Quem costuma ler o que vou escrevendo, tanto neste meu site “Eu e a minha aldeia de Guisande", como na minha página pessoal no Facebook, já tive oportunidade de escrever que em contexto de lista partidária, não serei candidato à Junta de Freguesia de Guisande nas próximas eleições autárquicas.
É certo que fui convidado por um dos principais partidos a ser cabeça-de-lista, por isso ao cargo de presidente da Junta, mas, por opções meramente pessoais, não aceitei.
Naturalmente que fiquei sensibilizado e agradeci a confiança dos que entenderam que eu seria uma opção, nomeadamente a quem me fez chegar o convite, bem como ainda a várias outras pessoas, incluindo amigos, que procuraram influenciar-me na aceitação, mas decidi convictamente que não. E não, porque entendi desde cedo e a partir do momento em que se concretizou a desagregação da União de Freguesias, que a melhor opção seria a apresentação de uma lista independente, a reunir gente dos principais partidos, no sentido de, tanto quanto possível, unir a freguesia numa transição importante em que as dificuldades de retomar os destinos da freguesia por conta dos próprios guisandenses serão grandes.
Transmiti esta mesma ideia ao Celestino Sacramento, o qual, até ao momento, mesmo que ainda não de forma oficial, se foi afirmando como disponível para se candidatar e no que considera estar a cumprir o compromisso com a população aquando do início do processo de petição pela desagregação, e que numa primeira abordagem, mesmo que muito informal, também considerou a ideia de lista independente como positiva. Nesse contexto, disse-lhe que pensasse nessa solução e se a mesma avançasse poderia contar comigo. As coisas ficaram nesse pé e em rigor, à data, não sei em que ponto estão.
Quanto aos partidos ainda não são conhecidos publicamente quaisquer nomes para Guisande.
Em resumo, volto a esclarecer os mais interessados ou curiosos, de que não serei candidato por qualquer força partidária. Apenas no cenário de lista independente, e com gente de ambos os partidos, que eu considerasse capazes e interessados nas coisas da freguesia, poderia aceitar.
Assim sendo, como costuma ser normal, avançarão os partidos e quero acreditar que com gente capaz porque, de uma forma ou outra, é necessário e importante que alguém assuma os destinos da freguesia, que bem precisa de “um novo e diferente caminho”.
Concluo, reafirmando que não me pus de fora das responsabilidades, apenas quanto ao contexto em que poderia ou não aceitar participar. Quem não compreende esta legitimidade?