8 de agosto de 2019

Rabiscos - Pipi das Meias Altas


Quem não se recorda da série de televisão "Pippi das Meias Altas", no original sueco com o título de "Pippi Langstrump" e noo inglês "Pippi Longstocking" ? Certamente que apenas os mais velhos.
A reboque dessa memória fiz o rabisco acima, com a sorridente Pipi e o seu inseparável amigo macaco Herr Nilson (por cá, Sr. Wilson).

A Pipi era interpretada por Inger Nilsson que em 4 de Maio passado completou 60 anos, já que nasceu em 1959. O nome da personagem ficou para sempre colado à actriz pelo que a mesma tem salientado publicamente que preferia não ser tão conhecida apenas por esse facto mas pelo todo da sua carreira, já que o seu trabalho tem sido diversificado, nomeadamente na televisão sueca e alemã, onde tem tido algum êxito.

A série de televisão baseia-se nos livros infanto-juvenis escritos pela também sueca, Astrid Lindgren.

Antes da versão para TV, "Pippi das Meias Altas" foi realizado como um filme para cinema, em 1949, então com Viveca Serlachius no papel da Pippi. 
A série para televisão, com produção sueca, teve o seu início em 1969 com continuidade até 1973, creio que com 13 episódios, sempre com Inger Nilsson no papel principal. 

Para além desta série, a que de facto popularizou a Pippi das Meias Altas, esta figura do imaginário infanto-juvenil teve ainda outras versões, nomeadamente uma soviética, em 1982 e uma americana, em 1988. Teve ainda uma versão de origem canadiana, em animação, com 26 episódios, em duas temporadas de 1997 a 1999, que também se tornou muito popular. 

Entre nós, a série "Pippi das Meias Altas" passou na RTP em meados dos anos 70, por isso a preto-e-branco.
Como não podia deixar de ser, então uma criança, eu, como muitos outros, assisti com entusiasmo infantil às aventuras da Pippi das Meias Altas e seus amigos. Creio que a série passava aos domingos à tarde.

Pippi era uma rapariga de 10 anos, com uma figura deveras característica, com as suas pernas altas e magras, vestidas com umas longas meias coloridas (donde lhe advém o apelido), cabelo ruivo, atado em duas espécies de tranças ou puxos laterais, com o rosto sardento, um nariz arrebitado e uns dentes um pouco salientes. Pippi destacava-se pela sua irreverência, permanente boa disposição mas sobretudo pela sua coragem e incrível força, que lhe permitia pegar com facilidade nas coisas mais pesadas. Penso que era essa a sua característica que mais fascinava as crianças de então que seguiam avidamente os episódios.

Entre nós, a série foi um êxito e como tal, por essa altura, entre outras vertentes de marketing, foi  editada uma caderneta de cromos, que coleccionei, cuja tema era dedicado ao filme "Pippi e os Piratas".
Pippi tinha dois inseparáveis amigos, os irmãos Tommy (Pär Sundberg) e Annika (Maria Persson) e ainda o inseparável macaco, chamado Sr. Wilsson. 

Neste filme, os amigos, em plena brincadeira, descobrem uma garrafa com uma mensagem de socorro, por coincidência enviada algures pelo pai de Pippi, o capitão Langkous, que tinha sido feito prisioneiro por um grupo de ferozes piratas, encontrando.se algures numa ilha do Pacífico. Então Pippi e os amigos (que estavam de férias), a bordo do seu balão voador, decidem ir à procura do pai para o resgatar.

Depois a aventura continua, entre muitas peripécias, com o confronto com os piratas e finalmente a libertação do pai de Pippi e o regresso de todos a casa, à Vila Revoltosa.
A caderneta, com uma dimensão de 238 x 335 mm,  é uma edição da Casa Arnaldo, sendo composta por 182 cromos, com fotogramas do respectivo filme. 

A caderneta tinha inserto um cupão que depois de preenchido dava direito ao sorteio de uma viagem à Suécia. 
As saquetas dos cromos tinham também senhas surpresa (250000), cada qual correspondente a 1 ponto. Depois, somando os diversos pontos  era possível reclamar vários prémios, tais como jogos, puzzles e livros, correspondendo a cada qual um determinado número de pontos de acordo com uma tabela impressa na caderneta.