que transitou um saldo positivo superior a 100 mil euros, portanto afastado o fantasma das dívidas e da falta de dinheiro que tolheu e justificou todo o mandato anterior, começa o povo e começo eu a perceber que, no que a Guisande diz respeito, para além de ainda não se ter retomado a limpeza de ruas principais que não se limpam há mais de um ano e que não foi tapado um único de muitos buracos nas ruas que se degradam, nem limpa uma sarjeta antes das chuvas, continuando as inundações de zonas críticas, como na baixa do lugar da Igreja, e ainda ouvir queixas pelo encerramento de casas de banho (Igreja) por falta de limpeza, são sinais preocupantes e que podem indiciar algum tipo de revanchismo por um mau perder (na freguesia) nas últimas eleições.

Quero pensar que a nova máquina ainda está a aquecer e a afinar e que este esquecimento ou desmazelo são pontuais e não propositados. Mas que são sinais pouco positivos, são. E tão ou mais preocupante que isto, é perceber que "lá de cima", conseguidos os objectivos e instalados os poderes, as preocupações agora centram-se em Perlins e Imaginários e a raia miúda está por definição entregue a si própria, a expiar os seus pecados.
Vamos a ver se depois do Natal o espírito deste começa a fazer efeito positivo e as coisas corram como devem correr, com normalidade e equidade, sem tentações de qualquer tipo de revanchismo ou maus fígados, em suma, no básico respeito pela democracia. 

4 de novembro de 2017

Saldo positivo

Porque não é segredo e pelo contrário é um assunto público e do interesse da população, informo que de acordo com o fecho das contas da Junta da União das Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande, transita do mandato 2014/2017 para o actual mandato 2017/2021 um saldo positivo de 106.160,26 euros. Por isso um pouco mais de cem mil euros.
Sendo que neste montante já constam algumas verbas destinadas ao terceiro trimestre deste ano bem como verbas destinadas a obras que não tendo sido concluídas em tempo útil estavam já programadas, mesmo assim é um valor muito substancial. 
Considero que, num sentido geral, sendo de bom tom e boa gestão fazer transitar um saldo positivo para o executivo seguinte, independentemente da força partidária vencedora, acho, contudo que o saldo agora transitado é manifestamente exagerado sobretudo quando tenho a consciência que muito ficou por fazer e que a falta de folga financeira foi sempre mote do mandato, motivo e desculpa de contenção em algumas obras ou mesmo aumento do quadro de pessoal. Fiz ver este ponto de vista na última reunião de Junta do mandato, mas, naturalmente foi já uma opinião que não contou para o totobola.
Desejo, pois, que o valor não gasto em importantes obras no mandato terminado, seja agora devidamente aplicado  e que, como diz a cantiga, que faça bom proveito.
Mas, enquanto membro da anterior Junta, obviamente que me sinto penalizado e lamento que tal verba não tenha sido aplicada no correspondente mandato. 
Mas as coisas são como são e agora é caminhar para a frente.

12 de outubro de 2017

Um novo ciclo ou a sua continuação?

Conforme divulgação do edital abaixo, sabemos que terá lugar no próximo dia 20 de Outubro, pelas 21:00 horas, na sede da Junta da União de Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande, em Lobão, a instalação/tomada de posse dos dois órgãos de poder local, a Junta, órgão executivo, e a Assembleia de Freguesia, órgão deliberativo.
De acordo com os resultados decorrentes das eleições do passado dia 1 de Outubro, a Junta da União de Freguesias ficará composta por cinco elementos do PSD - Partido Social Democrata e a Assembleia de Freguesia por sete elementos da mesma força partidária e por seis elementos do PS - Partido Socialista. 

Por conseguinte, comparativamente ao mandato que agora termina, o PS ganhou mais um elemento na Assembleia, passando por isso de cinco para seis e por sua vez o CDS deixa de ter representação, o que se lamenta porque enfraquece a Assembleia, já que Fernando Almeida, o anterior eleito pelo partido centrista sempre teve uma postura de conhecimento e intervenção atenta e responsável e era uma mais valia no debate. É, pois, a vontade do povo a funcionar, mas da qual seguramente resulta um empobrecimento da pluralidade. O CDS tem, pois, que analisar e penalizar-se pelas opções tomadas para estas eleições. 

Em suma, apesar de uma vitória sofrida, com cartões amarelos em Lobão e Louredo e um cartão vermelho em Guisande, valeu ao PSD a vitória de um homem sobre o partido, Manuel Oliveira Leite em Gião, o vencedor da noite, que assim renovou de forma surpreendente a maioria absoluta e prepara-se agora para governar um mandato completo e com as contas em dia e a casa quase arrumada. Será por isso um mandato sem desculpas e para compensar o que ficou por fazer.

Quanto ao PS, há alguma dúvida se alguns dos membros agora eleitos irão ou não assumir os respectivos lugares na Assembleia de Freguesia, o que de resto já aconteceu no mandato que agora está a terminar, nomeadamente com a desistência, logo no início, daquela que era a representante de Louredo, um autêntico erro de casting do PS. A sua substituição foi também desastrosa para a imagem do partido e mesmo as sucessivas faltas de alguns elementos, sobretudo na segunda metade do mandato, não ajudaram em nada a uma credibilização que era importante para a futura luta eleitoral (agora terminada).

No meio destas vicissitudes da oposição,  uma palavra de apreço para David Neves que no meu entendimento, sempre cumpriu de forma elevada as suas responsabilidades como líder da oposição, com intervenções assertivas, num contexto difícil porque contra uma maioria que, como todas as maiorias, pouco sensíveis ao aprofundamento, debate e acolhimento de propostas ou críticas da oposição. Este é um mal de que padecem todas as maiorias do nosso sistema democrático uma vez que, regra geral, vão-se alternando os partidos e as figuras mas mantêm-se os vícios e os defeitos inerentes. Não tenho dívidas em reconhecer que David Neves, caso o povo o escolhesse, seria um presidente de proximidade e interessado pelas diferentes freguesias e pelo respeito das suas características específicas. Mas em democracia e em eleições governa quem a maioria do povo escolher e por isso há que dar crédito e confiar em quem foi escolhido.

Seja como for, adivinha-se um mandato de oposição muito difícil para o PS pois se de algum modo teve um bom resultado e ganhou mais um elemento, a verdade é que aquela que se apregoava como uma insatisfação geral da população, não se traduziu na prática numa vitória, sendo que esta evitada  apenas devido à especificidade própria do resultado em Gião.

Agora sendo certo que a partir do dia 20 de Outubro começará um outro ciclo, fica a dúvida se novo ou de continuação. O futuro responderá, havendo, no entanto, condições para que seja um novo ciclo porque, como tenho opinado, o difícil será não fazer melhor.

4 de outubro de 2017

Gente boa, competente e capaz

Terminado que está o mandato 2014/2017 para a Junta da União de Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande, faltando apenas o formalismo legal da tomada de posse dos órgãos executivo e deliberativo decorrentes dos resultados eleitorais do passado Domingo, dia 1 de Outubro, que deverá, em princípio, acontecer lá para o dia 20 deste mês, é o tempo de algumas reflexões pessoais sobre o mandato que agora termina.
Por ora, começo por me referir aos meus três colegas de Junta que, como eu, por motivos similares ou diferentes, pessoais ou políticos, entenderam não se recandidatar a um novo mandato, nem mesmo em posição de poder fazer parte da Assembleia de Freguesia.  De todos fico com uma excelente impressão, como pessoas muito capazes, competentes e sobretudo conhecedoras e forte e afectivamente ligadas às suas freguesias.

A Marta Costa, a secretária, pessoa competente, simpática, de trato fácil e muito conhecedora da sua freguesia de Louredo, na qual de resto está envolvida em vários movimentos ou grupos. Não desconsiderando quem vai ficar a representar Louredo, que não conheço de todo, não tenho dúvidas que a freguesia de Louredo fica a perder com a mudança.

O Márcio Moura, o tesoureiro, bem mais calmo e de menos palavras, mas muito assertivo, mostrou ser competente na sua área de engenharia civil, tal como a Marta, no que foi uma mais valia desta Junta, quiçá pouco aproveitados devido à escassez de obras. Obviamente que também mostrou ser um bom conhecedor da sua freguesia de Gião.

O Pedro Serralva, apesar de ter em Lobão um papel secundário e menos importante ou menos exigente que qualquer um dos colegas nas demais freguesias, mostrou ser uma pessoa conhecedora da sua freguesia e da população e sempre muito interessada e com uma ligação forte ao partido, porventura o mais político de todos os elementos da Junta. A meu ver foi pouco aproveitado pois seria útil em muitas funções e tarefas.

Pessoalmente foi uma das melhores experiências na Junta o ter conhecido estes colegas e com eles partilhado as dificuldades do mandato, nomeadamente as decorrentes da mudança e a de se ter que lidar directa e pessoalmente com as populações, quase sempre num clima de descontentamento.

Foram ainda colegas solidários, pois tanto a Marta como o Márcio, secretária e tesoureiro, partilharam do seu próprio bolso ou carteira, os já por si baixos rendimentos que tinham ao serviço da Junta, com os colegas vogais, eu próprio e o Pedro. Com esta partilha pelo menos foi possível minimizar os custos pessoais com combustível e transporte, já que o resto foi serviço totalmente voluntário.
Como não é segredo, ontem tivemos a possibilidade de realizar um jantar de amigos e colegas onde houve lugar a alguma reflexão, não tanto sobre o passado, porque já é lá atrás, mas sobretudo sobre o presente e o futuro. Espero que haja oportunidade para mais encontros destes de tertúlia, amizade e reflexão sobre as nossas terras e a nossa União..

Certamente que fizemos parte de um mandato imerso em dificuldades, seguramente compreendidas por poucos, mas pela parte que me toca e pelos referidos colegas, não foi pela nossa vontade, querer e dedicação que as coisas não correrem de forma mais positiva. As coisas são como são e nem sempre querer é poder, até porque este, numa Junta de uma qualquer freguesia, sabe-se que legalmente pertence ao presidente.

Obrigado, pois, à Marta Costa ao Márcio Moura e ao Pedro Serralva. Certamente que, até pela proximidade e porque somos todos parte desta União, vamos-nos vendo por aí e, quem sabe, em futuros contextos e futuras campanhas, de um lado ou outro. 

Verdes e maduros

Ainda em análise aos resultados eleitorais de Domingo passado, em concreto para a Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande, há um caso paradigmático sobre o qual importará tecer algumas considerações. Trata-se da lista concorrente composta pelos partidos PCP e PEV (Partido Comunista Português e Partido Ecologista "Os Verdes"), conhecida por CDU, Coligação Democrática Unitária.

Pela parte que me toca, que gosto de recolher e guardar em arquivo material de propaganda dos diferentes partidos ou coligações, não vi e por isso não li um único panfleto, por mais simples que fosse. Na caixa-de-correio, uma habitual amiga de quem faz campanha, nada lá caiu da parte do PCP-PEV. Soube com antecedência que a cabeça-de-lista seria uma mulher mas nunca lhe descobri o nome, de onde era ou o que fazia. Também não ouvi as suas propostas e projectos para a União de Freguesias, porque no debate ocorrido na antena da Rádio Clube da Feira não apareceu, não dando qualquer justificação. Mesmo quanto aos nomes, gostaria de ter sabido quem da freguesia de Guisande integrava a lista mas apenas soube por consulta da lista no próprio dia de eleições.

Penso que esta forma de concorrer por concorrer será algo a roçar o desrespeitoso para com o eleitorado. Mesmo que se saiba que normalmente por aqui a sua expressão eleitoral é quase nula (18 votos em Guisande e 125 na União), seria lógico e de bom senso que alguma campanha se fizesse, nomeadamente para dar a conhecer as pessoas que integravam a lista. Era o mínimo exigível.
Assim, esta situação não dignifica quem participa na lista nem quem, de algum modo, tem responsabilidades na sua elaboração. 

Quando assim é...

3 de outubro de 2017

FFF - Fundo de Financiamento de Freguesias

Há quem considere que uma qualquer Junta de Freguesia recebe do Estado uma enorme receita a ponto de com facilidade se poder reclamar obras, limpezas regulares e muito mais regalias. Logicamente que esta situação também se passa relativamente à nossa União de Freguesias. Mas na realidade tal receita está longe de por si só poder acudir a tantas reclamações e necessidades. É certo que há as remessas ordinárias da Câmara Municipal, normalmente relacionadas à manutenção e conservação das escolas e à limpeza de arruamentos e espaços públicos, sendo que estas quase nunca cobrem as efetivas despesas com pessoal e manutenção. Há pois uma permanente abordagem ao executivo camarário no sentido de se mostrar sensível a conceder um ou outro subsídio extraordinário e apoio a uma ou outra obra mais significativa.

No quadro abaixo pode constatar-se o valor recebido/a receber pela nossa Junta da União de Freguesias referente a 2017, num total de 182 mil e 694 euros incluindo já a majoração no valor de 23 mil e 830 euros. Esta majoração, excepcional para as uniões das freguesias decorrentes da Reforma Administrativa de 2013, todavia, já não ocorrerá no próximo mandato.

Como curiosidade, refira-se quem em 2013 a Junta de Freguesia de Guisande recebeu de FFF a quantia de 28 mil e 356 euros. Ainda como curiosidade, mesmo que se considerasse esta verba como fixa e que na actual União correspondesse à sua quota parte, a mesma a multiplicar por quatro anos equivaleria a 113 mil 424 euros, o que significa que não chegaria para cobrir o montante pago pela actual Junta da dívida transmitida por Guisande, ou seja, ainda seria necessário utilizar uma parte substancial das verbas ordinárias atribuídas pela Câmara Municipal. Agora a questão e a reflexão? Feitas as contas desta forma, o que sobraria então para obras e limpezas regulares?

Em matemática 2+2 são 4 mas 4-3 é 1. Quer isto dizer, e daqui uma nova reflexão,  que as Juntas de um modo geral não são presididas ou geridas por quem tenha o dom divino de replicar o milagre da multiplicação. Uma Junta que não tenha receitas significativas próprias como venda de património, estará sempre condicionada às verbas do Estado e da Câmara. O resto sim, resulta de competência e dinamismo para se procurar a melhor gestão dentro das limitações. Esta é a diferença que por vezes distingue os bons e os maus presidentes.

1 de outubro de 2017

Autárquicas 2017–Resultados para a Assembleia de Freguesia da nossa União

autarquicas_2017_uniao

Quadro de resultados para a Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande. Sujeito a correcções ou actualizações.

Clicar no quadro para ampliar.

PSD vence com maioria na União de Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande

Sem surpresa o PS vence em Guisande por uma diferença de 102 votos, mas foi insuficiente. O PSD venceu com maioria na União em grande parte pelo facto do CDS não ter resistido à saída de Fernando Almeida e assim não ter  eleito o seu cabeça-de-lista. Manuel Oliveira Leite foi determinante ao vencer em Gião com uma larga vantagem e cobrir os prejuízos nas demais freguesias. Sem segundas leituras, o homem forte de Gião foi o grande vencedor e o pilar desta sofrida vitória do PSD. José Henriques em Lobão foi fortemente penalizado e perdeu 374 votos para o PS e tremeu mas segurou-se por escassos 31 votos, o que era fundamental para a vitória global da União. Apesar do peso eleitoral de Lobão no contexto da União, nesta eleição a vitória do PSD deve-se sobretudo a Gião. Não há como o desmentir.
Parabéns aos vencedores e parabéns aos vencidos por terem dignificado este acto eleitoral. Agora há que trabalhar e reverter um mandato que foi muito difícil e sem grandes feitos, o que apesar de tudo e da perda de votos, a maioria da população da União face aos resultados globais parece ter compreendido as dificuldades e contexto de mudança e redução do mandato e legitimado uma segunda oportunidade.
Parabéns de modo particular à Patrícia Pinho e ao Rui Giro.

Guisande:

Mesa 1:
PS 210; PSD 150; CDS 17; CDU 7

Mesa 2:
PS 123; PSD 81; CDS 19; CDU 11

Total Guisande:
PS 333; PSD 231; CDS 36; CDU 18