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14 de novembro de 2019

José Cid - Grammy Latino



José Cid, recebeu nesta quarta-feira, 13 de Novembro, em Las Vegas - Estados Unidos, o Grammy Latino na categoria Lifetime Achievment, de excelência musical a favor da música latina.
Aos 77 anos o cantor e autor recebe um prémio de notoriedade e reconhecimento internacional, mesmo que já uma figura com méritos mundiais, mas sobretudo no nosso país onde é uma figura de topo no panorama musical, com uma longa, diversificada e riquíssima carreira.

É, óbviamente, um artista de qualidade indiscutível e pela parte que me toca, não sendo fã daqueles que lhe seguem os passos, sou admirador do seu acervo musical e da importância no contexto do panorama cultural e musical do nosso país.

Não deixo, por isso, de, conjuntamente com os elementos da Comissão de Festas do Viso (Carlos Santos e Vasco Monteiro) de ter tido a sorte e o mérito de o contratar e trazer à festa. Parece que foi ontem mas foi já em 2004. Naquela noite de segunda-feira, o arraial viu, ouviu e experienciou um dos  melhores espectáculos da nossa festa. Não tenho dúvidas que na qualidade musical e peso histórico do artista foi uma das figuras mais importantes que passaram em todo o tempo pelo palco da nossa Festa do Viso.

Para além desse mérito, todo o contexto de contratação e acompanhamento do artista e da sua banda, resultaram em momentos interessantes, desde logo no dia em que eu e o Carlos Santos fomos até à Bairrada, mais concretamente a Mogofores, de forma pessoal assinar o contrato, tendo sido recebidos no palacete onde vive. Era já noite, num Outubro. Depois de ter tratado dos seus cavalos - uma das suas paixões - lá nos recebeu informal e descontraidamente e ofereceu-nos um xerez que acompanhamos com uma fogaça que lhe levamos e que ali logo foi comida pois o artista  "estava com fome". Gostou!

Em todo o processo de contratação e depois no dia da actuação em Guisande, foi muito simples, de trato fácil, mas extremamente profissional, ficando ainda à sua responsabilidade o contrato com o então popular fadista Paulo Bragança, que também participou no espectáculo, bem como ainda os elementos da sua banda, incluindo o carismático Mike Sergeant, companheiro do artista desde cedo.

Parabéns, pois, ao José Cid por mais este reconhecimento da sua arte.

[foto: CM]

22 de setembro de 2018

Muito rock e pouca orquestra num sítio fresquinho

Nesta noite, o concerto dos The Bookkeepers com a Orquestra Milheiroense, anunciado como uma fusão de rock com orquestra, num espaço de lazer de excelência, na praia fluvial da Mâmoa, em Milheirós de Poiares, com entrada livre.

Sendo certo que não fiquei até ao fim, com uma hora e picos de espectáculo deu para perceber que a orquestra, exceptuando o maestro que ía tocando umas pianadas e ainda a intervenção pontual de alguns dos metais, no geral teve uma muita reduzida participação. De resto o estilo rock, mesmo que dito poético, marcado pela bateria e baixo não se compadece com as subtilezas da orquestra, sobretudo no que se refere aos instrumentos de cordas num espaço aberto.

Em todo o caso valeu a tentativa e a intenção. Sem o dizerem, percebi alguma desilusão dos mais velhos que iam abandonado o espaço e que certamente ali foram para ver e apoiar a sua orquestra. 
Um reportório todo em inglês, mesmo que viajando por Camões, Pessoa e Florbela Espanca, também não ajudou a prender uma boa parte da assistência alheia à língua de Shakespeare..
Em todo o caso, pareceu-me uma boa banda com uma sonoridade interessante. Pena que, principalmente para os milheiroenses, a participação da sua orquestra tenha sido quase meramente cenográfica.