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13 de março de 2024

Estar na horta e não ver as couves


É velho o provérbio de que andamos sempre a aprender. Independentemente do tamanho do rei que alojamos na barriga, mais ou menos viajados, estudados ou analfabetos, somos levados a concluir que já vimos de tudo no mundo e que já nada nos surpreende na vida e muitos até garantem que já viram um porco a andar de bicicleta, uma vaca a voar ou uma bicha de sete cabeças.

Certo é que passe os exageros e os exagerados, há realmente coisas que, fora do foro da fantasia, não deixam de nos surpreender e se não de completo pasmo ou de boca aberta, pelo menos o bastante para ficarmos a matutar como tal é possível. E o que não faltam são casos ou episódios a merecerem tamanha surpresa. 

E não estou a falar de alguém que, sabe-se lá com que motivação, anda a varrer a estrada em frente à sua porta, o que nem seria descabido, mas para além dela em largas dezenas de metros. Tivesse a Junta de Freguesia funcionários assim tão zelosos e tudo andaria num brinquinho. Ou mesmo se toda a gente varresse a rua na frente da sua porta. Mas o que me prendeu mesmo a atenção com mais espanto, foi o verificar que agora as pessoas enchem literalmente contentores de resíduos sólidos domésticos, incluindo com troços das couves da horta. Atestadinho. E surpreso, porque imaginei que quem tem uma horta com couves galegas saberá que os troços depois de secos até ardem na lareira, numa fogueira ou mesmo adequados para compostagem. Mas não. Bóra lá encher o contentor!

É de facto espantoso ver o que as pessoas conseguem colocar nos contentores do lixo ou junto dos eco-pontos. Já vi de tudo mas um dia destes vamos dar de caras com um porco amarrado a uma velha bicicleta pasteleira ou uma vaca presa a uma bigorna para não levantar voo.

28 de fevereiro de 2024

Cenouras gratuitas

Uma certa Junta de Freguesia, no Facebook, anunciou como "novidade" aulas de fitness para a população, "totalmente gratuito". Numa das partilhas da "novidade", alguém considera que "isto é que é uma freguesia preocupada com os habitantes".

Respeitando ambas as coisas e o benefício fantástico de tão espectacular medida, questiono o que é que as pessoas acham do "totalmente gratuito". Se os orientadores, o espaço, a electricidade, a limpeza e custos associados forem mesmo oferecidos, pró bono, à borlix, acho que sim, é de aproveitar a quem gosta. Dê-se já um voto de louvor a essa boa gente.

Já se a coisa, aos orientadores, os espaços, água, electricidade, e logística, forem do orçamento da Junta, aí o "gratuito" tem que se lhe diga. É o que o orçamento da Junta vem de algum lado, da Câmara, do Estado, e em última análise dos impostos e taxas dos contribuintes. Por conseguinte, e é aqui onde pretendo chegar, o conceito de "gratuito" é sempre muito relativo. Fazer brilharetes com o dinheiro dos outros, mesmo que dos contribuintes, é uma alegria. Mas partilhado nas redes sociais tem impacto e cheira a coisa bonita e há quem goste. 

Num tempo em que ninguém dá nada a ninguém, espanta que alinhemos com facilidade nestas cenouras à frente do burro sem qualquer sentido crítico quanto a qualquer forma de "engana-me que eu gosto".

13 de fevereiro de 2024

Carnaval dos tolos e dos outros

Ainda bem que há Carnaval. Sem psicanalistas, sem psicólogos, sem terapias, revela-nos de mão beijada os tolos, as nossas taras, manias e paranoias. Alguns não terão conserto, outros sem remédio, mas dizem que é libertador e, pelos menos, ficamos a conhecê-los. Antes folia que Xanax!

Bom Carnaval!

29 de janeiro de 2024

Eufemismos, penso eu de que...

Não deixa de ser um eufemismo, no mínimo engraçado, que alguém com 86 anos de idade e presidente  de um clube há mais de 40 anos, numa governação em rigor sem oposição de peso em actos eleitorais , se recandidate a um novo mandato com uma premissa de "renovação" e logo quando do outro lado o candidato que lhe ousa fazer frente é gente jovem. 

O passado, a experiência e as idades dizem sem esmorecimento que é mais do mesmo, mas o sentido que queremos dar às coisas ou às palavras valem  o que valem. Se dizem que será "renovação", seja. Não os contrariemos. O teste do algodão não engana e nestas como em muitas outras coisas só se deixa enganar quem de tal gostar. De resto, pela consideração e quase idolatria à figura em questão pela maioria da massa adepta, para voltar a vencer mesmo que com a oposição de um jovem, não tinha necessidade de trazer a "renovação" à equação porque cheira a falso. Bastaria dizer que continuaria a ser ele próprio e mais do mesmo porque a receita consideram-na positiva. Não havia, pois, necessidade do pingarelho da "renovação" até porque só serve para enganar tolos. Mas compreende-se porque a idade não perdoa.

Enganem-nos, que eles gostam!

28 de janeiro de 2024

Não há pachorra


Entre o que se vai passando na Madeira  dos Albuquerques e Calados, com os Cafofos já a aprontarem-se para um segundo round, e a campanha eleitoral nos Açores com Cordeiros e Bolieiros nos lados opostos da barricada, por cá também em pré-campanha, de um lado e doutro vamos ouvindo umas fogachadas, como se nós, eleitores, sejamos todos uma cambada de mentecaptos incapazes de distinguir certas coisas.

Por exemplo Pedro Nuno dos Santos, o neto do sapateiro, candidato a primeiro ministro pelo partido Socialista, diz que há cinco autoestradas (SCUTs) em que vai deixar de se pagar portagens no caso de o PS formar governo nas próximas eleições. E justifica-se de que os anteriores governos fizeram uma "maldade aos portugueses". E afirma-o com uma convicção tal que parece alheio ao facto do seu partido ter governado o país nos últimos 10 anos, dele fazendo parte, como se não fora tempo bastante para, logo no primeiro ano, concretizar o que uma década depois promete. Parece igualmente ignorar, ou esperar que não nos lembremos, que tal promessa havia sido já feita pelo seu correligionário António Costa em 2015 e que nunca foi cumprida. Realmente, uma maldade nunca vem só asim como a falta de memória.

Da esquerda à direita, passando pelos extremos, vamos assim assistindo a um bombardeamento de atoardas que mais do que incentivarem ao voto quando o calendário marcar 10 de Março, convidam, em boa verdade, à abstenção, ou então ir votar e nos boletins, em vez da cruzinha no sítio certo, desenhar uns manguitos ou uns erectos marsapos.

Não há pachorra!

25 de janeiro de 2024

Alguém anda a roubar o meu naco

Segundo dados relativamente recentes da FAO - Organização para a Alimentação e Agricultura, uma agência especializada das Nações Unidas, Espanha e Portugal são os países que a nivel mundial mais carne comem. Estima-se que cada português consome em média 95 Kg de carne por ano, o que dá a bonita parcela de 260 gramas por dia, o que equivale a dois bons bife. Desta quantidade, quase metade corresponde a carne de porco e a restante entre a de origem bovina e de aves.

Faço as minhas contas e, mesmo contando com um ou outro exagero em dias festivos, não consigo chegar nem de perto a esses números e quantidades per capita, desde logo porque habitualmente o peixe entre com regularidade nas ementas cá em casa e mesmo quando carne pouco mais que 100 gramas já limpa de ossos. Além disso, por vezes, muitas, nem carne nem peixe e apenas um simples ovo ou umas pataniscas vegetais. 

Em resumo, as contas são fáceis de fazer e acreditando na FAO chego à conclusão que há muitos anos alguém anda a comer a quota parte a que tinha direito. Que há por aí muitos comilões a irem com frequência ao Zé de Ver, sei que há, mas assim a roubarem descaradamente a minha parte, o meu naco, ficando eu com a fama de comedor mas sem o proveito, é que não! 

As médias nas estatísticas têm esta particularidade, a de pagarem todos pela mesma medida e por elas até os vegetarianos comem carnes.

7 de janeiro de 2024

O bacalhau quer alho...

Terminou mais um congresso do PS - Partido Socialista. Não sou, de todo, consumidor de congressos partidários e o que vejo e ouço é apenas pelas notícias, resumos e análises. E entre um concurso "O Preço Certo" e um qualquer congresso político a diferença pode ser de conteúdo mas não de formato, porque em grande medida ambos entretenimentos de baixa qualidade.

Mas do que vi ou ouvi nessa forma condensada, acho que por ali se falou exageradamente do PSD. Não sei que leitura isso possa ter, mas pareceu-me em muito com os portistas a falarem mal dos benfiquistas e vice-versa. Por conseguinte, na política como no futebol, mais do que sermos nós próprios e as nossas ideias, somos sobretudo contra os outros, porque temos e não nos descolamos dos nossos ódios de estimação.

Hoje ao fim da manhã, já no encerramento do dito congresso, com o passeio do herói PNS e com uma musicazinha de fundo a puxar para a emotividade e os olhos embaciados de militantes mais dados a emoções, pensei que bastaria mudar a música de fundo para termos uma comparação literal com um circo, com acrobatas, malabaristas, ventríloquos e palhaços, muitos. Que tal se fosse a cantiga do Quim Barreiros, "Eu gosto de mamar nos peitos da cabritinha" ou então a do pequeno Saúl, "O bacalhau quer alho..." ? Só tinha a ganhar um congresso, do PS, do PSD ou PCP, etc, se a banda sonora fosse deste calibre porque retrataria de forma mais fiel o verdadeiro sentido destas coisas em que os políticos e as suas massas adeptas se reúnem para se mostrarem ao país em largos tempos de antena.

Seja como for, estas coisas fazem parte da nossa sociedade, e dizem que a democracia precisa de partidos e de politicos e tal como as gripes e as constipações é difícil escapar a elas, mesmo que devidamente pré-vacinados. 

Certo é que perante estes festivais, a vontade de votar nas próximas legislativas é neste momento menor do que tomar óleo de fígado de bacalhau mesmo que os nossos pais teimassem que era para nos fortalecer a saúde.

30 de dezembro de 2023

Mini Trail do Bolo-Rei

 


Mini-Trail do Bolo-Rei. Classificação: Geral: 1.º e último. Escalão M60: 1.º e último.

24 de dezembro de 2023

Trail do Leite Creme - 1.º e último

 

Trail do Leite Creme. Classificação: Geral: 1.º e último. Escalão M60: 1.º e último.

19 de dezembro de 2023

Futebol, paz, amor e bananas

No nosso futebol maior o Sporting recebeu ontem o F.C. do Porto, em jogo que venceu por 2-0, colocando-se no primeiro lugar da classificação.

Não vi nem ouvi, apenas o resumo e análise e hoje de manhã nas notícias. Do que vi, mais um jogo que correu bem, com jogadores e treinadores a respeitarem-se e a trocarem cordialidades, incluindo no final da partida. Foi, a meu, ver mais uma sessão de desejos mútuos de feliz Natal e boas festas. Mesmo a expulsão do Pepe só aconteceu porque ele queria ir embora mais cedo para compromissos de fazer de Pai Natal num centro comercial. Um exemplo de correcção este rapaz já crescidote.

Com este clima em espírito natalício, quando assim é vale a pena ir ao futebol, porque aquilo é só paz e amor. Amém!

Já agora, ouvimos por ali que as contas fazem-se em Maio. Pois claro! É sempre bom termos a certeza de que 2+2 são 4 e que o Natal é a 25 deste mês. A malta do futebol, boa rapaziada, são mestres das vulgaridades, do curto e grosso, mas é assim que a coisa funciona e não se pode esperar que um castanheiro produza bananas.

16 de dezembro de 2023

Trail da Aletria - 1.º e último

 



Trail da Aletria. Classificação: Geral: 1.º e último. Escalão M60: 1.º e último.

Uma bombástica e épica prova que me fez levantar o ego, o pénis e a auto-estima. Uau! Awsome! E baratinho, sem consumo de água, nem de powerades, redbulls,  de géis, de gelatinas, de barritas ou de suplementos xpto à campeão.

Fora de brincadeiras, e publico isto só para dois ou três amigos, porque quem andou não tem para andar, foi um treino solitário e esforçado numa bonita manhã de sábado. Amanhã sai a bicicleta!

14 de dezembro de 2023

Blackout ao Natal mágico

Estamos tão dependente dela, para ajudar a matar o pouco tempo que nos sobra do lufa-lufa do quotidiano, que não a dispensamos. A televisão tornou-se companheira e substituta de gente e em muitos lares é a única voz que se ouve na solidão de quem vive só, por opção ou por fatalidade. 

Pessoalmente sou fraco consumidor de televisão. Apenas algum serviço noticioso, comentários e análise das actualidades, depois alguns documentários, alguma música clássica um ou outro episódio de uma qualquer série, sobretudo de comédia. Filmes, raramente e apenas os climaxes finais. O futebol nunca me prendeu, mas porque definitivamente sem paciência para essas chuvas no molhado, deixou, quase definitivamente, de fazer parte do cardápio e apenas um ou outro resumo da coisa já acabada só para me sentir informado o bastante.

Mas tantas vezes chego à conclusão que em rigor nem vejo televisão porque o mudar de canal (dizem que zapping) é constante na procura do que poderá ter interesse e naquelas duas centenas de canais, ou por aí, poucas vezes dou de caras com algo que me prenda a atenção e, pasme-se, por vezes paro nos canais chineses. E se encontro algo de interesse, tantas vezes constato de seguida que é algo que já se viu, sim, porque na nossa televisão as coisas repetem-se vezes sem conta como o "Sozinho em Casa" na proximidade do Natal.

Em todo o caso, e era aqui que queria chegar, por estas alturas em que está na mira o Natal, e que nas televisões começa bem cedo, com bombardeamento de anúncios de produtos de mercearia, relógios, perfumes, carros, chocolates, etc, etc. Creio que, passe o humor negro, nem em Gaza há um bombardeamento tão persistente. Por conseguinte imagino, sem que ponha em prática, como seria bom desligar as nossas televisões no dia 1 de Dezembro e só as voltar a ligar já perto do Carnaval. Uma espécie de blackout sanitário. Poderia custar nos primeiros dias, como qualquer desabituação, mas depois os benefícios seriam sentidos. Assim como uma espécie de desintoxicação.

Mas é esquecer, porque na realidade o que estou a dizer ou a imaginar, para a larga maioria das pessoas consumidoras, a coisa cheira a heresia. Então como havia de ser nas salas de espera de centros de saúde, hospitais, cafés, restaurantes, etc, etc? Como é que a juventude sem a Netflix e semelhantes? E de que maneira os adeptos fanáticos iriam passar o mês sem assistir a jogos do Porto e Benfica e às análises na CMTV com os broncos do Rudolfo Reis, Fernando Mendes e outros que tais? E os idosos, sozinhos em casa, sem ouvir as missas e aquelas coisas intermináveis nos domingos à tarde num desfile de cantores pimba e venda de chouriços? E com que depressão ficariam se inibidos de assitir ao "Preço Certo" e às piadolas do Fernando Mendes? E em que companhia fariam as domésticas o almoço, sem Gouchas, Cláudios, Sóninhas, Gabriéis e outros da mesma igualha, a falarem da vida deles próprios e de vidas alheias? Poderia lá ser! Era o fim do mundo!

Continuemos, pois, a estimar a nossa querida televisão até porque como nela nos dizem repetidamente, que este Natal vai ser mágico!

7 de dezembro de 2023

Vou pôr as poupanças na serra da Freita

Poderia aqui dizer que este caso passou-se com o Timóteo Barnabé, mas na realidade passou-se comigo: Num certo Banco, onde tenho uma ridícula poupança, uma funcionária na altura aconselhou-me a fazer uma aplicação de Plano Poupança Reforma, a 10 anos, com baixo risco e com garantia do capital investido. O resto da poupança continua lá desde há mais de 10 anos e apenas como dinheiro à ordem, por isso sem dele receber um cêntimo de rendimento. 

Certo é que a tal aplicação começou por acumular algum ganho mas com a garantia de pelo menos o retorno do capital investido, deixei de me preocupar e de seguir a sua evoluação. Por estes dias fui ver como estava e percebi que de uma altura em que esteve a dar lucro passou, com o despoletar da guerra na Ucrânia, a uma situação de dar prejuízo e já mesmo sem a tal garantia do capital investido. Isto é, como tantas vezes já vimos este filme, nomeadamente no antigo BES, em que os clientes são enganados ou mal informados e as muitas letras pequeninas não ajudam à compreensão das condições. E isso já tinha acontecido com uma outra aplicação embora nessa eu tivesse noção do risco e que depois de estar em ganho acabou em perda devido ao impacto da pandemia. Logo que recuperou pelo menos para o capital investido, resgatei.

Apesar disso, desengane-se quem pensa que, logo que estas aplicações começam a perder e com tendência negativa devido a factores como conflitos e crises globais, os clientes são avisados ou alertados pelos ditos gestores de conta de modo a tomarem acções e mitigar perdas. É esquecer! Dali ninguem alerta ninguém porque o Banco nunca perde e os funcionários já não são da escola antiga e também eles são tratados abaixo de cão pelas administrações e administradores. Um vez feita qualquer aplicação em qualquer Banco é mesmo com total responsabilidade e risco do cliente. O Banco esse ganha sempre.

Resumindo, neste momento apesar de em ligeira recuperação a dita aplicação ainda está a dar prejuízo e  isto ao fim de meia dúzia de anos. Como disse é uma aplicação com trocos mas dá que pensar a quem as tem em grandes montantes. Mas, em verdade se diga, quem tem grandes valores, em rigor não precisa destes extras e pode assumir com relativo à vontade um maior risco nos seus investimentos. Mas mesmo assim, sem um acompanhamento regular e atento, os lucros podem ser amplos mas os prejuízos também em grande escala.

Certinha e direitinha é a comissão de conta que todos os meses, a horas certas, o Banco retira da conta. São quase 7 euros o que dá quase 90 euros anuais.

Posto isto, vou resgatar a aplicação, mesmo em perda e anular a conta nesse Banco mudando os trocos para outro onde já tenho conta, dispensando assim o pesado encargo de pagar duas comissões.

Em resumo, eu como muitos pequenos clientes de pequenas poupanças, nunca recebemos um cêntimo de rendimento deste e doutros Bancos. Antes pelo contrário, somos nós a ajudar a que apresentem grandes lucros e em muito em face destas comissões escandalosas, tanto mais que hoje em dia quase não há atendimento personalizado e humano e apenas por canais manhosos e burocráticos. Já nem sequer gastam dinheiro em papel e correspondência visto ser tudo electrónico ou digital. Tempos modernos.

A este propósito dos contactos, usei um email de atendimento aos clientes homebanking e não foram capazes de esclarecer a questão nem sequer de a encaminhar para o canal adequado. Ou seja, terei mesmo que ligar directamente para o Banco e o mais certo é ter que perder tempo do emprego para lá ir pessoalmente no reduzido horário que têm disponível.

Infelizmente, por questões várias e administrativas, temos quase que obrigatoriamente ter conta em Bancos, mas de facto como as coisas estão compensa e muito em ter o dinheiro enterrado no quintal ou numa caixa hermética  debaixo de umas pedras na serra da Freita, como alguém me disse que tinha. Convém é não perder o tino ou coordenadas geográficas do sítio. 

Tempos modernos a pedirem medidas à antiga!

4 de dezembro de 2023

Segunda-Feira, feira da ladra...

Depois de um fim-de-semana prolongado, com um bonito dia de sol pelo meio, regresso à rotina e monotonia do trabalho. Pelo meio as coisas habituais e corriqueiras. Sondagens sobre a nossa política reveladas aos bocadinhos, como num concurso televisivo, a ampliar  o suspense e a expectativa. Mais coisa menos coisa, candidatos do plano A ou do Plano B do lado do PS, tudo indica o que todos esperamos, uma disputa entre o PSD e o PS, mas este, apesar de tudo quanto tem envolvido o Governo e que levaram à sua queda, parece manter ritmo e poder vir a vencer de novo as eleições embora, sem maioria. O que voltaria a ser surpreendente mas não totalmente.

De tudo isto, e com as constatações do estado das coisas quanto à Sáude e serviço de urgência, aumento da pobreza, aumento da carga fiscal, guerra com professores, crise de habitação, etc, etc, a quase maioria dos portugueses parece gostar destes doces e do estado de coisas e com mais arroba menos quintal em 10 de Março próximo vai dizer democraticamente que quer que tudo continue na mesma. Sintomático! Faça-se a sua vontade democrática!

Por cá, no nosso querido terrão, também tudo na mesma. O positivo voluntarismo da Comissão de Festas já trabalha com azáfama no que toca a angariar fundos para a festa que há-de ser lá para Agosto. A padaria de Fornos, voltou a abrir depois de ter fechado, depois de ter aberto e depois de ter fechado. O Guisande F.C. veteranos promoveu neste Sábado o seu glamoroso jantar de Natal, bem participado e alegre. Parabéns! O Grupo Solidário também irá organizar a Ceia de Natal Solidária, a ter lugar em 16 de Dezembro, no Centro Cívico, já com lotação esgotada, pelo que também de parabéns pela dedicação. A missa do Galo neste ano, porque alternadamente com Guisande, será nas Caldas de S. Jorge.  O Natal, esse será no dia 25, também uma Segunda-Feira. O bacalhau está pela hora da morte mas como bom amigo na vida não faltará fielmente na ceia mais saborosa do ano.

Desportiva e entretidamente um dia destes eu, o LB e o HA vamos fazer uma corrida no Epic Awsome Challanger Trail da Aletria, em Santo Isidoro do Mazouco, Queixo-de-Espada-à-Cinta, que como todos sabem fica na ilha do Faial nos Açores, ali ao lado de Sevilha. 

O Sérgio Godinho cantava que "É Terça-Feira, Feira da Ladra..." mas bem pode ser mudada a feira para um dia antes. Vai dar ao mesmo! Boa semana!

30 de novembro de 2023

Anda tudo a "correr" atrás do mesmo

 


Quando recorrentemente recebes emails publicitários para participares em corridas, incluindo promoções, tal como fazem as grandes lojas para comprares arroz, salsichas, azeite, bacalhau e tudo o mais que deve conter uma medina despensa, ficas a perceber melhor que isto de corridas e corridinhas está transformado num negócio, num bom negócio. Legítimo, concerteza, como este de uma tal Runporto, que só à sua conta promove e organiza umas 16 provas durante o ano, mas dá que pensar, sobretudo no que motiva tantos milhares de pessoas comuns a pagarem para correr em rebanho. Bem sei que em muitas delas pinta-se com cores coloridas o apoio a causas sociais, mas, verdade se diga, a serem pagas por quem se inscreve. E é tão bonito fazer coisas bonitas com o dinheiro dos outros...

Isto de correr já não é só enfiar uns calções, calçar umas quaisquer sapatilhas e saír à estrada ou ao caminho e dar à perna.

Sinais dos tempos, e as empresas e os empresários sempre foram inovadores a vender salsichas quando os consumidores estão viciados nelas. A isso chama-se oportunidade de negócio! Hoje é corridas amanhã será outra moda (trend) qualquer.

26 de outubro de 2023

Querido Citroen Saxo de 2001


Querido Citroen Saxo, lembras-te de quanto te comprei em Maio de 2001, no Lércio, na Feira, novinho em folha, a brilhar? Pago com o nosso suor, com uma boa entrada mas ainda durante alguns anos a pagar-te às prestações, sempre certinhas sem falhar?

De lá para cá tens sido uma presença constante na casa e participastes em todos os seus bons e menos bons momentos. Eras e és o carro que levavas e levas o pessoal para o trabalho, para as missas, para os momentos de festa, mas também lá vais quando é preciso recorrer ao médico ou mesmo ou hospital onde fostes várias vezes a altas horas da noite, quando o pessoal cá da casa não passava bem. Lá ías como ambulância à velocidade normal ou um pouco mais apressado se fosse necessário.

Recordas-te de quando fomos várias vezes à Covilhã, ali na encosta da serra da Estrela, 250 Km para lá e outras tantos para cá, para levar a rapariga à matrícula na universidade e várias outras vezes ao longo de 5 anos para a instalar, reinstalar, levar e trazer de volta já formada e com mestrado? E quando eles obtiveram a carta de condução lá estavas tu a apanhar com o nervoso miudinho e inexperiência e até mesmo a levar uns raspões e amolgadelas? Pois foi, e eu a pagar para ficares sempre bonito!

E nas férias ? Idas à praia e várias viagens por esse país fora, de norte a sul, a subir e a descer serras? Recordas-te quando foste, carregadinho, à aldeia da Pena, naquele fundego  e quando chegaste cá acima ao S. Macário já vinhas a deitar fumo? E mesmo a Fátima? Ena, tantas vezes, até mesmo em Fevereiro com o pessoal da LIAM! Até ao veterinário com o cão que pesa 50 quilos, a encher-te de pelos e baba? E mesmo os gatos, desconfiados pela viagem fora do usaul?

Apesar de todos estes mais de vinte anos, continuas sempre seguro, eficiente, prestável e económico. É certo que já levaste algumas peças novas, pneus, pois claro e um ou outro conserto, mas no geral ainda estás aí para muitas curvas e dedicação à casa.

Mas sabes, querido Citroen Saxo, agora o nosso Governo, liderado por um tal de António Costa, que anda sempre em bons carros e com motorista, pagos pelos portugueses, quer acabar com os carros que nasceram antes de 2007. Ora se tu naceste em Maio de 2001 fazes parte da lista a abater. Sim, o Costa quer que tu e todos os outros como tu, mesmo que ainda bem parecidos, úteis e económicos, sejam transformados em cubos de sucata para derreter. Ele tem sido artista na arte de dar com uma mão e tirar com as duas e encontrou agora neste esquema uma forma de dizer que aumenta os rendimentos mas aumenta a receita fiscal. Um talentoso ilusionista !

O mais irónico, querido carro, é que ele quer que te substitua por um carrão novo, potente e eléctrico, que parece que está na moda, por questões ambientais, dizem, quando a produção de um carro eléctrico e as suas baterias têm um impacto absurdo (sabe-se mas não querem que se saiba). 

Mas sem desconsideração, ó Citroen Saxo, quem é que não gostaria de ter um bom carro e novo na garagem? Eu e os muitos milhares de portugueses que com dificuldades levam a vida, sem viver à custa do Estado e como tal não se aventuram a mais dificuldades e a contrair dívidas ao Banco que depois não poderão pagar. Eu, imagina, e já te confidenciei isso, gostava até de ter quatro carrões, um para cada membro da casa e se fosse possíve um para o cão e três para os gatos. Ah, e uma casa de férias, ou mesmo duas, uma ao perto, talvez na Torreira, outra ao longe, lá pelo Algarve. Só não um jacto privado porque não temos espaço para o fazer descolar e aterrar. Talvez um helicóptero. Ok, desculpa-me, deixei-me entusiasmar com as grandezas. O culpado é o Costa que quer obrigar os pobres a serem  ricos!

Sabes, Citrone Saxo, o Governo esquece que os carros velhos só existem e circulam pela óbvia razão de que quem os tem não tem naturalmente condições para ter outros mais novos. O Costa não percebe ou não quer perceber que entre o querer e o poder vai uma diferença do tamanho de um abismo. Com este amigo ilusionista a dar ordens, nunca virás a ser um clássico como os teus antepassados carochas, os 2 cavalos, os fords T, os buick, etc. 

Mas é assim que estão as coisas e a ideia desse Costa é agravar o IUC, o imposto de circulação até a um valor tal que leve as pessoas a passar a andar só de bicicleta, porque na realidade, mesmo que com um apoio ridículo, a larga maioria dos proprietários dos carros como tu, querido Citroen Saxo, nunca vai poder comprar carros novos e sobretudo eléctricos.

Seja como for, de um Governo que é a favor do aborto e da eutanásia, mesmo que isso sejam contas de outro rosário, não estejas à espera que tenha qualquer contemplação em criar condições para te fazer parar na sucata e na fornalha ardente onde se derrete ferro e aço. Não! Esquece! Com ele vais direitinho para o inferno para mal dos teus pecados.

Mas olha, cá para nós que ninguém nos ouve, ainda vais andar por cá e nas próximas eleições vamos tu e eu à secção de voto mandar esse tal de Costa à merda. Bem sei que ele está-se cagando, para mim e para ti, como para a maioria dos portugueses pobres que têm carros velhos, mas pelo menos ficamos com essa satisfação.

Sim? Queres contar-me um segredo? ...Ah, não, nem penses! Não vale a pena dar-lhe um encontrão se o vires pela frente quando fores a Lisboa. Não é caso para tanto! Como diria o seu amigo João Soares a certos críticos que o incomodavam, bastará umas "bofetadas".

21 de setembro de 2023

...estás tolinho!

Já não sei o que faça. Ontem, ao passar por ele em passo de corrida, e não querendo parar, não por desconsideração mas para não perder o ritmo, o meu amigo Carlos Cruz ali no ecoponto de Fornos cumprimentou-me com um "...estás tolinho!". 

E porventura, concordando, devo estar mesmo tolinho por já com esta bonita idade andar por estas nossas estradas e caminhos a correr, não a treinar para corridas a sério, que isso é coisa para campeões, com provas marcadas a cada semana e que pagam para nelas participar, mas apenas para ter algum controle de peso, pois este descontrola-se mesmo que ande só a pão e água. Caprichos dos metabolismos, dizem-me.

Mas o problema destas coisas, destas tolices, é que dá a impressão a alguns, incluindo ao Carlos, que isto de me verem a correr é coisa de agora e de modas. E não é, de todo,  já que corria em solteiro, e mesmo já depois de casado, e só não com a frequência de agora porque com problemas estruturais que me faziam desistir, a ficar-me pelo futebol, e volta e meia voltar a retomar.

Também joguei futebol de salão semanalmente durante mais de 20 anos e pelo menos há 15 anos a pedalar com regularidade por montes e vales arouquenses e arredores, a subir freitas, bonecas e camoucos, enfrentando subidas de 15% ou mais. Para além da fininha de estrada, mesmo de BTT, com o Luis B (outro tolinho com que me cruzei ontem) andei alguns anos a correr tudo quanto é caminho e mato pelas redondezas. Ou seja, esforcei-me para não desmazelar a actividade física mas sempre sem preocupações de grandes feitos e sem qualquer espírito competitivo que me faça sequer sonhar em participar em qualquer uma das milhentas provas, porque, desde logo, quem andou não tem para andar.

Mas sim, alternando com bicicleta e caminhada tenho corrido com regularidade há quase ano e meio, sem qualquer preocupação de ritmos e tempos, que nem sempre registo, mas percebendo que com a minha idade e ainda o com o meu peso, acima do que devia saudavelmente pesar,  não faria má figura ao lado de alguns campeões bem mais novos e mais leves.

Mas feito o desabafo e a explicação, o Carlos teve a consideração certa e que a maioria pensa, porque na realidade eu e muitos vamos andando por aí a correr, a queimar calorias, umas vezes ao sol outras à chuva, parecendo "tolinhos", quando é bem mais fácil ficar parado, quando muito a aventurar a as umas curtas caminhadas nos passadiços a ver a beleza que passa como em Ipanema, e a evitar desníveis que façam soltar a língua de fora. 

Sendo assim, lá vamos andando, correndo e saltando, mesmo que com ares de "tolinhos", pelo menos até que os ossos, digam: -parou, parou, parou!

2 de setembro de 2023

Um pastel de nata e um reggateon


Pequeno almoço num qualquer sítio por aí, e na televisão um qualquer canal dos muitos de clips de vídeos de música. Em quase todos eles, nos vídeos, artistas afro-latino americanos, com ares de carnavais, com carrões, roupas extravagantes ou mesmo sem elas, mulheres peitudas, traseiros a condizer em ondulações, danças e gestos ditos sexy.

Se quanto ao estilo de música e clips há consumidores, e para isso é que há vários canais e cada um só vê o que lhes agrada, interrogo-me, todavia, quanto à razão para que nos referidos espaços onde, ainda mal acordados,  se comem umas torradas, uns croissants, entre cafés e meias de leite, se leve a pensar que é disso que os clientes gostam. Talvez a considerem uma fórmula para abrir apetites. Talvez. 

Poderia sugerir outro tipo de música ambiente, sem imagem e com menos decibéis, mas seria perder tempo. Há quem não dispense um pastel de nata sem um reggaeton. 

Foge Quim!

1 de setembro de 2023

Vamos malhar no Benfica

Desenterrar uma situação, com mais de 10 anos (2011), de um evento particular (festa de aniversário do próprio), mesmo que caricata e ordinária, mesmo sendo com pessoas amigas e convidadas pelo próprio beijoqueiro e todas e uns e outros já com uns valente copos a mais, e relacionar essa situação ao Benfica, de que foi director de comunicação, dez anos antes (entre 2000 e 2003) e pretender compará-la em gravidade e contexto ao caso Rubialles, é no mínimo, doentio. 

Mas se explicada à luz de um certo fanatismo igualmente doentio, a coisa percebe-se, mesmo que continue a ser reprovável. Devia haver limites para a doença da clubite.

Já agora, o próprio admitiu numa entrevista, que fez amor no beliche de um comboio numa viagem entre Moscovo e Kiev. Vamos lá meter o Benfica na embrulhada porque esta nem lembrava ao macho espanhol. Pode lá ser? Então um adepto do Benfica a fazer destas coisas? No mínimo o Benfica devia ser castigado em 15 pontos no campeonato ou até mesmo descer de divisão. Vamos lá a isso!

Dança de cadeiras


Num restaurante com vista para a ria, acomodei-me com a esposa numa mesa de quatro. Entretanto chegam dois casais, com ares de finesse,  a palrar "franciú". 

Ora como a mesa em que se preparavam para sentar-se tinha só três cadeiras, entendeu ela, a madame francesa, que era natural pegar numa das cadeiras vagas da nossa mesa e sem qualquer sinal ou pedido de "autorisation" levá-la para sua.

O empregado percebeu a indelicadeza e disse-lhe que não podia fazer isso. Pediu-nos, por ela, desculpa, e foi arranjar outra cadeira.

Claro que a madame continuou sem nos dar qualquer palavra ou gesto e, acomodada, dali a pouco enfardava à grande e à francesa um boa dose de "sardines".

Ele há coisas e há disto. Andamos para aqui com a ideia feita que os portugueses é que são gente de baixa laia, grosseirões e indelicados e depois damos com estes exemplos  de finesse.

...oui, mais la chaise est-elle la vôtre ou celle du restaurant ? Quel est le problème?

Toujours entrain d'apprendre.