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11 de setembro de 2025

Sondagem / Inquérito às eleições autárquicas em Guisande - 2025 - Primeira análise


O Inquérito aqui lançado ontem, já teve 36 participações apesar de mais de 200 visualizações.Todavia, para um dia, não deixa já de ter alguma relevãncia.Assim, mesmo que ainda com pouca representatividade, permite já traçar algumas conclusões e perfil do eleitor guisandense. Vamos à análise de cada questão e peso das respostas:

1. Peso do partido político /candidatos

63,9% afirmam que o partido não é decisivo e 91,7% votam pela capacidade/personalidade dos candidatos.

Isto indica uma clara tendência de personalização da política local, onde as qualidades individuais superam a lógica partidária. Apesar disso, na nossa freguesia é ainda reconhecido um eleitorado mais velho muito arreigado, mesmo fundamentalista, valorizando o partido em detrimento da qualidade dos candidatos do lado oposto.

2. Idade dos candidatos

Apenas 25% consideram a idade importante.

Mas, quando questionados directamente, 66,7% preferem candidatos mais jovens.

A idade por si só não pesa, mas há uma preferência por renovação geracional, possivelmente ligada a novas ideias ou a maior energia. De resto é uma percepção normal já que mesmo em Guisande os jovens já são detentores de formação superior e mesmo com licenciaturas, por isso com capacidade e saber. Pelo contrário, pelo contexto da evolução da nossa sociedade ao nível da Educação,  os mais velhos, mesmo que com experiência e saberes, têm naturalmente menor formação académica.

3. Experiência política e formação

58,3% valorizam experiência em cargos autárquicos.

Já a formação académica/profissional (33,3%) e a área profissional (25%) são pouco relevantes.

A experiência prática pesa mais do que os diplomas. O eleitorado valoriza o envolvimento e provas dadas em funções locais, não apenas em currículos. 

4. Envolvimento cívico

75% consideram o envolvimento comunitário um factor decisivo.

A proximidade real com a freguesia é vista como fundamental, mais até do que idade, profissão ou formação. Esta situação é compreensível, já que, naturalmente, quem presta serviço de cidadania em grupos ou movimentos na freguesia e paróquia têm uma acção mais visível e por isso geram maior confiança e valorização.

5. Prioridades locais

Arruamentos lideram (38,9%) como principal necessidade de obras.

Seguem-se espaços desportivos e sede da Junta (ambos 16,7%), e zonas religiosas (13,9% cada).

A prioridade clara é infraestrutural e funcional (estradas/acessos), acima de património ou cultura. Pode resultar daqui uma percepção de que as intervenções nos espaços envolventes a equipamentos religiosos devem merecer apoio de outras entidades, como a Câmara Municipal, e não apenas da Junta de Freguesia.

6. Expectativas da futura Junta

Proximidade e envolvimento (41,7%) e obras/melhoramentos (38,9%) quase empatados.

Limpeza (11,1%) e cultura/desporto (8,3%) ficam em segundo plano.

Os eleitores querem uma Junta ativa e próxima, com foco em infraestruturas básicas.

7. Avaliação da União de Freguesias

Apenas 2,8% avaliaram como “bom”.

Metade (50%) acha “mau” e 47,2% “razoável”.

Existe forte insatisfação com a gestão anterior, o que abre espaço para a renovação. Apesar disso, é difícil perceber uma relação da gestão do PS pu do PSD já que ambos governaram a União de Freguesias.

8. Perfil desejado para os candidatos

Proximidade/inovação (38,9% cada) são igualmente valorizados.

Humildade/seriedade (11,1%) e promoção de valores (11,1%) são secundários.

Espera-se alguém dinâmico e próximo, capaz de executar projetos concretos.

9. Perceção sobre os partidos (PSD/PS)

63,9% acham que os partidos só aparecem em época eleitoral.

Reforça a visão de que o partidarismo é secundário e há distância entre estruturas concelhias e a realidade local.

10. Cabeças de lista

PSD: 41,7% consideram boa escolha, mas 38,9% acham que havia melhor opção.

PS: 41,7% acham que havia melhor opção, 25% que foi uma boa escolha.

Tanto no PSD como no PS há divisão e algum descontentamento com as escolhas feitas. É notório que ambas as listas tiveram dificuldades na sua composição, com recusas de várias pessoas. Estas dificuldades resultam também de um alheamento e descrédito da classe política e nem os partidos revelam interesse pelas comunidades para além dos perídos eleitorais. Por outro lado, 12 anos numa União de Freguesias contribuiram para uma erosão dos valores identitários junto dos mais jovens.

11. Confiança nos candidatos principais

61,1% confiam em Johnny Almeida ou Celestino Sacramento.

36,1% preferem esperar para ver.

Existe confiança moderada, mas também cautela: expectativas altas, mas prudentes. 

Por outro lado, pode haver reservas fundadas já que o elitorado também procura estbelecer confiança e uniformidade de qualidade com base em toda a lista, ou principalmente nos três primeiros elementos e não apenas no cabeça-de-lista.

12. União pós-eleições

69,4% acreditam que a freguesia ficará unida depois das eleições.

Predomina o optimismo quanto à coesão social, independentemente do resultado.

13. Intenção de voto

97,2% dizem que vão votar.

Demonstra forte mobilização cívica, o que pode ser decisivo para a legitimidade da nova Junta. Se esta tendência se verificar, significa que pode baixar a abstenção e com isso uma maior participação e também uma maior imprevisibilidade.

Resumo final:

O eleitorado de Guisande vota mais em pessoas do que em partidos.

Prefere candidatos jovens pelo seu dinamismo, de preferência experientes e próximos da comunidade.

As infraestruturas básicas (arruamentos) são a maior prioridade.

Há insatisfação com a gestão anterior, mas também optimismo quanto ao futuro.

Tanto no PSD como no PS enão é claro um concenso sobre a escolha dos cabeças de lista.

A taxa de participação tende a ser muito elevada (97%), mostrando grande interesse na mudança local.


Se ainda não votou VOTE AQUI

10 de setembro de 2025

Autárquicas 2025 - Guisande - Sondagem / Inquérito


Costuma-se dizer que as sondagens valem o que valem, mas também é certo que podem ser um indicador de intenção de voto ou de escolha. Neste sentido, abro aqui uma sondagem onde os guisandenses com direito a voto podem responder a algumas questões que podem ajudar a traçar um retrato do eleitorado e suas percepções.

Inicialmente pretendia apenas abrir uma sondagem com a simples questão quanto à intenção de voto, se no Johnny Almeida, pelo PSD, ou se no Celestino Sacramento, pelo PS.  Todavia, sabendo do que a casa gasta e das limitações técnicas do sistema que podem fazer com que votem eleitores fora de Guisande, ou mesmo sem idade de voto, ou ainda, quem souber, votar várias vezes, contornando as verificações do sistema, optei por não lançar a sondagem nesses moldes pois assim poderia ser, em muito, desvirtuada, e isso não seria positivo para qualquer um dos candidatos nem para o objectivo pretendido, isto é, de forma rigorosa, com isenção e apenas uma escolha por eleitor.

Por conseguinte, a presente sondagem nem é tanto isso, mas antes um inquérito, em que se procura traçar um retrato geral e perceber o entendimento e percepções dos eleitores guisandenses, mesmo daqueles que ainda sem idade para votar mas com um entendimento claro e futuros eleitores, por isso os adolescentes.

Neste inquério, a cada questão é orbigatório responder com uma opção. As escolhas são registadas pelo sistema de forma anónima, pelo que não são colectados quaisquer dados pessoais e nem mesmo eu, o autor, saberá quem vota. O sistema apenas faz a verificação do IP de modo a impedir ou a dificultar múltiplas escolhas na mesma origem.  Todavia, pede-se o favor dos participantes procurarem responder de forma consciente e honesta para que o resultado seja o mais real possível.


VOTE AQUI


Os resultados vão sendo exibidos e actualizados online conforme as votações, em número e em percentagem.