27 de outubro de 2019

Nota de falecimento

Faleceu Irene Conceição Alves dos Santos, de 77 anos. Natural do Viso - Guisande, esposa de Fernando Gomes de Fontes, residentes em Milheirós de Poiares.

Velório na capela de S. Geraldo, em Milheirós de Poiares na Quarta-Feira, dia 30 de Outubro de 2019, com chegada do corpo às 10:00 horas.
O funeral será no mesmo dia, pelas 16:00 horas com cerimónias na igreja matriz de Milheirós de Poiares, indo no final a sepultar no cemitério local.

Sentidos sentimentos a todos os seus familiares, de modo particular a seu marido, filhos, irmãos e irmãs.
Que descanse em paz!

"Retratos" em tons de cinza

Por estes dias estive em conversa com um casal da freguesia do Vale. Depois de vários anos entre França e Suiça e já com filhos por lá instalados, regressou de vez à sua terra, o que aconteceu já há alguns meses. Mas a esposa, disse que estava já quase decidida a regressar à Suiça, porque não se estava a adaptar a uma vida demasiado tranquila, desocupada, numa freguesia que "parou no tempo", com menos dinamismo que há anos atrás e em que o desenvolvimento parece ter parado, com os mesmos problemas de há anos por resolver, os mesmos buracos na rua por tapar, as mesmas obras ou melhoramentos por fazer e qualquer coisa de estrutural nem sequer equacionada. Enfim, "uma tristeza de sítio", lamentava-se. O marido, pouco falou, encolhendo os ombros, mas com ar de quem concordava.
Ainda os procurei animar, dizendo que deviam aumentar o círculo de amizades, envolver-se nas coisas e causas da freguesia e da comunidade, para se sentirem úteis e com interesses, mas parece que não os convenci. Daqui a poucas semanas estarão de regresso a outras paragens, fechando mais uma casa a juntar a muitas outras com os estores descidos.

Este "retrato" pelo casal "pintado", referente ao Vale, poderia igualmente ser "pintado" com as mesmas cores por um qualquer casal de Guisande, de Pigeiros ou de outras pequenas freguesias que já no anterior sistema tinham imensas dificuldades em resolver as necessidades mais básicas e prementes, mas que uma vez forçadas a uniões de freguesias indesejadas, têm visto agravar-se as dificuldades, com um óbvio distanciamento entre os eleitos e os eleitores, mesmo que nos slogans eleitorais se fale em proximidade, a par de danos graves no desrespeito pela identidade e cultura intrínsecas de cada freguesia.

As freguesias cabeças de união tendem naturalmente a chamar a si o grosso do investimento e a olhar com ares de superioridade para os seus umbigos enquanto que as outras, as pequenas, estão no fim da fila das preocupações, à espera do último ano de mandato para verem algum alcatrão. É claro que as coisas mesmo neste contexto de orfandade poderiam ser diferentes, mas não tem havido mandantes com visão equitativa  à altura e as boas vontades manifestadas em sorridentes campanhas eleitorais desvanecem-se logo nos primeiros dias da gestão. 

No caso da freguesia do Vale, rica de tradições e de boa gente, até há alguma identidade preservada  em associações como a centenária Banda Marcial, o Rancho de Pessegueiro, etc, mas no caso de Guisande o esvaziamento tem sido notório e mesmo com uma falta de desconsideração objectiva traduzida numa total inoperância, num nada fazer. Em rigor a Junta de Freguesia tem servido apenas para ajudar a enterrar os mortos e pouco mais. Dos vivos e das suas necessidades não tem tratado. Faltam dois anos para o final do mandatoe quando a importância dos votos começar a fazer sentido, alguma coisa será feita, mas até aqui o marasmo tem sido sepulcral. 

A própria situação do Centro Social de Guisande, com a sua "vida" suspensa por decisões e apoios prometidos que tardam, ajuda a realçar a desmotivação e o desinteresse de quem manda e decide. Muito tem feito o seu presidente, mas perante tanta desconsideração tem sabido resistir e lutar. Por mim as chaves já tinha sido entregues para ficaram penduradas no chaveiro autárquico e o equipamento encerrado como monumento à indiferença. 

Os "retratos" que se queiram pintar sobre estas nossas pequenas e pobres freguesias têm necessariamente que ser em tons de cinza, o que até parece estar na moda. Mas que é triste e desmotivador, é. 

22 de outubro de 2019

Comissão de Festas para 2020


Foi já nomeada publicamente a Comissão de Festas para a festividade em Honra de Nossa Senhora da Boa Fortuna e Santo António, para o ano de 2020 (31 de Julho, 1, 2 e 3 de Agosto).
Ainda sujeita a confirmação oficial, pois a informação chegou-me de forma indirecta.

Comissão de Festas para 2020

Carlos Santos de Almeida - Fornos
Johnny Deivis Baptista de Almeida - Quintães
Micael Silva - Leira
Xavier de Almeida Baptista - Barrosa
Juliana Alves da Silva - Cimo de Vila
Maria Inês de Jesus Santiago - Quintães

Certamente que será uma equipa dinâmica e que saberá trabalhar e honrar a função mas que terá que contar com a habitual ajuda e apoio de toda a comunidade para que a tradição se mantenha viva e dignificada. Certamente que sim.

Não nos chegou qualquer relatório com as contas fechadas relativas à edição de 2019, mas fomos informados que terá havido um saldo negativo residual suportado pelos festeiros, que para minorar o mesmo tiveram que bater à porta de quem falhou no pagamento de oferta. 
É pena que a juntar ao esforço e dedicação dos festeiro se some algum prejuízo, mas infelizmente acontece, não por má gestão ou mau planeamento do orçamento, mas porque há sempre alguém que falha nos compromisso de pagamento de ofertas. Em todo o caso, foi uma festa muito positiva nos seus diferentes aspectos pelo que a Comissão de Festas cessante honrou e dignificou a tradição. Parabéns e bem-hajam!




Nota de falecimento


Faleceu Manuel Marinho Teixeira (Manel Barbeiro) de 72 anos de idade (18 de Janeiro de 1947|22 de Outubro de 2019). Residia na Rua 25 de Abril, Nº 135, no lugar de Fornos em Guisande.
O corpo estará em velório na capela mortuária de Guisande a partir das 12:30 horas da próxima Quinta-Feira, dia 24 de Outubro.
O Funeral terá lugar no mesmo dia pelas 15:30 horas, com missa de corpo presente na igreja matriz de Guisande, indo no final a sepultar em jazigo de família no cemitério local.

A tradicional missa de 7º dia terá lugar na igreja matriz de Guisande na próxima Segunda-Feira, dia 28 de Outubro, pelas 18:00 horas.
Sentidos sentimentos a todos os seus familiares, de modo particular à sua esposa e a seus filhos.


21 de outubro de 2019

A ver as horas


Ouvimos há pouco, nas notícias, que um professor da Escola Secundária Rainha Dona Leonor, em Alvalade - Lisboa, contratado precariamente como substituto, agrediu um aluno, pelo que foi preso, interrogado e remetido aos calabouços. 
Pela parte do Ministério da Educação, parece que o homem está suspenso e numa suspensão que se estende a todos os estabelecimentos. Ou seja, como professor público, já foste. Irradiado. Fica-se a aguardar pela indemnização ao agredido.

Claro que nada justifica o comportamento agressivo do professor, já que o aluno, certamente alguém cumpridor, disciplinado, infringiu a chata da regra que lhe tinha sido recomendada de não usar o telemóvel, e se recusou a entregar, só porque, impaciente, queria ver as horas. O que de resto será  normal pois os alunos usam e abusam do telemóvel na escola apenas para ver as horas, porque tem mais pinta que aquela coisa que foi inventada para tal,  o relógio. Mensagens, whatapps, facebooks, jogos e outras coisas, a rapaziada não gosta. Só mesmo para ver as horas.

Todos sabemos que vão longe os tempos dos professores partirem a cana e a palmatória no lombo, cabeça e mãos dos alunos. Era uma selvajaria. O que agora está na moda, na lógica do 8 para o 80, , é precisamente o contrário e as notícias das agressões de alunos a professores são mais que muitas e na generalidade já deixaram de ser notícia. Mas sendo mais que muitas estas situações, não há memória de alunos detidos nem suspensos de toda a actividade escolar e irradiados em todas as escolas do país e remetidos para um mestre de trolha ou pedreiro.

Nada como o equilíbrio nestas coisas e a nossa actual justiça é mesma "ceguinha" e todos são tratados com equidade.

Mas, fora a ironia, e nada justificando o comportamento do prof, os professores no entanto que se aguentem, porque quanto à perda de autoridade e vítimas de abusos das pobres criancinhas e adolescentes, não são mais que os polícias, que mesmo de pistola à cinta, fartam-se de apanhar nas ventas e ai deles se chegam a roupa ao corpo dos pobres e indefesos agressores.

Tempos modernos.

Pedro "Lambreta" Soares


"Para se coçar os "tomates" não é preciso tirar as calças"

Poderá não ser um provérbio que se aplique entre gente de boa moral, mas tem em si toda uma carga de verdade.
Mas perguntarão: - E onde tem aplicação?

Assim de repente, na recente notícia de que o centrista Pedro Mota Soares, que ficou famoso por ir de Vespa à tomada de posse de ministro da Solidariedade, Trabalho e da Segurança Social, no Governo do PSD-CDS, ter assumido a liderança da Associação dos Operadores de Comunicações Electrónicas (Apritel) para o triénio 2019-2022. 

De acordo com nota distribuída à imprensa, o ex-deputado do CDS diz que assume o cargo "... com grande entusiasmo, dedicação e sentido de compromisso, com o objectivo de contribuir para destacar a importância social e económica do sector das comunicações electrónicas em Portugal já que elas vão ser a chave para a economia e a sociedade do futuro e, por isso, é fundamental reforçar o diálogo com todos os 'stakeholders' do sector e elevar a associação ao patamar de interlocutor indispensável em todas as matérias relativas às comunicações electrónicas".

Dito e feito desta maneira, será de pensar que Pedro Mota Soares é um expert em comunicações electrónicas. Mas onde raio terá tido tempo e espaço para nelas se tornar profissional, já que no alto dos seus 45 anos (nasceu em 1974) tem estado ligado à carreira política desde os 25 anos e pouco tempo terá tido sequer para exercer advocacia de carreira quanto mais especializar-se em algo ligado ao sector das comunicações electrónicas?

Mas a resposta é bem simples: Foi um político e governante e é desses que as empresas ou associações gostam e querem. Exemplos não faltam, desde saídas para a banca e empresas com ligações ou interesses na máquina do Estado.

Vá lá saber-se porquê, mas como para se coçar os ditos cujos, não é necessário baixar as calças ou mesmo as cuecas, também não será preciso muito para que um político vá para líder ou administrador de uma qualquer coisa sem que para ela esteja vocacionado.O Soares, apesar de novo, é apenas mais um.

Em todo o caso, vamos, de boa fé, acreditar que ele é mesmo um experimentado génio nessa tal coisa de comunicações electrónicas.