29 de junho de 2017

Sem sorte de europeu

Portugal lá se foi da final da Taça das Confederações, perdendo uma oportunidade histórica de a disputar e até ganhar. Perdeu na meia-final com a selecção do Chile. No final do tempo regulamentar o jogo ficou-se pelo nulo o que também aconteceu após o prolongamento. Na decisão pelos pontapés da marca de grande penalidade o Chile foi categórico e não vacilou, apontando três golos contra três falhanços dos portugueses. Costuma dizer-se que neste tipo de decisões é uma lotaria, a sorte ou o azar, mas não concordo nada com essa teoria que serve sempre de desculpa para quem perde; trata-se, isso sim, de competência, tanto a marcar como a defender e nisso os chilenos arrasaram Portugal. Patrício, teimou em atirar-se sempre para o mesmo lado, o contrário e tanto Quaresma como Moutinho e Nani atiraram sempre frouxo, permitindo ao guarda-redes lançar-se para o lado certo e para a zona defensável. Pelo menos Cristiano Ronaldo livrou-se da vergonha, não chegando sequer a marcar. Guardou-se para um eventual pontapé decisivo mas acabou por não decidir coisa alguma.
Não podemos estar sempre à espera da sorte que tivemos em todo o Europeu para vencer jogos e competições, por isso foi normal o afastamento da final, o que de resto já podia ter acontecido ainda no tempo de prolongamento com o árbitro a negar um penaltie claro contra os portugueses (para que serve o vídeo-árbritro?) e a bola a bater nos ferros da baliza de Patrício por duas vezes no mesmo lance. Assim sendo, fez-se justiça, se é que esta tem algum sentido num jogo de futebol.
Resta agora a consolação da eventual vitória no jogo para apuramento do terceiro e quarto lugares da prova, uma espécie de final de derrotados, eventualmente contra a Alemanha ou mesmo contra o México, no que será um reencontro e um tira-teimas já que na fase de grupos portugueses e mexicanos empataram a duas bolas.