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27 de setembro de 2022

O Tono Mota chegou aos 60





O Tono Mota (António dos Santos Mota) chega, neste dia 27 de Setembro, aos 60 aninhos. Nascido a 27 de Setembro de 1962, é assim, em cerca de um mês, um pouco mais velho que eu. 

Não sei quantas crianças nasceram em Guisande neste ou no ano anterior. Seriam 4, 5,  meia-dúzia? Mais ou menos? Admito que o ignoro, mas sei que no ano de 1962, por isso há 60 anos, nasceram em Guisande 33 crianças. Foi frutífero, parece-me. Deu homens e mulheres com vidas de trabalho, seriedade e dignidade. São hoje homens e mulheres de família, com filhos e netos, quiçá bisnetos. 

Uns ainda por cá, outros por terras de fora e ainda umas poucas que a morte já ceifou, de que destaco, pela idade jovem com que partiu, bem como por ser também meu colega de infância e juventude, o Carlos, filho do Zeferino Gomes, também já falecido, e da D. Fernanda. Que Deus o tenha na sua companhia!

Dessa trintena de gente nascida em 62, julgo saber o nome de vários: O António Mota, de quem agora recordo a propósito do seu aniversário, a Paula Lopes, o Mário Joaquim, a Maria Albertina, a Maria da Conceição (do Alcides de Jesus), o Joaquim (da Guilhermina), a Maria Fernanda, o Carlos (do Teixeira), o José Carlos (da Pereirada), a Maria da Anunciação, a Laura (falecida), a Maria Albertina (da Eva), o Leonel (do Menina), a Maria de Fátima (da Natália), o Carlos Alberto (meu primo), o Carlos Alberto (do Zeferino) (falecido), que atrás referi, o Eduardo (da Palmira), o António Fernando (do Cartel), a Maria Jacinta, da Leira, e outros mais. Portanto, mesmo não sabendo o dia e mês de aniversário da maior parte deles, alguns já fizeram e outros a fazer os tais 60 anos, de algum modo, para além de um número redondo, cheio de significado. 

Seja como for, o Tono do Mota, ou o Mota, como o chamo, tenho-o como um dos melhores amigos dos bons velhos tempos, desde a escola primária, Ciclo Preparatório, em Lobão, pelos tempos de juventude, confidências e conquistas de namoricos e depois os tempos da tropa, ele no Exército, na especialidade de Comandos, orgulhosamente com a sua boina vermelha, e eu na Marinha, com o meu panamá branco.

É certo que depois de ambos casados (e fui ao seu casamento, num dia frio de Inverno, na freguesia de Louredo), as nossas vidas naturalmente tornaram-se outras, já não com a liberdade desenfreada de solteiros e tempos de copos e farras, mas fazendo então pela vida,  construindo casa e criando filhos. Apesar disso, até pela proximidade dos nossos ninhos, fomos sempre "tropeçando" um no outro, ora no café,  no trabalho, ao final de uma missa, ou mesmo numa qualquer festa, pondo então a conversa e o rumo da vida mais ou menos em dia.

O Mota foi sempre um tipo certinho, menos dado a brincadeiras e tropelias como, por comparação, com as do Beto Jorge, outro amigo comum dos bons velhos tempos. Mas se não tão expansivo e brincalhão como o filho do Albertino, seguramente mais assertivo, sempre leal nas pequenas e grandes coisas, no tempo em que partilhamos muito das nossas saídas em solteiros. De resto muitas vezes ia-mos à boleia um do outro, nas nossas motorizadas, na minha Fórmula 1 EFS-Sachs e na dele, uma V5 Sachs. 

Temos, por isso, mesmo que já enevoadas pela neblina do tempo, muitas aventuras e histórias em comum, correndo e galgando tudo quanto era sítio, festas e desfolhadas, na cata de raparigas namoradeiras. E quando algum de nós se prendia, mesmo que por dois ou três domingos, era simultaneamente um nó na garganta, porque depois do almoço, de um café e um "pneu" (águas castelo com uma rodela de limão) no café do Américo, acabada na RTP a corrida de Fórmula 1, quase sempre ganha pelo Nelson Piquet, Alan Prost ou Nikki Lauda, lá ía-mos os dois, já não juntos a partilhar a motorizada, mas separados, cada um por si. 

É claro que nisto de procurar a rapariga certa para a vida era uma espécie de jogo de aprendizagem por tentantiva e erro, e assim depois de dois, três ou quatro domingos a dar conversa, lá ficávamos novamente solteiros e de novo juntos nas saídas. Mas algum dia tinha que ser e o Mota, bem dentro do seu estilo de certinho, pouco depois de terminar a tropa, procurou assentar e arranjou uma valente mulher para a vida, ali bem perto de casa, na vizinha freguesia de Louredo. Lá me deixou, o Mota,  sozinho nas saídas domingueiras, mas nesta coisa de colegas de solteiro é como a partida das andorinhas depois do Verão e sentidos os primeiros frescos de Outono, uma a uma vão partindo todas.

Assim, poucos anos depois também lá deixei a solteirice e, seguindo o exemplo do Mota, fiquei igualmente por perto, até mesmo na mesma terra. Coisas.

Como disse, o Mota casou bem,  fez casa, criou e educou bons filhos e tem estado por ali bem perto da igreja de Louredo, quase a meio caminho da sua casa natal, no lugar do  Reguengo, que parte dela herdou dos pais, o Sr. Celestino e a Sr.a Isabel. 

Teve sociedade na área da construção civil com o seu irmão Manel que já depois deste abraçar a reforma, tem estado a trabalhar por sua conta e risco, sempre com muito trabalho e competência, mas sem canseiras exageradas, destas que por vezes e como certas corridas, nos levam à tentação de dar passos maiores que as pernas, tropeçando. Para quê empreender  muralhas se podemos fazer muros? O Mota foi e é assim, de passos curtos mas certos.

Apesar da sua discrição, tem integrado a vida da comunidade de Louredo, fazendo parte, desde há anos, do seu excelente grupo coral. Quem diria? Um pedreiro a arrancar salmos, hossanas e aleluias? É assim mesmo! Afinal, comigo e com outros, como o Rui Giro, o Orlando, o Maximino Gonçalves, etc, fez parte do grupo de alunos da primeira escola de música de Guisande, ali pelo início dos anos 1980, no Salão Paroquial. De resto, como nas parábolas cristãs, todos temos alguns talentos e, por poucos que sejam, importa que os façamos render e apresentar boas contas a quem no-los confiou. 

Não quero nem importa dar rasgados e exagerados elogios ao Mota, nomeadamente enfeitar o ramalhete com flores que ele não tem no seu jardim, mas tão somente  enaltecer a sua simplicidade, o bom carácter, a amizade e a lealdade, e dizer-lhe, publicamente, que tenho-o como amigo e um dos melhores dos meus bons velhos tempos. 

Não sei se me tem em igual conta, mas quero acreditar que sim, e por isso, porque quase a par nesta coisa do caminhar pelos degraus da escada da vida, em que nunca sabemos quando terminará, vamos continuando a subir, ou, como me parece ao chegar aos 60, a descer, mas que seja, até quando Deus quiser. Importa é descer de passo firme, sem nunca escorregar.

Bom aniversário, Mota, e que venham muitos mais e bons e que eu os conte!

8 de setembro de 2022

Centro Cívico - 8 anos


Parecendo que foi ontem, na realidade foi em Setembro de 2014 que tiveram início as obras de construção do Centro Cívico, com requalificação e aproveitamento do edifício da Escola Primária do Viso. Passam, pois, 8 anos.

Infelizmente, apesar das obras estarem concluídas há bastante tempo, resultando num edifício com capacidades e condições que aos guisandenses deve orgulhar, continua ainda a depender de decisões políticas para funcionar em pleno e prosseguir os seus objectivos. 

Mudanças de governos, mudança de políticos, de políticas e de prioridades, vão fazendo este país funcionar em permanente estado de indecisão, em suspense, e no caso, em incumprimento com palavras e acordos, mas bem sabemos que a palavra tem pouco ou mesmo nenhum valor para os políticos e políticas. 

Louve-se o esforço e dedicação da Direcção, que se aguenta num barco a remar contra mares e marés, mas quando as grandes e fundamentais decisões dependem de políticos e dos seus estados de humor, tudo fica mais difícil. 

A bonança não se antevê.

Há sempre portas a fechar e as chaves gostam de chaveiros.

31 de agosto de 2022

Carlos Paião - 34 anos

Para além de tudo, e como foi tanto tanto, a fatídica data da morte de Carlos Paião, a 26 de Agosto de 1988, ficará sempre associada à minha data de casamento, que aconteceu um dia depois, porque nessa véspera de fadigas e canseiras para que tudo corresse bem, a nós, noivos, e aos familiares e amigos, foi a única coisa que a entristeceu. E ainda a entristece porque, pela circunstância, dela sempre me lembro.

Já não se fazem artistas do calibre do Paião, e em 34 anos passados aparecerem mãos cheias deles e delas, mas no geral feitos e projectados sobretudo pela máquina televisiva e do entretenimento, em que uma qualquer loura enche um arraial sem que nada, artisticamente, o justifique. 

Mas é assim que as coisas vão funcionando e quanto mais fora da linha ou da “box”, como se diz, mais gente arrastam para a frente de um palco. 

A música já não é apenas uma experiência sonora, auditiva, mas sobretudo visual, das roupas, das luzes, das poses, dos tiques. Mais do que a música, a melodia, a letra, o ritmo, importa o aspecto de quem a debita. As câmaras, que todos temos no bolso, são ávidas destas “drogas” e precisam delas como do pão para a boca.

Carlos Paião era um artista puro e daí tudo o que escrevia, compunha e cantava, era igualmente puro e mágico, e bastava ser ouvido. A sua música não precisava de condimentos para lhe dar sabor, nem de corantes e conservantes. Perdura.

Tal como a outros grandes nomes da música que partiram demasiado cedo, em que destaco Mozart (e nem me refiro aos que por força de excessos, como é comum a figuras do pop rock), fico sempre angustiado, não pelo muito e belo que produziram, mas sobretudo pelo muito mais que teriam deixado como legado caso o destino lhes tivesse concedido mais uns anos de vida, uma dezena que fosse.

Mas a vida é assim e Carlos Paião, então a caminho de uma actuação em Penalva do Castelo, ficou-se ali numa curva da EN1 perto de Rio Maior, deixando o país consternado.

Mas ainda que jovem (30 anos), deixou muito e bom e por isso continua a viver

29 de agosto de 2022

Pe. Agostinho Pereira da Silva - 102 anos

 


Passam hoje, 29 de Agosto, 102 anos sobre o nascimento do saudoso Pe. Agostinho Pereira da Silva, nascido no lugar de Casaldaça em 29 de Agosto de 1920. 

Leia aqui alguns apontamentos biográficos deste sacerdote guisandense.

17 de agosto de 2022

Dia de S. Mamede, nosso padroeiro

 


É já hoje, 17 de Agosto, o dia de S. Mamede, padroeiro da nossa paróquia. Sem pompa nem circunstância, mas com celebração condigna, logo teremos missa pelas 19:30 horas na igreja matriz. Seguir-se-á uma singela procissão à volta pelo percurso habitual (pelo adro e alameda).

Dizem os mais antigos que noutros tempos já houve por cá festa de arraial dedicada ao padroeiro, mas pessoalmente, não tenho memória dela. De resto, no que é uma singularidade, as festas populares com invocação de santos ou de Maria nas suas diferentes facetas, muitas vezes deixam os padroeiros de fora. Mesmo cá pelas redondezas, algumas têm tido períodos de paragem e outras são festas menores quando comparadas com demais festas nas próprias freguesias. 

Até mesmo na nossa freguesia, já tem havido procissões na Festa do Viso sem a sua presença, no que, naturalmente, é sempre de lamentar. No mesmo sentido de nem sempre se dar importância à importância, mesmo neste ano, incompreensivelmente, um santo com devoção e tradição na freguesia, o mártir S. Sebastião, não tomou parte na procissão da nossa maior festa. Soubesse disso, com tempo, e seria eu próprio, ou com mais alguém, a garantir a sua participação. Mas, adiante.

A ilustrar este artigo, deixo a reprodução do painel de azulejos existente no lado norte da torre da nossa igreja. Foi pintado a partir da imagem original existente à esquerda (de quem olha) do altar-mor. 

Este painel, com as dimensões de 1,26  x 0,84 m, composto por 54 azulejos (9 x 6) foi mandado fazer pelo então pároco Pe. Francisco Gomes de Oliveira à Fábrica de Cerâmica do Carvalhinho, no ano de 1949, tendo então custado 650 escudos.

15 de maio de 2022

Pe. Francisco - 24 anos sobre o seu falecimento

 


Passam hoje, 15 de Maio de 2022, 24 anos sobre o falecimento do Pe. Francisco Gomes de Oliveira que paroquiou a nossa freguesia de Guisande durante quase 60 anos.

Paz à sua alma e que continue a interceder por nós, pela nossa paróquia, para a sua unidade e progresso espiritual e social.

24 de abril de 2022

Pe. André Almeida Pereira - Missa Nova













Neste dia 24 de Abril de 2022 celebrou Missa Nova na sua terra Natal, S. Vicente de Louredo, o Pe. André Almeida Pereira, dos Missionários Passionistas.

Um orgulho ter um sacerdote na família. Que Deus o proteja e lhe dê uma vida repleta de bênçãos ao serviço da Igreja.

10 de abril de 2022

Luz e escuridão

 


Entre ramos de oliveira,

De verdes palmas juncado,

Envolto pela multidão,

Entra em Jerusalém, Jesus.


E dessa euforia primeira,

Em louvores aclamado,

Foi dado na condenação

À dor e morte na Cruz.


Que dia este, meu Senhor,

Fundo e denso turbilhão,

Em que da luz do esplendor

Te condenaram à escuridão.



Américo Almeida - Domingo de Ramos - 10 de Abril de 2022

7 de abril de 2022

Dia dos moinhos e dos seus pecados




Hoje, dia 7 de Abril, celebra-se o Dia Nacional dos Moinhos.

Sendo certo que agora há dias para tudo e mais alguma coisa, a este, o dos moinhos, deveria ser dada mais importância. Assim, todos os anos, por cá a coisa é lembrada invariavelmente com uma visita e imagens do moinho do Casqueira, em Lobão, movido pelas águas nem sempre limpas do Uíma e o resto em rigor é quase só paisagem. Mesmo no concelho são poucos os exemplares a que se possam chamar de moinhos e  menos os funcionais. Em rigor serão pouco mais que ruínas ou até mesmo o sítio delas.

Cá em Guisande não existe nenhum moinho, conservado, funcional e ao serviço dos proprietários, de consortes ou da comunidade. O último a funcionar terá sido o da casa do Loureiro, na margem esquerda da ribeira da Mota. Contando com as ruínas ou vestígios deles, privados ou de consortes, dou comigo a contar pelo menos 8 exemplares. Alguns facilmente poderiam ser restaurados para lhes dar alguma dignidade e um ou outro a funcionar.

Mas para que tal aconteça é preciso vontade, sair da habitual centralidade à volta do castelo e fazer também uma coisa básica, como limpar as margens das ribeiras e colocá-las ao usufruto das pessoas, com ou sem passadiços, ou não estejam elas classificadas como de domínio público hídrico. Ou seja, o Estado e as entidades da administração pública classificam as coisas como suas mas depois pouco ou nada faz por elas, pela sua conservação e fruição.

É o que temos e quanto a isso é uma água que por ora poucos moinhos vai movendo. Mas é bom que mesmo só por moda se possam lembrar os moinhos, o seu inestimável valor patrimonial, a importância que tiveram para as nossas comunidades, como também no seu contexto, os rios, ribeiras e represas que contribuiam como sua força motriz.

Em todo o caso, este abandono e desmazelo dos moinhos não é só pecado nosso e um pouco por todo o lado o que não faltam é moinhos em ruínas. Se é certo que a alguns tem sido dada projecção regional, como os moinhos de Jancido, na zona do rio Sousa, à custa do esforço de um grupo de amigos, outros há, porém, com muito mais potencial que estão pouco mais que abandonados e pouco divulgados, como é o caso da carreira de moinhos na Barrosa, em Mansores - Arouca. Conheço poucos locais com tanta  beleza e enquadramento. Assim de memória serão pelo menos uma dúzia todos seguidos.  Um ou outro mais conservado mas no geral em ruínas. Mesmo assim a justificar uma visita ou passagem integrada no PR11 - Trilho das Levadas que faz parte do excelente menú de trilhos pedestres do nosso vizinho e bonito concelho de Arouca.

22 de março de 2022

Dia Mundial da Água

 



















Hoje, 22 de Março, é o Dia Mundial da Água - Este elemento, indispensável à vida, tal como a conhecemos. humana, animal ou vegetal, assume cada vez mais importância já que, pelas alterações climáticas e poluição, tem vindo a tornar-se num bem escasso e inalcançável em vastas zonas do planeta.  

Para nós, temo-la como adquirida no simples gesto de abrir uma torneira, seja para beber, cozinhar, fazer a higiene pessoal ou regar o jardim ou horta, mas para uma grande parte da humanidade, sobretudo em África, conseguir uma porção diária para simplesmente sobreviver, corresponde a um constante esforço e consome uma parte substancial das suas vidas.

É, pois, a água, um elemento vital e indispensável e que importa ser cuidada e gerida de forma sustentável. 

Também nos meus simples rabiscos, como os de cima, é quase um elemento omnipresente, quer como símbolo da natureza, como de vida, beleza e harmonia.

5 de dezembro de 2021

Bodas de Prata Sacerdotais e Paroquiais do Pe. Francsico

 


O saudoso Pe. Francisco Gomes de Oliveira, celebrou as suas Bodas de Ouro Sacerdotais e Paroquias em 15 de Agosto de 1989, numa festa que envolveu de alegria e participação toda a comunidade. Antes, porém, em 15 de Agosto de 1964 celebrou as correspondentes Bodas de Prata. Foi igualmente um dia de festa para toda a comunidade mas que, pelas naturais limitações da época, tiveram um carácter menos participativo por parte da população, Basta pensar que em 1989 foi organizado um grande almoço tendo sido convidada toda a população e que decorreu nas amplas instalações da fábrica da Utilbébé, enquanto que em 1964 o almoço restringiu-se à família do pároco e de pessoas mais ilustres da terra. Decorreu então no rés-do-chão do Salão Paroquial nessa altura ainda em obras de construção e ainda por acabar.

A lembrar essa data, acima reproduzimos três "santinhos" que o Pe. Francisco mandou estampar para assim distribuir não só pelos convidados como pela população.

Hoje em dia este tipo de lembranças e recordações são bem mais espampanantes, como acontece nos convites de casamento, mas na realidade pouco efeito têm e muitas vezes passam a ser lembranças efêmeras dada a rapidez e incidência dos divórcios. Mas estas são contas de outro rosário e o que aqui interessa é mesmo evocar a data das Bodas de Prata Sacerdotais e Paroquiais do Pe. Francisco Gomes de Oliveira.

Mas voltaremos a este assunto acrescentando-lhe mais dados e fotografias.

21 de dezembro de 2020

Um santo Natal de 2020

 


Para todos os amigos e visitantes deste espaço, endereçamos votos de um santo e feliz Natal de 2020. Certamente que com restrições e limitações pelos motivos de saúde pública que todos conhecemos, que nos impedem de celebrar da forma tida como tradicional e normal, mas que pelo menos o espírito natalício da verdadeira mensagem do nascimento de Jesus Cristo não seja limitado mas antes sentido em pleno. Para o ano todos desejamos que volte a normalidade.

Um voto especial para todos os nossos visitantes emigrantes, que neste ano, por um ou outro motivo, não poderão celebrar a quadra na sua casa paterna junto da sua família. A todos reiteramos votos de um santo e feliz Natal!

9 de dezembro de 2020

Almeida Garrett

Passam hoje 166 anos sobre a data de falecimento de Almeida Garrett (João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett (Porto, 4 de fevereiro de 1799 — Lisboa, 9 de dezembro de 1854).

Foi um escritor e dramaturgo romântico, orador, par do reino, ministro e secretário de estado honorário português. Grande impulsionador do teatro em Portugal, considerado uma das maiores figuras do romantismo português, sendo ele quem propôs a edificação do Teatro Nacional de D. Maria II e a criação do Conservatório de Arte Dramática.

Em resumo, uma das grandes figuras da nossa História, artística e literária.

25 de novembro de 2020

25 de Novembro de 1975 - O verdadeiro 25 de Abril


Passam hoje 45 anos sobre os acontecimentos de 25 de Abril de 1975, que na realidade consolidaram os pressupostos da revolução do 25 de Abril de 1974. 

O país libertado pouco antes de uma ditadura de direita, descambava para uma ditadura de esquerda com uma tentativa de golpe militar conduzido e apoiado por uma facção das forças armadas com o apoio do PCP - Partido Comunista Português.

A esta tentativa opôs-se um grupo operacional de militares, chefiado pelo então Tenente Coronel Ramalho Eanes, mais tarde General, que desse modo conseguiu contrariar a revolta.

Face ao fracasso do golpe, o  PCP comprometeu-se a não convocar qualquer manifestação para esse dia, substituindo o PREC, acrónimo para Processo Revolucionário em Curso, pelo Processo Constitucional em Curso. Foi, pois, a partir desta data que se começaram a solidificar os pressupostos para uma transição democrática. Por isso o 25 de Novembro de 1975 é considerado o verdadeiro 25 de Abril na sua essência de derrube de uma ditadura para instaurar uma democracia.

Infelizmente a memória é curta e esses revolucionários de esquerda, adeptos de uma ditadura à sua maneira, passaram intocáveis pelos pingos da chuva e hoje são considerados bons e exemplares democratas, moralistas acérrimos dos valores da democracia contra a qual atentaram. Contrariados, mas democratas.

30 de abril de 2020

Maio, maduro Maio

Amanhã temos o 1º de Maio. E logo numa sexta! Dizem que é o Dia do Trabalhador. Será que o trabalhador precisava mesmo de um dia? Por mim podiam mudar o nome do feriado, para Dia de Folga do Trabalhador. 
Claro está que para a coisa funcionar deveria, como o Carnaval, ser uma data móvel, relacionada à lua, de modo a ser sempre à semana. Não há nada mais frustrante de que o Dia do Trabalhador calhar ao Sábado ou Domingo.

Outra sugestão: Em vez do Dia do Trabalhador, poderiam mudar a designação para Dia das Centrais Sindicais, ou Dia do Funcionário Público ou de empresas do Estado. Afinal, trabalhadores à moda antiga, com estatuto, carreiras, escalões, direitos e garantias, incluindo boas reformas, praticamente só no sector público. É certo que mesmo assim queixam-se, mas é por aí. No sector privado o estatuto do trabalhador anda na penúria e se fosse permitido uma larga maioria de empresas só faria contratos de uma semana ou mesmo para um dia, como antigamente os lavradores que andavam ao "jornal", os "jornaleiros".
Finalmente o Dia do Trabalhador é uma designação desactualizada e de acordo com a moderna terminologia, deveria ser antes o  Dia do Colaborador. Para a coisa ficar ainda melhor, cada profissão deveria ter também direito ao seu dia e ao seu feriado, tipo Dia do Afiador de Tesouras ou Dia do Picheleiro.

Pensem nisso! 

13 de dezembro de 2019

Festa de Santa Luzia





A 13 de Dezembro celebra-se e venera-se a Santa Luzia. Em várias localidades, pois claro, como em Framil - Canedo, mas na nossa região a que porventura tem mais fama e concorrência de devotos e forasteiros é a que se realiza na freguesia do Couto de Cucujães, concelho de Oliveira de Azeméis. Também conjuntamente com Santa Eufêmia, em Paraíso - Castelo de Paiva.

A construção da primitiva capela de Santa Luzia remonta, provavelmente, a uma época próxima ao século XII, tenso sido reconstruída em 1921. Esta capela, imponente e de dimensões generosas e maior que muitas igrejas, é a mais abastada da freguesia de Cucujães e nela se realizam missas dominicais.

A festa realiza-se no próprio dia 13, chova ou faça sol e a ela ocorrem muitos forasteiros e devotos desta padroeira da cura e alívio dos problemas de visão e que morreu mártir em defesa da sua virgindade.

Para além da missa solene, muito participada, ocorre uma magestosa procissão, habitualmente acompanhada pela Banda Filarmónica Cucujanense.

Uma das típicas atracções desta festa é a tradicional bebida "jeropiga". Claro está, há lugar para barracas de comes-e-bebes e de venda de tudo um pouco como é normal em qualquer festa, desde charcutaria regional, legumes, frutas, cestaria, etc..

Nas festas em honra de Santa Luzia um grande número de peregrinos e forasteiros desloca-se a Cucujães ao lugar e capela com o mesmo nome. Padroeira daqueles que têm problemas de visão, esta festa inicia-se com a procissão onde a Banda Filarmónica Cucujanense marca presença.

A propósito, recordo com saudade o avô de minha esposa que enquanto vivo marcava devota e regularmente presença nesta tradicional festa da nossa região.