25 de novembro de 2022

25 de Novembro de 1975


Este sim, o 25  que traçou o rumo da liberdade e democracia, Até ali, apenas os desmandos de um PREC dominado pelo PCP que mais não pretendia que apenas mudar a agulha no disco da ditadura, da direita para a esquerda, cubanizando o país. 

Importa não esquecer. Quem celebra o 25 de Abril e esquece ou omite o de Novembro, diz tudo não dizendo nada.

Convém ainda não esquecer o que Cunhal disse na famosa entrevista à italiana Oriana Fallaci, publicada em 6 Junho de 1975, porque era esse o modelo de "democracia e regime que planeava para Portugal.

Dizia:  “Nós, os comunistas, não aceitamos o jogo das eleições (...) Se pensa que o Partido Socialista com os seus 40 por cento de votos, o PPD, com os seus 27 por cento, constituem a maioria, comete um erro. Eles não têm a maioria”. “(...) Se pensa que a Assembleia Constituinte vai transformar-se num Parlamento comete um erro ridículo. Não! A Constituinte não será, de certeza, um órgão legislativo. Isso prometo eu. Será uma Assembleia Constituinte, e já basta (...). Asseguro-lhe que em Portugal não haverá Parlamento (...)”.

23 de novembro de 2022

Marçal Grilo 2 - Um olhar sobre a Educação

Ainda mal comecei a leitura do anterior e já chegou o novo livro. Ainda fresco, acabado de saír da tipografia. Tem prefácio do Prof- Marcelo Rebelo de Sousa. 

"Eduardo Marçal Grilo, Professor e conhecedor profundo dos programas de ensino e políticas de educação adotadas em Portugal nas últimas décadas, apresenta neste livro uma análise lúcida e reveladora sobre a educação durante o Estado Novo e o seu duradouro legado.

Trata-se de uma visão sobre a educação durante o Estado Novo com distanciamento e sem constrangimentos políticos ou ideológicos. Numa análise lúcida e reveladora, percebemos que muitos dos problemas atuais da educação têm raízes no Estado Novo". «O autor demonstra por que razão a educação foi um dos flagrantes fatores de retardamento nacional, entre os anos 30 e 60, apesar dos esforços meritórios de alguns, visionários ou arrojados.»

22 de novembro de 2022

Centro Social - Assembleia Geral a 02/12/2022

 


Princípios

Eu sei que se fosse no contrário da barricada, também Jerónimo e os seus correligionários, com um alto grau de probabilidade, provavelmente ficariam sentadinhos. Mas há princípios que definem quem está nas coisas por eles, pelos princípios. 

Ora estes, os princípios, podem ser muitos e diversos, nomeadamente os de carácter ideológio e doutrinário, mas os do respeito pelas pessoas e pelas diferenças devem ser comuns e transversais. 

Por isso, a posição dos deputados do CHEGA na despedida de Jerónimo de Sousa da Assembleia da República, ficando sentados e indiferentes, enquanto todas as demais bancadas estavam a aplaudir em pé, em jeito de homenagem, sendo que os deputados da IL aplaudindo mas também sentados, fica mesmo mal e a roçar uma indiferença desrespeitosa. 

Mas as atitudes ficam com quem as praticam. Não é com isto, com este radicalismo, que o Chega, ganha respeito. Por mim seguramente que não. Seria uma boa oportunidade de vincarem alguma diferença positiva, senão nas ideias, pelo menos no respeito político, democrático e pessoal, mas nem isso. Fracos!

Não sou comunista, sendo que até  já votei pelo partido, e naturalmente com muitos princípios políticos opostos, mas acima de tudo tenho apreço e respeito por Jerónimo de Sousa, que de resto sempre me pareceu ele próprio respeitoso, cordial e de muita verticalidade. 

Teve uma larga maioria de respeito e consideração na hora de sair, mas merecia, parece-me, uma unanimidade.

21 de novembro de 2022

Festa do Viso 2022 - Contas

 

The show must go on

Sempre se soube que todo o processo que culminou com a nomeação do Catar como país organizador do Mundial de Futebol de 2022, ontem começado, foi uma farsa. Uma valente e muito bem paga farsa. 

Um dos Judas intervenientes, um tal de Blatter, já se mostrou arrependido, mas não foi ao ponto do final do Iscariotes, e tanto que saiba, há-de morrer de velhice e nunca por falta de dinheiro, incluindo as 30 moedas, e dos confortos que ele proporciona.

Para além dessa trafulhice imensa que só os ricos e os poderosos conseguem afinar como mestres relojoeiros, seguiram-se as questões relacionados com a segurança dos trabalhadores, ou falta dela, nas construções faraónicas ou das mil-e-uma-noites, o respeito pelos direitos humanos, sobretudo sobre as mulheres, o tratamento para com os homossexuais, etc, etc.

As nações e as selecções delas apuradas para tão majestoso evento, foram dandos uns palpites, uns bitaites, tudo dentro do politicamente correcto, mas em rigor, tanto quanto se saiba, nenhuma boicotou a prova primando pela ausência. 

Mesmos os jogadores, ali verdadeiros príncipes nas arábias, foram também dizendos umas porreirices avulsas, mas na verdade estão lá todos muito contentinhos.

Os adeptos, esses também aparte alguns arrufos, estão lá, senão todos, os que têm carteira para isso.

Finalmente, o chefão da FIFA veio menorizar a questão e esgrimir o velho engodo do copo meio cheio ou meio vazio. Louvou os esforços feitos pelo país anfitrião e o muito que mudou, mesmo sabendo que quando as tendas se levantarem e cada um seguir à sua vida, o mais certo é que tudo vai voltar ao mesmo. 

Em rigor, as declarações do senhor Infantino andaram mais ou menos como quem desculpa o violador pela atitude e aparência provocadoras da violada e pelos esforços em violar o menos possível. 

Posto isto, as tendas estão montadas e por uns largos dias vamos ter circo com palhaços pagos a peso de ouro. 

The show must go on!

Marçal Grilo - 1


Tenho-o como uma das boas referências de ex-político e homem vertical. Comprado e chegado pronto a ler. 

Entretanto, lançou um outro livro "Salazar e a Educação no Estado Novo". 

Ainda está em fase final de pré-lançamento, mas talvez seja o próximo a adquiri, até porque, como justifica o autor: «Decidi escrever este livro por um conjunto de razões (…) mas sobretudo porque tenho hoje a ideia de que só conhecendo bem o passado se consegue perceber o tempo que vivemos e ter uma noção do que será possível perspetivar para o futuro.»

"Trata-se de uma visão sobre a educação durante o Estado Novo com distanciamento e sem constrangimentos políticos ou ideológicos. Numa análise lúcida e reveladora, percebemos que muitos dos problemas atuais da educação têm raízes no Estado Novo".