21 de dezembro de 2018

Natal

Coletes

Das primeiras indicações do início da manhã, parece que não é desta que Portugal vai parar. Nalgumas cidades são mais os polícias do que os chamados coletes amarelos. Certamente que na festa do colete encarnado em Vila Franca de Xira junta-se maior multidão. Somos bons em coisas originais mas no que toca a copiar...
Em todo o caso algumas conclusões: Os sindicatos cá do sítio não gostam destas manifestações. E não gostam porque, a exemplo daquele funcionário público que só era assíduo para que o chefe não percebesse que era perfeitamente dispensável, também os sindicatos temem que destas iniciativas se perceba que é possível juntar multidões com bandeiras e slogans mas sem a máquina e sem a liderança dos dinossauros das centrais. 

20 de dezembro de 2018

O estado do Estado


Rui Rio, secretário geral do PSD, recorreu por estes dias a um ditado e a uma quadra populares para retratar a governação de António Costa apoiada pelos parceiros Jerónimo de Sousa e Catarina Martins. Quanto ao provérbio, ou aforismo, diz que o actual Governo tem enganado os portugueses "vendendo gato por lebre".
Quanto à quadra, "rouba-a" a António Aleixo:“Para a mentira ser segura e atingir profundidade, tem de trazer à mistura qualquer coisa de verdade.” 

É certo que Rui Rio, a quem lhe é reconhecida assertividade, fala, todavia, no sentido que lhe convém falar, porque é líder do maior partido da oposição. Todavia, há no uso desta "sabedoria" popular alguma verdade ou, para quem pretenda fazer um retrato menos clubístico da coisa, pelo menos contém situações que dão que pensar. Isto porque, por um lado, é indesmentível que tem havido uma melhoria geral da situação económica e social do país, nomeadamente com a redução do desemprego, reposição de alguns cortes anteriores e retoma de algum poder de compra, ou pelo menos uma maior predisposição para o consumo, mesmo que no geral andemos a reboque da conjunctura internacional e europeia. Mas em contrapartida e por outro lado, assiste-se a sinais que, recorrendo novamente à sabedoria popular,  são autênticos "gatos escondidos com rabo de fora". E não é só no aumento brutal dos impostos indirectos, a electricidade e combustíveis mais caros da Europa, mas também as cativações cegas que têm limitado e mesmo colocado em suspenso muitas e muitas situações que têm a ver com a Saúde, Educação e Estado Social. Como exemplo prático e que nos diz respeito, a situação do Centro Social S. Mamede de Guisande que mesmo depois de ver aprovado o contrato programa com a Segurança Social e a partir dele a sustentabilidade mínima para o funcionamento da instituição, depois de muitos impasses, viu o mesmo ser arquivado por falta de verba, sujeitando-o a uma nova candidatura e dela a mesma incerteza. Como a nossa associação, muitas por este país fora.

Para além de tudo, temos comprovadamente um Estado que tem dado provas de não assegurar a segurança dos cidadãos. Os casos de Pedrógão Grande e dos incêndios de 2017, os casos dos furtos de armas em Tancos e na PSP, o abatimento trágico da estrada em Borba e agora as falhas no processo de busca e socorro das vítimas da queda do helicóptero do INEM, são apenas alguns exemplos mais mediáticos da falha do Estado e das suas instituições, mas muito mais há e  são evidentes a degradação e desinvestimento em sectores importantes como os transportes, hospitais, educação, etc.

Para além do mais, têm duplicado as greves no funcionalismo público, algumas de impacto fatal para a vida dos portugueses, como a greve dos enfermeiros e com ela o adiamento de cirurgias, mesmo num contexto de supostas reposições de direitos e regalias. Mesmo a greve dos estivadores do Porto de Setúbal dizem muito da precariedade ainda não resolvida por mais que apregoada. Dizem os média que as greves duplicaram mas a ter em conta os anúncios do que aí virá, a coisa vai triplicar ou mesmo quadruplicar até ao final do mandato. Manifestam-se professores, magistrados, enfermeiros, médicos e tudo quanto é empregado do Estado. Que se saiba, ninguém se manifesta em greve por estar satisfeito com a governação, ou será apenas um oportunismo de classes que veem neste Governo uma porca de 18 tetas a quem se pode chorar por mama? Ou um pouco de ambas as coisas? 

Assim vamos andando e não me custa a acreditar que se as eleições legislativas fossem já no próximo mês, António Costa correria o sério risco de ser prendado com uma maioria. Nós, os portugueses, no geral, somos boas pessoas e de bem e não nos importamos nada de ser enganados, desde que com mestria e um sorriso.
Há, pois, muitas dúvidas a pairar no ar e situações concretas a merecer pelo menos uma reflexão do que temos e podemos vir a ter.  Mas o mal de tudo, é que não há muito por onde escolher e rematando com outro provérbio, "quem está no inferno está por conta do diabo".

[foto: fonte]

18 de dezembro de 2018

Nota de falecimento


Faleceu Leonel Guedes de Paiva, de 64 anos. Natural de Louredo, residia no Edifício de Habitação Social em Casaldaça -  Guisande.
Velório nesta Terça-Feira, 18 de Dezembro de 2018, a partir das 18:30 horas na Capela Mortuária de Louredo. O funeral terá lugar amanhã, Quarta-Feira, pelas 15:30  horas, com cerimónias na igreja matriz de S. Vicente de Louredo, indo no final a sepultar em jazigo de família no cemitério local. Missa de 7º Dia na Capela de Nª Sª da Natividade, em Vila Seca - Louredo, na Quinta-feira, dia 27 de Dezembro às 18:30 horas.
Sentidos sentimentos a todos os familiares. Paz à sua alma!

16 de dezembro de 2018

Nota de falecimento


Faleceu Maria Amélia da Conceição, de 75 anos (16 de Junho de 1943-16 de Dezembro de 2018), viúva de Manuel Alves da Fonseca. Residia na Rua das Barreiradas, Nº  151. Velório neste Domingo,  a partir das 19:00 horas. O funeral e respectivas cerimónias terão lugar amanhã, Segunda-Feira, 17 de Dezembro, peloas 16:15 horas, na igreja matriz, indo no final a sepultar em jazigo de família. Missa de 7º dia no Sábado, dia 22 de Dezembro, pelas 18:30 horas.
Sentidos sentimentos a todos os seus familiares.
Paz à sua alma e que descanse em paz!

10 de dezembro de 2018

Perlins e afins



Todos sabemos que as crianças entusiasmam-se com pouco e os pais acompanham o entusiasmo destas. Vê-las contentes, a sorrir e a sonhar é, afinal, o mais importante. O resto é  folclore... “That’s all, folks”. A juntar a estes ingredientes, o entusiasmo comum pelo Pai Natal da Coca-Cola e temos, assim, o contexto para o sucesso de perlins e afins, um pouco por todo lado onde o comércio tenha tentáculos.
 Mas por estes dias, em que o Uíma vai de azul e a Feira de vermelho e espanhóis, nada como dar um salto a Arouca e ver e respirar a coisa com um ar um pouco mais arejado, e mais de verde. Por ali, ainda se circula e respira-se com uma (ainda) pontinha de genuinidade, seja na envolvência da vila, seja no convento e amplos jardins entre as tendinhas costumeiras de artesanato, licores, enchidos, cebolas, alhos, castanhas cruas e a assar. Para a fantasia, o "Celeiro Encantado" armado nos húmidos calabouços do velho convento, onde as crianças se deliciavam no ambiente de mistério que só elas detectam.
Nada como um Domingo com sol a cheirar a Natal, por mais banalizado que este esteja. Já nada é como era, mas ainda é Natal.