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25 de fevereiro de 2022

PCP - No reino da foice, a clareza foi-se


A propósito da bárbara invasão da Rússia à vizinha e irmã Ucrânia, impressiona que em pleno séc. XXI o Partido Comunista Português ainda tenha posições dignas do tempo da guerra fria, não condenando directamente e sem mas, nem meios mas, a invasão da Ucrânia. Da China, outro país onde a Democracia não respira de todo, percebe-se que tenha uma posição alicerçada nos seus interesses económicos e estratégicos e por conseguinte não condene a Rússia. De resto tudo indica que esta invasão tinha à partida o "fechar-dos-olhos" da China, já que com a aplicação das sanções, será o gigante asiático a minorizar o impacto.  Daí que nada se espere e o discurso monocórdico é sempre o previsível. 

Já quanto ao PCP, ainda ontem em programa televisivo, um dos seus dirigentes, Bernardino Soares, numa posição que corresponde à do partido, por desfastio e para não desacertar o passo do mundo, condenou a invasão mas... sempre um mas, um todavia, um porém,  condena com mais veemência a Europa e sobretudo os Estados Unidos. É velho o preconceito dos comunistas contra os Estados Unidos, até mesmo um ódio de estimação, mas custa a perceber que um partido em regime democrático, critique suavemente e com muitas reservas um país gerido por uma oligarquia totalitária onde os conceitos de democracia são um faz-de-conta, totalmente subvertidos, onde se muda a constituição para se perpetuar o poder, onde a oposição é perseguida, aniquilida e condenada, e por outro lado se  tenha a lata de condenar um país democrático e que neste caso particular, que se saiba, neste caso não é invasor, de resto até numa posição de fraqueza.

Também concordo que a política externa dos americanos tem tido muitos erros e alguns graves, e não são inocentes em muitas merdas que têm feito, mas neste caso pretender  o PCP desagravar ou mesmo ilibar o invasor, de uma guerra sem a mínima justificação, e condenar quem está de fora parece algo surreal.

Assim, para o PCP  qualquer crítica aos antigos camaradas da guerra fria, é como comprar não um biquini com duas peças inseparáveis, mas apenas um monoquini: Utiliza a cuequinha para tapar o traseiro do camarada  mas não utiliza a outra peça, de modo a destapar as maminhas da democrática América.

Mas, como diz alguém, dali não se espera nada de novo, de resto é uma posição que não conta para o totobola de tão previsível que é. Como se costuma dizer, se uma árvore dá pêssegos, então é um pessegueiro. Ou, utilizando um provérbio tão caro ao camarada Jerónimo, a crítica à Rússia, a Cuba, Venezuela, China ou Coreia do Norte, para o PCP é como manteiga em nariz de cão. Numa lambidela lá se vai.

24 de fevereiro de 2022

Ventos de leste

Da China chegou-nos essa coisa da Covid que teima em ficar por cá. Agora da Rússia e desse filho de Putin, chega-nos a guerra. Por ora nas bordas do império mas que, como pólvora, tem os ingredientes certos para se estender ao mundo.

1939/1945 foi já ali ao virar da esquina do tempo mas parece que pouco ou nada se aprendeu. O botão vermelho exerce um fascínio mortal por dedos nervosos de gente fardada. Os mísseis hipersónicos já estão a aquecer.

Onde é que este caminho nos vai levar?

21 de fevereiro de 2022

Acudam, que é lobo...(ou talvez não)

No contexto do conflito ou tensão militar entre a Rússia e a Ucrânia, que vai marcando os dias, parece-me que a postura dos Estados Unidos e do seu presidente não me parece a mais adequada. Tem estado literalmente a replicar a fábula de "Pedro e o lobo" e com ela a marcar dias para a invasão, que era para ser na Quarta-Feira mas que agora pode acontecer na Quinta-Feira, ou, se calhar, no Sábado ou mesmo apenas para a semana.  Mas que a coisa está decidida, está, dizem!

Sinceramente não percebo esta tática de adivinhação, em vez de se partir para uma negociação diplomática credível e que sirva ambas as partes e sem atitudes de prognóstico de totobola. 

Porventura com ela, a táctica,  pretendem os americanos que Putin se sinta intimidado a invadir  sob pena de não querer dar razão aos adivinhos da Casa Branca. Parece-me evidente que a haver o propósito de invasão ela poderá ocorrer naturalmete em qualquer altura, independentemente da agenda anunciada pelos Estados Unidos. Ou seja, um dia o lobo vai mesmo atacar as ovelhas e aí já ninguém dará credibilidade ao Pedro Biden americano.

A ver vamos!

18 de outubro de 2021

Apanhar tau-tau no rabinho

Vamos todos mostrando indignação pela escalada dos preços dos combustíveis em Portugal, que nos remete para os valores dos mais altos praticados na Europa, mas na realidade nada fazemos, e se amanhã houver eleições para o Governo, o PS e António Costa serão novamente eleitos, quiçá por maior diferença. Gostamos, pois, de apanhar tau-tau no rabinho.

De facto o Governo não tem dado sinais de abrir mão da escandalosa carga fiscal que cobra por cada litro de gasóleo ou gasolina e que dizem representar mais de metade do custo final. No caso, 56% sobre o gasóleo simples e 59% sobre a gasolina 95. Só no último ano e meio o preço aumentou 30%.

Ainda há dias ouvi dois elementos do aparelho do Governo a justificar que não iriam reduzir o preço do combustível porque isso seria incentivar o consumo de energias fósseis e poluentes quando o paradigma das alterações climáticas indica um sentido de redução das emissões poluentes e utilização de energias alternativas, limpas e renováveis, bem como ao uso dos transportes públicos. 

Ora esta justificação é tacanha e absurda porque pretende alegar que todos os portugueses têm capacidade financeira para comprar carros eléctricos, que podem ir de bicicleta ou a pé ou têm um autocarro à porta para os levar ao trabalho. Isto é ainda um maior absurdo quando nos afastamentos do litoral e nos embrenhamos no interior em que os transportes públicos não existem de todo. E depois as empresas de transportes de passageiros e mercadorias? Onde é que ficam? 

Em todo o caso importa tentar compreender um pouco esta situação dos combustíveis, do preço do gasóleo e da gasolina que mesmo sem os preços escandalosos de Portugal está a afectar muitos países incluindo grandes economias como a Inglaterra e a Alemanha. Tudo isto porque no contexto da redução das emissões poluentes, se têm desmantelado infra-estruturas de produção de energia baseadas no carvão e mesmo de energia nuclear sem que a oferta das ditas energias limpas cubra esse défice. Basta dizer que a Alemanha tem desmantelado centrais nucleares que representavam cerca de 30% das suas necessidades energéticas e ainda não conseguiu cobrir essa parcela com energia alternativa. É como deixar de usar lâmpadas na nossa casa e em alternativa termos apenas uma vela de cera à moda antiga.

Neste contexto de muito desacerto político que tem varrido a Europa, a relação de procura/oferta tem estado desequilibrada e daí, em grande parte, o crescente registo de aumentos nos combustíveis petrolíferos e da energia em geral.

Claro que todas estas políticas e jogadas económicas passam ao lado dos consumidores os quais são quem na realidade pagam todos os desaforos.

A manter-se este crescente aumento nos combustíveis e se o Governo não abrir mão da sua escandalosa margem fiscal, não surpreenderá a muito curto prazo o aumento dos bens, produtos e serviços bem como a insolvência e falência de empresas num efeito dominó.

A ver vamos mas a coisa está a carburar muito mal.

11 de setembro de 2018

11 de Setembro


Há quem diga que mudou o mundo. Há quem diga que o acordou. Por mim acho que o acordou para a mudança. Porque a maldade reside no mundo desde sempre. Apenas os meios, os métodos e os intervenientes foram mudando. As sementes do mal que abalaram Nova Iorque há 17 anos já andavam por aí, pelo mundo, desde o princípio dele a ser semeadas e colhidos os frutos.  De novo e de alarmante talvez a forma, o alvo e o efeito dramático do colapso das torres arrastando aqueles milhares de inocentes. E claro, todo o horror transmitido em directo.
Para o bem e para o mal, a globalização trouxe-nos esta capacidade de alojarmos nas nossas próprias portas o inimigo. Como na informática, o inimigo explora as fragilidades dos sistemas democráticos, as liberdades e garantias, de culturas e religiões, mesmo para quem não as tem, nem as aceita nem as respeita nos países de origem.
Não espanta, pois, que os ditos movimentos populistas ou nacionalistas estejam a ganhar espaço na nossa velha e sempre nova Europa, tão exposta como uma menina da rua que, de mini saia e de mini cueca, ou mesmo sem ela, vai com todos, porque sem preconceitos. 
Não alinho pelos populistas e pelos fundamentalismos destes, porque algures entre o 8 e o 80 haverá talvez um 30 ou 40, mas não fará mal algum que a Europa use cuecas mais largas, desça a saia ao joelho e, sobretudo, feche um pouco as pernas.

12 de junho de 2018

Trump, trump! - Quem é? - É o Kim!


Os presidentes da Coreia do Norte e dos Estados Unidos, Kim Jong-un e Donald Trump, encontraram-se numa reunião histórica em Singapura. A avaliar pelas notícias e pelo que no final disse o presidente norte-americano, o encontro foi produtivo e muito bom e em resultado dessa "ligação especial" esperam-se "coisas muito boas". 

Conhecendo as posições e estilos de ambos os presidentes, é esperar para ver. Oxalá que sim. Por vezes os loucos têm também alguma sã sanidade. Veremos o que esta dupla, até há pouco de costas voltadas, tem para dar ao mundo quanto à paz e prosperidade.