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27 de março de 2023

A ressureição de Lázaro - Uma reflexão com três caminhos


Na liturgia do 5.º Domingo da Quaresma, que antecede o Domingo de Ramos, no Envangelho de S. João foi narrada a resssurreição de Lázaro, amigo de Jesus e irmão de Maria e Marta, na cidade de Betânia, próxima a Jerusalém, a cerca de 3 Km do lado nascente. (Na foto acima, o suposto local da entrada do túmulo de Lázaro).

Numa reflexão  poética, filosófica e teológica sobre o evangelho da ressureição de Lázaro, podemos considerar que o Evangelho da ressurreição de Lázaro, presente no livro de João, é um relato poderoso e cheio de simbolismo que nos convida a refletir sobre diversos aspectos da vida e da morte. De forma poética, filosófica e teológica, podemos explorar alguns desses temas.

Do ponto de vista poético, o relato da ressurreição de Lázaro nos apresenta imagens vívidas e cheias de emoção. Desde a dor e o sofrimento de Maria e Marta, que choram a morte do irmão, até a cena em que Jesus, após ter chorado junto com as irmãs, pede que removam a pedra do túmulo, a narrativa é permeada por uma forte carga emocional. A ressurreição de Lázaro, por sua vez, é descrita de maneira impressionante, com Jesus ordenando que o morto saia do túmulo, e Lázaro obedecendo.

Do ponto de vista filosófico, o relato da ressurreição de Lázaro pode ser interpretado como uma reflexão sobre a natureza da vida e da morte. A morte é uma parte inevitável da vida, e a ressurreição de Lázaro nos mostra que mesmo quando parece que a morte é definitiva, existe uma possibilidade de vida além dela. Essa reflexão pode nos levar a pensar sobre a importância de viver plenamente o presente, já que não sabemos quando a morte virá, e sobre a necessidade de aceitar a morte como uma parte natural do ciclo da vida.

Do ponto de vista teológico, o relato da ressurreição de Lázaro é uma demonstração do poder de Deus e da capacidade de Jesus de realizar milagres. A ressurreição de Lázaro é um sinal da presença divina na vida das pessoas e da possibilidade de salvação mesmo em situações extremas. Essa reflexão pode nos levar a pensar sobre a importância da fé e da crença em Deus, e sobre a esperança de uma vida eterna após a morte.

Em suma, o Evangelho da ressurreição de Lázaro nos convida a refletir sobre temas profundos e fundamentais, como a vida, a morte, a fé e a esperança. De forma poética, filosófica e teológica, podemos encontrar inspiração e significado nesse relato, que tem ressonância em todas as épocas e culturas.

11 de março de 2023

A casamentos e a baptizados...

Quase sem saber como, certo é que num espírito de dar algum contributo, aceitei fazer parte do COP - Comité Organizador Paroquial, no âmbito da preparação e organização da Jornada Mundial da Juventude que decorrerá em Lisboa na primeira semana do mês de Agosto deste ano de 2023.

Uma das acções a desenvolver relaciona-se com a vinda de jovens de todo o mundo, sobretudo da Europa e que na semana anterior à Jornada terão uma experiência integrada nas diferentes dioceses e paróquias. Assim, um dos pressupostos base é que esses jovens, pelo menos em grupos de dois, rapazes ou raparigas, possam ficar alojados durante a última semana do mês de Julho em contexto de famílias ditas de acolhimento. Será uma oportunidade para partilha de diferentes aspectos, incluindo os culturais e sociais tendo como base os pressupostos da Jornada Mundial da Juventude.

Neste contexto, preveem os organizadores que a paróquia de Guisande possa também acolher alguns dessses largos milhares de jovens que acorrerão a Portugal, havendo uma estimativa de que pelo menos meia centena, o que significa que serão necessárias pelo menos 25 famílias dispostas a fazer o acolhimento. 

Esta situação já tem sido divulgada e feitos apelos a esta necessidade em várias ocasiões e desde há largas semanas, nomeadamente pelo nosso pároco nos avisos no final das missas, mas parece-me que, tirando um ou outro caso, ainda não há situações concretas. Ou seja, parece óbvio que esse apelo e essa necessidade têm caído em saco roto. Assim, o COP entendeu que será necessária uma melhor divulgação do evento e dos requisitos e necessidades para uma família de acolhimento e depois partir para convites directos a algumas  delas e que se consideram, à partida, como com condições de acolhimento. Ou seja, convirá que sejam famílias com alguma disponibilidade de tempo e sem compromissos de emprego ou de outra natureza, pelo menos com um quarto de dormir disponível, uma casa de banho que possa ser partilhada e ainda fornecer pequeno almoço e jantar, mesmo que de forma frugal.

Pessoalmente, mesmo comprometido com essa decisão tomada de, se necessário for, abordar as famílias de forma directa, não sou, todavia, muito apologista da mesma, porque entendo que nestas coisas as pessoas e as famílias devem demonstrar por iniciativa delas própias essa vontade de forma livre e não de maneira influenciada ou mesmo pressionada. Bem sabemos que no nosso meio as pessoas não são muito de se expor e de se oferecerem voluntariamente seja para o que for, mas não podemos inverter esta nossa natureza. Ou há ou não há vontade e voluntarismo. Esta é uma nossa maneira de ser muito cultural e assenta também em pressupostos de fugir a canseiras, compromissos e responsabilidades. De facto, mesmo sabendo que não será nada de mais garantir esse alojamento a dois jovens durante uma semana, o certo é que implica alguma responsabilidade e naturalmente alguns custos e mesmo abrir as portas a pessoas desconhecidas e que na maior parte dos casos haverá nítidas dificuldades de comunicação, tanto mais que o perfil das famílias com condições de acolhimento será de pessoas já na reforma e por isso com menor domínio de línguas estrangeiras. Além do mais, serão sempre pessoas estranhas e dos muitos milhares de jovens que virão a Portugal naturalmente que nem todos serão propriamente modelos de bom comportamento e cumpridores de regras de respeito e reconhecimento. Há, pois, alguns riscos ou pelo menos situações a merecerem algum cuidado e preocupação.

Em resumo, oxalá que na nossa paróquia se consigam pelo menos as tais 25 famílias para alojar 50 jovens mas pessoalmente estou muito pessimista e parece-me que já será difícil conseguir metade desse número. Reitero ainda a opinião pessoal que as pessoas devem ser devidamente esclarecidas quanto ao que se pretende, ao propósito e ás necessidades, mas não a ponto de as pressionar na decisão.

Posto isto, será bom que as famílias sejam elas próprias a avançar e a oferecerem o acolhimento num contexto de partilha e acolhimento cristão e numa perspectiva de que poderá ser uma semana de enriquecimento mútuo para quem recebe e é recebido. Afinal, uma comunidade cristã tem a obrigação de ter este espírito.

A ver vamos!

26 de fevereiro de 2023

Paróquia - Contas apresentadas

 






Depois de vários meses sem apresentação das contas, foram afixadas publicamente os relatórios das contas da paróquia e a promessa de a partir de agora serem divulgadas com regularidade mensal.

Do que vi, sem por em causa a transparência e rigor das mesmas, parecem-me algo confusas na sua apresentação. Por exemplo, depósitos bancários a serem considerados pagamentos e depois novamente os mesmos como receitas. Ainda duas tabelas de pagamentos no caso das contas do mês de Janeiro de 2023. Em rigor depósitos bancários não devem ser considerados receitas nem despesas, mas apenas uma forma de gestão do saldo positivo quando este existe.

A meu ver, deveria haver apenas a descrição das receitas e sua origem e despesas e seu destino, em apenas duas tabelas e da diferença das mesmas resulta o saldo, como é norma em contabilidade de caixa corrente Várias tabelas de receitas e pagamentos ou despesas e itens relativos a depósitos considerados como receitas são desnecessários e só vêm confundir.

17 de fevereiro de 2023

Era uma vez uma bonita tradição

A tradição da Páscoa na nossa paróquia e o papel do Juiz da Cruz no contexto da mesma, está em agonia ou mesmo já sepultada. Abandonada que foi a velhinha tradição do processo de eleição ou escolha, foi solicitado de forma reiterada à comunidade que alguém se voluntariasse para tal cargo. Não sei se apareceu alguém e quem, mas tudo indica que ninguém, pelo menos reunindo os critérios que pautavam a escolha, desde logo pelo critério de nunca ter sido juiz.

Pode-se assim dizer que a paróquia e mesmo a freguesia aos poucos está-se a descaracterizar no que de tradições se orgulhava e parece não haver volta atrás. É certo que as coisas têm que ser adaptadas aos novos tempos e circunstâncias mas parece mais que evidente que essa adaptação é mais no sentido de atenuar os estragos e de ajustar as coisas às limitações do que propriamente uma renovação com enriquecimento e valorização.

Todos somos responsáveis desta letargia porque desde a morte do Pe. Francisco, já há 25 anos, que a paróquia nunca encontrou um rumo certo, congregador e agregador. Foi meio século de descaractrização, de erosão e perda dos valores tradicionais de que nos orgulhavam enquanto comunidade. Parece-me, repito, que responsáveis somos todos nós, mas em muito também pelos critérios da Diocese e suas autoridades que olham para estas coisas das paróquias apenas como fontes de receitas.

No que respeita a esta tradição da Páscoa e do Juiz da Cruz, a coisa foi-se e já nada será como dantes. Os caminhos que vinham a ser seguidos só podiam dar a este destino. Desvalorizamos as coisas, desleixamo-nos e até alguns de nós andamos a mandar cartas registadas dirigidas à Comissão Fabriqueira a demitir-nos dessas responsabilidades como se nada tivéssemos a ver com elas. E não por razões de fundo mas tão somente por não gostarmos de assumir compromissos, de canseiras, de responsabilidades. Quem assim pensa e age não tem qualquer sentido de vivência em comunidade. É um direito legítimo de cada um, certamente que sim, mas que em muitos aspectos empobrece uma comunidade. É uma filosofia de "cada um por si".

Assim vamos indo e andando e esta freguesia não tarda a não ter ponta por onde se lhe pegue no que diz respeito à sua antiga e forte identidade e personalidade. Certamente que por sinais dos tempos, num contexto e realidade de estagnação em que damos conta que por ano morrem uma dúzia de pessoas (e só nos últimos 2 meses foram metade disso) e quanto a nascimentos apenas ou ou outro como amostra. Já se adivinha onde vamos parar. 

Numa altura em que se aguarda pelo desfecho do processo de pedido de desagregação da nossa freguesia da actual união, é de questionar que caso a coisa seja concretizada, quem é que dará a cara e o corpo ao manifesto e ao exercício de cidadania para liderar e defender os interesses da freguesia e da sua população? Porventura os mesmos que mandaramn cartas a demitir-se de outras responsabilidades? Quem apenas vive para si, como se a responsabilidade de cidadania e serviço público seja um dever e obrigação apenas dos outros? Mas quem são os outros? Os outros não serão também cada um de nós?

Pessoalmente, nesta matéria, não dou lições de moral a ninguém mas também as dispenso receber de outros porque creio que já fiz a minha parte no que diz respeito a participação na comunidade e na cidadania: Fiz parte de Grupo de Jovens, fiz parte do grupo de Leitores, só não fui Ministro da Comunhão porque a seu tempo alguém não quis, fiz parte do Grupo Coral, fiz parte da LIAM, fiz parte das comissões de festas de todas as festas religiosas, fiz parte da Comissão de Festas do Viso, fui Juiz da Cruz, fiz parte de duas associações culturais e da direcção do Guisande F.C. Colaborei com as diversas Juntas de freguesia em diversos momentos e acções e participei em eleições e fiz parte de uma Junta de Freguesia, mesmo que em condições difíceis. Apesar disso, sempre que posso e sou solicitado, procuro ajudar e contribuo para as despesas e eventos religiosos ou outros.

Como disse, não é nada de mais e muitos mais guisandenses também tiverem e têm este tipo de participação cívica e comunitária, mas tomara que todos, tanto os que ainda nada fizeram como os mais novos, tenham pelo menos alguma desta intervenção. Mas sabemos que tendencialmente não é este o caminho que as pessoas de um modo geral tomam nos dias de hoje. Isso dá trabalho, canseira,  perda de de tempo pessoal e até mesmo despesas e, para mal dos pecados, quase sempre sem reconhecimento público e até com críticas, na maior parte das vezes injustas e injustificadas.

Por todo este conjunto de coisas e situações, é que estamos neste estado. Como diria alguém conformado com a situação, "é o que é!" . A ver vamos no que dá mas as perspectivas e expectativas são baixas. Estamos em crise!

20 de janeiro de 2023

COP Guisande - reunião

O COP - Comité Organizador Paroquial de Guisande, no âmbito da preparação das acções relacionadas à Jornada Mundial da Juventude - Lisboa 2023, realizou ontem, Quinta-Feira, 19 de Abril, pelas 20:30 horas, uma reunião de trabalho, a qual teve lugar no edifício do polo da sede da Junta de Freguesia.

O ponto de ordem era a análise e apresentação de propostas para angariação de famílias de acolhimento de jovens que nos visitarão na última semana de Julho deste ano, antes da Jornada, na semana seguinte e que decorrerá em Lisboa.

Ainda não há números de quantos jovens ficarão alocados em Guisande, até porque depende naturalmente da capacidade de alojamento, pelo que tudo está ainda numa fase preparatória. É certo que o nosso pároco já tem feito avisos no sentido das famílias que entendam reunir condições se voluntariarem para o acolhimento, mas na realidade, para além de uma ou outra situação, ainda não há casos concretos.

Neste contexto elaborou-se uma lista de cerca de quatro dezenas de famílias que em princípio poderão ter condições, disponibilidade e instalações, e de seguida o COP através de três ou quatro grupos farão os respectivos convites de forma pessoal, a par de uma melhor explicação dos requisitos e como é que se processará a estadia e a sua dinâmica. Sabe-se que será necessário garantir o alojamento de pelo menos dois jovens por família, por isso disponibilizar um quarto para dormidas, casa de banho para serviço e higiene pessoal e ainda garantir o pequeno almoço e o jantar. Durante o dia as famílias ficarão livres uma vez que os jovens irão participar no âmbito da Vigararia e Diocese em diversas acções preparatórias e de convívio no âmbito da JMJ.

É certo que o acolhimento implica naturalmente algum trabalho e responsabilidade, mas estamos certos que a nossa paróquia tem pelo menos meia centena de famílias com essas condições, pelo que em rigor, no geral essa disponibilidade dependerá, naturalmente, apenas da vontade das pessoas em partilhar esta experiência com jovens vindos de outros países e de outras culturas. Poderá ser enriquecedor para ambas as partes. Haja, pois, vontade e algum sentido de cidadania em colaborar com este evento internacional que vai marcar a realidade do nosso país neste Verão.

Entretanto, as famílias que entendam poder colaborar, podem dar o seu nome ao Grupo de Jovens ou no serviço da paróquia.

15 de janeiro de 2023

Oração à Sagrada Família


Sagrada Família, Jesus, Maria e José, que simbolicamente neste simples oratório nos visitas, dignai-vos abençoar o nosso lar e todas as pessoas da família que nele habitam e que por vosso poder e auxílio possamos ser merecedores de bençãos de saúde, paz e prosperidade. 

Sede para nós modelo permanente de harmonia e humildade para que possamos ser dignos da vossa presença.

Sagrada Família, Jesus, Maria e José, abençoai-nos e protegei-nos, hoje e sempre, amém!


Ainda outra oração:


Jesus, Maria e José, em Vós contemplamos o esplendor do verdadeiro amor, confiantes, a Vós nos consagramos.

Sagrada Família de Nazaré, tornai também as nossas famílias, lugares de comunhão e cenáculos de oração, autênticas escolas do Evangelho e pequenas igrejas domésticas.

Sagrada Família de Nazaré, que nunca mais haja nas famílias episódios de violência, de fechamento e divisão; e quem tiver sido ferido ou escandalizado seja rapidamente consolado e curado.

Sagrada Família de Nazaré, fazei que todos nos tornemos conscientes do carácter sagrado e inviolável da família, da sua beleza no projecto de Deus.

Jesus, Maria e José, ouvi-nos e acolhei a nossa súplica.

Ámen.


(Papa Francisco, Amoris Laetitia, 325)

Mártir S. Sebastião

Hoje, dia 15 de Janeiro, celebrou-se na nossa paróquia a solenidade do mártir S. Sebastião, que acontece pelo 105.º ano. 

Pelas 08:00 horas fez-se a concentração na capela do Viso, seguindo-se a vinda para a igreja em procissão, com os andores do mártir e de Nossa Senhora das Dores, onde teve lugar a celebração da missa dominical.

11 de dezembro de 2022

Grupo de Jovens de Guisande - 1.º aniversário

 


O Grupo de Jovens de Guisande celebrou ontem, 10 de Dezembro, o seu 1.º aniversário. Tal como o fez o nosso pároco, Pe. António Jorge, endereçamos os parabéns e que o grupo possa ser frutífero  em todas as frentes da sua acção na paróquia, na amizade, na partilha, nos relacionamentos humanos, no crescimento e amadurecimento da fé, mas também inclusivo e integrador de muitos mais jovens que andam deslocados destas coisas da igreja, da comunidade e da paróquia.

Em rigor, este primeiro aniversário refere-se em concreto a esta geração de jovens, já que na realidade a paróquia mesmo que com interregnos, em diferentes tempos foi tendo diversos grupos de jovens, num dos quais fiz parte pelo início da década de 1980. Um dos pontos fracos a todos eles foi a incapacidade de ser dada continuidade geracional. Por conseguinte, a experiência tem mostrado que estes grupos mais cedo ou mais tarde, acabam por ser interrompidos quando não há uma renovação que permita colmatar com entradas de novos elementos  aqueles que por motivos diversos, incluindo a idade, vão saindo. Em todo o caso, mesmo nesta realidade de algo que não tem perdurado, é sempre positivo enquanto dura e por isso é importante que haja uma entreajuda e colaboração entre o grupo e a comunidade para que no fim das contas o saldo seja sempre positivo.

Bem hajam e votos de boa continuação na caminhada, nomeadamente na etapa que será a vivência da Jornada Mundial da Juventude no próximo ano em Lisboa.

25 de outubro de 2022

Na dor e alegria, presente.

Cada um, e de modo especial a família, sentirá como lhe aprouver. Pessoalmente achei significativo que o nosso pároco, Pe. António Jorge, mesmo depois de uma queda que o maltratou, e por isso em confessado e nítido esforço e desconforto físico, fizesse questão de ser ele a celebrar ontem a missa de exéquias pela Maria Isaura da Conceição, e assim de algum modo partilhar a dor dos familiares, reconhecendo e considerando simultaneamente o papel e acção que alguns elementos da família sempre souberam dar à paróquia e à comunidade.

Ora isto nem sempre acontece em diferentes situações da nossa vida e quotidiano, e tantas vezes, mesmo com trabalho e dedicação desinteressada, até mesmo com prejuízo próprio, no final das contas ainda somos rotulados com o mesmo carimbo com que despachamos os maus da fita.

Por isso sabe bem este apoio e esta proximidade, tanto mais num momento de dor. Certamente que a família o sentiu, de modo particular, permita-me, o António.

Bem haja, Pe. António!

17 de outubro de 2022

Festa do Viso - Antecipada

Na página do Facebook da Comissão de Festas do Viso, ainda nada está divulgado quanto ao assunto - e parece-me que deveria estar - mas quem foi à missa neste fim de semana foi posto ao corrente de um comunicado com uma decisão tomada conjuntamente com a Comissão de Festas 2023 e o pároco Pe. António Jorge.

Em resumo, a título excepcional, foi tomada a decisão de antecipar numa semana a data da realização da nossa festa em honra de Nossa Senhora da Boa Fortuna e Santo António, vulgo Festa do Viso. Assim, do tradicional primeiro Domingo de Agosto, que em 2023 calhará no dia 6, a festa ocorreria nos dias 4, 5, 6 e 7  daquele mês. Sendo antecipada, terá lugar a 28, 29, 30 e 31 de Julho.

Quanto ao motivo, prende-se com o facto de que nos dias em que teria lugar a nossa festa, ocorrerão as Jornadas Mundiais da Juventude, em Lisboa, um acontecimento mundial e de extrema importância para o mundo católico. O papa Francisco estará presente com uma grande parte do clero nacional, bem como se espera o envolvimento de centenas de milhares de jovens provenientes dos quatro cantos do globo. Naturalmente que também estarão presentes muitos dos jovens da nossa paróquia. O nosso próprio pároco manifestou interesse e vontade em participar. Totalmente compreensível.

Posto isto, por quem decidiu, foi considerado que o motivo para antecipar a data da festa é importante e justificável e por isso com carácter excepcional.

Naturalmente que, nesta como noutras coisas, para mais quando se trata de alterar pressupostos que são vigentes de há largas dezenas de anos, a decisão nem a todos agradará. 

De minha parte tenho naturalmente a minha própria opinião, mas para o caso é totalmente irrelevante, até porque a decisão já está tomada.

Assim sendo, é seguir em frente!

13 de outubro de 2022

Símbolos das Jornadas Mundiais da Juventude em Guisande

 









(ícone Salus Populi Romani (protectora do povo romano), um dos símbolas da JMJ)

Com um significativo atraso de mais de uma hora face ao horário previamente agendado (12:15) passaram hoje, 13 de Outubro, por Guisande, os símbolos das Jornadas Mundiais da Juventude (a cruz peregrina e o ícone mariano “Salus Populi Romani”).

Depois do acolhimento a caravana seguiu para a paróquia vizinha de Louredo com passagem pela capela do Viso, devendo terminar na paróquia de Canedo, na Senhora da Piedade.

O horário marcado não era o mais indicado para quem trabalha, mas com o atraso verificado as coisas não melhoraram, mas mesmo assim com bastante gente presente incluindo o Grupo de Jovens pelo que o momento teve a dignidade merecida.

Um momento simples mas significativo.

3 de outubro de 2022

Obrigado, Sr. António Costa

Por estes dias soube que o Sr. António Costa, por sua vontade, tomou a decisão de deixar o cargo de tesoureiro da Comissão da Fábrica da Igreja, modernamente designada de Conselho Económico, da qual fazia parte há já vários anos. 

Foi, pois, muito tempo dedicado à causa. Percebia-se que exercia o cargo com dedicação e espírito de serviço pela paróquia e comunidade. Mesmo dentro das suas próprias limitações e desde logo pelo próprio peso da idade, mostrava-se incansável no que lhe competia, fazendo de forma persistente aquilo que tinha que fazer.

Mesmo tendo inicialmente tomado conhecimento desta informação apenas de forma informal e circunstancial, e depois confirmada com alguém do Conselho, pela parte que me toca, como paroquiano, e porque tenho por ele uma grande estima e consideração, quero agradecer-lhe pelo trabalho e missão que levou a cabo, o que nem sempre é fácil porque, de um modo geral, um cargo dado a julgamentos e a escrutínios, tantas vezes desajustados ou mesmo injustos. Tem agora um cargo de vogal, por isso já com menos responsabilidades, mas ainda assim ao serviço.

Tudo tem o seu tempo e o seu lugar e o Sr. António decidiu que era tempo de terminar esta sua responsabilidade de lidar com as contas e com dinheiros.

Bem haja, pelo serviço prestado e  pela sua simplicidade e dedicação, que, de algum modo, ainda continua.

17 de agosto de 2022

Dia de S. Mamede, nosso padroeiro

 


É já hoje, 17 de Agosto, o dia de S. Mamede, padroeiro da nossa paróquia. Sem pompa nem circunstância, mas com celebração condigna, logo teremos missa pelas 19:30 horas na igreja matriz. Seguir-se-á uma singela procissão à volta pelo percurso habitual (pelo adro e alameda).

Dizem os mais antigos que noutros tempos já houve por cá festa de arraial dedicada ao padroeiro, mas pessoalmente, não tenho memória dela. De resto, no que é uma singularidade, as festas populares com invocação de santos ou de Maria nas suas diferentes facetas, muitas vezes deixam os padroeiros de fora. Mesmo cá pelas redondezas, algumas têm tido períodos de paragem e outras são festas menores quando comparadas com demais festas nas próprias freguesias. 

Até mesmo na nossa freguesia, já tem havido procissões na Festa do Viso sem a sua presença, no que, naturalmente, é sempre de lamentar. No mesmo sentido de nem sempre se dar importância à importância, mesmo neste ano, incompreensivelmente, um santo com devoção e tradição na freguesia, o mártir S. Sebastião, não tomou parte na procissão da nossa maior festa. Soubesse disso, com tempo, e seria eu próprio, ou com mais alguém, a garantir a sua participação. Mas, adiante.

A ilustrar este artigo, deixo a reprodução do painel de azulejos existente no lado norte da torre da nossa igreja. Foi pintado a partir da imagem original existente à esquerda (de quem olha) do altar-mor. 

Este painel, com as dimensões de 1,26  x 0,84 m, composto por 54 azulejos (9 x 6) foi mandado fazer pelo então pároco Pe. Francisco Gomes de Oliveira à Fábrica de Cerâmica do Carvalhinho, no ano de 1949, tendo então custado 650 escudos.

2 de julho de 2022

Grupo da LIAM em Fátima



O grupo da LIAM de Guisande está a participar neste fim-de-semana, 2 e 3 de Julho de 2022, na Peregrinação a Fátima da Família Espiritana, sob o lema “Um nós cada vez maior” .

Programa:

Sábado, 2 de julho

17:30 Saudação a Nossa Senhora, na Capelinha das Aparições

18:15 Missa, na Basílica da Santíssima Trindade

21:30 Terço e Procissão de Velas, no Recinto

23:00 Vigília, na Basílica Nossa Senhora do Rosário


Domingo, 3 de julho

07:00 Via-sacra, aos Valinhos

10:00 Rosário, na Capelinha das Aparições

11:00 Missa, no Recinto, presidida por D. António Marto

14:30 Sessão Missionária, no Centro Paulo VI


Guião da Peregrinação de 2022

22 de maio de 2022

Grupo da LIAM de Guisande - 37º aniversário



Neste Sábado, dia 21 de Maio, o Grupo da LIAM da paróquia de S. Mamede de Guisande celebrou o seu 37º aniversário.

Antes e depois da missa das 17:30 horas, realizou-se a já tradicional Feirinha Missionária  cujo valor apurado com as vendas dos diversos produtos reverterá para os Missionários do Espírito Santo e para as suas obras e acções sociais em prol das Missões. No final houve convívio entre os seus membros.

A missa foi celebrada pelo espiritano Pe. Edward Apambila (natural do Gana - África), que assim substituiu o pároco Pe. António Oliveira.

Parabéns e bem-haja ao grupo pela sua missão!


[foto: Grupo da LIAM]

15 de maio de 2022

Procissão das Velas - Maio de 2022

 



Não foi a 13, mas a 14 de Maio, a nossa tradicional Procissão das Velas. Porventura menos participada que em outros anos, mas igualmente reveladora da devoção dos guisandenses a Maria, na invocação de Nossa Senhora de Fátima. 

Teve melhores condições de segurança, já que acompanhada por agentes da GNR, e uma variação no percurso, com passagem pelo interior do lugar do Reguengo em vez da habitual subida pela Barrosa, que me parece que se justifica.

Com um tempo a prometer chuva, esta felizmente não apareceu durante a procissão, apenas ameaçando mesmo já no final à chegada à Alameda da Igreja. Todavia, o vento fez-se sentir e de modo a apagar as velas e a desbaratar as flores e verdes nas ruas, retirando assim algum brilhantismo e efeito.

A procissão, em si, pareceu-me um pouco algo auto-desorganizada já que em rigor era um amontoado de pessoas que seguia atrás do andor. Seria bem mais bonito, e dar-lhe-ia mais extensão, se organizada com duas filas laterais, mas velhos hábitos são difíceis de mudar.

Uma palavra de apreço para o pároco Pe. António, muito interessado, envolvido e empenhado e que assim deu um importante contributo à solenidade nos diferentes momentos da reza do rosário.

Uma palavra de gratidão para todos quantos de uma forma ou outra ajudaram na organização e pelo empenho e esforço demonstrado. Bem hajam!

Pe. Francisco - 24 anos sobre o seu falecimento

 


Passam hoje, 15 de Maio de 2022, 24 anos sobre o falecimento do Pe. Francisco Gomes de Oliveira que paroquiou a nossa freguesia de Guisande durante quase 60 anos.

Paz à sua alma e que continue a interceder por nós, pela nossa paróquia, para a sua unidade e progresso espiritual e social.

21 de abril de 2022

Janela Aberta - Folha Dominical


Muitos já estarão esquecidos porque passam já quase seis anos (Junho de 2016) sobre a publicação do último número da "Janela Aberta", a folha dominical da nossa paróquia de S. Mamede de Guisande.

Por conseguinte, tem a importância que tem, mas tem já, seguramente, um lugarzinho na história ou nas estórias da nossa freguesia.

Como com todas as coisas, a "Janela Aberta" teve uma origem; Antes, pois, que fiquemos mais esquecidos vamos aqui relembrar a desta simples publicação.

Na última semana de Novembro de 2012 o nosso ex-pároco Pe. Arnaldo Farinha começou a compor e a publicar uma folha dominical para distribuição na igreja, dando-lhe precisamente esse nome "Folha Dominical". Era uma folha do tamanho A4 dobrada a meio, por isso apresentada no formato A5. Era composta pelos textos da liturgia do respectivo Domingo, algumas informações de agenda e horários e algumas imagens a ilustrar.

Este formato inicial durou seis números, referindo-se o último a 30 de Dezembro de 2012.

Nessa altura, por achar que o aspecto gráfico estava pobrezinho e que poderia ser feito de forma mais apelativa, falei com o pároco e propus-me a ajudar, ficando responsável pela composição e grafismo. Propus ainda que a publicação tivesse um outro título, que de algum modo emprestasse uma melhor identidade à publicação. O Pe. Farinha aceitou imediatamente, gostou da ideia e assim dali em diante, semanalmente, a partir do Nº 7, a folha dominical passou a publicar-se nessa nova etapa com o título "Janela Aberta", impressa em sistema laser, com muita qualidade, ao contrário dos primeiros números produzidos na impressora da paróquia em sistema de jacto de tinta.

Mas o título "Janela Aberta" não surgiu do acaso porque considerei interessante que fosse retomado do boletim informativo do Grupo da LIAM, com esse mesmo nome, uns anos antes, quando por minha iniciativa, o grupo então orientado pela saudosa D. Laurinda da Conceição, publicou mensalmente durante quase três anos esse boletim, com o primeiro número a sair em Janeiro de 2001 e que terminou no Nº 14, correspondente ao período de Janeiro/Junho de 2003.

Por conseguinte, a "Janela Aberta" enquanto folha paroquial e dominical teve o seu início quase 10 anos depois do boletim informativo do Grupo da LIAM.

Durante o período de publicação, a "Janela Aberta" teve dois formatos: Começou no formato original, no tamanho A5 (folha A4 dobrada a meio), com 4 páginas a cores e depois passou para o mesmo formato mas com 8 páginas e numa fase final, desde o Nº 117  de 24 de Janeiro de 2016 ao Nº 139 de 26 de Junho de 2016, passou para o formato A4 (folha A3 dobrada a meio) mas apenas a preto e branco de modo a compensar os gastos com o tamanho.

Depois da habitual paragem para férias, com a publicação do atrás referido Nº 139, a publicação não voltou a ser impressa. 

Importa referir que a paragem apenas se deveu à contenção de gastos pela paróquia pois a publicação, entre 80 a 100 exemplares, era distribuída gratuitamente e por conseguinte era sempre uma despesa regular a ter em conta semanalmente, apesar do baixo custo conseguido na impressão em sistema a laser. Por isso, pela minha parte, apesar do trabalho semanal de composição e impressão,  que me ocupava umas horas e naturalmente sem qualquer paga, a publicação teria continuado a ser composta e impressa.

Seja como for, é uma inevitabilidade que estas coisas tenham os seus momentos e períodos e nada dura eternamente, tanto mais quando representam custos que de algum modo não são compensados.

Na sua fase final, para além da habitual publicação da liturgia dominical, o conteúdo englobava ainda reflexões sobre a mesma liturgia, apontamentos relacionados às intervenções semanais do Papa Francisco, ainda a agenda dos serviços religiosos e alguns outros apontamentos ou informações de interessa da paróquia, particulares ou de âmbito geral. Creio que era uma interessante publicação e que por muitos era valorizada. Não sei se alguém guardou a totalidade dos números, mas quem o fez certamente que tem um documento interessante e que mais valor terá no futuro. 

Foi bonito enquanto durou e, como se disse no início deste apontamento, a "Janela Aberta" tem um lugarzinho na história da nossa comunidade paroquial. 

Abaixo deixo a reprodução de alguns números relacionados à transição das diferentes versões da "Janela Aberta", começando pelo tal primeiro número do boletim do Grupo da LIAM datado de Janeiro de 2001 em cujo texto de abertura se explicam e justificam as razões para a sua publicação.









Abaixo alguns outros números














27 de março de 2022

Grupo de Jovens de Guisande

 


O Grupo de Jovens de Guisande voltou a renascer. Ontem, na missa vespertina, por ele dinamizada, teve início a sua caminhada. Entre outros objectivos, a preparação para a sua participação na Jornada Mundial da Juventude que terão lugar em Lisboa no próximo ano, entre 1 e 6 de Agosto.

De que tenho memória (sim, já fui jovem), pertenci desde os 17 ao Grupo de Jovens de Guisande, então dinamizado pelo saudoso Pe. Alves do Seminário dos Passionistas. Desse grupo, entre outros, faziam parte o Cesário Almeida, o Orlando Lopes, a Georgina Santos a sua irmã Fátima, a Cisaltina Coelho, o saudoso Tomé, o Rui Giro e tantos outros.

Depois dessa excelente fornada, houve outros grupos de jovens, mas certo é que em rigor nunca houve um Grupo de forma continuada, no que naturalmente seria positivo, com os mais novos a integrarem-se com os mais velhos, numa natural sequência e sucessão etária.

Desse meu Grupo, não há muitas fotos, até porque por esses tempos as máquinas fotográficas eram um luxo e não havia telemóveis. Acima uma foto, junto ao balneário das Caldas da Rainha, de uma excursão de dois dias a Lisboa, em que para além de alguns elementos do grupo de Guisande participaram jovens de outras freguesias como de Louredo, Lobão, Gião, Canedo, Caldas de S. Jorge e S. João de Ver. 

Fica o registo e com ele os votos de longa vida a esta nova colheita do Grupo de Jovens de Guisande.


Sobre o Pe. Alves:

O padre Manuel Alves Pereira, filho de José Pereira de Oliveira e Nazaré Alves de Azevedo, nasceu 13 de Julho de 1938 – nascimento em Alvarães (Viana do Castelo). 

Foi baptizado e crismado em Alvarães (Diocese de Viana do Castelo). Entrou no Seminário Passionista de Peñafiel (Espanha) a 17 de Outubro de 1953. 

Entre 1957 e 1958 fez o noviciado em Peñafiel, emitindo a Primeira Profissão a 08 de Dezembro de 1958 (Corella-Espanha) e a Profissão Perpétua a 29 de Setembro de 1961 (Villareal de Urréchua-Espanha). Foi ordenado presbítero a 09 de Março de 1963, em Bilbau.

Foi Superior da Comunidade em Barroselas de 1967 a 1970; em Santo António (Barreiro) de 1994 a 1998. Foi Ecónomo Local em Arcos de Valdevez de 1965 a 1967; 

Em Santa Maria da Feira de 1980 a 1984; 

Em Barroselas de 1984 a 1987 e 1994 a 1994. 

Deu aulas em Antuzede (Coimbra) de 1964 a 1965; Santa Maria da Feira de 1970 a 1979; em Barroselas de 1987 a 1990. Desenvolveu intensa atividade em vários grupos e ação pastoral: Escuteiros (Fundador do Escutismo em Santa Maria da Feira), Grupos Corais (Barreiro, Barroselas), Pastoral Vocacional… Foi um grande missionário, tendo pregado em diversos pontos do país e estrangeiro.


Faleceu a 22 de Maio de 2016, em Viana do Castelo.