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14 de agosto de 2019

Nas riscas do tempo...


As feições, a pinta, da maior parte desta rapaziada equipada às riscas, não enganam. Alguns continuaram a "deitar corpo" e estão hoje mais altos, alguns mais barrigudos, outros mais carecas e grisalhos. Mas que se conste, todos por aí. Enfim, carregam o peso de quase 40 anos passados após esta fotografia datada de 1981, nos primeiros tempos no Campo da Barrosa, cenário deste "boneco". 

Esta equipa de rapaziada adolescente, treinada pelo Américo Santos, participava então num torneio de futebol juvenil de Verão, organizado pela malta do jornal "O Mês de Guisande", designado de "2º Torneio Emigrante 81", com o apoio do Guisande F.C.. A equipa apresentava-se por isso como Guisande F.C. Juvenil. Uns anitos mais tarde, esta ideia de um torneio juvenil  deu origem ao popular torneio "Guisandito".

Entre outros, para além do treinador e co-organizador Américo Santos, estão ali o Rui Giro, o Maximino Gonçalves (Minito), o Fernando Neves, o Vitor "Teixeira", o Pedro da Natália, o Orlando Santos, o Rui Costa, o Américo Silva (guarda-redes), o António Alves, o Domingos Sousa, o António do "Zarelhas", etc.

Veja-se abaixo a reportagem do evento, publicada na época no jovem jornal "O Mês de Guisande", na edição de Setembro de 1981.

O torneio que se prolongou pelo mês de Setembro, terminou no dia 4 de Outubro desse ano. A equipa vencedora foi o J.C.A.R. Romariz. O torneio foi disputado em sistema de "poule", jogando todas contra todas, mas com as duas primeiras a disputarem uma final na qual a equipa da casa defrontou a de Romariz, tendo a decisão sido resolvida por grandes penalidades já que no tempo regulamentar o resultado ficou empatado (1-1).

Assim a equipa do Guisande F.C. Juvenil apesar de favorita acabou na 2ª posição. Seguiram-se as equipas  do F.C. Azevedo, S. Jorge S.C. e Arcozelo (Caldas de S. Jorge).


31 de outubro de 2023

Manuel Rodrigues de Paiva e o Guisande F.C.


Quando uma instituição celebra aniversário é comum recordar pessoas que já partiram e que a ela estiveram ligadas e ajudaram à sua fundação ou crescimento. Por conseguinte o aniversário é um momento e pretexto para fazer elogios e enaltecer figuras.

Mesmo sabendo desse lugar comum, também entendo cá para mim que neste dia em que o clube da nossa terra celebra 44 de vida oficial, é justo que se recorde certas figuras, algumas que felizmente ainda são vivas e andam por cá e outros que já deixaram de percorrer este caminho terreno.

Assim, desde logo, e porque no acto fundador encabeçou e foi o primeiro subscritor da escritura pública do Guisande Futebol Clube, conforme o atesta o recorte publicado ao fundo, trago à memória a figura e o papel do Manuel Rodrigues de Paiva, que faleceu em 27 de Janeiro de 2021 e que à data da constituição do clube, em  31 de Outubro de 1979, tinha apenas 36 anos, completando 37 apenas no mês seguinte, no dia 20, pois nasceu em Novembro de 1942.

Manuel Rodrigues de Paiva, apesar de natural da freguesia de Romariz, foi uma figura com relevante intervenção cívica na freguesia de Guisande, tendo sido dirigente e presidente do Guisande F.C., sendo, como atrás referi, uma das figuras marcantes na fundação oficial do clube e da construção do Campo de Jogos "Oliveira e Santos". Foi secretário da Junta de Freguesia de Guisande, depois das eleições autárquicas de 16 de Dezembro de 1979, e ainda, em diferentes mandatos, elemento da Assembleia de Freguesia de Guisande, em representação do PSD e também da FJI - Força Jovem Independente no mandato de 1989/1993.

Como qualquer um de nós, a começar por mim, tinha alguns defeitos ou feitios que por vezes eram obstáculos para quem com ele colaborava, já que tantas vezes com a sua vontade de fazer depressa e avançar nas decisões e nas obras tinha tendência de contornar as etapas e não ter em conta o papel e a importância de quem tinha ao lado, isto, claro, na parte da sua intervenção cívica, abstendo-me de considerações fora dessa esfera.

Mas na sua intervenção de cidadania em Guisande tinha de facto esse voluntarismo. Mas se é certo que por vezes arrepiava caminho de forma mais ou menos unilateral, também é verdade que noutras tantas vezes se assim não fosse as coisas, as vontades e as obras não avançavam, à espera, tantas vezes, de quem não decidia. E dessa forma, por si ou bem ajudado, e outros mais velhos saberão disso melhor que eu, certo é que contribuiu para se fazer muitas coisas, porventura grandes demais para a pequena dimensão da freguesia. O Manuel Paiva tinha essa matriz, de pensar de forma objectiva e sempre para a frente. Foi nesse espírito que no plano pessoal foi sempre um homem de comércio e negócios bem sucedido, tendo até ficado com o apelido de "Manel do Negócio" e logo bem cedo na nossa terra quando instalou a pequena "Casa Notícia", ali no Largo de Casaldaça, no que era um pequeno espaço de garagem de um automóvel. 

Por tudo isto, pela sua forma de fazer as coisas no que diz respeito à freguesia, tinha de muitos  o justo reconhecimento do seu valor mas também alguns que tinham um entendimento diferente e pouco apreciadores desse estilo muito individualizado. Disso poderá falar bem melhor e com conhecimento de causa quem com ele directamente trabalhou, sobretudo no que diz respeito ao Guisande Futebol Clube. Nesse plano, apesar de termos tido sempre uma boa relação pessoal e de consideração mútuas, não tive a oportunidade de com ele trabalhar. Mas não foi por acaso que teve o papel que teve na vida do clube e se há várias outras figuras que também deram contributos valiosos, dedicados e resilientes, ninguém de boa fé, e sobretudo com o filtro do tempo, pode negar ou apoucar o papel e importância que teve o Manuel Rodrigues de Paiva na vida do Guisande Futebol, Clube, sobretudo nesses anos que remetem para a fundação e para as obras do actual campo de jogos e da sua consolidação.

Deste modo, sem esquecer outras importantes figuras que tanto deram ao clube, como directores, sócios e atletas, parece-me justo trazer hoje e aqui à memória a figura do Manuel Rodrigues de Paiva.


Já agora e a propósito da data, relembro aqui os subscritores da escritura de fundação do Guisande F.C. em 31 de Outubro de 1979:

Assinaram Manuel Rodrigues de Paiva, Júlio César dos Santos Alves, José Pires de Almeida Saraiva, Elísio Elísio Alcino Ferreira dos Santos, António de Oliveira Bastos, José de Almeida Peixoto, Valdemar Ferreira de Pinho, Domingos da Conceição Lopes e Elísio Gomes da Mota.

Certamente que poderiam fazer parte do grupo de subscritores nesta escritura outras figuras importantes no clube, mas não constam apenas porque na data ou estariam ausentes ou impossibilitados por outros motivos. Isto para salientar que há nomes que tiveram igual ou maior importância na vontade e acto fundador do nosso clube mesmo que não constem no documento. De resto, dos que assinaram, até vejo ali um ou outro cujo papel ao serviço do clube terá sido meramente circunstancial e sem qualquer relevo na vida e obra do clube. Seja como for, constam do momento e do documento e a história por vezes também se faz destas circunstâncias mesmo que na prática tenham tido pouca relevância no fundamento.

27 de outubro de 2023

Guisande F.C. Veteranos na Liga Masters da AFA


Depois de várias épocas a disputar o Campeonato da Associação de Atletas Veteranos Terras de Santa Maria, desde 2013, o Guisande F.C. Veteranos vai iniciar a Liga Masters sob a tutela da AFA - Associação de Futebol de Aveiro.

Depois de várias épocas desligado da estrutura do futebol no nosso distrito, o clube optou pela regularização da dívida que havia ficado pendente e assim retomar o regresso a competições oficiais. Segundo o presidente da Direcção do clube, Vitor Henriques, a honra do clube será restaurada e para além disso esta competição tem uma melhor organização, com equipas de melhor qualidade e dispõe de árbitros também melhor qualificados, no que será uma mais valia.

Esta Liga Masters também destinada a atletas veteranos engloba 13 clubes. Depois da apresentação da nossa equipa que aconteceu no Sábado passado, 14 de Outubro, contra a congénere do C.D. Feirense, o Guisande vai iniciar a competição já com um dérbi contra a formação do A.D.C. Lobão. Será já neste Sábado, 28 de Outubro, pelas 15:30 horas mo Estádio Oliveira e Santos em Guisande.

Votos de um bom jogo e uma boa época e que o clube continue com a boa dinâmica desportiva para além, da não menos importante, camaradagem.

De seguida as classificações finais das participações do clube na respectiva competição. Note-se que a competição da época 2019-2020 não se disputou devido à situação de pandemia e a época de 2020-2021 foi interrompida à 20.ª jornada,  tendo sido atribuído o título ao S.C. S. João de Ver.

Analisando as competições nos diferentes anos, desde que nelas participou a partir da época 2013-2014, constata-se que o Guisande F.C. Veteranos teve um desempenho francamente regular e positivo.

Época 2022_2023

Época 2021_2022

Época 2020_2021 - Interrompida à 20ª jornada

Época 2018-2019

Época 2017-2018

Época 2016-2017

Época 2015-2016


Época 2014-2015

Época 2013-2014


15 de agosto de 2019

Guisande Futebol Clube - Campos de Jogos - 3


Na sequência dos meus anteriores apontamentos sobre os campos de jogos do Guisande F.C. (aqui e aqui), trago agora à memória o facto de que por Outubro do ano de 1981, por isso dois anos após a entrada ao serviço do Campo da Barrosa, ter corrido na freguesia o "boato" de que o Sr. Manuel Pereira dos Santos, do lugar do Viso, estaria na disposição de oferecer ao clube o terreno necessário para construir o seu campo de jogos de modo a substituir o Campo da Barrosa, este de utilização recente mas com carácter provisório, sujeito ao pagamento de renda mensal e com dimensões reduzidas. O terreno a doar estava localizado no lugar de Cimo de Vila, na encosta norte do Monte da Mó, próximo da localização do actual reservatório de água, ou mesmo ocupando parte do terreno onde agora se implanta essa infraestrutura.

Face a esse "boato", na altura o jovem jornal "O Mês de Guisande" , foi  entrevistar o próprio Sr. Manuel Pereira sobre a veracidade do que pela freguesia se ia dizendo.
Certo é que, conforme se pode ler no extracto acima publicado, o Ti Pereira, como era conhecido, confirmou essa vontade, mas dizendo, com reservas, "...não concordo somente com tantos metros de terreno que a Direcção pretende, pois eles querem as medidas máximas de um campo de futebol, que são 130 por 80 m (10400 m2), o que eu acho exorbitante. Talvez com 7 mil metros quadrados tudo se arranje."
Estas reservas do Ti Pereira indiciavam naturalmente que já existiam contactos com o clube.

Como contrapartida, o Ti Pereira exigia que lhe fosse construída uma estrada que ligasse o lugar do Outeiro (Casa do António da Catana", até ao mato das Fontelas (limite com Cimo de Aldeia - Louredo). Considerava ainda que a abertura da estrada ficaria barata e contaria com o apoio dos demais proprietários confinantes. Todavia, confessava que a sua esposa (Sr. ª Madalena) mostrava-se um pouco hesitante na oferta, já que considerava ser muito terreno.

Ainda na mesma edição do jornal, foi contactado a propósito do assunto, o dirigente do Guisande F.C., David Ferreira da Conceição, na altura com o cargo de Tesoureiro, que confirmava haver contactos nesse sentido com o Ti Pereira e que o clube pretenderia dotar o espaço com todas as condições, incluindo uma pista de atletismo. Louvava assim a atitude do Ti Pereira, como uma oferta que engrandeceria o clube e a freguesia.

Apesar desta vontade e aparente optimismo, certo é que a oferta do terreno nunca se veio a consumar. De resto, em entrevista concedida ao jornal "O Mês de Guisande" em Junho de 1982, o então presidente da Direcção do Guisande F.C., Domingos da Conceição Lopes, dava o assunto como encerrado. Apesar de afirmar que o clube, entusiasmado com a perspectiva do novo campo, já tinha ali desenvolvido trabalhos preparatórios, como o levantamento topográfico e alguns estudos preliminares, certo é que lhe foi comunicado para o clube parar com os trabalhos, pois o terreno não seria cedido, invocando-se como justificação o facto de nem todos os elementos da família estarem de acordo.

O presidente da Direcção afirmou que já tinham somadas despesas de cento e tal contos, valendo ao clube o facto do topógrafo Saraiva (genro do Sr. Abel Correia), não ter cobrado pelo seu serviço, caso contrário sobrecarregaria o clube com uma verba que na época era avultada.
Em resumo, Domingos Lopes ressalvou assim o empenho da Direcção do clube em levar avante essa pretensão de construção do novo campo de jogos, remetendo todas as responsabilidades do fracasso ao Sr. Pereira e sua família.


(acima, localização da zona onde seria o campo de jogos e projecção aproximada da estrada a abrir por exigência do proprietário)

Este foi, pois, um episódio marcante, na história do clube e dos seus campos de jogos. Em todo o caso, analisado o assunto com a distância temporal decorrida, quase quarenta anos, a perspectiva de construção de um campo de futebol no lugar de Cimo de Vila, em terreno na encosta do Monte da Mó, implicaria movimentações de terra bastante significativas para além da abertura de arruamentos que, pelo clube, pela Junta ou Câmara Municipal, ficariam dispendiosos. É certo que por essa altura, ainda sem Plano Director Municipal, poderia ter sido possível a construção, mas posteriormente toda aquela zona veio a ser trancada como florestal e sem capacidade de edificação. 

Assim sendo, o terreno onde hoje poderia existir um campo de futebol continua com mato e algum pinhal, sujeito aos recorrentes incêndios, por isso com pouco ou reduzido rendimento. É certo que parte dele veio uns anos mais tarde a ser vendido à Indáqua para implantação do reservatório de água. Mas, porventura se houvesse uma total vontade por parte da família e concretizada a obra, os terrenos sobrantes e servidos por arruamento teriam agora, eventualmente, um maior valor. Mas como tal nunca veio a consumar-se tudo o que se possa dizer é pura especulação.

Para a história fica apenas esse facto, a vontade de doar o terreno e depois a recusa. E porque o Ti Pereira já por cá não anda para confirmar os verdadeiros motivos, tudo indica que na génese da recusa terá estado essencialmente o diferencial de área, já que para o clube era necessária a área pretendida e para o doador entendia que tal era exorbitante.

O resto é passado.

7 de outubro de 2019

Guisande F.C. - A tremura dos 40



Como por aqui lembrei há algum tempo, o Guisande F.C., mesmo sem estar em actividade oficial e sem corpos dirigentes, mesmo na situação de devedor à Associação de Futebol de Aveiro, é um clube que tem uma história que, mesmo no contexto referido, importaria não esquecer mas antes reavivar.

Ora essa história, em termos oficiais, vai completar 40 anos no próximo dia 31 de Outubro de 2019, já que a sua oficialização jurídica aconteceu em 31 de Outubro de 1979.
Quarenta é um número redondo e por isso sempre mais propício a lembrança e a eventual comemoração. É certo que há sempre quem diga que o clube tem uma história com mais anos. Isso é verdade, como de resto é uma situação comum a muitos outros clubes, mas em termos oficiais e jurídicos o clube prepara-se para fazer 40 anos. Nem mais nem menos. Em termos oficiosos, podemos sempre argumentar que o clube tem mais 10, 15 ou 20 anos, mas em rigor não são conhecidos documentos ou elementos com uma data e a ela agregar algum acontecimento substancial que a determine como fundadora.

Quanto à eventual comemoração dos 40 anos oficiais, lancei o repto  no sentido de lembrar essa data e essa história, eventualmente num simples jantar convívio que reunisse ex-presidentes, dirigentes e associados, no que poderia ser um momento interessante de partilha e confraternização.
Infelizmente, mesmo depois de algumas diligências no apalpar do interesse junto de alguns, a ideia parece não ter despertado atenção nem motivação, o que de algum modo é compreensível face à situação de inactividade.

Assim sendo, e porque até ao momento ninguém demonstrou interesse, nomeadamente pessoas com peso na história do clube, como antigos presidentes e dirigentes que com essa legitimidade poderiam fomentar e organizar uma qualquer cerimónia, por mais informal que fosse, no sentido de dar ao aniversário a importância merecida, parece, pois, que a data vai passar em claro. Pelo menos fica aqui lembrada.

Num contexto de normalidade poderia ser a Junta de Freguesia a promover essa comemoração mas como nesse aspecto temos estado órfãos e reina o desinteresse de quem manda, não será por aí.
É, pois, com pena que se constata esta indiferença, esta falta de massa crítica e dinamizadora do que quer que seja, mas as coisas são como são.  Será a tremura (não ternura) dos quarenta? Será mais do que isso, como uma letargia geral?

Como bom exemplo contrário, o da dedicação e interesse na sua história, o nosso vizinho Caldas de S. Jorge S.C., clube oficial e ligeiramente mais novo que o Guisande F.C., prepara-se para no próximo dia 24 de Outubro comemorar o seu 39º aniversário, em jantar convívio marcada para o restaurante  "Angellus Eventos". Mesmo sem ser um número redondo, outra forma de encarar e preservar a história e, claro, com gente à altura.

28 de julho de 2014

Guisande F.C. - Regresso às competições oficiais?

 

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Na edição desta segunda-feira, 28 de Julho, o jornal semanário “Terras da Feira”, noticia que o Guisande F.C. regressa ao futebol sénior. Informa ainda, e  transcrevemos: "...Jimmy Ribeiro foi eleito presidente do clube e já garantiu que a vontade da direcção vai no sentido de ter novamente uma equipa nos campeonatos distritais. O dirigente admite que tudo está dependente de uma decisão da AFA. "Estou a aguardar uma resposta do organismo que dirige o futebol aveirense, mas tudo indica que temos fortes possibilidades de voltar a ter uma equipa sénior. Vamos ter que fazer um esforço suplementar para que isso aconteça, mas esperemos que o pagamento da dívida não nos seja dificultado pela Associação de Futebol de Aveiro" - revela. A aguardar uma resposta, certo é que Jimmy Ribeiro já encontrou um teinador para comandar a equipa sénior. Trata-se de Carlos Fonseca que na época passada acumulou as funções de treinador e presidente do Romariz."

A ter fé nesta notícia, concluimos que ou andamos desactualizados e desinformados ou então algo está mal explicado ou noticiado. Como é que o Terras da feira pode noticiar que o Jimmy Ribeiro já foi eleito presidente da direcção do clube se por edital de convocatória afixado em alguns locais públicos, está marcada apenas para a próxima sexta-feira, dia 1 de Agosto, uma assembleia geral do clube com a finalidade de apresentação de candidaturas e eleições? Na mesma linha de pensamento, como é que já pode haver treinador escolhido?

Quanto à questão da dívida do clube à Associação de Futebo de Aveiro desconhecíamos a existência desse calote e em que circunstâncias.

Quanto à pretensão de relançamento de uma equipa sénior nas competições oficiais distritais, é sempre de louvar e apoiar quem pretende dinamizar associações e/ou clubes, sendo que, nos tempos que correm e com as sérias dificuldades com que os pequenos clubes regionais se debatem (de resto até mesmo os nacionais), é de supor que será uma tarefa complicada e muito difícil. Para além do mais é questionável nesta altura o interesse que os guisandenses em geral  têm para com o seu clube e para com uma equipa sénior, para mais depois dos útlimos barretes. Mas haja coragem e força de vontade!

Para além do mais, importa não ignorar que já existe uma equipa de veteranos, lançada na época passada, embora dentro de uma competição fora da alçada da Associação de Futebol de Aveiro, e que estava a merecer o apoio e carinho de muitos adeptos. Não seria suficiente à dimensão da nossa freguesia e seus recursos, manter e apoiar apenas a equipa de veteranos? É claro que há lugar para tudo e todos mas importa que uma equipa não seja prejudicada em detrimento de outra e vice-versa.

Finalmente, para concluir, e reconhecendo que desconheço com rigor os estatutos do Guisande F.C., mas sabendo-se que o clube não está activo e por conseguinte não tem corpos gerentes legitimamente eleitos, é de questionar a legitimidade de quem assinou a convocatória bem como a legitimidade de quem irá eleger os novos corpos gerentes sabendo-se que em rigor o clube não tem sócios, porque sócios são aqueles que têm o pagamento de quotas em dia. Confesso a minha ignorância em relação a este assunto mas há questões às quais seria importante responder, porque as coisas feitas de forma correcta e legítima têm sempre outro valor.

Em todo o caso, aparte as questões anunciadas e a confusão ou trapalhada que as mesmas revelam, é positivo e de louvar o interesse e voluntarismo demonstrado pelo Jimmy Ribeiro em prol do clube da nossa terra. Assim consiga reunir os apoios necessários e levar o seu projecto a bom porto..

15 de janeiro de 2014

Guisande F.C. – Veteranos – Jornada 14

 

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Os rapazes do Guisande F.C. receberam no passado Sábado a equipa do Valcambrense mas apesar de muita luta não conseguiram evitar mais uma derrota caseira, desta vez por 3-4.

Na próxima jornada, a 15ª, os auri-negros deslocam-se ao terreno do S. Roque. Caso consigam vencer, ultrapassarão a equipa de Oliveira de Azemeís já que esta na tabela classificativa está um lugar acima e apenas com mais um ponto.

 

Resultados:

Fiães 1 - Lourosa 2
Sanjoanense 3 - Sandinenses 3  (jogo interrompido aos 85m por abandono da equipa Sandinenses)
S. J. Vêr 6 - S. Roque 0
Guizande 3 - Valcambrense 4
Arrifanense 2 - U. Lamas 3
Argoncilhe 2 - Pigeiros 2
Carregosa 2 - Sanfins 2
Serzedo 1 - Cucujães 2
Canedo 1 – Canelas

 

Classificação:

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Próxima jornada (18/01/2014):

S. Roque – Guisande F.C.

 

(fonte e mais detalhes: link)

14 de maio de 2017

Veteranos Guisande F.C. - 27ª Jornada

 
Resultado da 27ª Jornada:

Veteranos Guisande F.C., 1 - Cucujães, 0


Na próxima jornada, 28ª,  folga a equipa do Veteranos Guisande F.C.

9 de fevereiro de 2014

Guisande F.C. – Veteranos – Jornada 18

 

Nesta jornada 18, excelente vitória (1-2) dos rapazes do Guisande F.C. em casa do Fiães. Em face desse resultado positivo a equipa auri-negra saltou na tabela classificativa, ocupando agora o 14º lugar com 10 pontos, portanto com 4 adversários para trás. Em caso de vitória no próximo jogo com o Serzedo e esperando-se um deslize dos adversários próximos (Canedo e Carregosense), poderemos dar mais um salto para cima. A ver vamos.

 

Resultados da jornada 18:

Canelas 1 - Pigeiros 2
U. Lamas 2 - Sanfins 0
Valcambrense 1 - Carregosa 1
S. Roque 0 - Argoncilhe 1
Sandinenses 1 -  Canedo 2
Cucujães 5 - Arrifanense 1
Fiães 1 - Guizande 2
Serzedo 2 - S. J. Vêr 2  ( jogo relativo á primeira jornada )
Sanjoanense 1 - Lourosa 1

 

Classificação:

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Próxima jornada:

Guisande F.C. – Serzedo

 

(fonte e mais detalhes: link)

15 de dezembro de 2013

Guisande F.C. – Veteranos – Jornada 12

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A equipa de veteranos do Guisande F.C. recebeu neste último sábado a equipa do Canelas, o primeiro classificado da tabela, conseguindo um empate e zero.

Diz quem viu, que os auri-negros dominaram o jogo e, para além de bolas aos ferros, foram espoliados em pelo menos duas grandes-penalidades. O Canelas não demonstrou, pelo menos neste jogo, qualidades que justifiquem o lugar cimeiro que ocupa. Garantidamente, os “Tenebrosos” continuam a subir de performance pelo que será natural a subida nos lugares da classificação. Na próxima jornada a equipa do Guisande F.C. visitará a congénere do U.Lamas.

- vídeo do jogo (Luis Bastos)

 

Resultados:

Cucujães 1 - Lourosa 1
Serzedo 2 - S. Roque 1
S. J. Vêr 1 - U. Lamas 3
Guizande 0 - Canelas 0
Arrifanense 0 - Pigeiros 2
Canedo 2 - Sanfins 1
Argoncilhe 3 - Carregosa 3
Fiães - Sandinense - ( Adiado )
Sanjoanense - Valcambrense ( Adiado )

 

Classificação:

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(fonte e mais detalhes: link)

17 de novembro de 2013

Guisande F.C.–Veteranos

 

Guisande F.C.–Arrifanense–03-11-2013 - 1
 
Guisande F.C.–Arrifanense–03-11-2013 - 2

2 de setembro de 2017

Subsídios

Na última reunião de Junta da União de Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande, foi proposto pelo presidente a atribuição de um subsídio de 25 mil euros à Associação Desportiva e Cultural de Lobão, para apoio às obras de colocação de relva artificial e requalificação dos balneários.
Este apoio, depois de analisado e debatido, acabou por ser aprovado por unanimidade. Todavia, pela parte que me toca, como ressalva, considerei a obra importante e como tal merecedora de apoio bem como o valor proposto nem ser exagerado face ao montante a investir, mas fiz notar a discrepância quando comparado ao valor até aqui atribuído ao Centro Social S. Mamede de Guisande para apoio às obras de construção do Centro Cívico.
Para além de tudo, o apoio às obras do centro Cívico faziam parte do programa eleitoral da lista do PSD e assim considero que neste aspecto foi uma promessa cumprida apenas parcialmente.

Na mesma reunião, o presidente propôs a atribuição de um segundo subsídio ao Centro Social de S. Mamede de Guisande para apoio às referidas obras do Centro Cívico, no valor de 5 mil euros. Depois das naturais considerações e debate da proposta, este valor acabou por ser aumentado e aprovado por unanimidade, no montante de 7 mil euros. Em resumo, com o subsídio de 3 mil euros já anteriormente aprovado e concedido, cifra-se assim em 10 mil euros o apoio financeiro concedido ao Centro Social S. Mamede de Guisande para apoio às obras de construção do Centro Cívico.
Na mesma reunião foi ainda aprovado um subsídio de 2 mil euros para apoio à construção de um muro de suporte de terras junto ao arraial da  Capela de Vila Seca - Louredo, o qual foi solicitado pela Comissão Fabriqueira da paróquia de S. Vicente de Louredo.

Tendo em conta os compromissos assumidos aquando da elaboração do programa eleitoral há três anos, obviamente que considero que a verba atribuída ao Centro Social S. Mamede de Guisande é um valor que fica abaixo do que eu tinha perspectivado como um apoio condizente com a importância da obra e do equipamento para a freguesia de Guisande.

Veremos se ainda neste contexto de apoio ao melhoramento de um equipamento desportivo em Lobão, qual será, em contrapartida, o apoio a conceder ao Campo de Jogos do Guisande F.C. pela próxima Junta. Neste mandato, para além de uma ajuda muito positiva na atribuição de materiais por parte da Câmara Municipal, nomeadamente com tintas para pintura dos muros e exterior dos balneários e pó de pedra para a regularização do rectângulo de jogo, o investimento por parte da Junta foi nulo. Em todo o caso, paralelamente a qualquer investimento deverão ser criadas condições para a regular actividade do Guisande F.C., nomeadamente no que se refere ao pleno funcionamento dos corpos directivos, o que para já não acontece.

Quando há três anos aceitei integrar uma lista concorrente à Junta da União de Freguesias, referi publicamente que tinha expectativa e esperança de que dentro da grande asneirada política  do PSD-CDS que foi a reforma administrativa alinhavada por um mau político como o Sr. Relvas, pelo menos a nossa União de Freguesias servisse para aos poucos  serem limadas as diferenças entre as quatro freguesias de União de modo a que o investimento tivesse em conta um acertar de passo no progresso. Infelizmente neste mandato isso ainda não aconteceu, e esta disparidade na atribuição de subsídios bem como nos investimentos feitos em algumas poucas obras, é de algum modo demonstrativa. É certo que pelo meio esta Junta deparou-se com enormes dificuldades financeiras ao ter que cumprir responsabilidades e dívidas herdadas das anteriores Juntas de Guisande e Gião e com a agravante de um mandato encurtado, mas em rigor, e para minha desilusão, foram fracos ou mesmo inexistentes os sinais dados nesse sentido. Acredito, contudo, que com as contas regularizadas e a casa arrumada, qualquer Junta que venha a sair das eleições de 1 de Outubro próximo terá bem melhores condições para o fazer. Resta saber se existirá a vontade.

10 de agosto de 2019

Guisande Futebol Clube - Campos de Jogos - 2


Retomando os apontamentos à volta dos campos de jogos no historial do Guisande F.C., no anterior artigo referimos que o Campo de Jogos "Oliveira e Santos" foi inaugurado  em 2 de Novembro de 1986. Todavia, as obras realizadas até àquela data foram as estritamente necessárias para as condições mínimas na altura exigidas. Por conseguinte, depois dessa importante data, o campo de jogos, tal como o conhecemos hoje, foi resultado de várias obras durante diversos mandatos e dinamizadas por diferentes corpos gerentes.

As obras iniciais não foram fáceis porque desde logo as verbas então existentes eram escassas, como na altura, em Julho de 1985 o então presidente da Direcção, Sr. Manuel Tavares, dava conta em entrevista concedida ao jornal "O Mês de Guisande". 

De facto nesse mês de Verão, as obras iniciaram-se com a terraplanagem do terreno, realizada pelo empreiteiro de Paços de Brandão, Sr. Firmino Gomes, cujos trabalhos custaram 350 contos, mas tendo sido interrompidos porque não havia mais dinheiro. Em concreto existia numa conta do Banco Espírito Santo a quantia de 200 contos transitada da anterior Comissão de Obras e angariada para o campo de jogos anteriormente previsto noutro local da freguesia, mas cujo negócio deu em "águas de bacalhau" ou mesmo como então disse Manuel Tavares "...já haviam existido duas oportunidades para se criar campos de futebol e como é sabido ambas deram em fiasco e de uma maneira esquisita".

Como fonte de receita para as restantes obras necessárias à mudança de casa, Manuel Tavares esperava o apoio e colaboração da população, emigrantes, Junta de Freguesia e ainda da Câmara Municipal com o fornecimento de material e seu transporte.
Apesar dos constrangimentos financeiros face às necessidades da obra, o presidente da Direcção do clube dizia que "...isto não é para parar mas sim para prosseguir a todo o gás".

Como curiosidade do que Manuel Tavares declarou na referida entrevista ao jornal "O Mês de Guisande", as ideias ou projectos para o novo campo de jogos, incluiriam uma pista de atletismo e balneários subterrâneos. Ainda uma bancada central.
Estas boas ideias, excepto a bancada central, nunca vieram a ser concretizadas. Obviamente que o homem sonha e a obra nasce, diz o poeta, mas sem dinheiro e recursos as coisas ficam apenas pelos sonhos. Foi o que aconteceu. Em todo o caso, o Campo de Jogos tal como existe é de qualidade significativa e obviamente que custou muito do esforço da freguesia no seu todo.

A par das dificuldades financeiras da época, surgiram problemas com os aspectos legais do terreno doado pelo Sr. Américo Pinto dos Santos e sua esposa Maria Angelina Oliveira Gomes. A Câmara Municipal ter-se-á comprometido a tratar da legalização predial, nomeadamente junto das Finanças e depois na Conservatória do Registo Predial, pelo que seria complicado avançar-se com obras sem a doação estar devidamente formalizada e o terreno no nome do clube. 

Assim, de modo a adiantar o andamento das obras, em declaração que a seguir transcrevemos, e que na altura foi publicada no jornal "O Mês de Guisande", os doadores passaram um documento no qual declaram pública e oficialmente que "...para os devidos e efeitos legais, oferecem ao Guisande Futebol Clube uma parcela de terreno , sita no lugar do Reguengo, freguesia de Guisande, concelho da Feira, com a área de 12 mil metros quadrados, destinado ao campo de futebol do clube acima citado, não podendo a colectividade dar outro uso que não seja para o fim destinado e acima mencionado".

Mais declararam que o clube assim poderia dar início às obras que fossem destinadas à construção do campo de futebol e que desde essa data seriam da responsabilidade do clube. Mais ainda, que oportunamente, logo que as Finanças indicassem o Nº da inscrição matricial, formalizariam a doação por escritura notarial.
Esperamos vir a ter a oportunidade de publicar por aqui a escritura de doação. Para já, o recorte da publicação no "MG" da referida declaração.


Como se vê, no contexto das histórias relacionadas aos campos de jogos do Guisande F.C., há vários apontamentos de interesse e que se não forem anotados obviamente que acabarão por caír no esquecimento da nossa memória colectiva.

Voltaremos ao assunto.

26 de agosto de 2019

Escola do Viso em reconstrução



Como se sabe, na actualidade o edifício da Escola Primária do Viso, depois de ter ficado devoluto, sem comunidade escolar, acabou por ser integrado no Centro Cívico, onde o Centro Social S. Mamede de Guisande desenvolve as suas actividades, embora estas ainda a "meio gás" por falta da decisão da Segurança Social relativamente ao programa de apoio, no que tem sido uma falta grave do poder político, mantendo, por interesses de cativações orçamentais, num impasse o acordo inicialmente aprovado. Adiante.

Como se percebe, este emblemático edifício, sobre o qual já aqui temos falado, nomeadamente sobre aspectos relacionados à sua origem, foi sendo alterado na sua configuração, sobretudo ao nível da cobertura e da zona dos alpendres dos recreios, bem como, naturalmente, da zona envolvente.

Recuando um pouco no tempo, e consultando o arquivo do jornal "O Mês de Guisande", ficamos a saber que pelo ano de 1985 o edifício entrava em obras de requalificação, depois de muito tempo de reclamação por parte dos professores quanto às suas precárias condições. Manuel Alves, então o presidente da Junta de Freguesia de Guisande, desculpava o executivo pelo facto de tais obras serem da responsabilidade da Câmara Municipal e que esta tardava em resolver o assunto apesar da pressão que sobre ela mantinha desde há dois anos antes (No passado como na actualidade, Guisande esquecida e ignorada pelo poder político).

Como se pode ler pelo recorte do jornal "O Mês de Guisande" na edição de Setembro de 1985, as obras constavam essencialmente de colocação de soalho novo, uma placa no tecto, reconstrução da cobertura e sua estrutura, passando a mesma das "quatro-águas" originais para "duas-águas", bem como obras nos recreios e remodelação das instalações sanitárias. Também se previa a substituição do mobiliário. Manuel Alves previa que a Câmara Municipal gastaria com tais obras pelo menos dois mil contos.

Todavia,bem à portuguesa, porque não se planearam as obras para o período de férias, perspectivava-se que as mesmas não estariam concluídas antes do início do ano lectivo pelo que se colocou a necessidade de arranjar provisoriamente um local alternativo para o funcionamento das duas salas de aulas.  O presidente da Junta informou que o Sr. Manuel Tavares, no Viso, então presidente do Guisande F.C., poderia vir ceder por algum tempo, até à conclusão das obras, o edifício da sua habitação, que na altura estava em fase final de construção mas ainda não habitado. Porém, tal não se veio a concretizar, porque tal proposta não foi aceite pelo Sr. Tavares.

Como alternativa, o presidente da Junta indicou o Rés-do-Chão do recém construído edifício da Junta de Freguesia de Guisande, no lugar da Igreja. Assim, em 30 de Setembro de 1985, teve lugar uma reunião com a presença  do Delegado Escolar, Sr. Carlos Tenreiro e o Director da Escola do Viso, Sr. Prof. Carlos Alberto Letra, a fim de serem analisadas as condições do local para funcionamento das aulas, ainda que de modo provisório. O Sr. presidente da Junta na altura não pode estar presente mas deixou as chaves. 

O parecer dos responsáveis escolares foi negativo já que consideraram que a instalação tinha reduzida luz e ventilação naturais e um pé-direito baixo. Visitaram de seguida o piso superior e concluíram que ali existiam condições para a alternativa de funcionamento das aulas. No entanto esta escolha acabou por não agradar à Junta, que a recusou, justificando vários inconvenientes, pelo que uma vez mais surgiu a necessidade de uma nova alternativa. 

No início de Outubro, a solução acabou por ser sugerida à Junta de Freguesia pelo Sr. Professor Carlos Alberto Letra e localizava-se no lugar do Viso, no edifício pertencente ao Sr. Mário Sá, na ~então emigrante na Venezuela, cuja esposa, a Srª Cecília Almeida, na altura era funcionária da Escola Primária do Viso e daí ter sugerido a possibilidade ao director escolar. Contactado o Sr. Mário Sá, este concorda em ceder a Cave da sua habitação, ampla e espaçosa, e a Junta é posta ao corrente desta opção, concordando com a mesma e garantindo os trabalhos da instalação do mobiliário ematerial necessário às aulas.

Entretanto, pela freguesia foram surgindo algumas insinuações negativas de que a Sr.ª Cecília Almeida teria algum interesse em ceder a casa pela cobrança da renda (falava-se em 20 mil escudos mensais). Porém tal não correspondia à verdade já que a intenção e disponibilidade de empréstimo do espaço da Cave da habitação era a título gratuito, apenas sob a justa condição de no final serem garantidas as mesmas condições de conservação aquando da posse, caso se registassem alguns estragos.

Para esclarecer este assunto e sanar as insinuações, a Junta de Freguesia passou uma declaração assinada pelo seu presidente, pelo Delegado Escolar e pelos professores da Escola do Viso, atestando a cedência a título gratuito. Como contrapartida a Junta comprometia-se a pagar a correspondente factura da electricidade e reparar ou pintar o espaço caso fosse necessário, devolvendo-o aos proprietários nas mesmas condições à data da sua posse.

Para reforçar este assunto, a Direcção da Escola do Viso Nº 2 - Posto Telescola Nº 666, emitiu uma circular dirigida aos pais dos alunos agradecendo publicamente a cedência do espaço para funcionamento da escola provisória  ao Sr. Mário Sá e esposa. Solicitava ainda aos pais dos alunos para instruírem e sensibilizarem os filhos quanto à importância da máxima conservação do espaço de modo a não causarem estragos e prejuízos. 

O início das aulas foi então programado para o dia 7 de Outubro mas a Junta acabou por não assegurar a mudança do mobiliário até à data, pelo que só no dia seguinte foi possível arrancar com as aulas.

Pelas previsões da Câmara e da Junta de Freguesia, as obras de requalificação da Escola do Viso teriam uma duração de 15 a 30 dias mas certo é que as mesmas se foram prolongando e pelo final de Outubro o prognóstico já apontava para a proximidade do Natal. Por outro lado, o empreiteiro era ainda menos optimista e informava o director da Escola que previa o final das obras apenas para Abril do ano seguinte (1986).
Esta situação naturalmente não agradava aos professores e aos pais já que as aulas decorriam num espaço improvisado, sem as condições adequadas e a insatisfação e críticas começaram a ser dirigidas à Junta de Freguesia, por sua vez também acossada pela oposição.

As obras de facto não foram realizadas até ao Natal, mas não se prolongaram até Abril como tinha sido previsto pelo empreiteiro, tendo, sim, sido dadas como terminadas em Fevereiro de 1986. A mudança para a escola renovada aconteceu precisamente no dia 26 de Fevereiro desse ano. Terminara, pois, um período de funcionamento em local provisório que durou quase cinco meses.

Esta situação certamente que hoje já não é lembrada por muitos, mas aconteceu e faz parte do historial deste emblemático edifício que diz muito a várias gerações de guisandenses.

28 de setembro de 2023

Marinho Ferreira Coelho - Gente nossa

Dizem-nos na rede social Facebook, que o Marinho Ferreira Coelho está de parabéns neste dia! Pois que se repita de forma feliz por muitos mais anos junto dos seus. Dizem que faz setenta e picos pois nasceu em 28 de Setembro de 1947. Um jovem.

Filho de Maria Rosa Ferreira Coelho, e de pai incógnito, é neto materno de Joaquim Ferreira Coelho e de Maria Rosa de Jesus. Tem vários irmãos de que conheço o Delfim, a Emília, esposa do Abel Rodrigues de Paiva, o António, a Cisaltina e a Isaura, esposa do Fernando Santiago. A sua mãe veio a casar com Delfim Pinto dos Santos.

Pessoalmente, mesmo que um pouco mais novo, tenho por ele uma elevada estima e consideração porque reconheço e valorizo  o seu papel de cidadania na sua e nossa freguesia. Tem os seus defeitos, pois tem, e quem os não tem, começando por mim? mas tem mais virtudes e estas é que pesam na balança do deve e haver. 

Se não estou atraiçoado pela memória, ainda me lembro dele, novo, quando chegava com a sua mota a Casaldaça quando já namorava a sua esposa, a Felisbela (casaram a 31 de Agosto de 1974), quando ela vivia com a sua família junto ao caminho que é hoje a Rua da Fonte. Quando ali passava em recado à mercearia da Senhora Amélia, ficava eu a admirar aquela moto que na altura me parecia imponente. De resto, já com o Marinho com toda aquela altura, que ainda hoje tem, não ficaria bem em qualquer motorizadeca. Logo só mesmo uma moto. De resto, do seu porte físico, recordo-me de em algumas situações comunitárias impor o seu respeito e era homenzinho para pegar nalgum desordeiro pelas golas e pô-lo no olho da rua.

Sei que fez pela vida e esteve emigrado por terras de França, onde lá terá nascido a sua filha a Carina, que assim é francesa. Voltou passados uns anos e tomou conta do pequeno negócio do Joaquim Ferreira Coelho, que vendia adubos, sementes, rações e pesticidas, mas que logo tratou de ampliar e dinamizar e hoje é um bom estabelecimento que explora com o seu filho Filipe, servindo toda a freguesia de Guisande e não só, num apoio imprescindível ao cultivo das terras, alimentação de animais, sementes e tratamento de plantas e muito mais, numa grande variedade de produtos e artigos.

O Marinho foi sempre uma pessoa envolvida com a freguesia fazendo parte do Guisande F.C. um seu  interessado sócio, adepto e patrocinador. Para ele pintei no campo de jogos do Guisande F.C. um painel publicitário à  sua loja. Já passaram pelo menos 35 anos. Também pintei a inscrição que tinha na fachada do seu estabelecimento, no tempo em que os números dos telefones tinham 6 algarismo.

Marinho Ferreira Coelho também se envolveu na política a nível da freguesia,  tendo sido tesoureiro da Junta de Freguesia de Guisande no mandato de 1993/1997, trabalhando com o Manuel Ferreira (presidente) e o Rodrigo Correia (secretário). No mandato anterior, de 1989 a 1993 foi presidente da Assembleia de Freguesia. Não era político mas apenas um interessado no desenvolvimento da freguesia e por isso, avesso a certas coisas da política, optou por não continuar.

Por tudo isto e não só, o Marinho Ferreira Coelho, mesmo com aquele ar de quem está zangado com ele próprio e com o mundo, é uma alma generosa, e creio, a avaliar pelos sinais dos seus, um bom marido, um bom pai e avô. Ainda, como eu, adepto do Benfica. Merece o nosso reconhecimento por em diferentes tempos ter dado o seu contributo à nossa freguesia e comunidade, continuando a ser um guisandense de corpo e alma apesar de ter feito casa e estabelecido o negócio ali no limite com Lobão, o que para ele e para nós é irrelevante. 

Parabéns, pois, Sr. Marinho e que venham mais anos e bons junto dos seus e de todos nós!

27 de janeiro de 2021

Nota de falecimento

 


Faleceu Manuel Rodrigues de Paiva, de 78 anos de idade (20 de Novembro de 1942 - 27 de Janeiro de 2021). Natural de Romariz, vivia no lugar de Casaldaça - Guisande.

O funeral, com as condicionantes decorrentes do estado de pandemia, terá lugar na Quinta-Feira, dia 28 de Janeiro de 2021, pelas 16:00 horas, com cerimónias na Igreja Matriz de Guisande, indo no final a sepultar em jazigo de família no cemitério local.

Foi uma figura com relevante intervenção cívica na freguesia de Guisande, tendo sido dirigente e presidente do Guisande F.C., sendo uma das figuras marcantes na fundação oficial do clube e da construção do Campo de Jogos "Oliveira e Santos". Foi Secretário da Junta de Freguesia de Guisande, depois das eleições autárquicas de 16 de Dezembro de 1979, e ainda, em diferentes mandatos, elemento da Assembleia de Freguesia de Guisande, em representação do PSD e também da FJI - Força Jovem Independente no mandato de 1989/1993.

Que descanse em paz! Sentidos sentimentos a todos os familiares.

14 de outubro de 2023

Trail do Viso - 29 de Outubro de 2023

Conforme já por aqui anteriormente divulgado, o Guisande F.C. e a sua secção de trail running, com o apoio do município e da Junta de Freguesia, vai organizar uma prova de trail e caminhada, designada de Trail do Viso - Guisande.

Será no dia 29 de Outubro de 2023, no Monte do Viso, na parte da manhã.

De acordo com a organização, é um evento desportivo com duas vertentes, um trail com cariz competitivo (16 quilómetros) e uma caminhada (8 quilómetros) com cariz recreativo, que permitirão aos participantes partir da capela do Viso em Guisande e percorrer vários locais da freguesia.

Neste trail e caminhada podem participar atletas individuais ou atletas inscritos em qualquer associação do país, organizações populares ou escolas cuja inscrição tem um custo, atenuado com a contrapartida de oferta dos chamados kits que no caso engloba  uma tshirt, caneta, bloco de notas, medalha, abastecimento, seguro, etc.

Em rigor é uma prova de atletismo na variante de corta-mato, a que modernamente se prefere designar de trail, já que normalmente integra alguns elementos ditos mais técnicos. 

Nestes moldes modernos será a primeira vez em Guisande, sendo que provas de atletismo já tiveram lugar na nossa freguesia, não sendo por isso novidades, então organizadas pelo Centro Cultural e Recreativo "O Despertar", sobretudo na década de 1980, tendo sido realizadas pelo menos uma dúzia de provas, algumas delas com localização precisamente no Monte do Viso e a envolver várias centenas de atletas.

Na actualidade este tipo de provas, onde se paga para participar, como é o caso, que dizem ser lucrativas, são bastante populares e concorridas e quase todas as freguesias as promovem. É, pois, positivo que a nossa freguesia também tenha a sua, pois é uma forma de mostrar as suas potencialidades de paisagem e percursos e de incentivo à prática do desporto nesta modalidade de corrida.

Os pormenores e inscrições (ainda até 25 deste mês de Outubro) podem ser consultados e realizadas no endereço traildoviso.com.


Nota à margem e esclarecimento posterior:

Já depois de publicado o artigo acima, alguém me confidenciou que alguns termos contidos no artigo acima não terão caído bem no seio do grupo organizador do evento, nomeadamente a referência ao lucro.

Antes de mais, e por consideração aos elementos do grupo, sobretudo dos que tenho como amigos e melhor me conhecem, lendo e relendo não encontro objectivamente nada que em consciência veja como negativo para quem quer que seja. Reconheço que, para o bem e para o mal, tenho um sentido crítico muito pessoal no que escrevo, que pode não ser do agrado de todos, porque todos têm direito a opinião contrária, mas procuro sempre nunca desconsiderar ou ofender as pessoas, sobretudo as que tenho em boa conta.

A referência ao lucro foi meramente generalista e só por si não é negativa, pois a qualquer evento organizado espera-se que dê lucro ou pelo menos não prejuízos. Por exemplo, da nossa Festa do Viso espera-se trabalha-se para que dê lucro. Ora no caso deste evento, sabemos perfeitamente, nem foi preciso dizê-lo, que eventuais lucros serão para apoiar as actividades do grupo. Por isso por uma causa fundamentada e daí nada de censurável. Não vejo como o que escrevi pudesse colocar isso em causa.

Além do mais, sabemos todos, e sei eu por experiência própria, que o nosso envolvimento nestas causas colectivas e de cidadania em rigor só dão perda de tempo e prejuízo pessoal e não raras as vezes até ficamos com a fama e sem o proveito. Por conseguinte, ali no grupo do Guisande Trail há muito trabalho e dedicação, tantas vezes invisível, que naturalmente ficam sem qulquer compensação para além da satisfação pessoal.

Por outro lado, mesmo que não tenha dado foco ao trabalho e dedicação de alguns que têm tido, sobretudo na preparação dos trilhos florestais, porque informado, reconheço esse esforço, mesmo que o não publicite, nem é essa a questão. Quando nos metemos em qualquer causa e organização é normal que a ela nos dediquemos, sobretudo quando é algo de que gostamos e sem esperar por publicidade. Ninguém se mete em trabalhos por causas que não aprecia.

Por outro ainda, as referências às antigas provas de atletismo na nossa freguesia foram apenas contextuais e são factuais e a sua referência não reduz nem apouca em nada o mérito, diferença e até originalidade da que agora se propõe realizar. Apenas foi escrita para vincar que isto de provas de corridas em Guisande não é de facto novidade. Houve-as no passado e com centenas de participantes. Claro que dos mais novos ninguém se recorda delas (porque essencialmente nas décadas de 70 e 80) e daí a minha referência para quem tenha este próximo evento como novidade na freguesia. Quem se melindra por isto ser lembrado? A história existe para ser recordada e não esquecida.

Assim, e apesar de em consciência não ter tido qualquer intenção de apoucar ou desconsiderar a prova e os organizadores, gente que tenho em consideração e mesmo alguns como amigos, não me custa pedir aqui desculpa por eventualmente ter dado azo a qualquer má interpretação ou mal entendidos.

Finalmente, mesmo que nela não participe, como nunca participei em nenhumas outras, apenas por não ter espírito competitivo e por um princípio pessoal de que não quero pagar para correr e caminhar, seja em que lado for, a não ser por uma causa social que entenda como justificada e superior, desejo naturalmente o êxito do evento e que seja bem participado e que pelos melhores motivos tenha continuidade no futuro. 

E sim, parabéns aos organizadores e organização!

25 de fevereiro de 2014

Guisande F.C. – Veteranos – Jornada 20

 

Nesta jornada 20, os rapazes de Guisande deslocaram-se a reduto da Sanjoanense tendo averbado uma derrota por 2-0. Já se esperava que o jogo fosse difícil pelo que não houve qualquer surpresa para o nosso lado.

Na próxima jornada, a 21ª, a equipa do Guisande F.C. recebe o S. João de Ver, actual segundo classificado pelo que se espera mais um jogo difícil mas certamente com muita luta por parte da nossa equipa.

 

Resultados:

U. Lamas 3 - Canelas 1
Valcambrense 3 - Pigeiros 3
S. Roque 2 - Sanfins 1
Sandinenses 3 - Carregosa 2
Cucujães 2 - Argoncilhe 1
Fiães 1 - Canedo 2
Serzedo 5 - Arrifanense 1
Sanjoanense 2 - Guizande 0
S. J. Vêr 1 - Lourosa 0

 

Classificação:

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(fonte e mais detalhes: link)

12 de outubro de 2021

Guisande F.C. Veteranos


Depois do interregno devido à pandemia da Covid-19, a equipa do Guisande F.C. Veteranos está de regresso ao Campo "Oliveira e Santos" , aos jogos de futebol e ao convívio.

Neste Sábado passado, houve jogo treino , com vitória por 2-1, contra a equipa do Cucujães.

Antes disso, um trabalho de equipa na limpeza e preparação do rectângulo de jogo e espaços envolventes.

Entretanto o grupo arrancou com a campanha de angariação de Amigos dos Veteranos de Guisande, por 5 euros por época desportiva, com habilitação ao sorteio semanal, de Outubro 2021 até Junho de 2022, de um conjunto de suplemento alimentar composto por 1 queijo, salpicão e chouriço. Uma forma saudável de ajudar o grupo.