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8 de setembro de 2025

Algumas propostas, ideias e sugestões para a futura Junta de Freguesia

 


Algumas propostas, ideias e sugestões para quem vier a governar a Junta de Freguesia.

Considero que em sede de campanha eleitoral para uma Assembleia de Freguesia, devem todas as forças concorrentes e seus elementos, nomeadamente aqueles que, vencendo, assumirão funções executivas, estar receptivos a sugestões e propostas dos cidadãos, de modo a que possam, querendo e achando-as válidas, integrá-las nos seus programas ou nos planos  de actividades durante o mandato.

Também considero, e porque já fiz parte de uma Junta - mesmo que num papel menor, de vogal sem competências - que pelas dificuldades próprias de uma pequena Junta de Freguesia, sem grandes recursos financeiros e logísticos, não é possível fazer tudo o que se deseja, por mais válidas que sejam as ideias e os projectos. Importa, pois, mesmo que com alguma ambição, haver realismo.

Não obstante, também sei que há várias coisas, procedimentos, iniciativas e eventos que podem ser realizados sem grandes custos, dependendo apenas de vontade, dinamismo e acção.

Quanto às obras e melhoramentos, atendendo às características da freguesia de Guisande, não é difícil estabelecer as prioridades e o que deve ser feito. É a minha opinião mas creio que será também a de qualquer futura Junta:

- Obras e melhoramentos, arruamentos e espaços públicos: Onde se mostre necessário, nomeadamente:

- No monte do Viso:

Requalificação dos espaços envolventes da capela do Viso e arraial, requalificando espaços de circulação, passeios e espaços verdes. 

Não sendo uma prioridade, será de se equacionar o revestimento da bancada do terreiro, conferindo-lhe mais qualidade e estética.

No coreto deverá ser feita a obra de pintura da cobertura, que começa a mostrar desgaste e oxidação.

Ainda no monte do Viso, criar condições para o alargamento do troço da Rua de Santo António, do lado norte, onde em dias de eventos o trânsito flui com dificuldade. Creio que há condições para a concordância dos proprietários. De resto, este alargamento só não foi realizado no segundo mandato do PSD da União de Freguesias por manifesta falta de vontade da Junta, já que pelo final do primeiro mandato, eu próprio obtive a concordância dos proprietários de ambos os lados da rua e faltava apenas formalizar o protocolo com a Câmara..

- Na Igreja matriz e envolvente:

- Requalificação de toda a zona envolvente da igreja matriz e sede da Junta de freguesia. Será uma obra dispendiosa,  de mandato ou até para dois, e só com o apoio da Câmara Municipal será possível. Não obstante, se noutras freguesias foram investidos milhões, por justiça alguma verba deve haver para esta obra.

- Requalificação da zona onde existe os eco-pontos na zona do Ribeiro: Fosse eu a decidir e os ecopontos seria mudados para outro local na freguesia onde o impacto de uma má utilização e falta de civismo, não seja tão negativo face à proximidade da igreja matriz, a zona nobre da freguesia. Um espaço que me parece adequado será na Rua do Outeiro, junto ao cruzamento com a Rua da Igreja e Rua Nossa Senhora da Boa Fortuna, ao lado da A32.

- Ponte da Lavandeira na Barrosa:

- Na ponte propriamente ditam considero que pelo pouco trânsito e de carácter local, não é uma prioridade significativa, mas havendo margem é de pensar no seu alargamento e rectificação da parte da estrada, essa sempre em mau estado, sobretudo do lado poente.

- Pavimentação de passeios públicos:

Há na freguesia vários troços de passeios públicos, nomeadamente na Barrosa e Quintães, já definidos com guias mas sem pavimentação. Sendo espaços públicos, devem ser devidamente tratados e pavimentados. Onde for possível, fazer o tratamento de algumas bermas de ruas, com meias canas em betão de modo a reduzir o crescimento de vegetação e a permitir um melhor escoamento de águas pluviais.

- Rua das Quintães:

Com negociação com o proprietário, e refazendo o muro de suporte, creio ser possível alargar a curva  mais apertada,  que estrangula a estrada e assim melhorar a circulação, incluindo de autocarros.

- Rua da Zona Industrial:

- Está mais que visto que esta estrada, a mais degradada da freguesia, não foi nem vai ser requalificada no presente mandato. A instalação das redes de água e saneamento foi sempre adiada, em detrimento de investimentos mais vistosos e já se percebe que vai ficar apara a futura Junta. 

- Rua Nossa Senhora da Boa Fortuna:

Com o tempo a esgotar-se, em fim de mandato, também me parece que as sarjetas para escoalmento de águas pluviais  realizadas na Rua Nossa Senhora de Fátima, entre os lugares da Leira e da Gândara, e que ficaram sem os respectivos remates de pavimento, também irão passar ao lado do actual mandato e será mais uma herança para a futura Junta. Logo que possível deve fazer-se os remates porque como estão facilitam o acidente e ainda há semanas houve ali um despiste grave.

- Rua dos Quatro-Caminhos:

Por via das instalações de redes de águas e saneamento, algumas ruas apresentam depressões significativas, como a Rua dos Quatro-Caminhos. Importará chamar à responsabilidade a Câmara e a Indáqua para repor estas situações bem como adoptar uma política de exigência de bom acabamento em todas as intervenções pela concessionária nas ruas, pois invariavelmente os remates são feitos grosseiramente e assim se mantêm por meses e anos, ou com lombas, com depressões ou com rebaixos com arestas, como na rua das barreiradas e outras. Quem estraga deve consertar devidamente.

- Abrigos de passageiros:

Remodelar ou requalificar alguns abrigos de passageiros, vandalizados, deteriorados ou com aspecto de barracos, como no lugar de Estôze. Se necessários, requalifiquem-se. Se desnecessários, que se removam.

- Apoio ao Centro Social e Centro Cívico:

Como equipamento agregador e adequado a muitas das acções cívicas e comunitárias, é legítimo que a associação e o seu equipamento recebam apoios anuais adequados à conservação e subsistência. De que modo e em que peso, merecerá uma análise adequada e de acordo com a disponibilidade financeira da Junta, mas de modo justo equilibrado. Procurar envolver nesse esforço o município nomeadamente na alocação de um(a) funcionário(a). 

Mesmo para a própria Junta, procurar na Câmara e do seu quadro de pessoal. a alocação de um funcionário operativo, nomeadamente para serviço de coveiro e limpezas, des resto como já acontece na União de Freguesias..

- Associativismo: Guisande F.C., Guisande Trail Running, outros:

Apoiar todos os grupos, formais ou informais que tenham acções positivas no desenvolvimento de eventos e iniciativas que envolva a comunidade. manter e melhor por protocolos a utilização de espaços da Junta como pontos de encontro ou sedes dos grupos, como os já existentes.

Apoiar o Guizande FC: nomeadamente na limpeza e conservação do campo de jogos e instalações, também de forma equilibrada.

Face ao recuar da palavra dada pelo actual executivo da União de Freguesias quanto ao apoio à obra de instalação do relvado sintético, procurar forma e um plano de apoio, mesmo que pluria-anual para que a obra se faça, aproveitando a parte que à Câmara Municipal cabe apoiar.

Apoiar a continuidade da organização do evento do Trail do Viso, organizado pelo Guisande Trail Runnig e estudar a implementação de outros eventos similares no âmbito da prática desportiva, nomeadamente no aproveitamento das instalações do polidesportivo de Casaldaça, recentemente requalificada pela Câmara Municipal, mas a precisar de requalificação ao nível das instalações do balneário.

Para além das obras referidas e outras que se mostrem oportunas ou urgentes, bem como do apoio ao Centro Social e Centro Cívico e ao Guisande F.C., deixo algumas sugestões de algumas obras, melhoramentos e de pequenas mas significativas coisas e acções que gostaria de ver a futura Junta de Freguesia de Guisande a implementar ao longo do mandato. Concerteza que nem tudo poderá ser feito, mas há várias coisas que pelo seu baixo investimento podem perfeitamente ser concretizadas, até porque dependem apenas de vontade própria em agir e a capacidade de dinamizar:

Outras sugestões:

1 – Procurar requalificar o edifício da sede da Junta, dotar o mesmo com condições de acessibilidade ao piso do Andar, substituir a cobertura em fibro-cimento com amianto e dotar a fachada principal com elementos que emprestem uma estética de modernidade, como uma solução adoptada na sede da Junta em Louredo, por exemplo. Melhorar a qualidade de conforto térmico do edifício da sede da Junta, nomeadamente no salão de sessões de assembleia de freguesia e do espaço de arquivo e atendimento. Os móveis existentes na secretaria e arquivo já não se adequam a uma imagem de modernidade.

2 - Tratamento e organização do arquivo documental da freguesia e sua digitalização. Quando estive na Junta pude comprovar o mau estado do arquivo e acondicionamento de documentos importantes, como os livros de actas, antigos e mais recentes. Na altura já estava perdido um importante livro de actas, do período anterior à união de freguesias. Lamentavelmente, no acto da transmissão de poderes entre a Junta de Freguesia e a Comissão Administrativa, não foi feita a verificação da existência dos livros de actas e outros importantes documentos. Lamentável e injustificada essa perda. Alguém, com propósitos desconhecidos, tratou de o fazer desaparecer. Tlavez por algumas actas incovenientes. Creio que, volvidos oitos anos ainda não apareceu esse livro de actas, o que se lamenta e só por falta de controlo e defesa desses valores.

Também me apercebi que as actas das reuniões de Junta, mais recentes do paríodo anterior à União, estavam mal organizadas para além de elaboradas de forma muito básica e amadora, com assuntos importantes a serem registados de forma básica e resumida. Neste contexto, será importante adoptar critérios. procedimentos adequados e rigorosos na elaboração de actas, que devem ser tão exaustivas quanto possível e haver cuidado noutros documentos institucionais, de comunicação e imagem.

Será interessante começar a formar um acervo fotográfico de todos os aspectos da paisagem urbana e natural para memória futura, bem como procurar, mesmo que com doações ou autorizações de duplicação por parte de terceiros, de fotografias antigas da comunidade, que sejam um acervo e testemunho visual das nossas raízes. Se possível, com as devidas autorizações, formar um registo das nossas gentes, sobretudo dos nossos mais velhos, também para memória futura.

Procurar adoptar procedimentos de levantamento fotográfico de todas as obras, o antes e o depois, para registo futuro. De minha parte contribuirei com o que tenho.

3 – Em diálogo e concordância com a família proprietária, afixar uma lápide, em granito ou metálica, na fachada exterior da casa da Sr. ª Natália, em Casaldaça, a evocar que ali durante décadas existiu o principal Posto Escolar antes da construção da Escola Primária do Viso. Também na casa da esposa do Manuel Tavares do Viso, onde também funcionou uma escola de raparigas antes da Escola do Viso.

4 – Em diálogo e concordância com a família proprietária, afixar uma lápide, em granito ou metálica, na fachada exterior da casa na Rua Cónego Ferreira Pinto, em Casaldaça, anteriormente propriedade da Sr.ª Amália e agora de um sobrinho, o Sr. Agostinho, a evocar que ali durante vários anos funcionou a sede da Junta de Freguesia de Guisande, desde o 25 de Abril de 1974 até à edificação da actual sede da Junta.

5 – Criar um prémio ou evento anual de reconhecimento a uma figura ou grupo da freguesia que de algum modo tenha tido uma acção meritória na área da cidadania, defesa e valorização da freguesia, acção social, cultural, desportiva, recreio e entretenimento, etc.

O prémio para além da referência em Assembleia de Freguesia e atribuição de um voto de reconhecimento, poderia incluir um valor monetário, mesmo que simbólico, ou um qualquer elemento artístico a elaborar, como uma medalha, troféu ou diploma.

6 – Criar um evento anual de entretenimento e defesa e divulgação de gastronomia, promovendo um festival de sopas, que seriam elaboradas por pessoas mais velhas da freguesia e que integradas num evento de convívio e gastronomia seria alvo de escolha por um júri ou votação alargada entre os visitantes. Tentar promover a tradição da regueifa à moda de Guisande ou preservar as memórias associadas.

O evento teria um valor de entrada e pelo qual se poderia provar as diferentes sopas. Outros produtos como bebidas e sobremesas seriam vendidas e com receita para o Centro Social ou outra colectividade ou grupo a determinar. O prémio poderá ser monetário ou simbólico.

7 – Criar uns dois ou três elementos de geocaching, interligados, que permitam trazer gente praticante dessa actividade à freguesia e dar a conhecer alguns pontos ou património do nosso território.

8 – Promover concursos de arte com temas ligados à freguesia nos seus diferentes aspectos, como fotografia, desenho, poesia e prosa. Promover acções de arte urbana e de rua, apoiando pinturas ou murais em espaços desaproveitados, públicos ou privados, com concordância dos proprietários, com carácter efémero ou definitivo.

9 – Promover actividades recreativas direccionadas para o conhecimento da história da freguesia, património natural e edificado, junto da população e de fora da comunidade.

10 – Promover intercâmbios inter-freguesias, a nível do concelho e fora dele, com troca de experiências. Procurar, em parceria com as juntas de Lobão, Gião e Louredo, manter o formato da “Corga da Moura” como ponto de convívio inter-local e apoio às colectividades.

11 – Apoiar iniciativas de promoção à leitura e poesia bem como apoiar eventuais publicações de livros ou livretos de autores da freguesia.

12 – Envidar esforços junto dos jovens para reactivar a Associação Cultural da Juventude de Guisande e apoiar a activação do jornal mensal “O Mês de Guisande”, em papel opu formato digital. Apoiar os grupos e associativismo como o Guizande F.C. e Guisande Trail Running. Promover a utilização regular do rinque polidesportivo em Casaldaça.

13 – Incentivar programas de reconhecimento por intervenções de cidadania, como limpeza das ruas defronte das próprias casas, etc.

14 – Mesmo que sem qualquer filosofia de incentivo à natalidade, porque na realidade não resulta apenas com tais iniciativas, deve-se manter o programa similar levado a cabo pela União de Freguesias, que poderá ter a designação de “Bébés da nossa terra” com um valor monetário simbólico e um cabaz de produtos adequados aos primeiros tempos do bebé e da mãe.

15 – Na rotunda da Farrapa, no entroncamento da Rua Cónego Ferreira Pinto e Rua da Igreja, eliminar o cimentado, ajardinar e no centro plantar uma oliveira e dar ao espaço a designação de ´”Largo da Independência” em memória da obtenção da independência da freguesia em seguimento da desagregação da união de freguesia.

16 – Em parceria com o Guisande Trail Running, desenvolver esforços para realizar um percurso pedestre ao longo das margens da ribeira da Mota e mesmo pelo interior das matas, aproveitando caminhos e trilhos da freguesia, com sinalização e manutenção e limpeza regulares e fazer a sua promoção para um autilização de visitantes.

17 – No âmbito das actividades do Centro Social e Grupo Solidário, desenvolver iniciativas de proximidade e convívio dos nossos mais velhos, como apoiar a Ceia Solidária de Natal, manter o passeio convívio, promovendo visitas, convívios, tertúlias, etc. combatendo a solidão, isolamento e esquecimento Podem-se fazer coisas bonitas por pouco, mas apenas com o envolvimento de todas as forças vivas e paroquiais.

18 - Apoiar a organização da Festa do Viso e outras de carácter paroquial e comunitário.

Em resumo, outras mais sugestões poderiam ser aqui propostas, e cada cabeça sua sentença, mas enquanto comunidade devemos ser positivos e procurar desenvolver iniciativas diferenciadoras ou que pelo menos possam contribuir para uma comunidade mais inclusiva e solidária. Muitas delas, como justifiquei, envolverão poucos recursos financeiros mas antes vontade de fazer e capacidade de mobilizar e incentivar.


Guisande 7 de Setembro de 2025

Américo Almeida

24 de janeiro de 2025

Ver da bancada

O problema não é só em Guisande porque constato que o défice é geral. Efectivamente, de uma grande maioria de pessoas, não só jovens como adultos e até muitos bastantes já seniores, que vão estando pelas redes sociais, em tal número que quase podemos dizer como suficientemente representativos das próprias freguesias, o certo é que as suas participações raramente têm um cariz de intervenção cívica. A participação é quase toda no plano pessoal, recreativo e raramente num sentido comunitário.

Deste modo, os temas partilhados, quase sempre, e suscitados, raras vezes, andam mais ou menos à volta dos nossos umbigos, das nossas coisas pessoais. Tudo legítimo, mesmo que a mais básica banalidade, mas que em nada concorrem para um nível mais participativo, de cidadadania.

Parece-me que esta realidade acontece porque partilhar a banalidade e coisas fofinhas, a meter cães, gatos, passarinhos e flores, raramente causa ondas de choque. Ao contrário, levantar uma questão, dar opinião ou até contrariar ou criticarm algo ou alguém, mesmo que num sentido positivo, pode levar, mais que concordâncias e elogios, a reacções negativas e até mesmo, tantas vezes, contundentes e ofensivas.

Não surpreende, por isso, que a maioria dos utilizadores das redes sociais se fiquem pelas coisas fofinhas.

Ainda por estes dias, a propósito de um tema deveras importante, como o da desagregação ou não das uniões de freguesias, foram poucos os que nas redes scoais vi escreverem opinião própria, e mesmo quanto a reacções a algo dito ou escrito por terceiros, também foram pouco significativas.

O que é que isto quer dizer? Precisamente o que atrás considerei, no geral ninguém se quer incomodar ou marcar posição, uns apenas porque sim, outros apenas por calculismo e num certo jeito de se procurar estar de bem com Deus e com o diabo.

É pena que seja assim, porque no geral mostra o nível ou qualidade da nossa forma de estar em comunidade de nela participar. Somos, no geral, gente que se limita a ver no conforto da bancada o que outros, na praça ou na arena, entendem como dever de ter e marcar posição. Não é, pois, um bom sinal quanto à qualidade de escrutínio e de participação em coisas que a todos dizem respeito.

Para finalizar a reflexão, indiquei como exemplo a questão do processo de desagregação das uniões de freguesias. mas naturalmente este nosso défice de quantidade e qualidade de participação no espaço público, estende-se a muitos outros temas, políticos, sociais, culturais, etc, que dizem respeito a todos. 

Em resumo, no geral somos pouco ou nada interessados pelas coisas que a todos dizem respeito, como se nada seja connosco mas apenas com os outros.

25 de fevereiro de 2019

Esta mania da preocupação

As coisas foram como foram, aquém do que se esperava, reconheço pela minha parte, mas mesmo que muito limitadamente e sem poder algum , enquanto elemento do anterior executivo da Junta procurei estar atento e transmitir as diferentes situações relacionadas a Guisande. Podem não ter sido atendidas mas não deixaram de ser sinalizadas e pedidas. Uma delas, mesmo que de somenos importância, foi a de estar atento e reportar as avarias na iluminação pública. Foram largas dezenas de situações por mim comunicadas e quase todas resolvidas. Para além de dar atenção e seguimento a quem indicava cada situação, eu próprio percorria as ruas da freguesia com frequência semanal de modo a tomar nota das várias avarias. Isso era importante numa altura em que vigorava o programa de economia que desligou muitas iluminárias no concelho e sobretudo em Guisande, e que por isso uma iluminária desligada significava três postes seguidos sem luz  e a escuridão notória de muitas ruas. Esse programa terminou pelo que na teoria e na prática todos os postes com iluminárias têm que estar a funcionar, isto é, a iluminar.

Mas agora, já estando de fora de responsabilidades públicas, vejo que há muitas situações de iluminárias desligadas ou variadas, durante semanas e meses sem que aparentemente alguém se preocupe com a situação. É certo que essa não é uma responsabilidade directa de uma Junta, mas numa perspectiva de estar ao serviço, esta tem responsabilidades de chamar à atenção e comunicar à entidade da EDP responsável pela rede.

Seja como for, e quem te manda a ti sapateiro tocar o rabecão da preocupação, tendo recomeçado umas caminhadas nocturnas, verifico que em apenas duas ou três ruas são mais que muitas as avarias. Duas delas na Rua da Fonte (parcialmente às escuras) e uma na Rua das Quintães. Com esta mania da preocupação, que ninguém agradece ou reconhece, já as reportei, esperando que entretanto se dignem efectuar a reparação.

Para além do mais, para dificultar a coisa, os meios e os contactos disponíveis para o comum cidadão reportar a avaria, cada vez são mais mecanizados e menos ou nada pessoais. Terminaram os canais telefónicos e mesmo os canais por email. Cada vez mais as entidades fogem das reclamações e do atendimento personalizado como o diabo da cruz. Os cidadãos e clientes são apenas números a quem interessa cobrar. Somos regra geral atendidos por máquinas e encaminhados por opções que quase nunca dão resposta aos nossos problemas concretos. É o que é.

Quanto a esta gente da EDP, ou a mando dela, fazem o que podem e o que lhes mandam, mas, vá lá saber-se porquê, quase sempre fazem pouco, devagar e demoradamente. Mas como sabemos que o dar à luz leva-nos 9 meses, vamos esperar que para o caso leve um pouco menos. 

3 de setembro de 2018

Estamos lixados


Pegando nas fotos (acima) com oportunidade partilhadas pelo Ricardo Ferreira, no Facebook, com imagens da situação que há largos dias está acontecer junto aos ecopontos no lugar da Leira, é caso para dizer que estamos mesmo lixados. E estamos, ou devemos estar, não apenas com as entidades que têm a responsabilidade de assegurar a limpeza (creio que Suldouro, Suma, ou ambas), como as que têm que assegurar que esse serviço está a ser devidamente cumprido pela(s) entidade(s) com essas responsabilidades (Câmara e Junta) como também com quem (ditos cidadãos) se digna a depositar o lixo dessa forma, desde logo sabendo, eles e todos nós, que alguns dos objectos que ali se vêem (como colchões) têm local próprio e até um serviço de recolha grátis desde que solicitado e agendado.

Infelizmente, este retrato não acontece apenas na Leira, como também em Fornos e na Igreja, mas não só em Guisande, mas igualmente noutros locais na União de Freguesias e mesmo noutras freguesias. Para este cenário junta-se alguma irresponsabilidade ou incapacidade numa altura mais produtiva (férias), em contraponto com eventual falha de pessoal nas empresas (certamente também com direito a férias em Agosto), mas também a muita falta de civismo. É caso para dizer-se que, mesmo com muita desorganização ou laxismo, com este tipo de cidadãos "exemplares" não há Junta ou Câmara que resistam. E, quase como regra, quem suja em Guisande não é de cá.

Em todo o caso, e porque foi um assunto que mereceu as minhas críticas antes e enquanto elemento integrante do anterior executivo da nossa Junta da União, por diversas vezes levantei este problema, nomeadamente para o ecoponto no lugar da Igreja, invariavelmente sujo e com mau aspecto e com o agravante de estar na envolvente da igreja matriz, logo com uma ampla e negativa exposição num espaço nobre que deveria primar pela limpeza e asseio. Pugnei assim, por diversas vezes, pela mudança do local (sugerindo o que me pareciam boas alternativas) ou mesmo a sua supressão. Infelizmente, tendo o assunto sido colocado aos responsáveis pelos ecopontos, a ideia não lhes terá agradado. Por mim, face a esse desagrado superior, teria simplesmente eliminado esse ecoponto e cortado o mal pela raiz. Não o entendeu assim quem tinha o poder, pelo que a coisa, melhor dizendo, a cagada, continuou e continua a ser mais do mesmo e como de sempre. Reconheço que essa foi outra batalha perdida, mas, como não por omissão, não me pesa a consciência, mas pesa-me o lamento de não ter merecido essa consideração.

Em resumo, para além de toda a falta de civismo, não sobram dúvidas que algo ou alguém está a falhar redondamente, já que não é admissível que, mesmo com as contingências próprias de um tempo de férias, sejam largos os dias ou mesmo semanas sem uma aparente recolha e limpeza dos espaços. Competirá à Junta alertar a Câmara e a esta pedir responsabilidades à(s) empresa(s). Quanto a nós, cidadãos produtores de lixo e para cuja recolha pagamos, podemos e devemos dar uma ajudinha. Felizmente a maioria dá, de forma correcta e consciente, mas há sempre alguém, um qualquer emplastro, que gosta de estragar o retrato. Quando assim é...

30 de janeiro de 2017

1 de fevereiro de 2016

Recolha de sangue - Centro Cívico

O Centro Cívico, no Monte do Viso, instalação do Centro Social S. Mamede de Guisande, acolheu neste sábado, 30 de Janeiro de 2016, a jornada da recolha de sangue, transferindo-se a mesma do velhinho Salão Paroquial onde vinha a ser realizada nos últimos anos.

Foi com gosto e disponibilidade que acedemos ao pedido do núcleo local da Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Santa Maria da Feira.
Certamente que foram encontradas melhores instalações, com mais conforto e com melhores acessos, tanto para a equipa do Instituto Português do Sangue como para os dadores.

A título de informação, nesta jornada registou-se uma participação de 56 pessoas das quais 37 tiveram condições para doar. Este número está longe do registado noutros anos pelo que se apela a que a população volte a ser generosa no próximo evento agendado para 30 de Julho.