6 de maio de 2024
29 de março de 2024
31 de outubro de 2023
Guisande Futebol Clube - 44 anos
Passam na data de hoje, 31 de Outubro de 2023, 44 anos sobre a data oficial da constituição do Guisande Futebol Clube como uma associação com finalidade desportiva, cultural e recreativa. De facto foi em 31 de Outubro de 1979 que foi celebrada a escritura pública da sua constituição. É certo que as raízes do clube são anteriores, pelo menos em 20 anos, mas, de forma oficial, é esta data que conta.
São assim 44 anos de vida embora com algumas paragens na sua actividade, altos e baixos, como é natural em qualquer organização. Felizmente, graças ao empenho e dedicação de um bom grupo de guisandenses, o clube está novamente a honrar os seus compromissos e com corpos gerentes constituídos e com actividade desportiva, no caso na modalidade de futebol com atletas veteranos a competir na Liga Masters da AFA - Associação de Futebol de Aveiro e conta ainda com uma vertente dedicada às corridas a que corresponde o núcleo do Guisande Trail Running, que acaba de organizar a 1ª edição do Trail do Viso.
Parabéns ao clube enquanto entidade imaterial mas sobretudo aos seus dirigentes.
Os tempos e contextos são muito diferentes daqueles em que levaram à fundação do clube, mas o seu papel agregador e identitário da nossa freguesia e comunidade ainda é deveras importante, tanto mais numa altura em que certos valores dessa mesma identidade e sentido de pertença têm seguido num processo de erosão. Há, pois, que "mudar o chip" e encontrar novas formas de renovar os fundamentos e objectivos mas manter sempre o espírito de clube e comunidade. Isso será uma forma de homenagear e valorizar quem aos longo deste quase meio século deu tempo e dedicação ao clube da sua terra. E foram muitos, em diferentes tempos.
Eu proprio tenho orgulho, mesmo que de forma muito simples, em ter feito parte dessa história, não apenas como associado mas tembém como director e mesmo que no final do mandato tivesse que suportar do próprio bolso o prejuízo nas contas, de resto como todos os demais directores. Posso não ser um assíduo assistente dos eventos, que não sou, mas o interesse, o apoio e carinho pelo clube e por quem o corporiza, mantém-se como há 44 anos.
8 de maio de 2023
Pe. Francisco Oliveira - 25 anos sobre a sua partida
No próximo dia 15 de Maio, passam 25 anos, um quarto de século sobre o falecimento do Pe. Francisco Gomes de Oliveira, que foi pároco da nossa freguesia de Guisande durante quase 60 anos. Tomou posse em 23 de Setembro de 1939. Celebrou na nossa comunidade as Bodas de Prata em 15 de Agosto de 1964 e Bodas de Ouro Sacerdotais e paroquiais em 15 de Agosto de 1989.
Pelo simbolismo da data, esperava que a comunidade fizesse a sua evocação de forma mais significativa e com alguma iniciativa paralela. Poderia ser de várias formas, como uma actividade religiosa e cultural ou mesmo uma romagem da comunidade ao cemitério onde se encontra sepultado. Eventualmente a publicação de um livreto ou pagela comemorativa.
Considerando que o dia 15 será precisamente já na próxima segunda-feira, daqui a oito dias, e tendo sido anunciada apenas uma de várias intenções integrada numa normal missa, parece-me que nada mais vai ser realizado ou evocado até lá. É pena! Pessoalmente esperava algo mais! E creio que a paróquia de algum modo tinha essa obrigação moral ou mesmo até sob um ponto de vista biográfico.
De minha parte, e já o tinha anunciado, tinha perspectivado lançar por esta altura um livro monográfico sobre a freguesia e tendo o Pe. Francisco como pedra central do mesmo. Infelizmente, apesar do conteúdo estar praticamente pronto, alguns problemas de saúde que me condicionaram nos últimos três meses do ano passado bem como os gastos pessoais a somar aos relacionados com os dois anteriores livros que publiquei, um deles de distribuição gratuita, e face aos custos mais significativos com a nova publicação e para os quais não contarei com qualquer apoio ou subsídio, fizeram-me decidir pelo adiamento da publicação que espero, se não for para depois deste Verão, venha a concretizar-se na primeira metade do próximo ano.
Em todo o caso, não me está esquecida a memória do Pe. Francisco Gomes de Oliveira e o seu papel indelével que deixou na nossa comunidade paroquial num tão largo período temporal. Aqui, ainda antes da data, evoco a sua memória à passagem dos 25 anos sobre o falecimento, e este meu espaço tem sido um repositório de algumas memórias a ele associadas.
Deixo de seguida alguns dados biográficos sobre a sua pessoa e percurso sacerdotal:
08/07/1915
Nasceu no lugar de Vilar, freguesia de Fiães - Vila da Feira.
1928
Entrou para o Seminário de Vilar.
1932
Mudança para o Seminário da Sé, Porto.
1937
Deu-se o falecimento do P.e Custódio, pároco de Guisande, ficando a exercer o cargo o P.e Benjamim Soares, pároco de Louredo.
1938
Foi nomeado pároco de Guisande o P.e Guilherme Ferreira.
06/08/1939
Foi ordenação como sacerdote na Sé do Porto.
15/08/1939
Celebração de Missa Nova na igreja matriz de Fiães, sua terra natal.
30/08/1939
É nomeado pároco das freguesia de Guisande e de Pigeiros.
19/09/1939
Primeira visita à freguesia de Guisande.
23/09/1939
Tomada de posse como pároco de Guisande e de Pigeiros, com residência na primeira.
24/09/1939
Celebração da primeira missa na igreja matriz de Guisande.
1938/1945
Entre esta data a paróquia de Pigeiros esteve anexada a Guisande, desde, portanto, do tempo do P.e Guilherme Ferreira.
1945
A paróquia de Pigeiros é anexada à paróquia das Caldas de S. Jorge. O P.e Francisco passa a prestar serviço religioso na paróquia de Louredo, por troca ordenada pelo Bispo, com Pigeiros.
1950
É designado novo pároco de Louredo o P.e Romeiro.
1956
Faleceu o P.e Rufino Pinto de Almeida, pároco de Lobão, e por incumbência do Bispo, entre Fevereiro e 20 de Outubro, o P.e Francisco toma a seu cargo essa paróquia.
1962
Em 28 de Dezembro foi nomeado pelo Bispo D. Florentino de Andrade e Silva, como Vigário, substituindo no cargo o P.e Manuel Fernandes dos Santos, então pároco de Romariz.
15/08/1964
Comemoração das Bodas de Prata Sacerdotais (25 anos). O banquete foi realizado no salão paroquial de Guisande, o qual por essa altura ainda estava em obras.
1971
Entre 27 de Janeiro e 12 de Junho paroquiouLobão por doença do P.e Aurélio.
Em 21 de Dezembro foi reconduzido como Vigário da Vara para o triénio de 1972 a 1974.
1979
Foi exonerado como Vigário, sendo substituído pelo P.e Santos Silva, pároco do Vale
1981 a 1993 - Foi colaborador regular do jornal "O Mês de Guisande".
15/08/1989
Comemoração das Bodas de Ouro Sacerdotais (50 anos). Foi realizada uma grande festa com a participação geral da paróquia que culminou com um almoço convívio que mobilizou a maior parte da população.
15/05/1998
Depois de alguns problemas de saúde, que o obrigou a hospitalizações e a ser substituido nos serviços paroquiais pelo seu sobrinho Pe. Benjamim, acabou por falecer com quase 83 anos. Foram celebradas cerimónias fúnebres em Guisande, com a presença do Bispo do Porto, D. Armindo, e depois na sua terra natal, Fiães, onde foi sepultado em jazigo de família no cemitério local onde jaz ao lado de seus pais.
25 de abril de 2023
25 de Abril de 1974 - Qual a visão certa?
E hoje é feriado nacional em comemoração da data de 25 de Abril de 1974, chamada romanticamente de "revolução dos cravos", que se traduziu num golpe de estado militar que conduziu à queda do governo de ditadura então liderado por Marcelo Caetano, que uns anos antes sucedera a António de Oliveira Salazar.
Apesar da sua importância histórica e social para o nosso país, continua ainda a não ser concensual em muitos dos seus aspectos, nomeadamente quanto aos objectivos que a ela conduziram. Para muitos foi a conquista da liberdade e da democracia e a data é sinónimo desses dois valores que temos como fundamentais, mas em rigor os mesmos só foram conquistados ao longo dos anos subsequentes à revolução e ainda há quem diga que não estão de todos plenamente conquistados. Já passaram 49 anos e daqui a mais 50 ainda andaremos a dizer isto. De facto, nos tempos imediatos à data, tudo estava a ser conjugado e direcccionado para uma nova ditadura, sucedendo à de direita, uma de esquerda. Parte dos militares envolvidos, tudo fizeram para a cubanização do país e só depois dos acontecimentos do 25 de Novembro de 1975 é que as coisas se começaram a encarreirar para uma democracia. Ainda anda por aí muita gente que dava tudo para sermos uma Cuba.
Em resumo, o 25 de Abril de 1974 foi sendo pintado com cores que não foram as originais mas em muito a reacção corporativa de uma elite militar descontente com o rumo da guerra no ultramar. Seja como for, de uma forma ou de outra, desvirtuado ou não, resultou a data na interrupção de 40 anos de ditadura (48 se considerado o período anterior de ditadura militar de 1926 a 1933). Mas 40 ou 48, em rigor, são já mais os anos de democracia após 25 de Abril de 1974 do que os de ditadura no antes da data. A classe militar, sempre ela, começou e terminou a ditadura.
Passados 49 anos, e para o próximo ano passa meio século sobre a data, o país apesar de viver numa democracia, com todos os seus defeitos e virtudes, ainda continua aos solavancos ou em marcha lenta, muito atrás dos melhores indicadores dos países desenvolvidos, nomeadamente dos europeus. É certo que todos temos como adquirido que vivemos em melhores condições, com mais direitos e regalias, na saúde como na educação, as despensas e frigoríficos fartos e as garagens com vários carros, mas a que custo? Em grande parte por força de dinheiros europeus e muito pela enorme dívida pública da qual nem daqui a um século nos livraremos, sendo daquelas coisas que dizem que nunca é para saldar, antes para gerir, ora descendo, ora subindo. Caloteiros mas a viver bem.
No resto continuam as desigualdades, a precariedade no trabalho, uma justiça para ricos e outra para pobres, acessos à saúde e educação diferenciados para ricos e pobres. Estes, os pobres, são cada vez mais e os outros, os ricos, um grupo restrito que acumula a maior parte da riqueza, por isso esta mal distribuida.
Continuamos com grandes níveis de corrupção e de controlo da governação pelos mesmos dois partidos os quais reservam para si os cargos nos governos e na administração pública, instalando amigos e familiares, premiando-se com chorudas compensações, subvenções, indemnizações e reformas milionárias. Um fartote embrulhado em democracia.
O povo, esse ainda continua a ter uma vida fodida, com melhor nível de vida no geral, mas em grande parte ilusória porque endividado dos cabelos da cabeça às unhas dos pés, repleto de compromissos, fustigado com uma alta carga tributária e afogado em despesas mensais para os diferentes serviços de água, esgotos, telecomunicações, televisão, automóveis, educação, saúde, etc.
Naturalmente que em Abril de 1974 havia algum atraso no desenvolvimento de Portugal comparativamente com outros países ( e hoje não é assim?) mas também não se pode escamotear nem esquecer o desenvolvimento que o Estado Novo trouxe, sobretudo na sua primeira metade de governação. Não se pode omitir da história o estado caótico flagelado por constantes golpes militares e guerrilhas civis que marcaram todo o período após a instauração da república. Salazar tomou conta de um país financeiramente destruído. Fez-se muita e importante obra pública, como estradas, pontes, barragens, construiram-se escolas, hospitais e bairros operários. Claro que havia ainda muito a fazer nos diversos sectores e áreas tidas como de desenvolvimento territorial e social mas com tempo certamente que seria feito. Ninguém intelectualmente honesto pode afirmar que, mesmo que hipoteticamente tivesse continuado um regime de ditadura ou de estado totalitário, que Portugal não estivesse neste tempo actual com um bom nível de desenvolvimento. Será sempre uma questão sem resposta porque seja ela qual for nunca será concensual porque qualquer uma delas será apenas hipotética e definida por ideologias.
O grande e capital pecado do regime foi sem sombra de dúvidas a opção pelas guerras coloniais quando deveria ter permitido a independência dos estados ultramarinos, numa transição que poderia ter sido vantajosa para ambos. Mas não, e por isso levou para a guerra e morte toda uma geração de homens e destroçando uma sociadede e recursos económicos que tão importantes seriam para a continuação do desenvolvimento do país.
Já depois do 25 de Abril, os países ultramarinos foram abandonados num processo sem qualquer controlo, numa total anarquia e com elevados custos para quantos portugueses que ali viviam a tinham nascido, regressando forçadamente a Portugal com o estigma de retornados, com elevados custos para a sociedade de então. Esse foi um dos grandes pecados da revolução que não teve nem peso nem arte nem engenheo, nem porventura vontade, para assegurar uma independência e transição equilibradas e que salvaguardassem os interesses dos portugueses nesses países africanos. Mesmo para os próprios países foi deixado um caldo de guerra civil que durou décadas e que ainda hoje tem feridas abertas e com pseudo-democracias, como em Angola e Moçambique. Uma lástima, um cravo da revolução, e este forjado com sangue suor e lágrimas, uma realidade muito menos suave e romântica do que a a revolução em si.
Estou certo que sem a guerra colonial, mesmo que a ditadura continuasse por mais alguns anos, o país teria outro desenvolvimento. E creio que mesmo por necessidade e mudança do tempo e das políticas mundiais e europeias, aos poucos o regime teria que entrar numa transição para a democracia como de resto entraram muitos outros países, nomeadamente os do leste europeu.
Quanto à visão pessoal do 25 de Abril de 1974, compreendo e valorizo a sua importância histórica e social, mas como a de milhões de portugueses que ainda viveram algum tempo na ditadura, não tem um valor muito especial. Quem vivia o dia a dia, trabalha e metia-se à sua vida, não sentia o peso da ditadura. Até parecia que havia dois regimes, uma para o povo em geral e outro para a classe política e para os revolucionários e estes é que se queixavam, mas em regra doutores e engenheiros, filhos de burgueses, dos quais muitos também queriam tomar parte na gamela. Muitos deles, logo que alterado o regime, entraram apressados no curral e comeram e têm comido à fartazana. Para si e para os seus familiares, amigos e correligionários. Não ficou teta por ser chupada. Dos pobres, poucos se metiam nessas coisas da política e da oposição. Queriam era trabalho, pão, paz e sossego. Liberdade, nunca nos faltou.
Quando ocorreu o 25 de Abril de 1974, eu tinha 11 anos e meio, frequentava o 5.º ano da escolaridade. A notícia foi dada na escola e já não tivemos aulas e viemos para casa ver televisão que nesse dia só falava no assunto. Obviamente que com essa idade não compreendia o seu alcance e motivos.
Vivia no seio de uma família modesta que como a maioria trabalhava para viver, sem luxos mas com a dignidade possível e nunca nos faltou pão, alguma carne, bacalhau e sardinhas na mesa. Andávamos na escola, vestidos e calçados e nunca nos sentimos em insegurança, nunca fomos incomodados pela polícia, presos ou torturados. Ou seja, como a larga maioria dos portugueses de então, não dávamos pela ditadura e dos seus efeitos nefastos.
Sendo verdade, como atrás já ficou dito, que hoje em dia vivemos relativamente bem, com todos os confortos da vida moderna, importa não esquecer o custo disso para que a mudança sentida entre os dois tempos, mesmo que decorrido quase meio século, não seja apenas ilusória. Se vivemos bem, isso decorre da passagem do tempo e sobretudo dos altos encargos do país e dependência pela alta dívida pública. Certamente que as maiores vantagens decorrentes do 25 de Abril foi a conquista da plena liberdade e de outros direitos como o da liberdade de expressão, mas mesmos esses continuam ainda mancos e em muitos aspectos a nossa democracia é uma ditadura disfarçada a que damos legitimidade com o nosso voto.
25 de Abril sempre, certamente, e que importa não esquecer, mas com uma visão esclarecida e não por um olhar meramente revolucionário, ideológico e político, porque isso, tanto na ditadura como nas revoluções e como na democracia, sempre interessou e interessa a um grupo restrito das sociedades. O resto é povoce que de uma forma ou outra andará sempre subjugado e a dançar ao som da música que nos dão. Democracia e liberdade só por si, é pouco. Importa todo o resto. E como cantava há quase 50 anos o Sérgio Godinho, ainda hoje faz pleno sentido.
Viemos com o peso do passado e da semente
Esperar tantos anos, torna tudo mais urgente
E a sede de uma espera só se estanca na torrente
E a sede de uma espera só se estanca na torrente
Vivemos tantos anos a falar pela calada
Só se pode querer tudo quando não se teve nada
Só quer a vida cheia quem teve a vida parada
Só quer a vida cheia quem teve a vida parada
Aí
Só há liberdade a sério
Quando houver
A paz, o pão, habitação
Saúde, educação
Só há liberdade a sério quando houver
Liberdade de mudar e decidir
Quando pertencer ao povo o que o povo produzir
E quando pertencer ao povo o que o povo produzir
(foto: Eduardo Gageiro]
25 de novembro de 2022
25 de Novembro de 1975
Este sim, o 25 que traçou o rumo da liberdade e democracia, Até ali, apenas os desmandos de um PREC dominado pelo PCP que mais não pretendia que apenas mudar a agulha no disco da ditadura, da direita para a esquerda, cubanizando o país.
Importa não esquecer. Quem celebra o 25 de Abril e esquece ou omite o de Novembro, diz tudo não dizendo nada.
Convém ainda não esquecer o que Cunhal disse na famosa entrevista à italiana Oriana Fallaci, publicada em 6 Junho de 1975, porque era esse o modelo de "democracia e regime que planeava para Portugal.
Dizia: “Nós, os comunistas, não aceitamos o jogo das eleições (...) Se pensa que o Partido Socialista com os seus 40 por cento de votos, o PPD, com os seus 27 por cento, constituem a maioria, comete um erro. Eles não têm a maioria”. “(...) Se pensa que a Assembleia Constituinte vai transformar-se num Parlamento comete um erro ridículo. Não! A Constituinte não será, de certeza, um órgão legislativo. Isso prometo eu. Será uma Assembleia Constituinte, e já basta (...). Asseguro-lhe que em Portugal não haverá Parlamento (...)”.
17 de agosto de 2022
Dia de S. Mamede, nosso padroeiro
É já hoje, 17 de Agosto, o dia de S. Mamede, padroeiro da nossa paróquia. Sem pompa nem circunstância, mas com celebração condigna, logo teremos missa pelas 19:30 horas na igreja matriz. Seguir-se-á uma singela procissão à volta pelo percurso habitual (pelo adro e alameda).
Dizem os mais antigos que noutros tempos já houve por cá festa de arraial dedicada ao padroeiro, mas pessoalmente, não tenho memória dela. De resto, no que é uma singularidade, as festas populares com invocação de santos ou de Maria nas suas diferentes facetas, muitas vezes deixam os padroeiros de fora. Mesmo cá pelas redondezas, algumas têm tido períodos de paragem e outras são festas menores quando comparadas com demais festas nas próprias freguesias.
Até mesmo na nossa freguesia, já tem havido procissões na Festa do Viso sem a sua presença, no que, naturalmente, é sempre de lamentar. No mesmo sentido de nem sempre se dar importância à importância, mesmo neste ano, incompreensivelmente, um santo com devoção e tradição na freguesia, o mártir S. Sebastião, não tomou parte na procissão da nossa maior festa. Soubesse disso, com tempo, e seria eu próprio, ou com mais alguém, a garantir a sua participação. Mas, adiante.
A ilustrar este artigo, deixo a reprodução do painel de azulejos existente no lado norte da torre da nossa igreja. Foi pintado a partir da imagem original existente à esquerda (de quem olha) do altar-mor.
Este painel, com as dimensões de 1,26 x 0,84 m, composto por 54 azulejos (9 x 6) foi mandado fazer pelo então pároco Pe. Francisco Gomes de Oliveira à Fábrica de Cerâmica do Carvalhinho, no ano de 1949, tendo então custado 650 escudos.
15 de maio de 2022
Pe. Francisco - 24 anos sobre o seu falecimento
Passam hoje, 15 de Maio de 2022, 24 anos sobre o falecimento do Pe. Francisco Gomes de Oliveira que paroquiou a nossa freguesia de Guisande durante quase 60 anos.
Paz à sua alma e que continue a interceder por nós, pela nossa paróquia, para a sua unidade e progresso espiritual e social.
9 de dezembro de 2020
Almeida Garrett
Passam hoje 166 anos sobre a data de falecimento de Almeida Garrett (João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett (Porto, 4 de fevereiro de 1799 — Lisboa, 9 de dezembro de 1854).
Foi um escritor e dramaturgo romântico, orador, par do reino, ministro e secretário de estado honorário português. Grande impulsionador do teatro em Portugal, considerado uma das maiores figuras do romantismo português, sendo ele quem propôs a edificação do Teatro Nacional de D. Maria II e a criação do Conservatório de Arte Dramática.
Em resumo, uma das grandes figuras da nossa História, artística e literária.
25 de novembro de 2020
25 de Novembro de 1975 - O verdadeiro 25 de Abril
Passam hoje 45 anos sobre os acontecimentos de 25 de Abril de 1975, que na realidade consolidaram os pressupostos da revolução do 25 de Abril de 1974.
O país libertado pouco antes de uma ditadura de direita, descambava para uma ditadura de esquerda com uma tentativa de golpe militar conduzido e apoiado por uma facção das forças armadas com o apoio do PCP - Partido Comunista Português.
A esta tentativa opôs-se um grupo operacional de militares, chefiado pelo então Tenente Coronel Ramalho Eanes, mais tarde General, que desse modo conseguiu contrariar a revolta.
Face ao fracasso do golpe, o PCP comprometeu-se a não convocar qualquer manifestação para esse dia, substituindo o PREC, acrónimo para Processo Revolucionário em Curso, pelo Processo Constitucional em Curso. Foi, pois, a partir desta data que se começaram a solidificar os pressupostos para uma transição democrática. Por isso o 25 de Novembro de 1975 é considerado o verdadeiro 25 de Abril na sua essência de derrube de uma ditadura para instaurar uma democracia.
Infelizmente a memória é curta e esses revolucionários de esquerda, adeptos de uma ditadura à sua maneira, passaram intocáveis pelos pingos da chuva e hoje são considerados bons e exemplares democratas, moralistas acérrimos dos valores da democracia contra a qual atentaram. Contrariados, mas democratas.
25 de novembro de 2019
25 de Novembro de 1975
31 de outubro de 2019
Guisande Futebol Clube - 40 anos
Assim, sendo, mesmo sem bolo, parabéns! e parabéns a todos quanto ao longo da sua vida, mesmo que em diferentes contextos, desde presidentes, dirigentes, atletas, sócios e adeptos, ajudaram a criar e a fazer crescer o clube da nossa terra.
16 de setembro de 2019
S. Cipriano
Na realidade existem várias versões de um livro conhecido pelo "Livro de S. Cipriano) mas trata-se de um grimório, ou seja, uma coletânea de meros rituais e supostos encantamentos mágicos, que, segundo diversas lendas nunca confirmadas documentalmente teriam supostamente sido escritos por Cipriano de Antioquia antes da sua conversão ao cristianismo. De resto, as referências a esse livro só surgem apenas no século XIX, por isso centenas de anos depois da da data atribuída à morte de Cipriano de Antioquia, que também viveu no século III.
6 de agosto de 2019
Guisande F.C. - 40 anos
25 de abril de 2019
23 de abril de 2019
Compasso da Páscoa - A tradição vai andando mas um pouco a mancar
No fim de contas vale e importa mais o simbolismo da quadra e da mensagem da ressurreição de Cristo levada a cada casa e a cada família. Importantes, também, os momentos de partilha e confraternização das famílias que se juntam neste dia. O resto, tendo relevância, porque tradição vinda de trás e com referências cimentadas, são sempre coisas menores, mais materiais e protocolares.
18 de setembro de 2018
M. R. Pum Pum
fontes: [wikipedia] [ephemera] [ci.uc]