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13/05/2018

Regresso à normalidade

Ufa! Lá passou o Festival da Eurovisão.
Como se previa, o regresso à normalidade. Portugal regressou aos maus resultados e, maldade das maldades, a "jogar" em casa, ficou-se pelo último lugar, nada a que não estivesse habituado neste certamente.

Israel lá ganhou com algo que dizem que é uma canção. Mesmo no meio de alguma (muita) mediocridade, havia por lá coisas bem melhores. Em verdade, depois da inesperada vitória no ano passado por Salvador Sobral e do seu apelo final do que deveria ser o festival, esta vitória de Israel veio mostrar quem manda e qual o estilo que deve ser seguido. Lirismos e boa música é algo desafinado e que não rima com este evento. Depois, ironia das ironias, num festival que diz-se defensor da multiculturalidade, vê-se a maioria dos países muito pouco dados à defesa da sua identidade cultural, antes preferindo registos pops americanizados e globalizados. As raízes culturais e a diversidade do mosaico dos países participantes já tiveram melhores tempos. Mas sim, fica bem apregoar estes "valores". Dão um ar moderno e politicamente correcto à coisa e casam bem como apresentadores generosamente decotadas.

Assim sendo, mesmo com uma organização poupada em relação às anteriores, Portugal investiu uns largos milhões. Dizem que com retorno, mas é daqueles retornos que em concreto não enche o bolso a ninguém, sobretudo fora do contexto turístico relacionado à capital.
Mas o bom disto tudo é que já acabou, até mesmo a excessiva teatralização das apresentadores, com decotes excessivos, roupinhas feiolas e um inglês próprio de quem não é inglês. Mas acabou e para o ano é em Jerusalém. Para rimar, ainda bem!

Ufa!

08/05/2018

Parece que o festival da Eurovisão é por estes dias...


É verdade! Será por estes dias, culminando no próximo Sábado, que acontecerá mais uma edição do já velhinho Festival Eurovisão da Canção, a ter lugar em Lisboa. Logo após o Salvador Sobral ter carimbado o evento para Portugal, alguns líricos, incluindo feirenses, sonharam que o evento poderia decorrer num Europarque ou em qualquer outro sítio que não a capital, mas cedo despertaram para a realidade de que Portugal é Lisboa e o resto é quase paisagem.

Tenho dado pouca ou nenhuma atenção ao assunto, mas parece que o festival é coisa de muitos  milhares de pessoas e milhões de euros e espectadores, e que vai mexer com a economia portuguesa (lisboeta) e que toda a gente está a ganhar dinheiro com isso. Sinceramente, nunca percebi muito bem como é que Manel de Trancoso, o Zeca de Vinhais ou a Maria de Vila Franca de Xira virão a beneficiar com este "mexer" da economia. Mas são contas dos entendidos. Por mim, fico à espera de colher os dividendos de tão mediático acontecimento, porque, parecendo que não, há literalmente milhões que ainda se interessam por este tipo de eventos.

Por mim, não ía daqui a Lourosa para assistir a uma coisa destas, quanto mais a Lisboa, mas isso sou eu que não sou fã, porque se fosse teria que ir gastar o que não ganho e aguentar horas em filas por um bilhetinho para assistir ao vivo e a cores a uma das meias-finais para ouvir umas cantigazinhas de artistas anónimos provenientes da Europa de Leste e da Europa israelita e australiana. Restará a possibilidade de ver pela RTP, a entidade organizadora, mas nem por ali espero perder grande tempo. Como na bola, será melhor esperar pelos resumos finais depois do jogo.

Mas, fora brincadeira, é mesmo uma coisa séria e importante, dizem os especialistas, uma espécie de Liga dos Campeões de Futebol, por isso muito melhor que a Liga NOS do nosso humilde Festival RTP da Canção

27/03/2018

Ufa!...Estamos mais descansados!


Depois de um miserável jogo frente à selecção da Holanda, com pesada e condizente derrota por 3-0, em jogo de preparação para o Mundial 2018, o seleccionador Fernando Santos e alguns dos seus jogadores afinal conseguiram vislumbrar coisas positivas, nomeadamente  a postura da segunda parte do encontro realizado em Genebra - Suiça, e que de tão triste e infeliz partida vai recolher preciosos frutos e sábios ensinamentos. Porventura, digo eu, que de todos aqueles jogadores que se equiparam com as cores da selecção, poucos darão garantias de ganhar o que quer que seja.

Já no anterior jogo, com a selecção do Egipto, também na Suiça, a coisa só não correu tão mal porque a selecção africana será um bocadinho mais fraca que a holandesa e o onze que jogou na sexta-feira será um bocadinho menos mau que o escalonado para esta segunda-feira. E não fora a reviravolta de Ronaldo, já para além dos 90 minutos, num duplo golpe de cabeça, e teria sido mais uma derrota , frente aos faraós.

Mas, com estas garantias de Fernando Santos, que viu o que mais ninguém viu, afinal estamos todos mais descansados. Ufa! E de resto, como se viu no Europeu de 2016, para se ganhar uma grande competição internacional nem é preciso jogar bem nem vistoso. Basta acreditar na fezada de Fernando Santos.

29/06/2017

Sem sorte de europeu

Portugal lá se foi da final da Taça das Confederações, perdendo uma oportunidade histórica de a disputar e até ganhar. Perdeu na meia-final com a selecção do Chile. No final do tempo regulamentar o jogo ficou-se pelo nulo o que também aconteceu após o prolongamento. Na decisão pelos pontapés da marca de grande penalidade o Chile foi categórico e não vacilou, apontando três golos contra três falhanços dos portugueses. Costuma dizer-se que neste tipo de decisões é uma lotaria, a sorte ou o azar, mas não concordo nada com essa teoria que serve sempre de desculpa para quem perde; trata-se, isso sim, de competência, tanto a marcar como a defender e nisso os chilenos arrasaram Portugal. Patrício, teimou em atirar-se sempre para o mesmo lado, o contrário e tanto Quaresma como Moutinho e Nani atiraram sempre frouxo, permitindo ao guarda-redes lançar-se para o lado certo e para a zona defensável. Pelo menos Cristiano Ronaldo livrou-se da vergonha, não chegando sequer a marcar. Guardou-se para um eventual pontapé decisivo mas acabou por não decidir coisa alguma.
Não podemos estar sempre à espera da sorte que tivemos em todo o Europeu para vencer jogos e competições, por isso foi normal o afastamento da final, o que de resto já podia ter acontecido ainda no tempo de prolongamento com o árbitro a negar um penaltie claro contra os portugueses (para que serve o vídeo-árbritro?) e a bola a bater nos ferros da baliza de Patrício por duas vezes no mesmo lance. Assim sendo, fez-se justiça, se é que esta tem algum sentido num jogo de futebol.
Resta agora a consolação da eventual vitória no jogo para apuramento do terceiro e quarto lugares da prova, uma espécie de final de derrotados, eventualmente contra a Alemanha ou mesmo contra o México, no que será um reencontro e um tira-teimas já que na fase de grupos portugueses e mexicanos empataram a duas bolas.

06/10/2016

António Guterres na ONU



Se ainda há homens bons, genuínos e ao serviço dos outros, daqueles que não enganam, António Guterres é seguramente um deles. Não só pelas actividades que desempenhou já depois de ter deixado a vida política, nomeadamente com o cargo de Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, mas também enquanto esteve nela, sobretudo como primeiro-ministro. E porque percebeu o pantanal da mesma vida política, saiu como saiu, porventura demasiado cedo, certamente com ainda muito para dar, mas a história é como é.
Ainda bem que parece que finalmente a maratona da eleição para secretário-geral da ONU vai ter como vencedor o melhor atleta que a ela se apresentou. Quem de forma no mínimo deselegante entrou já na parte final da corrida, afinal acabou por ter dor de burro e ficou-se para trás. Pelo peso dos apoiantes, chegou-se a temer o pior mas se invertida a naturalidade das coisas e da maratona, seria um golpe demasiado duro para a credibilidade da ONU e seus membros. Parece que o bom senso e a razão prevaleceram. Ainda bem.
Devemos estar orgulhos por António Guterres, por Portugal e, claro, pela ONU.

Artigo de opinião - A. Almeida