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24 de julho de 2018

Notas pessoais

Eu sei que depois das pessoas desaparecerem do mundo dos vivos é sempre fácil cair-se no elogio fácil. Por sinceridade ou em contexto de politicamente correcto, quase todos acabamos por nos deparar com situações destas. Mas as coisas são mesmo assim.

Neste contexto, já depois de iniciado o luto com o inesperado desaparecimento do Sr. vereador da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, o Arquitecto José Manuel Oliveira, também tomo a liberdade de publicamente tecer algumas palavras e não como alguém que o conheceu e com ele conviveu com proximidade e frequência, mas apenas por contactos circunstanciais e em face de testemunhos vários, isso sim, de quem com ele foi contactando mais amiúde, pessoal ou profissionalmente no âmbito da sua actividade política e autárquica.

No âmbito profissional estive algumas, poucas, reuniões técnicas com ele enquanto vereador do urbanismo a discutir assuntos relacionados a processo de obras particulares. Dali pareceu-me sempre uma pessoa de trato fácil, conhecedora e muito objectiva e activa na solução dos problemas que se colocavam.

Politicamente, foi ele, acompanhado de outra figura do PSD concelhio, que me convidou a integrar a lista do PSD concorrente às eleições intercalares de 2014 para a Junta da União das Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande. A par de alguma prévia vontade de dar o meu contributo na defesa da freguesia de Guisande no contexto da futura Junta e da nova realidade administrativa, foi de facto o poder de argumentação do José Manuel que me fez reflectir e depois, não sem a habitual pressão, aceitar integrar a lista. Depois foram algumas reuniões preparatórias do programa e da campanha e uma vez mais, entre todos, destacava-se pela sua objectividade e sentido prático e demonstrando uma enorme sagacidade na leitura de todos os momentos e ritmos necessários à campanha. 

Durante os momentos em que já no âmbito da Junta contactei com ele, continuou a parecer-me muito objectivo e assertivo nas decisões e de facto destacava-se entre os parceiros e creio que todos, mesmo os mais chegados, respeitavam-no e consideravam-no como alguém com espírito de liderança e de experiência. 
Ainda no contexto da Junta ajudou a resolver e a negociar o sério imbróglio decorrente das dívidas transitadas do anterior executivo de Guisande. No geral, contribuiu positivamente para que os problemas judiciais com os empreiteiros, já em curso, fossem resolvidos e negociados com alguma vantagem para a Junta, facilitando o pagamento em prestações ou em condições bem mais favoráveis do que aquelas que acarretariam para outro cenário de esgrima judicial.

Da figura política do José Manuel Oliveira e da relação partidária e no contexto da Junta, apenas guardo alguma ligeira mágua (obviamente já sanada e esquecida) pelo facto de no momento de se decidir uma eventual recandidatura não me ter procurado pessoalmente a saber da minha posição e da minha opinião quanto ao exercício e mandato de três anos que iria terminar. Em resumo, sendo certo que a minha resposta seria a mesma, a de não me recandidatar, por manifesta desilusão com o mandato terminado e por me sentir incapaz de mudar a direcção dos acontecimentos, pela falta de poder objectivo e por um rumo de gestão muito centralista, muito longe do que eu inicialmente preconizava e pensava ser possível enveredar tendo em conta o contexto da União, a verdade é que esperava que as mesmas figuras que me convidaram três anos antes tivessem pelo menos a consideração e a objectividade de me abordar e ouvir a versão de quem esteve por dentro, até para, sendo útil, limar arestas e ajustar objectivos para a lista e campanha que iria começar. Certamente que iriam ouvir algumas das "boas". Mas não foi assim e ninguém da concelhia, incluindo o José Manuel, me procurou para saber se sim, se não, como e porquê. Por um lado ainda bem, porque assim foi mais fácil dizer não e de resto seria muito difícil dizer sim a um modelo que no meu entender falhou redondamente, pelo menos à luz do que tinham sido as minhas expectativas e as que em campanha transmiti ao eleitorado guisandense, a ponto de ter vencido com larga  maioria.

As coisas são o que são, e mais do que as pessoas devem valer os projectos e as dinâmicas e a sua predisposição para o serviço, eu entendi que em ambas um segundo mandato seria demasiado penoso pelo desenquadramento de modelo de gestão que certamente não iria mudar no essencial, embora num contexto financeiro já bem mais dasafogado. Daí, com toda a naturalidade, uma vez o dever cumprido o melhor possível, face ao eleitorado guisandense que no geral saiu defraudado com a actuação da Junta da União, ficou também o  dever e a obrigação de dar o lugar a outros e desejar que estes fizessem (façam) mais e melhor, porque no final o que é importante é o que se possa fazer pelas pessoas e não quem o possa fazer.

Com tudo isto, sendo apenas a minha simples opinião sobre o José Manuel Oliveira, creio que perdeu-se uma importante figura política e autárquica do nosso concelho e, no geral, isso tem sido e será reconhecido pelos diversos quadrantes do município. Infelizmente a vida tem de continuar e o cemitério está cheio de insubstituíveis. 

Fica a dor e o sentimento de vazio e perca para os familiares e também, acredito, para toda a estrutura do PSD local e da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, de modo particular para o seu presidente Dr. Emídio Sousa, mas a vida continua e acredito que o executivo camarário saberá encontrar uma solução de substituição mas de continuidade, fazendo ocupar o cargo certamente alguém com conhecimento e competência, e se não com muita experiência, certamente que bem assessorado.

Paz à sua alma!

26 de fevereiro de 2018

C.D. Feirense, o primeiro dos últimos



Futebolisticamente falando, nunca fui simpatizante do C.D. Feirense. E obviamente não é de agora, mas de há muito, quando no concelho ainda da Vila da Feira, simpatizava primeiramente com o U. de Lamas e, apesar de rivais entre si, seguindo na preferência o Lusitânia de Lourosa. Claro que por esses tempos, todos estes clubes eram clientes regulares da então 2º Divisão Nacional o que dava outra dimensão e interesse à rivalidade. Pelos meus 16 anos, ao domingo à tarde, ia com frequência à bola, com meu primo e meu tio, e vem daí, ou mesmo de antes, a simpatia pelo U. de Lamas e alguma "aversão clubista" ao Feirense.

É certo que o C.D. Feirense foi sempre o mais forte e importante clube e equipa de futebol no nosso concelho, e bastará recorrer ao seu histórico e ao facto de por diversas vezes ter já militado na divisão principal do nosso futebol. Por isso, remexendo nas minhas velhas colecções de cromos dos anos 70, como a das imagens acima, lá está o clube feirense de azul e branco, com nomes como Portela, Cândido, Seminário, Dário, Bites, Germano e tantos outros, de bigodaça ou de farta cabeleira, como era regra por esses anos.
Mas, talvez por perceber que pelos idos anos 70 e por aí fora foi sempre o clube protegido do sistema, o que colhia recorrentemente mais apoio da Câmara Municipal, em detrimento dos demais, a minha simpatia clubística nunca pendeu para o clube da sede. Se hoje ainda há um forte centralismo à volta do castelo, nesses tempos era mais descarado, de resto em alinhamento com o que era natural noutras cidades e vilas deste nosso país. Era o tempo dos sacos azuis e outros quejandos em que o apoio ao futebol, mesmo o da terrinha, era um trampolim para a política e para vantagens eleitoralistas.

Em todo o caso, reconhecendo a importância e a dinâmica do C.D. Feirense não só no contexto municipal mas até mesmo nacional, naturalmente que fico satisfeito e até com orgulho que o nosso concelho tenha um clube na divisão principal e que por lá ande muitos e muitos anos, mas que sou simpatizante, não sou. 
Infelizmente, depois de na época anterior ter tido uma bonita e meritória classificação, neste momento a equipa está a passar por uma fase menos boa e que a tem conduzido aos últimos lugares da classificação geral e já em zona de despromoção, por isso o primeiro dos últimos. Se no jogo de logo à noite o Moreirense, hipotéticamente, vencer ou mesmo empatar em Alvalade o Sporting, o C.D. Feirense passará a ser o lanterna vermelha.

Esperemos que consiga voltar aos resultados positivos e que no final da época possa continuar na I Liga. Afinal, o Manta não pode passar de bestial a besta apenas de uma para outra época. Mesmo sem ser simpatizante, estou naturalmente a torcer pelo êxito da equipa.

28 de julho de 2017

Brincar aos títulos

Foi o jornal "Terras da Feira", um semanário de prestígio no nosso concelho durante pelo menos três décadas  e que de semanário cresceu até chegar ambiciosamente a tri-semanário.  No entanto, normalmente quando se dá passos maiores que as pernas, os tropeções são consequência e daí o jornal ter recuado novamente a semanário, numa descida que não augurava bom desfecho. Assim, num enredo de interesses de propriedades, de proprietários e de títulos, comum a tantas empresas em dificuldades, de um dia para  a noite passou a ser o "Terras Notícias" e passados poucos meses a coisa voltou a dar uma volta e já é o "N-Notícias da Terra". Não tarda terá outro título qualquer e eventualmente a pertencer a outra qualquer empresa. Em muitos casos semelhantes, na imprensa ou em outras áreas de negócios, estas alterações consecutivas não são mais que o princípio do fim. Fosse eu anunciante, assinante ou mesmo leitor assíduo e não me agradariam de todo estas mexidas e as consequentes perdas de identidade e referência, por mais que se apregoe o contrário com promessas de renovada imagem e dinâmica.
Felizmente, e como contraponto a este vai-e-vem, vamos tendo por cá, no concelho, um jornal centenário, o "Correio da Feira" que apesar das naturais alterações de estrutura social-empresarial e exigências de mercado, vai continuando fiel a si próprio e a prestigiar a imprensa regional concelhia e até nacional, já a caminho dos 130 anos. 

17 de julho de 2017

"Tachos", "gamelas" e outras quinquilharias

Na sexta-feira passada, 14 de Julho, decorreu no Europarque um jantar-comício do PSD, com a presença de Pedro Passos Coelho, no qual foram apresentados todos os candidatos às eleições para a Câmara Municipal, Assembleia Municipal e Assembleias/Juntas de Freguesia. 
Como a casamentos e a baptizados vão os convidados, não o tendo sido, eu não participei. De resto, sem hipocrisia, também não iria se convidado fosse.
Em todo o caso, soube por quem lá foi, que Emídio Sousa, actual presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira e candidato à mesma nas próximas eleições de 1 de Outubro, por mais ou menos palavras, terá dado um elogio aos candidatos às Assembleias/Juntas de Freguesias, por se disporem a trabalhar em prol das comunidades e das pessoas a troco de quase nada, referindo que os tesoureiros/secretários ganhariam pouco mais que 240 euros por mês, não chegando para pagar despesas com telemóvel e gasolina. É uma verdade o que referiu Emídio Sousa, o que lhe fica bem ao reconhecer essa dedicação de muita gente que integra as juntas no nosso concelho, mas poderia ir mais longe e em contrapartida referir que existem alguns presidentes de Junta a ganhar um valor a rondar os dois mil euros (dependendo do nº de eleitores, se a tempo inteiro e em regime de exclusividade), o que não é nada mau, e, no lado oposto, ainda pessoas com cargos de vogais, como o meu caso, em que apenas ganham senhas de presença nas reuniões de Junta (uma ou duas por mês, normalmente) e sessões da Assembleia de Freguesia (normalmente 4 por ano). Tudo somado (reuniões de Junta e sessões de Assembleia de Freguesia), um vogal ganhará em média 50 euros por mês, ou seja, 600 euros por ano, afinal pouco mais que um ordenado mínimo, ainda sujeito a IRS. Esta situação desproporcional é obviamente mais flagrante quando um vogal tem responsabilidades e tarefas ao nível de qualquer outro elemento da Junta e que no caso de um representante de uma freguesia de uma União, tem que enfrentar toda uma população nas suas diferentes necessidades, exigências e reclamações e ainda o atendimento semanal ou mesmo quase permanente.
Seja como for, a situação é o que é, mesmo que erradamente ainda haja muita gente que considere este cargo de vogal como de "gamela" ou de "tacho". Fica-se com a fama, mas, no caso, sem proveito.
Por estas e por outras desconsiderações, o incentivo a trabalhar pelos outros de forma quase voluntária e ate mesmo com prejuízo efectivo, é obviamente reduzido. Ainda há, pois, muito caminho a percorrer no sentido da compreensão e valorização do exercício da cidadania, sem rótulos de oportunismo, de "tachos", "gamelas" e outras quinquilharias.

Nota: Sobre este assunto do vencimento enquanto vogal da Junta, já havia feito um esclarecimento em Fevereiro passado, com o respectivo comprovativo.

10 de julho de 2017

Eleições Autárquicas 2017 - O que se vai lendo, vendo e ouvindo - I

"Mais no marketing, menos nas pessoas"

Luís Sá é o candidato do Bloco de Esquerda à Câmara Municipal nas próximas eleições autárquicas de 1 de Outubro de 2017. Em entrevista dada ao jornal semanário "Terras Notícias", entre outras considerações menos positivas para com o actual exuecutivo PSD, liderado por Emídio Sousa, sublinha que "..a autarquia tem como prioridade o marketing em detrimento das pessoas".

Critica, igualmente o modelo empresarial seguido pelo executivo PSD: "O Bloco de Esquerda quer fazer em Santa Maria da Feira aquilo que está a fazer no país. Queremos criar mais emprego, mais rendimento para as pessoas, aumentar os apoios sociais e melhorar a qualidade de vida de todos. Pretendemos aplicar tarifas sociais para baixar o preço da água e queremos construir mais espaços verdes e de lazer, promovendo uma melhor mobilidade no Concelho. É também nossa ideia melhorar os serviços públicos e cortar nas rendas e nos negócios que têm sido lesivos para a população e que muito pesam no orçamento da Câmara Municipal".

É evidente que o candidato Luís Sá debita as orientações habituais do Bloco de Esquerda e de quem naturalmente pretende contrariar a posição e a política de quem está no poder. É natural que assim algumas das suas considerações sejam exegeradas, porque é sempre bem mais fácil falar de fora. Seja como for, no que diz respeito à consideração que dá título à sua entrevista ao "Terras Notícias", creio que há por ali um pouco de verdade. Efectivamente é notório o grande gasto que a Câmara tem em situações de marketing, sobretudo ligado aos grandes eventos que promove de forma centralizada, como o caso da Viagem Medievel, Imaginárius e Perlim. Se essse gasto tem sido um investimento com retorno, não temos dúvidas que em grande parte sim, mas se esse retorno tem beneficiado de forma homogénea o território, para além da sede do concelho, aí já me parece que não totalmente, e isso constata-se em muitas freguesias, incluindo a nossa de Guisande e a União onde se insere, com muitas pequenas e simples coisas por resolver, algumas abaixo do custo de produção de algumas simples publicações de marketing e um qualquer outdoor. 

Em resumo, o investimento em marketing promocional não é negativo quando visa um retorno para as pessoas e para um território, como um todo, e não apenas para algumas pessoas ou entidades e quase sempre para os mesmos sítios. Há por isso muitas coisas a melhorar, pequenas e grandes, e essas não se resolvem apenas com a venda da imagem  de um concelho ou de uma sede que orbitam à volta do castelo. Já é, pois, tempo de se efectivar o chavão de campanha "Mais pelas pessoas". Bem sabemos que slogan de Emídio Sousa para as eleições que se aproximam é "O concelho À FRENTE", mas num amplo território como o de Santa Maria da Feira também há realidades laterais e até mesmo atrás. Seguir em frente, sim, mas também olhando para os lados e para o retrovisor. Em algumas ruas da nossa União, e nomeadamente em Guisande, seguir apenas em frente pode descambar em alguns grandes buracos no meio da rua ou em zonas alagadas com águas pluviais a convidar à inversão de marcha. Há, pois, que resolver estes "pequenos grãos de areia" na engrenagem, para então, poder seguir-se em frente. E para isto não é preciso marketing.

26 de junho de 2017

Haja luz

Depois de um apagão parcial na iluminação pública do concelho de Santa Maria da Feira, que durou quatro anos, justificado pelas restrições financeiras decorrentes do aumento do IVA de 6% para 23% pelo governo PSD-CDS, e que afectou um pouco mais que nove mil postes, no final do ano de 2016 o presidente da Câmara, Dr. Emídio Sousa, anunciou o fim das "trevas" ao garantir que a iluminação pública então desligada iria ser religada e que simultaneamente iria ser feito um significativo investimento na iluminação com tecnologia LED.
Cá por Guisande, volvidos seis meses, apesar de já ter saído a público a notícia de que a EDP deu por concluída a totalidade da religação, a verdade é que ainda se contam vários (muitos) postes com lâmpadas sem luz. Quanto às de tecnologia LED, por cá nem vê-las.
Enquanto membro da Junta, durante estes quase três anos de mandato, efectuei dezenas de reportes de situações de avarias e lâmpadas desligadas/avariadas. Infelizmente, apesar de um papel de fiscalização que não me compete e que deveria ser garantido pela própria EDP, a verdade é que as reparações das muitas situações foram sendo sempre feitas a conta-gotas e algumas delas só ao fim de vários e insistentes pedidos. Poucas foram as situações resolvidas com brevidade.
Quanto à tecnologia LED, aqui em Guisande já não será concerteza aplicada neste mandato, embora já instalada em alguns locais da nossa União de Freguesias, nomeadamente em Lobão. Por cá, as "trevas" ainda continuam até porque continuamos a ter vários troços de arruamentos ainda sem iluminação como é o caso da Rua da Igreja junto ao limite com Louredo, Rua da Ribeira, entre o lugar de Estôse e o lugar de Azevedo-Caldas de S. Jorge, Rua da Quintão, Rua de S. Sebastião, entre outras, bem como pontos ainda com reduzida ou insuficiente iluminação como é o caso da zona da rotunda na Cruz de Ferro que, pela importância viária e com comprovado rótulo de local de acidentes, mereceria uma melhor iluminação.
Até que haja luz plena, há, pois, ainda um caminho a percorrer (às escuras).

21 de junho de 2017

UF Caldas de S. Jorge e Pigeiros - Elsa Costa, a candidata do PS


Com alguma polémica à mistura, está escolhida de forma oficial a candidata pelo Partido Socialista à Assembleia de Freguesia da União das Freguesias de Caldas de S. Jorge e Pigeiros, que irá a votos nas eleições Autárquicas em 1 de Outubro próximo. Trata-se da empresária local Elsa Costa, que certamente disputará o lugar de presidente da Junta com o actual presidente, José Martins, embora deste ainda não seja conhecida oficialmente a decisão de recandidatura pelo PSD.

A polémica no processo de candidatura instalou-se depois de Joaquim Almeida ter sido escolhido e apresentado como candidato pela secção partidária das Caldas, sendo posteriormente recusado pela concelhia.  De acordo com a Rádio Clube da Feira, em nota divulgada posteriormente pela secção local, "esta penitencia-se com o sucedido e, sustenta que, “depois de analisar os argumentos apresentados pela concelhia, foram forçados a levá-los em consideração”. Esclarecem ainda que, nada têm de pessoal contra  Joaquim Almeida, mas apenas se aperceberam que não seria a melhor opção para defender a  credibilidade do partido.

Ainda segundo a Rádio Clube da Feira, em resposta, o ex-candidato Joaquim Almeida, "veio esclarecer que, efectivamente, já não será o candidato, acusando a secção de ter o “único objetivo de denegrir a sua imagem como cidadão de forma vergonhosa”.
Joaquim Almeida esclarece que, foi convidado e nunca se “ofereceu para ser candidato” sublinhando que, pensava estar “perante um grupo de pessoas sérias e não com um grupo de garotos”, lê-se na missiva, acusando a concelhia de ser “um grupo de ”Fantoches”.

Com todos estes ingredientes, adivinha-se um Verão quente para os lados da União de Freguesias nossa vizinha. Mas, afinal, num contexto geral, sempre foram assim as lutas partidárias e inter-partidárias. Nada de anormal, nada de espantar. Importante será que pelo meio haja sempre respeito pelas pessoas e pelas estruturas locais.

5 de maio de 2017

Emídio Sousa - Apresentação pública da recandidatura à Câmara Municipal de Santa Maria da Feira

Conforme esperado, Emídio Sousa o actual presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira vai recandidatar-se ao cargo, concorrendo pelo PSD nas próximas eleições autárquicas agendadas para 1 de Outubro. A cerimónia de apresentação terá lugar amanhã, sábado, 6 de maio de 2017, no auditório da Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira, pelas 17:00 horas.
O mandatário da candidatura é Alfredo Henriques ex-presidente da Câmara e ao qual sucedeu Emídio Sousa.
Em declarações ao Diário de Notícias, o candidato  teceu as seguintes considerações quanto aos motivos da recandidatura:

"Penso que o trabalho desenvolvido neste mandato foi bem acolhido pelas pessoas", declarou Emídio Sousa hoje à Lusa acrescentando que os principais objetivos estabelecidos "foram atingidos ou estão em curso", estando por isso disponível para se "sujeitar novamente ao julgamento dos feirenses" e acreditar que merece "a sua confiança". Para o autarca, foram cinco os principais compromissos que, assumidos em 2013, o ajudarão agora a ganhar novos votos.

O primeiro refere-se à criação de emprego e ao desenvolvimento da economia local, do que diz que "há indícios claros", e o segundo é o relativo a uma maior coesão social, o que atribui sobretudo à criação dos chamados fóruns sociais - em que as diversas entidades ligadas à vida pública de uma determinada freguesia definem em conjunto as suas prioridades de desenvolvimento e colaboram entre si com vista a esse fim.

Emídio Sousa aponta depois a aposta em melhores infraestruturas desportivas, do que resultaram novos equipamentos para o concelho e a beneficiação dos existentes, e ainda a requalificação da rede viária municipal, que está em curso e deverá prolongar-se pelo seu eventual segundo mandato.

Por último, o agora recandidato à Câmara Municipal da Feira afirma que outro dos compromissos cumpridos é a "internacionalização dos eventos culturais" do concelho.

"O reconhecimento internacional dos nossos projetos culturais é evidente e pusemos as nossas companhias a venderem os seus espetáculos em todo o mundo, o que também me dá ânimo para esta recandidatura", conclui.

[fonte: Diário de Notícias]

4 de maio de 2017

Quinta da Feira - Ecos da apresentação de Margarida Gariso

Margarida Gariso foi apresentada oficialmente como candidata à Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, pelo Partido Socialista. A cerimónia, com almoço, decorreu no dia 23 de Abril no Centro Luso-Venezolano, em Nogueira da Regedoura, e contou com a presença do secretário geral do PS, António Costa.
Algumas notas do evento, transcritas do site da Rádio Renascença:

 O secretário-geral do PS, António Costa, diz que é possível ser alternativa e "fazer diferente e melhor", no país e no município de Santa Maria da Feira, governado pelo PSD há 40 anos. 

"É possível fazer diferente e melhor. Foi isso que o 25 de Abril nos deu - a possibilidade de escolher - e temos aprendido que há sempre uma alternativa, que é possível fazer diferente e melhor", declarou o também primeiro-ministro.

António Costa lembrou que há um ano e meio "também diziam que não havia alternativa ao PSD e CDS" no Governo, mas sublinhou que agora os números e o clima de confiança das famílias e empresas demonstram que foi possível "fazer diferente e melhor".

"Atingimos o melhor défice orçamental de 42 anos de democracia, a economia volta a acelerar. Acabámos o ano com a economia da União Europeia que mais cresce e em que mais empregos estão a ser criados, fazendo o contrário do que diziam, ou seja, repondo vencimentos e pensões e baixando os impostos. Sim, é possível fazer diferente e ter melhores resultados", salientou.

Coube ao líder da Federação Distrital do PS, Pedro Nuno Santos, criticar os 40 anos de gestão social-democrata à frente da autarquia e as "tentativas" do PSD da Feira de mascarar agora a inércia da gestão local com o sucesso da evolução económica nacional, sob a governação do PS.

"'Não' às técnicas de marketing do presidente da Câmara, que consegue transformar resultados nacionais em sucessos locais. Não há uma iniciativa para atrair investimento, tem havido mais investimento e emprego na Feira como no resto do país, mas o que fez o presidente? Ao PSD da Feira deve-se zero", afirmou.

Margarida Gariso apresentou-se "em nome da mudança", prometendo "um caminho diferente", capaz de voltar a interessar pela vida autárquica os 56 mil feirenses que se abstiveram em 2013.

Esse caminho, disse, passa por uma gestão de proximidade, com reuniões de câmara e postos de atendimento nas 31 freguesias, e um orçamento participativo de meio milhão de euros.

2 de maio de 2017

Candidatos e candidaturas

Estão já definidos os candidatos dos principais partidos à Câmara Municipal de Santa Maria da Feira para as próximas eleições autárquicas agendadas para o dia 1 de Outubro deste ano de 2017.
Pelo PSD, embora ainda não apresentada oficialmente a recandidatura, o que acontecerá apenas no próximo sábado, 6 de maio, no auditório da Biblioteca Municipal, o candidato será naturalmente Emídio Sousa, actual presidente do executivo camarário. Pelo PS teremos Margarida Gariso, pelo CDS-PP será Rui Tavares, pelo Bloco de Esquerda, Luís Sá, enquanto que pela CDU (PCP e PEV) o candidato será Antero Resende.
 
Estão assim definidos os cabeças de cartaz do panorama político feirense para as próximas eleições. Caberá ao povo fazer democraticamente a escolha, mas antes virá a habitual pré-campanha e campanha eleitorais em que todos e cada um por si procurarão dizer ao eleitorado feirense que são os mais bem preparados e que têm os melhores projectos para o município.

Sem pretender fazer futurologia, será suposto acreditar, até pelo próprio peso eleitoral de ambos os partidos, que o futuro presidente da Câmara sairá da dupla Emídio Sousa e Margarida Gariso, sendo certo que parece-nos que o actual presidente arranca com alguma vantagem decorrente do facto de estar em exercício. Quanto aos objectivos dos demais partidos, certamente que passam por eleger algum vereador, o que não será fácil. Mas cabe ao eleitorado decidir.

6 de abril de 2017

Turismo no concelho



Foi por estes dias apresentado o Plano Estratégico e de Marketing para o Turismo de Santa Maria da Feira. Nada de mais, pragmático e previsível quanto baste.  Nele são exaltadas as potencialidades e optimizadas as metas para o futuro. 

 Pretende-se um plano transversal que abranja todo o território mas obviamente que muito desse território ficará de fora, seja por escassez de focos de interesse em qualquer uma das vertentes do turismo da actualidade, como património, cultura e ambiente, seja por falta de investimento e potencialização no que há, mesmo que pouco. De resto era sabido que o nosso turismo concelhio está e vai continuar a estar muito centralizado na sede, à volta do castelo, dos Lóios e do Rossio, não no valor intrínseco do próprio território como um todo e de muitos dos seus importantes focos, mas sobretudo nos eventos de massas, como o caso da Viagem Medieval, Imaginárius e Perlim.

Em todo o caso, Santa Maria da Feira tem sabido projectar-se e vender muito bem o que tem e até mesmo o que não tem, como o caso sintomático do licor "Chamoa", um produto recente, sem antiguidade, mas rebocado pela Viagem Medieval e que é agora vendido como "se fosse um produto secular". Mérito, óbvio, do marketing, que não poucas vezes procura vender gato por lebre, mesmo até no turismo.

Seja como for, Santa Maria da Feira está atenta e a trabalhar bem, usando as ferramentas do moderno marketing para potenciar o que tem de melhor. É importante que, com ou sem plano, a aposta na divulgação e investimento se estendam a todo o território para que nenhuma freguesia fique de fora. Só aí é que este será um plano transversal.


20 de janeiro de 2017

Dia de Fogaceiras e fogaças - 2017

 

20 de Janeiro, feriado municipal em Santa Maria da Feira. Como manda a tradição, coma-se fogaça, acompanhada com um bom tinto e um bom queijo. Uns figos também não ficam mal na equipa.

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10 de janeiro de 2017

Requalificação de estradas no concelho

Feira e Gaia colaboram para melhorar vias fronteiriças

Os Municípios de Santa Maria da Feira e de Vila Nova de Gaia assinaram um acordo de colaboração para a requalificação do troço da estrada municipal 520 entre a Rua dos Camalhões e a Rua Marco da Poça (que compreende a rua Rainha Santa Isabel/Rua Rainha Santa e a Rua das Gândaras/Rua Marco da Poça que pertencem à União de Freguesias de Sandim, Olival, Lever e Crestuma, do Município de Vila Nova de Gaia, e à freguesia de Argoncilhe, do Município de Santa Maria da Feira, bem como a Rua Senhora do Campo, a Rua e a Travessa Dr. Francisco Sá Carneiro que pertencem à freguesia de Argoncilhe, do Município de Santa Maria da Feira).
Feira e Gaia colaboram para melhorar vias fronteiriças

Este acordo de cooperação entre os Municípios vai permitir a execução das obras de requalificação da estrada municipal 520, numa intervenção conjunta. Este é mais um significativo passo na requalificação viária do concelho de Santa Maria da Feira.

A Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, liderada por Emídio Sousa, já lançou no terreno a 3ª fase de requalificação e repavimentação da rede viária do concelho. As intervenções já realizadas, em curso e a lançar no início do ano, representam mais de 200 quilómetros de estradas.

Estas obras são essenciais para a dinâmica económica, empresarial e industrial do concelho, assim como para a melhoria da qualidade de vida das famílias feirenses.

[fonte: CMSMF]

5 de janeiro de 2017

Unidades e uniões

Já o escrevi por aqui, por enquanto e em face do que vou lendo e ouvindo, não tenho uma opinião muito formada quanto ao assunto da pretensão de saída da freguesia de Milheirós de Poiares para o concelho vizinho de S. João da Madeira. Essencialmente porque  considero que há legitimidades, pontos de vista e argumentos válidos em qualquer uma das partes. Acima de tudo, qualquer decisão eventualmente a tomar deve assentar no respeito pela vontade largamente expressa pela população da freguesia e não com base naquela que resultou de um referendo realizado em 2012, pouco participada face à importância do assunto. Por outro lado, obviamente que o município de Santa Maria da Feira, enquanto parte interessada, deve também manifestar-se, não por petições ou abaixo-assinados mas por referendo e qualquer boa decisão das estâncias superiores deve ter isso em conta.

Por princípio, como feirense, sou obviamente pela unidade do concelho, como fui e sou pela independência das freguesias, e mais do que isso contra a Reforma Administrativa que foi imposta às populações contra a vontade generalizada destas, por um senhor Relvas e o Governo que então o apoiou e tomou a decisão. Em todo o caso, uma união deve ser desejada por todos e mais do que geográfica deve sê-lo na prática.

Sou ainda inclinado a concordar em parte com o presidente da concelhia do PS Feira, Henrique Ferreira, quando lembra que, em contraponto a esta questão de Milheirós de Poiares, aquando da Reforma Administrativa os nossos autarcas aceitaram a mesma de forma muito pacífica, sem oposição, não defendendo então com a mesma veemência a integridade da independência das freguesias, empurrando-as para uniões indesejadas e algumas até desequilibradas.

Em todo o caso, sem ainda tomar partido, considero que a Câmara da Feira e sobretudo o seu presidente, estão a fazer bem o que têm e devem fazer, isto é, defender a unidade do concelho. Não se esperaria outra posição. Pena é que não tenha havido este vigor aquando da mexida nas freguesias, porque esse, sim, seria um sinal de respeito pela unidade do todo mas também das partes.

Por enquanto, no que a este assunto diz respeito, esta é a minha humilde opinião. Não assinei nem assino petições mas em caso de referendo votarei a favor da unidade do município.

22 de dezembro de 2016

Unidade do concelho - Milheirós de Poiares

Anda por aí uma certa algazarra sobre a questão da integração, ou não, da freguesia de Milheirós de Poiares no município vizinho de S. João da Madeira. Não é de agora esta pretensão ou intenção de parte da população milheiroense, mas parece que recentemente houve desenvolvimentos, nomeadamente com o município de S. João da Madeira a aprovar a aceitação caso se decida superiormente pela alteração do mapa administrativo. Segundo notícias, em Setembro passado foi entregou no Parlamento uma petição com cerca de 5.300 assinaturas solicitando a anexação no município vizinho de S. João da Madeira, pretensão que terá que ser analisada.

Sinceramente, não tenho opinião formada nem partido tomado quanto a este assunto, porque há argumentos válidos de ambas as partes. No entanto, tome-se a decisão que se tomar, será conveniente e de bom senso que dentro do possível seja pela vontade expressa da larga maioria da população e não pela demonstrada pelo referendo local em 2012 em que 46% dos eleitores se abstiveram de votar o que me parece significativo face à importância do assunto. É certo que em teoria uma abstenção pode significar uma aceitação mas também o contrário.

Quanto ao município da Feira e tomada de posição em defesa da preservação da identidade e limites territoriais, nomeadamente do seu presidente, Dr. Emídio Sousa, é obviamente legítima e tem que ser feita, não só como dever mas como obrigação.

Parece-me que, contudo, bem mais grave que esta situação que é pontual e episodicamente trazida à actualidade, e até aqui inconsequente, foi a reforma administrativa que pelo país inteiro deu lugar a algumas uniões de freguesia, quase todas elas contra a vontade das populações e em condições que até ao momento reconhecidamente nada trouxeram de positivo. Essa sim, porque imposta e ao arrepio das populações, foi uma machadada na história e identidade intrínseca das freguesias afectadas. E pelo que se viu, então foram muito poucos os municípios e figuras do panorama político a lutar para que a “excelentíssima cagada” do Sr. Relvas não fosse avante.

Mas esta é apenas a minha humilde e insignificante opinião.


A. Almeida - 21 de Dezembro de 2016

23 de julho de 2014

Negócios da china

 

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A Comissão Política Concelhia do PS – Partido Socialista, de Santa Maria da Feira, fez distribuir há dias um info-email em que nos dá a conhecer o chumbo por parte do Tribunal de Contas ao negócio da água e saneamento da Câmara Municipal da Feira com a Indáqua-Feira.

Sem dúvida um negócio da china, uma pesada herança deixada pelo comendador.

Para além desta questão, há um aspecto importante e que nem sempre é tido em conta que é o facto das ruas do concelho de um modo geral estarem todas em péssimo estado  devido às obras de abertura das valas para as diversas redes sem uma correcta pavimentação. Lombas, depressões e buracos são uma imagem de marca das nossas estradas com o natural prejuízo para quantos nela circulam. Por isso, à pesada factura das ligações de ramais e do próprio custo da água, acresce as despesas com a oficina automóvel.

Uma autêntica Feira de chineses…

2 de junho de 2014

Podia ser verdade… D. Sancho II

 

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Agora que o Condado Guisandensis  até já tem um rei, seria interessante que a governação pudesse ser entregue a esse D. Sancho II de caracóis e barba rebelde. É verdade que a História o considera como "um rei ausente" e que acabou  "escorraçado" das terras portucalenses, indo acabar os seus dias sem glória a Toledo - Castela, mas certamente que poderia fazer grandes cousas a favor deste nosso condado.


No estado em que estão as coisas, algumas poderiam ser resolvidas à espada, nem que esta fosse política e correctamente substituída por um pau de marmeleiro. Por exemplo, poderia começar por quem no Monte do Viso andou a queimar lixos de limpezas e ali deixou o monte de cinzas e restos da fogueira junto à escada/bancada. De seguida poderia aplicar a justiça real a quem deixou espalhadas no chão do terreiro do mesmo Monte do Viso umas cintas plásticas que terão sido utilizadas para prender uma rede de ensombramento num recente encontro de idosos. Limpeza e asseio não é para todos porque alguém se esqueceu que depois da festa e do desmontar da barraca há que limpar o que se sujou.


Será certamente curto o reinado deste rei D. Sancho II, que até poderia ser o rei Artur de Camelot e da Távola Redonda, mas para além de reinar sobre o real evento da Viagem Medieval ao Reino das Fêveras e do Porco-no-Espeto, lá para os calores de Agosto, poderia no entretanto ser usado em nosso benefício, pelo menos nesta fase em que a governação da União de Juntas de Freguesia está numa espécie de reino de faz-de-conta.


Podia ser verdade...mas o mais importante por agora, é dar os parabéns ao Artur por ser figura de cartaz. Tem figura e estilo. Parabéns!