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29 de outubro de 2024

Igreja matriz sem alameda


Fotografia de 1982 quando ainda nem se sonhava em realizar a Alameda fontal à nossa igreja matriz, o que só aconteceria uma dúzia de anos mais tarde.

Também por isso, ainda não existia a capela mortuária mas apenas uma simples construção de instalações sanitárias.

5 de abril de 2024

Compasso Pascal em 1993

 


Foto do Compasso Pascal em 1993 - Juiz da Cruz foi o José Alves da Costa, da Barrosa, da Casa do Loureiro. Aqui em casa do Ti Manuel "da Joana".

30 de março de 2024

Compasso da Páscoa em Guisande


Nem sempre consigo tal premissa e, como a maioria, por vezes também não resisto à tentação de partilhar banalidades, lugares comuns e pingarelhos, mas regra geral procuro que qualquer coisa que aqui publique e partilhe, tenha algum significado, sumo, como se espera de uma laranja. 

Bem sei que a maioria está a sintonizar outra frequência e quando temos às costas uma mochila carregada de anos e de experiência de vida, corremos o risco de andar a falar para as paredes ou para surdos-mudos, tal é o desfazamento entre gerações, níveis de cultura e diversidade de interesses. Mas quanto a isso não há nada a fazer, a não ser remar contra a maré ou navegar contra o vento. Mas isso tem custos, porque desgasta a embarcação, cansa o navegante e demora-se a chegar a bom porto e quando, por adversidade, não se naufraga na viagem.

Neste contexto e pensamento, para a Páscoa deste ano de 2024, que será fria e molhada, deixo de lado os habituais clichês dos coelhinhos, pintainhos, ovos e amêndoas. Tudo coisas boas e ternurentas, mas de tão generalizadas, enjoativas e com ar de banalidade.

Em alternativa partilho uma fotografia antiga, de meados da década de 1950, com o compasso pascal na nossa freguesia. Na cena, o saudoso  Pe. Francisco, com o seu barrete, alva branca de meio corpo sobre a batina preta, estola bordada sobre a alva, à sua direita o juiz da Cruz, o Dr. Joaquim Inácio da Costa e Silva, atrás, certamente já cansado, apesar de ser homem duro e de trabalho, o Ti Domingos Lopes, que tinha a tarefa de carregar a sua cruz e a do juiz, de quem era caseiro. Ainda, à esquerda do pároco, com a caldeirinha da água benta, um quarto elemento que não consegui ainda identificar, mas que talvez os mais velhos que eu e que por aqui espreitem, consigam reconhecer.

Como se vê, pelo menos neste compasso não havia campainha, a não ser que venha debaixo da opa do juiz da Cruz ou que seja quem tirou a fotografia. 

Recorde-se que por esses tempos, e durante muitos mais anos, a visita pascal na nossa paróquia era feita apenas por uma cruz, pelo que o percurso durava todo o dia e até altas horas da noite quando terminava no lugar de Cimo de Vila, na casa do Ti Joaquim "da menina" já a descer o monte do Viso.

A foto foi colorida artificialmente, apenas para dar um pouco de vivacidade ao quadro. Reconheço o local, então caminho estreito  mas hoje rua pavimentada, mas fica como teste para quem quiser adivinhar.

Por tudo isto e com isto, desejo aos meus visitantes e amigos, incluindo os que interessados e de boa fé andam pelo meu Facebook, votos de uma feliz e santa Páscoa! Bem hajam!

13 de fevereiro de 2024

Carnaval em Guisande - Outros tempos

 



Momentos de vivência do  Carnaval na freguesia de Guisande - 1960


Poderão os mais novos pensar que nos antigamentes o Carnaval passava ao lado dos guisandenses, mas naturalmente que não. É certo que sem as modernices actuais, decorrentes da contaminação de carnavais de outras paragens, mas havia alegria porventura mais genuína e popular. 

É certo que em Guisande as manifestações ligadas ao Carnaval nunca foram marcantes nem consequentes e regulares no tempo a ponto de estabelecerem uma tradição com raízes, como, de resto, nas demais freguesias vizinhas. Manifestações mais ou menos organizadas e com regularidade são raras e relativamente recentes, nomeadamente na freguesia vizinha de Caldas de S. Jorge onde o contexto turístico das termas em muito ajudou a essa dinâmica e continuidade, com mais ou menos soluços.

Apesar disso, são conhecidas e ainda lembradas pelos mais velhos algumas carnavaladas episódicas e com preponderância num ou noutro lugar da freguesia e por vezes pelo impulso de uma ou outra figura mais característica desses lugares. As fotos de cima ilustram alguns momentos de crianças e jovens com ligações às dinâmicas da paróquia.

Por exemplo, no lugar do Viso, recordo que nos meus tempos de criança e adolescente, por isso pelos idos anos de 1960 e 1970, o Carnaval marcava sempre presença e sempre com a intervenção da criançada. grosso modo, o grupo tratava com tempo de ir ao mato colher um carvalho de porte adequado, que era arrastado para a borda do Monte do Viso, próximo da escola e ali era fixado ao alto. Depois era um arrastar contínuo de lenha do mato e tudo o que pudesse arder, incluindo velhos pneus e trapos, de modo a amontoar à volta do carvalho, como se de uma árvore de Natal se tratasse. No cimo da árvore pendurava-se um grande espantalho.

Ao princípio da noite, quase sempre após o jantar, era o momento esperado, o acender do fogueirão o qual pela sua dimensão seria visto em toda a parte baixa da freguesia. A imagem acima de algum modo ilustra o que de semelhante então acontecia no lugar do Viso. Claro, escusado será dizer, que quando o dia de Carnaval calhasse num dia de chuva era um cabo dos trabalhos para fazer arder a árvore e aí recorria-se a petróleo e a lenha e moliço secos para ajudar a engrenar. 

Nessa altura do acender da fogueira os mais velhos também vinham assistir. Noutros lugares da freguesia, como Estôze e Casaldaça, também era comum o acender de fogueiras ou borralheiras. Paralelamente, as habituais brincadeiras de crianças com o uso de bisnagas de água, algumas mais sofisticadas na forma de peixe e pistola e que por esse altura se compravam como brinquedos, na quitanda das Quintães. Também, para as meninas, o atirar do pó-de-arroz e outras matreirices. Era sem dúvida um dia de brincadeiras alegres e num tempo em que as crianças brincavam na rua, muito ou totalmente ao contrário do que sucede nos tempos modernos.

Era, pois, um simbolismo genuíno, mesmo que então pouco compreendido, do queimar do tempo velho e a preparação para o tempo novo ao qual se transitava pela carestia da Quaresma, a qual por esses tempos era vivida com algum rigor, no que respeita ao respeito pelo jejum e abstinência bem como da participação nos  serviços religiosos, como a reza do Terço e a Semana de Pregações.

11 de fevereiro de 2024

Gente de ontem e ainda de hoje

 


Fotografia de Julho do ano de 1957, por isso já com quase 67 anos.

1 - Manuel Pinto dos Santos (regedor)

2 - Roberto Pereira da Silva (pai do Pe. Agostinho)

3 - Manuel Pereira dos Santos (Ti Pereira)

4 - Domingos Caetano de Azevedo

5 - Dr. Joaquim Inácio da Costa e Silva

6 - Manuel Gomes de Oliveira (pai do Pe. Francisco)

7 - Domingos "do Sebastião"

8 - António Alves Santiago

9 - Pe. Santos Silva (que foi pároco do Vale)

10- Dr. António Ferreira de Sá (da Casa do Loureiro)

11- Helena, irmã do Pe. Francisco

12 - Elisa, irmã do Pe. Francisco

13 - Prof. Célia Azevedo

14 - Pe. Francisco Gomes de Oliveira

Entre  as irmãs Maria e Elisa parece-me ser a Ti  Madalena, esposa do Ti Pereira do Viso.

O sacerdote entre o Domingos Azevedo e o Dr. Joaquim Inácio, ainda não consegui identificar.

Dos identificados, um ou outro ainda com dúvidas mas que alguém poderá ajudar a melhor identificar.

6 de novembro de 2023

O 13

 


O 13 está associado ao azar, mas no caso é uma mera coincidência e a constatação do correr dos dias, dos anos, do tempo. Facto é que do grupo de boa gente aqui fotografada em 1989 aquando das Bodas de Ouro sacerdotais do então nosso pároco, Pe. Francisco, 13 já partiram, precisamente metade do grupo fotografado. Alguns deles em muito serviram a nossa comunidade. Que Deus os tenha a seu lado!

Catequese - 1968

 


20 de outubro de 2023

Fotos com história


20 de Agosto de 1962 - Passam hoje 61 anos sobre o registo desta fotografia.

Da Sr.ª Lúcia, sobra a saudade. Que Deus a tenha! Do Ti Alcino, ainda por cá na caminhada da vida. Permitir-me-à que partilhe um momento que certamente foi de felicidade para ambos, então jovens, acabados de casar. Foi em 20 de Outubro de 1962, num Outono soalheiro. Por esses dias, estava eu a espernear,  para ver a luz dali a poucos dias.

Não deixa de ser curioso que o Ti Alcino esteja a abrir a porta do carrão conduzido pelo saudoso Ti Elísio Santos, que os aguardava, sabendo-se que na sua profissão, como ajudante de motorista e revisor da empresa de transportes de passageiros "Feirense", tenha, pode-se dizer, levado a vida a abrir as portas  a senhoras, como bom profissional e cavalheiro. Até mesmo nos muitos passeios de autocarro que organizou, ajudou tantas vezes a abrir as portas dos fundos para o assalto aos farnéis.

Gente nossa. Gente boa!

8 de outubro de 2023

Catequese em Guisande - Ontem e hoje

 


Ontem, Sábado, 7 de Julho, a comunidade paroquial de Guisande passou um pouco ou mesmo muito ao lado do centésimo aniversário do seu mais velho cidadão vivo, mas nem sempre a estas coisas é marcado aquele bocadinho de merecimento, mesmo que na ondulação da brisa dos dias. Falta-nos, no geral, alguma poesia para ver em algo centenário um pouco mais para além do óbvio.

Também ontem na missa das 17:30 horas, animada musicalmente pelo Grupo de Jovens de Guisande, aconteceu a simbólica apresentação e o envio do grupo de catequistas e sua distribuição pelos diferentes anos de catequese. Como muito bem referiu o pároco Pe. António, este grupo de catequistas não é composto por pessoas suas funcionárias nem criados ou criadas dos pais dos catequisandos, mas antes colaboradores. 

É pois, de louvar e enaltecer quem, privando-se de algum do seu tempo pessoal e familiar, semana após semana, encontra tempo, espaço e dedicação para assegurar o serviço de catequese às nossas (cada vez menos) crianças.

Infelizmente, sem paninhos quentes e falsos moralismos, bem sabemos que a catequese enfrenta também os sinais dos novos tempos e são já muitos os pais que consideram ser a catequese um frete e que sem qualquer problema dispensam os seus filhos dessa hora semanal de convivência, orientação moral e cívica. Preferem levá--los aos treinos e jogos do futebol ou qualquer outra coisa de lazer. Um pleno e legítimo direito e não é por isso que são piores ou melhores que os demais. Apenas opções e no uso de liberdades, direitos e garantias. De resto, já ninguém quer o esforço de semear e plantar para depois colher. Numa sociedade consumista, queremos já  comprar pronto a consumir, sem o trabalho de semear e colher. Por conseguinte, a jusante, nem sempre os frutos são bons e até, tantas vezes, podres, mas é o que é e cada um faz como muito bem entende. 

Todavia, apesar destes novos tempos tão singulares, importa valorizar ou pelo menos relembrar o importante papel que a catequese sempre teve na nossa paróquia e que de algum modo ajudou a modelar positivamente várias das nossas gerações. Por exemplo, na foto acima, vê-se o retrato de um grupo de catequese no ano de 1974. Era catequista a Sr.ª Aida Almeida (que não tendo sido minha catequista, ajudou-me na aprendizagem da doutrina para a comunhão solene).

Alguns do grupo. embora de uma geração anterior à minha, consigo identificar, mas deixo essa tarefa para outros ou mesmo para os felizes retratados. Digo felizes porque são escassas as fotografias relacionadas à catequese por esses tempos.

14 de agosto de 2023

S. Cipriano de Parada - Louredo

 

A fotografia de cima é do ano de 1969, defronte da capela de S. Cipriano de Parada, lugar da freguesia de Louredo. Abaixo, uma foto mais recente.

Esta actual capela, de estilo incaracterístico, com elementos pretensamente neo-góticos, foi edificada em 1963 no lugar de uma mais antiga e modesta, a que o saudoso pároco Pe. Acácio Freitas descreveu como "...capelinha de dimensões diminutas. Pode albergar o celebrante, os acólitos e cerca de umas vinte pessoas mal acomodadas".

Em muitos lugares deste nosso interior português é possível ver muitas capelas que foram sendo edificadas em lugar de outras mais antigas e modestas, mas quase sempre com fracos resultados estéticos, não passando de umas tristes contruções sem qualquer elemento marcante, muitas vezes com ares de um simples anexo ou habitação, a que se diferencia a sua utilização pela colocação de uma cruz ou de um pobre campanário.  Apesar disso, dessa pobreza de estilo e de arte, quase sempre se mantém a devoção das gentes locais aos santos nelas invocados, que em dia de festa à volta delas se juntam e partilham vivências e convivências e matam saudades, principalmente quando se é emigrante e nuns curtos dias de fárias se regressa às raízes. Essas capelas, são, pois, elementos importantes e agregadores, principalmente em aldeias remotas.

7 de setembro de 2022

O buxo e o luxo

 


Hoje em dia, em qualquer cemitério, mesmo no de Guisande,  impera o luxo e a ostentação. Cada vez os jazigos são mais polidos, com decorações e inscrições feitas, não pela mão do artista e do seu cinzel, mas por máquinas comandadas por computadores, com sistemas de laser e outras tecnologias. Arte sem arte.

Mas são sinais dos tempos e, sem julgamentos, nem sempre a ostentação corresponde à memória serena e sentida dos nossos entes queridos. 

Noutros tempos, os mausoléus, capelas e jazigos vincavam a riqueza e importância social dos seus proprietários, mas hoje em dia, se é certo que já ninguém os manda fazer em pedra lavrada, a coisa está mais nivelada e a mais humilde família é capaz de mandar assentar um jazigo de pedra cara e todo luzidio.  

Na foto acima, no cemitério de Guisande, pelo início dos anos 1960 predominava a simplicidade das campas rasas, apenas com uma simples lápide em lousa. Os canteiros eram delimitados com o buxo, arbusto sempre verde, tão característico dos cemitérios por esses tempos. 

Porventura, os cemitérios deveriam ser sítios singelos e tão despidos quanto possível, até em consonância com a simbologia de nada mais sermos que pó. Há culturas que assim fazem.

Mas, de um modo ou outro, as coisas são como são e no fundo o nosso modo de vida em sociedade leva-nos a acompanhar as modas e as tendências, com os seus defeitos e virtudes, e quanto a isso pouco ou nada há a fazer. 

Para quem ali é sepultado tudo termina, mas para os que cá ficam, continua a roda do dia-a-dia e com ela a engrenagem lubrificada pelas nossas vaidades, na demonstração do antes parecer que ser. 

Assim, como paradoxo, e mesmo reflexão, a singeleza do buxo em contraposição com o luxo.

20 de abril de 2022

Comparações


Entre uma e outra fotografia, quase 62 anos.

Aquele canteiro do lado norte da na nossa igreja matriz,  em 21 de Maio de 1960, um Sábado, acabara de ser preparado pelos trolhas, sendo feita no piso uma Cruz da Ordem de Cristo a envolver o cruzeiro ali existente. Tanto a cruz como o cruzeiro ainda existem como o demonstra a foto tirada precisamente ontem. Apenas se alterou a vegetação em redor (que já teve melhor aspecto, com os arbustos a fazerem arco, e, claro está, o tempo passado. 

Quem terão sido os trolhas? Sinceramente não os consigo reconhecer, mas certamente pessoas dedicadas à causa de fazer pela freguesia, o que vai faltando hoje em dia.

11 de abril de 2022

Genealogia - Famílias Almeida e Fonseca - As minhas raízes


Os meus avós paternos - Maria da Luz e Joaquim Gomes de Almeida


Os meus pais à data do casamento.
 

A genealogia é uma disciplina auxiliar da História que estuda a origem, a evolução e a dispersão das famílias, assim como dos seus respectivos nomes, sobrenomes ou apelidos. 

Uma árvore genealógica pode ser reconstituída com recurso à consulta de documentos escritos, como nos diversos actos legais. Entre nós, para além dos dados existentes nas Conservatória do Registo Civil, os mais comuns são os antigos assentos paroquiais que registavam os baptizados/nascimentos, casamentos e óbitos. Os livros mais antigos, quando não perdidos ou destruídos, foram para o Arquivo Distrital de Aveiro e mesmo para o Arquivo Nacional da Torre do Tombo. 

Mas muitos outros documentos podem ser usados e consultados, como inventários, testamentos, escrituras, actos religiosos, actos militares, judiciais, etc. Não é de todo fácil quando se pretende começar do zero, mas há quem se preste a isso de forma diligente e metódica. Dá trabalho, comporta tempo e gastos.

Por conseguinte, determinar a origem e sequência geracional de uma família não é para todos, porque é tarefa que esbarra em muitas dificuldades e são frequentes os becos sem saída em alguns ramos.

Seja como for, será sempre interessante que de um modo ou outro saibamos dar importância a esta questão e saber quais são as nossas raízes, e inventariá-las de modo tão profundo quanto possível e tomar notas e apontamentos de modo a que possam subsistir para as gerações futuras.

Em tempo passado estive tentado em começar a montar a árvore genealógica da minha família, começando pela ramo paterno, mas depois acabei por deixar o assunto de lado.  Mesmo agora não tenho, por enquanto, pretensões a retomar de forma exaustiva o empreendimento, porque continua a requerer tempo disponível, que ainda não tenho, e diligências que requerem também tempo. Seja como for, deixo por ora alguns apontamentos que hão-de servir para futuro trabalho.


O princípio:

Eu, Américo da Fonseca Gomes de Almeida, sou um (o segundo) de oito filhos de António Gomes de Almeida e de Eugénia Alves da Fonseca, nascido e criado no lugar de Cimo de Vila, na freguesia de Guisande, ali encostadinho à traseira da capela do monte do Viso. Já depois de casado, em 1988, habitei no lugar da Igreja e depois desde 1994 no lugar de Casaldaça onde construi casa e nela vivo. 

Quanto ás minhas raízes do lado paterno:

Pegando na ponta do novelo do ramo paterno, o pai do meu pai, o meu avô, era Joaquim Gomes de Almeida, conhecido como Ti Joaquim do Viso, por ser do lugar do Viso, embora já no início do lugar de Cimo de Vila, na freguesia de Guisande, em 27 de Abril de 1885 e foi baptizado em  3 de Maio desse mesmo ano. Era filho de Raimundo Gomes de Almeida (meu bisavô), também do considerado lugar do Viso, Guisande, e de Delfina Gomes de Oliveira (minha bisavó), do lugar de Casal do Monte, freguesia de Romariz. Faleceu o meu avô em 23 de Dezembro de 1965, tinha eu 3 anos, mas ainda com vagas memórias da sua figura.

O meu bisavô paterno, foi Raimundo Gomes de Almeida, abastado lavrador do lugar do Viso, Guisande, e nasceu em 19 de Janeiro de 1849 e foi baptizado em 24 do mesmo mês e ano e teve como padrinho Raimundo José de Almeida, da Casa do Loureiro, da Barrosa, e como madrinha Joana Rosa de Almeida, do lugar da Lama, Guisande. Faleceu com 56 anos de idade no dia 10 de Dezembro de 1905. 

Era filho de Domingos José Gomes de Almeida (meu trisavô paterno), nascido em 22 de Março de 1813 e falecido em 14 de Abril de 1894,  e de Joaquina Rosa de Oliveira, falecida em 10 de Abril de 1884, do lugar da Barrosa (minha trisavó paterna). Era neto paterno de  Domingos José Francisco de Almeida e de Maria Felizarda de São José da Silva Loureiro (meus tetravós), estes do lugar da Barrosa, Guisande, e neto materno de Manuel José de Matos e de Maria Rosa de Jesus (meus tetravós), do lugar da Lama, Guisande.  Por sua vez o Domingos José Francisco de Matos era filho de Domingos Francisco de Almeida Vasconcelos e de Clara Angélica Rosa, de Mafamude - Vila Nova de Gaia. Por sua vez os pais de Maria Felizarda de S. José da Silva Loureiro eram  Manuel Gomes Loureiro de Tomásia Rosa da Silva de Jesus. Por sua vez os pais de Manuel Gomes Loureiro eram António Gomes Loureiro e Joana Pinto de Jesus. Por sua vez os pais de Tomásia Rosa da Silva de Jesus eram José Alves da Silva e Maria Joana de Jesus. 

O meu trisavô paterno, Domingos José Gomes de Almeida, tinha vários irmãos, dos quais o José Gomes de Almeida, nascido a 22 de Setembro de 1807 e falecido em 03 de Agosto de 1879, que foi sacerdote que ficou conhecido como Padre do Loureiro, que chegou a ser pároco nas Caldas de S. Jorge, o Raimundo José de Almeida, nascido a 23 de Novembro de 1809  e falecido a 23 de Janeiro de 1897Rita, nascida a 18 de Fevereiro de 1817, a Maria Felizarda, nascida a 28 de Julho de 1815, o António Joaquim, falecido em 21 de Fevereiro de 1890, a Ana Felizarda, falecida em 20 de Setembro de 1891 com 65 anos e a Rita Felizarda, falecida em 25 de Setembro de 1895 com 70 anos.

Dos nomes acima referidos dos irmãos do meu trisavô paterno, o António Joaquim Gomes de Almeida era o avô materno de minha avô paterna. Por isso os meus avôs paternos eram primos em grau afastado já que os seus avôs eram primos em primeiro grau.

O meu avô paterno, Joaquim Gomes de Almeida, casou com 30 anos de idade, em 2 de Julho de 1916  com Maria da Luz, de 24 anos.

A minha avô paterna, Maria da Luz, nasceu em 18 de Novembro de 1890, no lugar do Viso e foi baptizada no dia 19 desse mesmo mês, tendo como padrinho Raimundo de Almeida Leite de Resende e como madrinha Maria da Luz de S. José, ambos do lugar da Barrosa, Guisande. Faleceu em 15 de Novembro de 1967 com 77 anos de idade. Tinha eu 5 anos pelo que tenho ainda algumas lembranças dela. Era filha de José Joaquim Gomes de Almeida e de Maria da Conceição de Jesus, então moradores no lugar do Viso, freguesia de Guisande, sendo por isso meus bisavôs. Era neta materna de António de Pinho e de Maria Joaquina de Jesus, do lugar da Barrosa, freguesia de Guisande e neta paterna de António Joaquim Gomes de Almeida e Joaquina Antónia de Jesus, do lugar de Casaldaça, freguesia de Guisande.

Por sua vez, o meu avô paterno era o mais novo de três irmãos, sendo o mais velho, Raimundo Gomes de Almeida, nascido a 1 de Setembro de 1880, tendo falecido no estado de solteiro, com 28 anos, em 5 de Abril de 1908. Terá sido acometido por um ataque quando passava a cavalo junto à presa das Corgas, na zona de Centes - Cimo de Vila, tendo ali caído e perecido, desconhecendo-se se fulminado pelo ataque, se por afogamento. 

Este meu tio-avô, Raimundo, também conhecido por Raimundinho, teve como padrinhos de baptismo o seu primo Raimundo José de Almeida, do lugar da Lama, Guisande, e Maria de Oliveira, de Romariz, familiar por parte da sua mãe Delfina.

O meu avô teve ainda um irmão mais velho, de nome Rufino, que faleceu em 15 de Setembro de 1884 apenas com 10 meses de idade..

Teve como mais velha dos irmãos, a Joaquina Gomes de Oliveira, nascida a 6 de Março de 1882 e baptizada a 9 desse mês e ano, tendo tido por padrinhos António José de Oliveira e a sua avó materna. Faleceu em 4 de Agosto de 1969 com 87 anos.



Joaquina Gomes de Oliveira - irmã de meu avô-paterno.


Esta Joaquina veio a casar com 22 anos em 13/09/1904 com Sebastião José Correia, da freguesia do Vale, em 13 de Setembro de 1904, tendo este falecido ainda novo, com 40 anos, em 23 de Abril de 1922. Ambos estão sepultados no Cemitério Paroquial do Vale. Tiveram um grande número de filhos (meus segundos primos), nomeadamente a Josefina Gomes de Oliveira, nascida a 31/01/1906 e falecida a 05/11/1981, a Aurora Gomes de Oliveira, nascida a 20/02/1915 e falecida a 26/06/2005, e a Adelina Gomes de Oliveira (irmã religiosa), nascida a 19/01/1921 e falecida a 27/08/2002, e outros mais cujos nomes espero vir a apurar.

Este Sebastião era natural da freguesia do Vale, sendo filho de António José Correia (de Louredo) e de Henriqueta Gomes Correia (de Escariz).


Os meus avôs paternos tiveram os seguintes filhos:

Delfina da Glória Oliveira, nascida a 19 de maio de 1918, que casou com Manuel Baptista dos Santos, da freguesia de Lobão, em 12 de Outubro de 1940, de quem teve vários filhos, incluindo o  Joaquim (28 de Outubro de 1942 a 6 de Outubro de 2022), que viveu em Pigeiros, e António de Oliveira Santos(1 de Agosto de 1941 a 29 de Janeiro de 2023), que viveu no lugar do Reguengo, junto à Capelinha do Senhor do Bonfim, casado com Conceição Alves Lopes (São do Cabreiro).

José Gomes de Almeida, que casou em Louredo com Celeste Aurora Correia e tiveram quatro filhos, a Maria Goreti, a Maria de Fátima, o Paulo e a Natália.

António Gomes de Almeida (meu pai) que casou com  Eugénia Alves da Fonseca, tendo tido oito filhos, o Joaquim António, casado com Maria Cecília Gonçalves, o Américo (eu próprio), casado com Maria Preciosa Gonçalves, o Manuel António, casado com a Lurdes Sá, a Isabel Maria, casada com o António Freitas de Oliveira, o Adérito Aires, casado com a Madalena Henriques, o Alcino, divorciado de Rosa Maria, a Lina Eugénia, casada com o Manuel Augusto e a Georgina Susana, casada com o Carlos Gonçalves. Todos com filhos e alguns com netos. Tem a minha mãe 16 netos (média de 2 por filho) e já com bisnetos.

Maria Celeste Gomes de Almeida, nascida em 2 de Novembro de 1919, já falecida,, que não tendo casado teve dois filhos, o Joaquim, casado com a Laurinda, e o António Alcino, casado com a Elsa, com filhos e netos.

Joaquim José Gomes de Almeida, nascido em 18 de Novembro de 1920, que casou com Maria Glória Henriques Pereira em 16 de Novembro de 1946, com que teve vários filhos, a  Maria Amália, casada com o Alcino Alves, o Joaquim (21 de Janeiro de 1949-31 de Outubro de 2017), o José, casado com a Adelaide, a Maria Dulcília, casada com o Mário Sá e o Fernando Jorge, casado com a Maria Rosa Valente, todos casados, com filhos e netos. Ainda como filho de Joaquim José e Maria Glória, um Agostinho, de que me não recordo pois terá falecido menor.

Manuel Joaquim Gomes de Almeida, nascido em 7 de Outubro de 1923, solteiro. Já depois da escrita original deste apontamento, actualizo que este meu tio faleceu em 11 de Fevereiro de 2024 já depois de ter completado 100 anos em 7 de Outubro de 2023.

1.ª Laurinda Gomes da Luz, nascida em 1926, falecida em 4 de Dezembro de 1929 com 3 anos de idade.

2.ª Laurinda Gomes da Luz, que casou com Avelino de Sousa, do lugar da Teixugueira da freguesia de Lobão, com quem teve três filhos, a Maria do Céu, solteira, o Carlos Alberto, casado em Gião com a Manuela Marques, de cuja união têm os filhos Tiago e Diogo,  e a mais nova, a  Elsa Maria, solteira.


Quanto ás minhas raízes do lado materno, dos Fonsecas:

O meu avô materno era Américo José da Fonseca, nascido em 20 de Março de 1919 e falecido em 17 de Julho de 2001, sendo um dos vários filhos de Raimundo José da Fonseca (meu bisavô), do lugar do Carvalhal, freguesia de Romariz, e de Margarida da Conceição (minha bisavó), do lugar das Quintães da freguesia de Guisande. 

Não deixa de ser curioso que os meus bisavôs, paterno e materno, tenham ambos o nome de Raimundo.

Este meu bisavô materno, Raimundo, era um mestre pedreiro e canteiro afamado, tendo por aí diversas obras de cantaria e escultura. Terá sido ele a realizar a fonte existente na sacristia da nossa igreja matriz bem como a capela mortuária da Casa do Moreira, existente no nosso cemitério e ainda o jazigo de meus avôs paternos.

O meu bisavô materno era filho de António José da Fonseca (por isso este meu trisavô) e de Maria de Oliveira (minha trisavó), do lugar do Carvalhal, freguesia de Romariz, existindo por ali vários meus parentes. Era neto paterno de Manuel José da Fonseca e Margarida Rosa de Jesus e neto materno de Manuel Ferreira da Silva e de Ana Maria de Oliveira.  Nasceu em 19 de Outubro de 1884. Faleceu em 17 de Novembro de 1929 com 45 anos de idade. Tinha 22 anos quando casou em 09 de Maio de 1907. 

A minha bisavó materna, Margarida da Conceição, nasceu em 19 de Julho de 1885. Era filha de António Caetano de Azevedo, carpinteiro, e de Maria da Conceição, costureira, do lugar das Quintães - Guisande. Era neta paterna de Francisco Caetano dos Santos e de Ana Joaquina dos Santos e neta materna de João Francisco e de Arminda Gomes da Conceição, estes do lugar de Cimo de Vila. Era bisneta paterna de Caetano Francisco dos Santos e de Maria Rosa Gomes e bisneta materna de Manuel Joaquim de Azevedo e de Maria Joaquina dos Santos. 

Desta minha bisavó Margarida, consegui identificar alguns irmãos, nomeadamente a Alexandrina, o Domingos e o David, este nascido em 25 de Maio de 1904 e deste tendo sido madrinha de baptismo. Ainda o Justino, este que era o pai do David Azevedo da Conceição (pai do António ministro, entre outros) e da Laurinda Gomes da Conceição, conhecida pela D. Laurinda que esteve à frente do Grupo da LIAM aqui em Guisande.

Tinha 21 anos quando casou em 09 de Maio de 1907 com Raimundo José da Fonseca. Faleceu em 30 de Agosto de 1979 com 94 anos de idade.

Dos irmãos do meu avô materno tenho lembrança, sem ordem de idade, do Alexandrino Fonseca (que viveu no lugar de Azevedo da freguesia das Caldas de S. Jorge, tendo falecido num acidente de estrada, em Pigeiros), do Joaquim José da Fonseca, do Manuel José da Fonseca (padrinho do meu irmão Manuel) e da Laurinda Fonseca. Ainda irmão de meu avô, o Justino Fonseca, que nunca conheci porque faleceu muito novo. Também uma Maria da Conceição, de que não tenho memória, nascida em 12 de Junho de 1909, pelo que terá sido a mais velha dos filhos.

O meu tio-avô Alexandrino José da Fonseca, nasceu a 13 de Setembro de 1914 e casou em 17 de maio de 1942 com Maria Glória Gomes de Pinho. Tiveram dois filhos, um rapaz, que não tenho memória do nome e uma rapariga, a Celeste. A sua casa no lugar de Azevedo, Caldas de S. Jorge, onde por lá fui várias vezes em criança na companhia de minha bisavó, está desabitada e quase em ruína.

O meu tio-avô Manuel José da Fonseca casou em 31 de Julho de 1933 com Ermelinda Pedrosa das Neves, de quem teve vários filhos dos quais conheço a Margarida, que ainda vive no lugar de Fornos, casada com o Sr. Justino, ainda a Lúcia, esta casada com o Sr. Óscar Melo, e residente no lugar da Mota, Canedo, o Joaquim, que creio que está viúvo e vive em Vila Nova de Cerveira, o António, nascido em 12 de Junho de 1934, e que casou em S. Silvestre-Coimbra com Maria Isabel Cortesão em 16 de Fevereiro de 1964.e ainda o Gil das Neves Fonseca, que não vejo há muitos anos e que viverá por Lourosa. Casou em 29 de Dezembro de 1974 com Maria Margarida Ferreira de Pinho. Ainda o Reinaldo das Neves Fonseca, que nasceu a 1 de Março de 1944.

Do meu tio-avô Joaquim José da Fonseca, que casou com Albertina de Oliveira, tenho lembrança do Alexandrino, do Hilário, nascido a 20 de Fevereiro de 1936, do Abel, da Alzira, da Ilda, da Conceição, da Celeste, da Madalena e da Idília.

Da minha tia-avô Laurinda, que casou com Alexandre Ferreira de Almeida, teve como filhos o Joaquim, nascido em 5 de Abril de 1949, casado em 19 de Agosto de 1973 com Maria de Fátima Coelho Assunção, e residente em Lourosa, a Maria da Conceição, a Adelaide, ambas casadas e residentes no lugar das Quintães, freguesia de Guisande. Aind aum leonel nascido em 20 de Dezembro de 1952 que terá falecido menor pois não tenho lembrança dele.

A minha avó materna era Lúcia Alves, do lugar do Outeiro, falecida quando minha mãe era de tenra idade. Era irmã de Joaquim Francisco Alves, marido de Águeda Rosa da Costa, casal que teve os filhos (primos de minha mãe) António da Costa Alves, Fernando da Costa Alves, Domingos da Costa Alves, Joaquim da Costa Alves, Ermelinda da Costa Alves, Maria da Conceição Costa Alves, Maria Gorete da Costa Alves e Rosa Maria da Costa Alves.

O meu avô materno, enviuvou cedo e casou em segundas núpcias com Maria Isabel Moreira Barbosa (minha madrinha), natural de Alfena - Ermesinde, Valongo, nascida em 20 de Novembro de 1929  e falecida em 14 de Julho de  2020, com 90 anos. Estão sepultados no Cemitério Paroquial de Guisande.

Deste segundo casamento não houve filhos. Do primeiro casamento minha mãe teve mais três irmãos, Manuel Alves da Fonseca, nascido a 10 de Setembro de 1940, tendo falecido em 16 de Outubro de 2018, com 78 anos, casado com Maria Amélia da Conceição, nascida no lugar do Viso, Guisande,  a 16 de Junho de 1943 e falecida em 16 de Dezembro de 2018, de quem teve numerosos filhos,  meus primos a saber: Maria da Conceição Fonseca da Mota, Victor Manuel da Conceição Fonseca, Isabel Maria da Conceição Fonseca, António da Conceição Fonseca, Jorge Rufino da Conceição Fonseca, Domingos da Conceição Fonseca, Paulo Joaquim da Conceição Fonseca, Agostinho Fernando da Conceição Fonseca (falecido ), José Carlos da Conceição Fonseca, Jacinta Maria da Conceição Fonseca, Felisberto da Conceição Fonseca e Jacinto da Conceição Fonseca

Ainda filho de meu avô, o meu tio, José Indes Alves da Fonseca, nascido em 10 de Fevereiro de 1945 e falecido em Abril de 2023, com 78 anos de idade, que teve vários filhos em uniões distintas, tendo da  última, com Maria de Fátima Lopes da Silva, o filho José Aires Lopes da Fonseca, nascido em 8 de Dezembro de 1975 e a filha Rosália Maria Lopes da Fonseca, nascida em 27 de Maio de 1975. 

Do primeiro casamento deste meu tio José Indes, com uma Palmira, de Fiães, tenho lembrança de um filho (meu primo) de nome Jaime, e pelo menos uma outra filha, da qual não tenho lembrança do nome.

O meu avô materno teve ainda uma outra  filha, a  Alcina Alves da Fonseca, da qual pouco sabemos já que terá saído de casa em criança acolhida por familiares em Lourosa após a prematura morte da mãe, e que mais tarde casou e emigrou para França. 


Observação: Este artigo será actualizado e corrigido conforme for sabendo de mais dados sobre os respectivos ramos familiares. Alguns dados são baseados na memória pelo que, já não estando fresca, podem padecer de incorrecções ou lapsos. A quem, sobretudo familiares, puderem acrescentar, complementar ou corrigir informações, agradeço o contacto pessoal.

27 de março de 2022

Grupo de Jovens de Guisande

 


O Grupo de Jovens de Guisande voltou a renascer. Ontem, na missa vespertina, por ele dinamizada, teve início a sua caminhada. Entre outros objectivos, a preparação para a sua participação na Jornada Mundial da Juventude que terão lugar em Lisboa no próximo ano, entre 1 e 6 de Agosto.

De que tenho memória (sim, já fui jovem), pertenci desde os 17 ao Grupo de Jovens de Guisande, então dinamizado pelo saudoso Pe. Alves do Seminário dos Passionistas. Desse grupo, entre outros, faziam parte o Cesário Almeida, o Orlando Lopes, a Georgina Santos a sua irmã Fátima, a Cisaltina Coelho, o saudoso Tomé, o Rui Giro e tantos outros.

Depois dessa excelente fornada, houve outros grupos de jovens, mas certo é que em rigor nunca houve um Grupo de forma continuada, no que naturalmente seria positivo, com os mais novos a integrarem-se com os mais velhos, numa natural sequência e sucessão etária.

Desse meu Grupo, não há muitas fotos, até porque por esses tempos as máquinas fotográficas eram um luxo e não havia telemóveis. Acima uma foto, junto ao balneário das Caldas da Rainha, de uma excursão de dois dias a Lisboa, em que para além de alguns elementos do grupo de Guisande participaram jovens de outras freguesias como de Louredo, Lobão, Gião, Canedo, Caldas de S. Jorge e S. João de Ver. 

Fica o registo e com ele os votos de longa vida a esta nova colheita do Grupo de Jovens de Guisande.


Sobre o Pe. Alves:

O padre Manuel Alves Pereira, filho de José Pereira de Oliveira e Nazaré Alves de Azevedo, nasceu 13 de Julho de 1938 – nascimento em Alvarães (Viana do Castelo). 

Foi baptizado e crismado em Alvarães (Diocese de Viana do Castelo). Entrou no Seminário Passionista de Peñafiel (Espanha) a 17 de Outubro de 1953. 

Entre 1957 e 1958 fez o noviciado em Peñafiel, emitindo a Primeira Profissão a 08 de Dezembro de 1958 (Corella-Espanha) e a Profissão Perpétua a 29 de Setembro de 1961 (Villareal de Urréchua-Espanha). Foi ordenado presbítero a 09 de Março de 1963, em Bilbau.

Foi Superior da Comunidade em Barroselas de 1967 a 1970; em Santo António (Barreiro) de 1994 a 1998. Foi Ecónomo Local em Arcos de Valdevez de 1965 a 1967; 

Em Santa Maria da Feira de 1980 a 1984; 

Em Barroselas de 1984 a 1987 e 1994 a 1994. 

Deu aulas em Antuzede (Coimbra) de 1964 a 1965; Santa Maria da Feira de 1970 a 1979; em Barroselas de 1987 a 1990. Desenvolveu intensa atividade em vários grupos e ação pastoral: Escuteiros (Fundador do Escutismo em Santa Maria da Feira), Grupos Corais (Barreiro, Barroselas), Pastoral Vocacional… Foi um grande missionário, tendo pregado em diversos pontos do país e estrangeiro.


Faleceu a 22 de Maio de 2016, em Viana do Castelo.

19 de março de 2022

Quando o Monte do Viso era o teatro dos sonhos

 


Nesta fotografia de 1961 vemos um grupo de crianças a celebrar o magusto no terreiro do monte do Viso ao lado da escola e da capela.

Por esses tempos o monte era o verdadeiro teatro dos sonhos da rapaziada porque ali era o palco de tudo quanto era brincadeira, tanto na hora do recreio da escola como aos fins-de-semana.

Nesse tempo havia, escola, havia crianças, muitas. Não havia telemóveis nem internetes. Nem tudo era bom, pois não, mas nem tudo era mau. 

Esta velha foto, mesmo que sem definição HD, mostra o que hoje é impensável, crianças à roda, alegres e felizes numa irmandade sadia e genuina. Havia por ali valores que hoje estão de todo perdidos. Mas as coisas são como são e não são mais que a consequência natural do andamento do tempo e das mudanças inerentes.

Como se vê pela fotografia, a escola não aparece pois está nas costas de quem fotografou e mesmo a capela aparece apenas parcialmente do lado esquerdo. Mesmo assim é perceptível que a escadaria frontal tem mais degraus e por conseguinte mais desnível bem como o monte, rude e irregular tinha várias árvores nos lados.

A configuração actual resulta de obras de requalificação realizadas pelo final dos anos 1990 e seguintes.

Era o teatro dos sonhos e a rapaziada, dançava, jogava e corria que se fartava. Os tempos mudaram e hoje correr é novidade e digna de exaltações tais que nos levam a pensar ser feito igual ao do Neil Armstrong e companhia quando pela primeira vez deram uns saltinhos na Lua. Andamos, de facto, todos na lua, aluados. A nossa Lua, a da minha geração e de algumas seguintes, foi o terreiro do monte do Viso. Isso sim, é que era!

30 de dezembro de 2021

O velho Monte

 


Olha lá o velho monte, 

como agora, então bonito,

e nele, bem assente,

linda e simples, a capela.


Não tinha, então, fonte,

nem calçada de granito,

mas crianças e mais gente

à fresca sombra dela.

14 de novembro de 2021

Velho cemitério nos anos 60

 



Já havíamos publicado fotos antigas do cemitério paroquial de Guisande, dos anos 1960, mas a preto/branco. Agora numa versão a cores. Em ambas é possível visualizar a lápide da sepultura do Padre Manuel Carvalho, fundador da secular Confraria da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário, que por desleixo ou incúria, foi destruída ou desencaminhada, num verdadeiro atentado à história, ao património e  sobretudo à memória de quem tanto se dedicou à paróquia.

12 de agosto de 2020

Grupo da Cruzada Eucarística de Guisande

A fotografia acima, datada de 25 de Outubro de 1942, corresponde à data da inauguração do Grupo da Cruzada Eucarística de S. Mamede de Guisande. 

Foto obtida defronte da residência paroquial. Ao centro,  entre as crianças, o Pároco Padre Francisco de Oliveira, nos seus primeiros anos como guia espiritual da paróquia de S. Mamede de Guisande.


Nas fotos acima, datadas de 30 de Outubro de 1955, mais um registo do Grupo da Cruzada Eucarística de Guisande, defronte da residência paroquial e à sombra da então ainda existente cerejeira do adro. Contadas por alto, aproximadamente setenta crianças, entre rapazes e raparigas, certamente que com idades entre os oito e dez anos. Não deixa de ser significativo um número tão grande de crianças.

Ainda não conseguimos apurar os dados relativos à data da extinção desde grupo, mas creio que tal ocorreu pelo final dos anos 1970. Será um dado a confirmar. Todavia, este movimento eucarístico, conhecido popularmente pelo Grupo da Cruzada, ainda está bem vivo na memória de várias gerações de guisandenses.

A Cruzada Eucarística das Crianças era formada por crianças em idade da escola primária, rapazes e raparigas, que vestiam roupas brancas, camisa ou camisola, eles, e vestido ou blusa, elas. Sobre a roupa era costurada a tradicional Cruz de Cristo, em tecido vermelho. Nos primeiros tempos as meninas usavam ainda uma espécie de lenço, preso à cabeça por uma cinta. 

Já na parte final da existência do grupo, era frequente que os elementos usassem cruzando o tronco, na diagonal, do ombro esquerdo à cinta na direita, apenas uma faixa igualmente branca e com a Cruz de Cristo também costurada em tecido vermelho.

Este movimento era coordenado por mulheres, ligadas normalmente à Catequese, a quem se dava o nome de zeladoras. Pessoalmente nunca estive integrado nesse movimento, mas recordo perfeitamente a sua existência onde participavam alguns meus colegas. Entre outras actividades, o grupo da Cruzada tinha que acompanhar os funerais, participando no respectivo cortejo fúnebres. 

Naquela época, e ainda durante vários anos, os funerais eram realizados em cortejo pedestre, desde a casa do falecido até à igreja matriz. Em cada cerimónia, a cada criança da Cruzada era oferecida uma espécie de senha de presença, que mais tarde daria direito a algumas prendas ou lugar gratuito numa das excursões realizadas anualmente pelo pároco. Mensalmente, quase sempre no final da reza do terço ao Domingo, as crianças da cruzada presentes tinham direito a receber o jornalinho "O Clarim". Claro que não chegava para todos pelo que o Pe. Francisco recomendava que o lessem e o passassem aos colegas.


Em finais dos anos 70, o movimento na nossa freguesia acabou por se extinguir de forma natural, entre outros motivos, devido à cada vez menor indisponibilidade das crianças em participarem com regularidade nos diversos eventos e cerimónias religiosas. 

Sobre o movimento da Cruzada Eucarística:

O movimento da Cruzada, a exemplo de muitas paróquias de Portugal, também existiu aqui em Guisande, desde  25 de Outubro de 1942, até pelo menos finais  dos anos de 1970, conforme já referi. É possível que na sua origem, na sua génese estejam reminiscências da lenda da Cruzada das Crianças.

De todo o modo, sabemos que este movimento da Cruzada teve origem concreta no apelo do Papa Pio X, que, em plena I Guerra Mundial (1914/1919), pediu que as crianças, adolescentes e jovens de todo o mundo se organizassem numa Cruzada Universal, com o objectivo primeiro de rezar pela paz no mundo. Este movimento parece ter chegado a Portugal no início dos anos 20. Foi um sucesso e nos anos 30 o movimento agrupava quase três milhões de jovens, principalmente crianças.

11 de agosto de 2020

Quando a Escola do Viso estava quase novinha

 


Como se pode ler na legenda na própria foto acima, a mesma refere-se ao Natal de 1956. Nessa altura realizou-se ali, na Escola Primária do Viso e no envolvente monte, um evento recreativo, a Festa Escolar, com danças populares e mesmo um auto dos pastores. Estas festas escolares naturalmente tinham na organização as professoras, concretamente a Professora Georgina que então ali leccionava.

Não deixa de ser significativo que esta iniciativa tenha ocorrido junto à escola e no monte, mas convém lembrar que por essa ano o salão paroquial de Guisande ainda não existia, pelo que estes convívios da freguesia ocorriam invariavelmente ao ar livre.
De notar ainda o rigor dos trajes usados. O José Almeida, que cedeu as fotos (estas captadas pelo Pe. Francisco), e que era então um dos participantes, recorda-se que os trajes eram pedidos às mães ou avós. Também que eram os rapazes a fazer de raparigas, o que é curioso. Lembre-se que por esses tempos havia sala para rapazes e salas para raparigas pelo que as "misturas" eram evitadas.

Também de notar que por esse ano a Escola Primária do Viso estava construída apenas há poucos anos pois terá sido edificada no ano de 1949 e entrado em funcionamento ainda nesse ano ou no seguinte (1950). 




[fotos facultadas por José Almeida]

25 de janeiro de 2020

A porta que importa abrir



Da Sr.ª Lúcia, sobra a saudade. Que Deus a tenha! Do Ti Alcino, ainda por cá na caminhada da vida. Permitir-me-á que partilhe um momento que certamente foi de felicidade para ambos, então jovens, acabados de casar. Foi em 20 de Outubro de 1962, num Outono soalheiro. Por esses dias, estava eu a espernear,  para ver a luz dali a poucos dias.

Não deixa de ser curioso que o Ti Alcino esteja a abrir a porta do carrão conduzido pelo saudoso Elísio Santos, que os aguardava, sabendo-se que na sua profissão, como ajudante de motorista e revisor da empresa de transportes de passageiros "Feirense", tenha, pode-se dizer, levado a vida a abrir as portas  a senhoras, como bom profissional e cavalheiro. Até mesmo nos muitos passeios de autocarro que organizou, ajudou a abrir as portas dos fundos para o assalto aos farnéis.

Gente nossa. Gente boa!