8 de junho de 2022

Nota de falecimento

 


Com algum atraso, soubemos do falecimento de  Abel Ferreira Coelho, de 93 anos (14 de Outubro de 1928-06 de Junho de 2022). Natural de Guisande, residia em Arrifana - Santa Maria da Feira. Era irmão de Joaquim Ferreira Coelho e José Coelho Gomes de Almeida.

Num dos acasos do destino, de notar a particularidade de falecer poucos dias depois de ter falecido o seu irmão José. 

As cerimónias fúnebres tiveram lugar na Terça-Feira, 7 de Junho, pelas 17:00 horas, em Arrifana, tendo sido sepultado no cemitério local.

Missa de 7º Dia na igreja matriz de Arrifana, na Terça-Feira, dia 14 de Junho às 19:00 horas.

Sentidos sentimentos a todos os familiares. Paz à sua alma!

6 de junho de 2022

Corga da Moura - 2022

 





Organizado pela Junta da União das Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande, com o apoio do município, decorreu neste fim-de-semana, 3, 4 e 5 de Junho, o evento de entretenimento a que deram a designação de “Corga da Moura” . Pessoalmente preferia que fosse assumido como Festa das Colectividades ou mesmo Festa da União, mas respeita-se a opção de quem decidiu dar ao evento o nome do local.

Do que vi e experienciei, o evento foi um êxito, mesmo que com o tempo, incaracterístico, a não estar completamente de feição, até mesmo com ameaça de chuva, principalmente no primeiro dia. Não sendo perfeito, acabou por correr bem.

Um programa musical diversificado para todas as idades e gostos, mesmo que com gostos discutíveis, e acima de tudo uma boa participação de associações e grupos, que assim tiveram uma oportunidade de angariar verbas para os seus propósitos e actividades. Pareceu-me que todos angariaram um bom pecúlio de acordo com o que tinham em oferta no que toca a bebidas e petiscos.

Da freguesia de Guisande fizeram-se representar nas barraquinhas a Comissão da Festa do Viso, o Grupo de Jovens, o Grupo Solidário e o grupo “Os Alegres e Divertidos da Feira – Concertinas”.

Com uma boa promoção e com um prévio trabalho de aproximação da Junta e do seu presidente às associações e grupos, que se louva, mesmo com aqueles jurídica e formalmente não constituídos, as pessoas apareceram em grande número e sobretudo de forma homogénea nos diferentes escalões etários, vendo-se crianças, adolescentes, jovens, adultos e mais velhos. Neste aspecto creio que o objectivo de uma festa para todos foi conseguido.

Sendo certo que há aspectos que podem ser melhorados, e pessoalmente achei que as tendas estavam demasiado próximas e com pouco espaço frontal para mesas e a circulação de pessoas a perturbar quem estava a socializar, creio que a organização esteve atenta e numa próxima edição será natural procurar melhorar as coisas.

Posto isto, considerando que o tempo, quente e sem chuva, é funtamental para o sucesso destes eventos ao ar livre, não sobram dúvidas que a Junta está de parabéns pelo êxito e pela participação muito abrangente das comunidades da união e certamente vizinhas.

Parabéns à Junta e de modo particular aos seu presidente, David Neves que mostrou a sua capacidade de organização e proximidade aos grupos e às pessoas. Considero, também e ainda, que a abertura aos grupos, mesmo que sem estatuto de associações, foi meritório, pois bem sabemos que são importantes nas dinâmicas das freguesias e paróquias e como tal devem ser apoiados e integrados. E isso foi percebido pelo presidente. Ainda bem!

Terminada esta edição, venha a próxima!

Trilho dos Bogalhos 14KM

 



























2 de junho de 2022

Nota de falecimento


Faleceu José Coelho Gomes de Almeida, de 95 anos (19 de Setembro de 1926 a 31 de Maio de 2022). Residia no lugar de Fornos, na Rua Nossa Senhora de Fátima, Nº 2396.

Cerimónias fúnebres no próximo Sábado, 4 de Junho, pelas 10:30 horas, indo no final a sepultar em jazigo de família no cemitério local.

A missa de sétimo dia será no Domingo, 5 de Junho, pelas 08:00 horas na igreja matriz de Guisande.

Sentidos sentimentos a todos os familiares.

Paz á sua alma! Deus, que lhe concedeu a graça de uma vida longa, que o tenha em paz e em eterno descanso!


Nota pessoal:

Faleceu o velho amigo, Zé Coelho, com quase 96 anos de idade. Faria em 19 de Setembro próximo.  Muitas e boas memórias de um amigo já maduro de idade mas jovem de espírito. Com ele tive conversas à lareira em noites de Inverno, cantigas ao desafio, passeios, convívios, partilhas. Tinha-me dado a sua velha guitarra quando comprou uma melhorzita, mas deu-me sobretudo o valor da amizade. 

Descansa em paz, velho amigo, já não à sombra do sobreiro na Abelheira (na foto),  mas nas nuvens do céu! 

Adeus! Paz à tua alma!


Ao Zé Coelho


Velho amigo, Zé Coelho,

Chamou-te, Deus, agora,

Clamando-te como pertença;

Sentiu que estavas velho

Achando chegada a hora

De te ter em Sua presença!


Viajaste, correste mundo,

Num vai-e-vem de canseira

Agarrando os cornos da vida;

Nesse viver duro, profundo

A morte surgiu derradeira

A reclamar a tua despedida.


Mas ainda ficas por cá,

A viver na nossa memória,

Bem alto como uma torre;

A tua passagem não foi vã

Teve honra, teve glória,

Teve vida que não morre.


Partiste, simples, sem nada

Sem malas, sem a guitarra,

Rumo ao porto da santidade;

Ficamos nesta dor chorada

Que nos prende como amarra

Ao cais da sentida saudade.


Mas virá em nosso mar a maré

Em que um a um todos iremos

Ao teu encontro, a esse além;

Até lá connosco vives em fé

Porque com ela bem sabemos

Que continuas a viver, e bem!


Adeus, velho amigo!

1 de junho de 2022

Janela de oportunidade

Por vezes pensamos que os livros são coisas sérias, diferentes dos média, jornais, revistas, rádios e televisões, nas abordagens aos acontecimentos do escorrer dos dias. 

Um jornal compra-se e no dia seguinte está desactualizado e acabará no papelão, modernamente, porque noutros tempos teria um outro aproveitamento, a forrar gavetas e prateleiras ou mesmo a substituir o então desconhecido papel-higiénico na limpeza do "sim senhor". Na televisão vamos fazendo zaping para evitar ou encontrar o Nuno Rogeiro ou outros especialistas do achismo e das táticas e estratégias de guerra.

Mas não! Eventualmente em menor escala, é certo, mas os livros, e sobretudo as editoras e os autores, têm igual tendência ou tentação de ir ao sabor do vento da actualidade. Não, espanta, pois, que nas prateleiras das livrarias, nos escaparates das grandes superfícies ou nas lojas online, o tema da guerra, da invasão da Rússia à Ucrânia e os seus protagonistas, estejam na ordem do dia. De Zelensky a Putin, tudo está ali. Até o "caralho" do José Milhazes, conhecedor da coisa, também escreveu um livro "A mais breve história da Rússia - Dos eslavos a Putin", que dizem estar a vender como pãezinhos quentes com manteiga.

Por conseguinte, quem tem a capacidade de escrever um livro em dois ou três dias pode aproveitar e bem esta "janela de oportunidade" relacionada ao tema. Os livros são assim, iguais a tudo o resto porque, afinal, são feitos por pessoas e em regra com o propósito primeiro de ganhar dinheiro. Ainda como na televisão, o que é feito de forma séria, calma e cultural, isso pouco rende porque não capta audiencias.

Estas coisas só resultam no imediatismo. Quem escrever amanhã sobre a guerra, já vem tarde!