13 de maio de 2022

Vamos ajudar o Fernandinho e a malta da bola


"De acordo com a edição desta semana do Expresso, a Autoridade Tributária declarou que Fernando Santos tem uma dívida de €4,5 milhões ao fisco. Em causa está a forma como o Selecionador Nacional recebe o salário da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

Durante os anos de 2016 e 2017, o treinador terá recebido, através de uma empresa, €10 milhões da FPF, mas declarou e pagou IRS sobre um salário anual de 70 mil euros, que equivale a cinco mil euros mensais, encontrando-se em falta a tributação relativa ao restante montante. A referida empresa, chamada Femacosa, foi criada em janeiro de 2014 e serviria para encapotar o valor remanescente do salário de Fernando Santos. Também os treinadores-adjuntos terão utilizado o mesmo esquema para receberem os respetivos salários sem os declararem ao fisco na totalidade.[Fonte:A Bola]"

A coisa pode vir a dar em nada (até porque não importa mexer com a nossa querida selecção e com o nosso inestimável treinador que venceu o Euro e a Liga das Nações) e o Fernandinho até acabará por ter razão e receber o que acha que, indevidamente, pagou o reclamado pelo guloso do Fisco. 

Em todo o caso, o que espanta nesta gente do futebol profissional, mesmo em Portugal, é a facilidade com que recebe milhões. É mesmo gente de trabalho. Devem trabalhar as 24 horas do dia, domingos, feriados e dias santos e mesmo assim...

De algum modo dá pena, ou talvez não, perceber que os que fazem o povo, os que ganham salários mínimos ou pouco mais, lá vão todos contentinhos ver os jogos, comprar lugares cativos, acompanhar as equipas e a selecção, pagar a Elevens Sports e Sports TV, e entusiasmar-se com a coisa e com esses artistas que ganham balúrdios de milhões.

É assim mesmo. Ajudar quem precisa! Um bom adepto e sócio gosta de pagar, e quer lá saber se é para ajudar a pagar principescamente a alguém. Pelo contrário, se alguém lhe bate à porta a pedir uma esmola, é escorraçado ou, para não chatear, despede-se com uma moeda preta.

Quanto ao Fernandinho, se necessário for, faça-se um peditório nacional para o compensar. Afinal, porra, são 4,5 milhões e o homem precisa de comer, e depois do Qatar deve querer ir para a reforma e, como se sabe, a reforma neste país só é boa para malta da política e das armas.


[foto: Record]

12 de maio de 2022

Nota de falecimento

 


Faleceu Maria de Fátima da Silva Correia Pinto, de 69 anos, natural de Casaldaça, Guisande, filha do Sr. Abel Correira Pinto. Vivia em Santa Maria da Feira.

As cerimónias fúnebres terão lugar amanhã, Sexta-Feira, pelas 15:30 horas, na igreja matriz de Guisande, sendo no final sepultada no cemitério local em jazigo de família.

Sentidos sentimentos a todos os familiares. Paz à sua alma! Descanse em paz!

Estados de alma


Dou razão ao amigo Luís: O Facebook não é o melhor sítio para virmos expressar as nossas dores de alma, seja na alegria, mas sobretudo na tristeza. Não porque o não possamos fazer ou não tenhamos esse direito, mas essencialmente porque não deixa de ser uma banalização dos nossos momentos mais íntimos, como se precisássemos de um palco do tamanho do mundo para o fazer, para os mostrar.

Na tristeza bastará o recolhimento e tantas vezes a solidão. E sim, o conforto dos amigos próximos, mas daqueles que nos conhecem nas nossas virtudes e misérias e não, tantas vezes, de meros desconhecidos.

Na alegria, também não importará extravasar para além do círculo de quem realmente nos quer bem e capazes de se alegraram, em comunhão, de forma verdadeiramente sentida. Ademais, podemos ter um grande "grupo de amigos" nas redes sociais mas na verdade e no geral, se espremido é um limão amargo, quase sem sumo.

Posto isto, longe de mim pretender dar lições de moral ou de comportamento, mas tenho como válido que há coisas que ainda devem ser reguladas pelo bom senso, pela razoabilidade, pela discrição. 

Não é fácil, pois não, porque no fundo queremos, de uma forma ou outra, ser sempre o centro do mundo ou o palco das atenções e é incessante a busca por despertar invejas com as nossas belas estampas, os nossos feitos, o nosso estilo de vida e as nossas vaidades ou então, em sentido oposto, procuramos com avidez a comiseração alheia para as nossas fatalidades, os nossos desencantos e as nossas tristezas. 

Em última análise, somos seres gregários e da condição evolucionista não conseguimos desprender-nos dessa teia de dependência social. Está-nos no sangue e no instinto.

6 de maio de 2022

Nos antigamentes

Nos antigamentes a criançada corria para a escola, corria para os campos, corria para os matos, mas corria  porque fazia parte do dia-a-dia de quem fazia pela vida a ajudar os pais e os manos mais novos. 

Corriam as crianças, e muito, nos recreios e em brincadeiras nos largos dos lugares, atrás de uma bola, de um cão, de um pau ou delas próprias. Jogos como o futebol, as escondidas, a cabra-cega, o caçador, o pica-pau, a macaca, etc, ajudavam a isso.

Mas vieram os tempos modernos e hoje ver uma criança correr, com sapatilhas da Nike e outras que tais, com roupinhas de marca, numas quaisquer provas, é obra e merece reportagem e fotos para o álbum de família e estampar nas redes sociais.

Nada a obstar, pois que o exercício físico é elementar ao corpo e à alma, mas a modernidade e a semântica das palavras tem destas coisas e todos os dias há anúncios de que a pólvora acabou de ser inventada. 

Uma criança a correr? Ufa! Olha que coisa mais fixe, mesmo incrível!

Deus no céu, Indáqua na terra

De acordo com o Correio da Feira, há dias, em reunião de Câmara, após consultar o relatório anual (2021) à concessão dos serviços de abastecimento de água e de saneamento no concelho de Santa Maria da Feira, elaborado por uma comissão de acompanhamento, o socialista Sérgio Cirino manifestou-se em desacordo, mostrando-se “perplexo” pela falta de inclusão da opinião dos consumidores no relatório. 

“Quem recebe os serviços são os consumidores. Apresentar um relatório à concessão que não inclui a opinião dos consumidores, parece-me manco”, considerou. “Estamos a falar do contrato mais complexo de execução que existe no Município e vejo um relatório que não tem nada de crítico. Não há análise crítica ao que está bem e mal, por isso este relatório deixa de cumprir com as suas funções. Deus no Céu e Indaqua na Terra, pois a Indaqua é o Deus do nosso Concelho. Se lesse uma publicidade ou brochura da Indaqua não era tão laudatória como este relatório, o que retira a sua utilidade. Deve ser solicitado um trabalho mais apurado”,

Ora eu não sei se é mesmo “Deus no Céu e Indaqua na Terra”, mas  face ao papel de concessionária e dela a exclusividade, é certo que à empresa parece permitir-se uma série de situações que nem sempre são as mais recomendáveis.

Ainda hoje, na Estrada Nacional 223, em Arcozelo - Caldas de S. Jorge, em plena curva fechada, uma equipa de manutenção da Indáqua, estava ali a fazer uma qualaquer intervenção, com o carro a ocupar meia faixa, apenas com uns cones a circundar a zona de intervenção e sem qualquer sinalização antes ou depois. O triângulo a alertar os condutores parece ser, assim, um pingarelho só exigido aos comuns mortais.

O facto de ser numa curva fechada e numa estrada de muito movimento realça a gravidade da coisa, mas aparentemente ninguém se incomoda. É o pessoal da Indáqua e para esses não deve haver regras, uma das vantagens do endeusamento.

Houvesse um acidente e grave...

3 de maio de 2022

Passeio Sénior 2022

A Junta da União das Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande vai promover no próximo dia 30 de Junho de 2022 o evento convívio designado de Passeio Sénior.

O evento decorrerá nas instalações das Caves Coimbra, em Trouxemil, na cidade do Mondego.

Os seniores com idade igual ou superior a 65 anos até à data da inscrição, reformados e inválidos, pagarão uma comparticipação de 12 euros. Os acompanhantes, com idade igual ou superior a 18 anos pagarão 22 euros.

O período de inscrições ocorre do dia 9 de Maio até 16 de Junho.

As inscrições deverão ser efectuadas no edifício da Junta em Lobão e/ou nos polos de Gião, Louredo e Guisande.

2 de maio de 2022

O valor do agradecimento


Tenho, em diversas ocasiões, contribuido com donativos para causas que me sensibilizam, pessoal, animal ou pela natureza, mas com pena por não o poder fazer mais vezes e de forma mais substancial. Todavia, mesmo que de forma simbólica, procuro fazê-lo sempre que a causa me parece honesta, justa e fundamentada. Mais recentemente, na campanha do Movimento Gaio para aquisição de um terreno na serra da Freita, para reflorestação com arborização autóctone (objectivo já conseguido). Também ali deixei o meu simbólico donativo.

Isto sem bandeiras, mas apenas para salientar que em várias dessas ocasiões em que contribuimos era expectável um agradecimento, mesmo que simples e breve, ou mesmo, vá lá, automático. Mas nem sempre há esse retorno. 

Ora o agradecimento fica sempre bem a quem pede e recebe.Não é necessário que seja público, acompanhado de fanfarra e foguetes, mas bastará que discreto e pessoal.

Por conseguinte, em alguns dos serviços de partilhas de ilustrações em que participo, recebo muitas vezes alguns donativos, a que no meio se designam por "café"; ou seja, alguém gosta do nosso trabalho, aproveita-o e de forma reconhecida pode doar um qualquer valor para "se tomar um café". Ora sempre que isso acontece, e felizmente muitas vezes, procuro sempre agradecer, mesmo que seja 50 cêntimos ou 1 euro. 

Ainda agora, a troco da imagem aqui publicada, uma ilustração muito simples como fundo (background), base decorativa para mensagens, recebi 50 euros de uma italiana. Dá para cafés para o mês todo e ainda sobra, mas naturalmente que, para mais de forma expressiva, dá gosto ser reconhecido e por isso o agradecimento é tão saboroso como a recompensa.

Infelizmente o valor do agradecimento anda pelas ruas da amargura porque enfunados com a nossa importância e com os nossos reis na barriga, somos pouco dados ao agradecimento, ao reconhecimento ao "obrigado!",ao "obrigada!, ao "parbéns!". Em contraposição, o normal é a inveja. 

Somos, no geral, uns mãos largas no que toca a distribuir inveja e ressentimentos.

Se chegou até ao fim de texto, obrigado!