25 de março de 2019

Dois meses sem "fumar"

É isso mesmo. Passaram já dois meses sem "fumar" no Facebook. Sem ressaca, sem sacrifícios. Contudo, não significa que um dia destes não volte a "fumar". Afinal, para além da muita "fumarada" tóxica que por lá anda, há ainda algum campo aberto e algumas, poucas, zonas sem "fumadores" onde ainda é possível respirar.
Em todo o caso, a juntar às desconfianças que pessoalmente tinha com a maior rede social do nosso planeta, as mesmas têm-se agravado. Ainda na semana passada assisti a um documentário iniciado agora no canal Odisseia sobre "As mentiras do Facebook", produzido com material inédito e entrevistas exclusivas, em que são abordados os recentes escândalos sobre a proliferação das “fake news” e dos discursos de ódio. Procura-se apurar se o Facebook é mais prejudicial que útil numa altura em que a rede é utilizada mesmo por agências governamentais (sobretudo Estados Unidos, China e Rússia), mesmo que não assumidas, para interferir em eleições, instalar e derrubar governos, despoletar revoluções e movimentos geo-políticos e sociais. 

Será, pois, essencialmente um mar de rosas, onde partilhamos as nossas vaidades e os nossos egos, ou um mundo escuro e perigoso em que já não se pode confiar, onde somos vigiados e sugados dos nossos interesses e perfis de consumo?
As respostas não são fáceis nem claras, tanto mais que por parte da empresa, a inoperância ou mesmo o desinteresse em combater e limitar os danos têm sido demonstrativos. E isso porque, apesar do seu já cansado slogan (um planeta mais e aberto e ligado), a verdade é que a missão principal é apenas empresarial e como tal, dela, o lucro. O lucro é a principal missão do Facebook. O resto, os milhares de milhões de utilizadores são apenas números e dados que valem dinheiro.

Face a isto, importa ter cuidados acrescidos na forma como nos relacionamentos com estas redes sociais já que, se não cuidarmos de nós, não é o Facebook e suas congéneres que o farão. É certo que não há muito a fazer, porque cada vez mais vigiados e manietados face à nossa dependência por estas tecnologias, mas ainda podemos, pelo menos, limitar os estragos. Uma forma de o fazer é deixar, mesmo que periodicamente, de frequentar essas salas de "charros" ou de "chuto" e não alinhar nem dar como certo e verdadeiro, enfim, comestível, tudo o que nos põem no prato com aspecto de saboroso.

A luz se apaga mais depressa do que se acende

Faz hoje, 25 de Março, precisamente um mês após eu ter escrito ( aqui ) um apontamento sobre a questão das deficiências na iluminação pública na nossa freguesia. Precisamente nessa altura, a título particular usei a ferramenta online da EDP Distribuição para dar conta de uma série de lâmpadas desligadas, fundidas ou avariadas. Certo é que apesar desse meu gesto de cidadania, passado o tal mês ainda nenhuma das situações então reportada foi corrigida ou reparada. É claro que com este tipo de consequência, é escusado perder tempo a dar conta de outras situações. É chover no molhado.

Não há volta a dar! Este tipo de empresas e a forma como funcionam (ou não funcionam) são formatadas para não dar respostas e os contactos são confinados a canais automáticos sem qualquer toque pessoal. A reclamar, reclamamos para uma máquina, para um algoritmo. Não têm quem fiscalize situações de avarias e remetem essa tarefa para os particulares mas, mesmo assim, são fracos a dar respostas e a reparar.

Assim sendo, continuamos parcialmente ás escuras e basta dar uma volta rápida pela freguesia para contar largas dezenas de postes com lâmpadas desligadas, fundidas ou avariadas, algumas em locais de bastante trânsito e mesmo em curvas e cruzamentos.

22 de março de 2019

Peão das nicas

Porque perto, e porque faz bem à saúde e à carteira, tenho ido para o trabalho a pé. Por conseguinte, mesmo sendo curto o percurso, atravesso pelo menos duas passadeiras de peões. 

Acontece que mesmo tomando todas as precauções e seguindo a velha recomendação do pare, escute e olhe, como nos ensinaram há muitos anos através de campanhas da Prevenção Rodoviária Portuguesa, ao atravessar as respectivas passadeiras tenho-me confrontado com situações de desrespeito por parte dos automobilistas. É verdade que uma das passadeiras, colocada em cima de uma curva fechada, não ajuda nada e é uma autêntica ratoeira, mas, em suma, a larga maioria dos automobilistas está-se literalmente a cagar para os peões e não surpreendem as recorrentes notícias de atropelamentos nas passadeiras, mesmo com consequências mortais.

É certo que importa aos peões cumprirem os procedimentos de segurança de aproximação e atravessamento, o que nem sempre se verifica, mas de facto constata-se esta falta de respeito quase generalizado por parte dos automobilistas. A educação rodoviária e sobretudo cívica nunca foram o nosso forte. Somos todos pilotos aceleras e com o pé pesado e uma vez ao volante, "...os peões que se fodam e tenham cuidado".

É o que temos.

18 de março de 2019

Nota de Falecimento


Faleceu Maria da Ascensão Ferreira das Neves, de 84 anos (20 de Outubro de 1934/18 de Março de 2019), viúva de Custódio Alves dos Santos, de Cimo de Vila, Guisande.
Chegada do corpo à sua residência na Rua Nossa Senhora da Boa Fortuna, nº 526, amanhã, Terça-Feira, dia 19 de Março, pelas 10:00 horas, onde decorrerá o velório. O funeral ocorrerá no mesmo dias pelas 14:45 horas, na igreja matriz de Guisande, indo no final a sepultar em jazigo de família. 
Sentidos sentimentos a todos os seus familiares, de modo particular a seus filhos. Paz à sua alma! Que descanse em paz!

17 de março de 2019

3ª Noite da Francesinha - Centro Cívico



Decorreu ontem, Sábado, 16 de Março, a 3ª Noite da Francesinha no Centro Cívico, no Monte do Viso, promovida pelo Centro Social. 
Estava muito boa, pelo que certamente todos os que ali foram jantar ficaram satisfeitos. Para os menos apreciadores, a alternativa do "Prego em Prato", igualmente saboroso e bem aviado.
Uma forma interessante de ajudar os objectivos do Centro Social, na angariação de fundos para as despesas correntes, para além do sempre desejável convívio à mesa.

Parabéns a quem colaborou e ajudou. Ficamos à espera do 4ª edição.

12 de março de 2019

Veteranos do Carrasqueira, 2 - Belenenses SAD, 2

Sabemos que o futebol é pródigo em surpresas e em anedotas. O Youtube está repleto desses momentos. Todavia, quando num jogo de extrema importância, com a casa cheia, contra um adversário de valia que já foi do Belenenses, um clube chega à vantagem de dois golos, já na segunda parte, e depois em escassos minutos comete duas gordas fífias, duas infantilidades, que já seriam anedóticas num jogo de iniciados ou de veteranos barrigudos, a ponto de se deixar empatar e com isso perder a possibilidade de continuar isolado no primeiro posto da classificação, não tem desculpas. Mais do que isso, não merece que o mais humilde adepto, mesmo que recostado sem custos no seu sofá, perca tempo e fique desconfortável com esse balde de água fria que até os rivais surpreendeu. 
Pode-se perdoar um ressalto que se desvia, um corte involuntário, etc, etc, mas asneiras como as que fizeram o guarde-redes e o defesa central do Benfica não têm justificação a este nível e um clube que assim desperdiça uma vitória numa altura crucial da competição só pode merecer não ganhar merda nenhuma. Há mínimos, até porque acreditava eu que tínhamos esquecido a derrota em Portimão por 2-0 sem que o adversário tenha marcado qualquer golo.
O Youtube não precisava de mais estas pérolas. Vão-se foder!

10 de março de 2019

Histórias do feijoeiro de sete anos

Estamos já em plena Quaresma, um tempo que a Igreja Católica vive como preparação para a Páscoa. Depois das carnavaladas da última Terça-Feira, este período quaresmal teve início com a Quarta-Feira de Cinzas.

Apesar desta realidade e do Carnaval estar íntima e tradicionalmente ligado à religião, certo é que com o interesse comercial e mediático das folias, no Domingo de hoje são vários os corsos carnavalescos que saem à rua já que devido ao mau tempo foram adiados do dia próprio, nomeadamente o de Ovar e mesmo na aldeia nossa vizinha de Caldas de S. Jorge.

São, pois, diferentes estes tempos em que a vivência da religião já não é coisa que preocupe consciências e o que vale e manda são os ritmos do entretenimento, sejam eles adequados ou não à ocasião ou certas agendas.
Hoje o que manda é o parecer e não o ser. Em todo o caso, e como a merda seria a mesma, porque não adiar a festividade do Carnaval para um dia de Verão onde em teoria o tempo seria mais adequado às folias? Afinal, o que conta é que se faça e não a data. De resto até teria lógica face à lógica da conveniência.

Quanto ao feijoeiro de sete anos, acabamos por não ter tempo para falar sobre ele. Fica para outra altura, que hoje volta a ser Carnaval.