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5 de março de 2020

Estamos todos de boa saúde e "descansados"...

Logo após o primeiro ministro António Costa ter visitado o serviço Linha Saúde 24, louvando e elogiando a sua acção, eficiência e capacidade, hoje sabe-se que por esta semana mais de 25% das chamadas ficaram sem atendimento e resposta.

No programa "Prós e Contras" da RTP, a directora da Direcção Geral de saúde, Graça Freitas, resvalou, sem graça, para a informação de que tinha esgotado a capacidade dos hospitais de S. João e Santo António, numa altura em que apenas dois casos tinham dado positivo. Pelos vistos, falhas de comunicação, tão normais quando as coisas não batem certo.

Assim, sendo, a juntar às notícias de encerramento de urgências pediátricas e outras que tais, estamos todos "descansados" para enfrentar este filho da globalização, o Covid 19.

3 de julho de 2018

A seara é grande e os trabalhadores são poucos

Ai esta  linda terra, solar rico e fecundo de outros tempos! De belas searas, já crescidas e maduras das quais o cereal pende generoso  de altos caules em espigas douradas.
Mas os trabalhadores tardam. São poucos e porventura mal mandados, não por eles, coitados, que  obedientes fazem o que lhes mandam, mas pelos vetustos senhores, donos das searas e das vinhas do reino, que vão desperdiçando talentos como figueiras que, por mais que se lhes cave à volta e afofe a terra com estrume de minhoca ou de cavalariça, pouco ou nada frutificam, produzindo apenas folhas, como se, fosse vinha, muita parra e pouca uva.
- Mandai, pois, senhor, trabalhadores para a vossa seara, que é mais que tempo! Bem sabemos que foram muitos os ímpios e pecadores, mas talvez nesta linda terra se encontrem 10 justos e, coitados, mereçam a vossa misericórdia e, quiçá, um figuito da vossa quase estéril figueira, que são poucos, e não devem ser desperdiçados como nozes por quem não tem dentes (pensareis na vossa infinita e iluminada sapiência).

Parábola da salvação!

24 de maio de 2018

Ser português

Faleceu Julião Tomar. Tinha 95 anos. De origens modestas, filho de um pai carpinteiro e de uma mãe lavradeira, era o mais velho de onze irmãos. Ainda iniciou a escola primária mas bem antes do exame da quarta classe já tinha sido instalado como aprendiz de trolha de um tio paterno. Assim, muito cedo começou a ter contacto com o cimento, areia, cal e azulejos. Logo depois de amargar na tropa, onde lhe aproveitaram os dons de trolharia para conservar tudo o que era paiol e camarata, abalou até terras de França onde com muitas dificuldades lá arranjou trabalho na construção civil. Depois, casou, teve filhos, netos e bisnetos. Com a idade da reforma regressou à sua aldeia, em terras transmontanas e continuou a ser um comum cidadão, um português como milhões de outros.

Em face da importância deste português comum, o Governo mandou cumprir três dias de luto nacional e a Junta da aldeia vai erguer-lhe um busto na praça central. De todos os quadrantes da sociedade local e nacional, são inúmeros os testemunhos quanto à importância deste português comum pelo seu contributo para a sociedade portuguesa. Foi um mestre da argamassa e do assentamento de azulejos, sempre à frente do seu tempo, inovador quanto baste, sem renegar o conservadorismo da arte da trolharia e no uso da colher e talocha. Para além disso, destaque pela sua luta contra o regime do Estado Novo, principalmente quando viu um seu painel de azulejos com estrelas vermelhas, martelos e foices, removido da casa de banho de uma escola da freguesia por ser considerado subversivo, por fugir aos tradicionais padrões de flores e passarinhos.

É bom ser-se um português comum. 

17 de maio de 2018

E burra é a salsa?

É bom saber que Guisande ainda tem muita salsa-burra. Felizmente até temos uma passadiço a ladear tão bela plantação. Ora nos passadiços não passam carros mas apenas pessoas, as inteligentes, não as burras, como a salsa dita cuja.
Há que meter os pés à rua e ir à fonte do problema. O problema é que não se vai lá de Mercedes, sob pena de pisar, a salsa-burra, pois claro.

11 de agosto de 2014

Guisande está de férias

 

pedorido

Guisande está de férias. Quem no-lo diz é o Facebook, esta estranha janela através da qual escarrapachamos a nossa intimidade e a nossa vidinha, a nossa mulher, os nossos filhos, o cão e o gato, na esperança de que seja partilhada e inundada por likes.


Pelo Facebook ficamos a saber que o Manel está no Algarve com a sua famelga, a partilhar um T1, acanhado  com o cunhado. A Maria Inês está no Gerês, em águas a tratar da vesícula e da figadeira, e o Julinho com a sua boazona Susana estão num belo resort algures entre Cabo Verde e Tailândia. Já o Cacildo e a Alice,  depois de casamento com baptizado, esses fizeram questão de dar a entender que estão nas Caraíbas em lua-de-mel à conta dos papás e dos convidados. O João e a Júlia, amigos da noitada, mostraram-se numa esplanada na Ribeira de Gaia, já esquentados, a beber Beirão depois de despacharem uma francesinha. A família Carrapacho apareceu na Viagem Medieval a aviar uma sandes extraída do 45º porco e uma caneca preta de sangria, bem merecidas depois de 60 minutos na fila da tasca de um dos ranchos favoritos da organização. Bem bonitas aquelas pulseiras de cortiça. Uma autêntica obra de joalharia, se bem que lhes faltava uma bolota.  Já o Marlene e a namorada Rute tiraram uma selfie na praia da Torreira enquanto  lambiam apaixonados um corneto de morango. Quanto ao Sr. Aníbal, esse amante da vida boa, reputado especialista de assados regionais de boas carnes,  também está no Algarve a desintoxicar a pança, deliciando-se com uns pexinhos grelhados (sardinhas) e uns tenros frangos da Guia. Ainda falta o Gustavo, mas esse já de férias todo o ano, vai deixar acalmar a poeira da manada e só lá mais para o fim de Setembro é que vai descer nas calmas até ao sul onde, com a praia já quase deserta de malta de Guisande, Canedo,  Lobão e arredores, sorverá cada pôr-do-sol como se fosse o último. Pois é….esse bem a leva…


Cá está... Não há nada como o Verão para a malta gozar umas merecidas férias, mas já não de forma reservada, discreta e íntima. Pelo contrário, faz questão de o anunciar ao mundo e arredores, onde, como e com quem.
Mas roiam-se de inveja, que também vos hei-de mostrar uma foto quando estiver de férias na praia de Pedorido a ver passar os cruzeiros no Douro. Depois da praia um saltinho à tasca da ramadinha para enfardar uma "punheta de bacalhau" regada com uma vinhaça verde tinto. Isso sim, isso é que são férias. Tomem lá…

 

-Zé Fernandes

5 de agosto de 2014

Podia ser verdade….Compensações reais

 

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Segundo informações fresquinhas, a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, a empresa municipal Feira Viva, Cultura e Desporto, E.M. e a Federação das Colectividades de Cultura e Recreio do Concelho de Santa Maria da Feira, entidades ligadas à organização da Viagem Medieval em Terras de Santa Maria, chegaram à óbvia conclusão de que a realização deste evento num período em que um pouco por todo o concelho são realizadas festas locais, é fortemente penalizante para as mesmas, pelo que decidiram em conjunto aprovar um programa de apoio no sentido de as compensar. Abrangida por esta medida está a Festa do Viso, em honra de Nª Sª da Boa Fortuna e Santo António, cuja Comissão de Festas para o ano de 2015  irá beneficiar de um apoio de 10.000 euros e ainda dois porcos prontinhos a assar no espeto e dois barris de sangria.


Esta é uma iniciativa justa pelo que os seus promotores estão de parabéns por compreenderem e apoiarem as dificuldades das pobres comissões de festas afectadas pela avalanche de visitantes que trocam as romarias nas suas freguesias para irem à cidade sede enfardar sandes de couratos. Certamente que também temos que agradecer o contributo do nosso Rei D. Sancho I, o rei ausente,  por ter mexido os seus cordelinhos de influência na corte do Rei Emídio I e do Condestável do Reino das Febras, D. Joaquim Tavares.


Bem hajam por tão elevada e esclarecida visão a favor do recreio e cultura das freguesias do reino.

2 de junho de 2014

Podia ser verdade… D. Sancho II

 

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Agora que o Condado Guisandensis  até já tem um rei, seria interessante que a governação pudesse ser entregue a esse D. Sancho II de caracóis e barba rebelde. É verdade que a História o considera como "um rei ausente" e que acabou  "escorraçado" das terras portucalenses, indo acabar os seus dias sem glória a Toledo - Castela, mas certamente que poderia fazer grandes cousas a favor deste nosso condado.


No estado em que estão as coisas, algumas poderiam ser resolvidas à espada, nem que esta fosse política e correctamente substituída por um pau de marmeleiro. Por exemplo, poderia começar por quem no Monte do Viso andou a queimar lixos de limpezas e ali deixou o monte de cinzas e restos da fogueira junto à escada/bancada. De seguida poderia aplicar a justiça real a quem deixou espalhadas no chão do terreiro do mesmo Monte do Viso umas cintas plásticas que terão sido utilizadas para prender uma rede de ensombramento num recente encontro de idosos. Limpeza e asseio não é para todos porque alguém se esqueceu que depois da festa e do desmontar da barraca há que limpar o que se sujou.


Será certamente curto o reinado deste rei D. Sancho II, que até poderia ser o rei Artur de Camelot e da Távola Redonda, mas para além de reinar sobre o real evento da Viagem Medieval ao Reino das Fêveras e do Porco-no-Espeto, lá para os calores de Agosto, poderia no entretanto ser usado em nosso benefício, pelo menos nesta fase em que a governação da União de Juntas de Freguesia está numa espécie de reino de faz-de-conta.


Podia ser verdade...mas o mais importante por agora, é dar os parabéns ao Artur por ser figura de cartaz. Tem figura e estilo. Parabéns!

27 de maio de 2014

Podia ser verdade...Vida de cão

 

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Tenho um cão! Melhor, tenho um caozão, cruzado puro,  filho do pai, um "serra da estrela" e da mãe, uma "boxer". O raio do cão, para além de se portar como todos os cães, danado para fazer asneiras no quintal e no jardim, dá canseiras e despesas com a alimentação e tratamentos de saúde e limpeza. Infelizmente até para ser-se cão é preciso sorte e é por isso que dá pena, pelos animais, e raiva pelo donos, de ver alguns cães presos, definhando em pouco espaço mas em muita sujidade, com o pelo empastado, carregados de carraças, daquelas que parecem o sinal da Ana Malhoa, penduradas no seu focinho e orelhas, firmes e hirtas por mais que os pobres animais as procurem coçar e sacudir.


Virá um tempo em que haverá polícia de cães e gatos e que aplicarão pesadas coimas a esses donos desmazelados e insensíveis que teimam em ter cães, só porque latem a estranhos, sem as mínimas condições, entregues à fome e à sujidade e com a dignidade abaixo deles próprios.

Podia ser verdade...