A apresentar mensagens correspondentes à consulta guisande f.c. ordenadas por relevância. Ordenar por data Mostrar todas as mensagens
A apresentar mensagens correspondentes à consulta guisande f.c. ordenadas por relevância. Ordenar por data Mostrar todas as mensagens

18 de dezembro de 2016

Veteranos Guisande F.C. - Últimos resultados



 Últimos resultados:

17 de Dezembro de 2016
Veteranos Guisande F.C., 1 - Carregosa, 3
10 de Dezembro de 2016
Arrifanense, 4 - Veteranos Guisande F.C., 3
03 de Dezembro de 2016
Veteranos Guisande F.C., 4 - S. Roque, 2
19 de Novembro de 2016
Canedo, 0 - Veteranos Guisande F.C., 3
12 de Novembro de 2016
Veteranos Guisande F.C., 1 - Sandinenses, 2
29 de Outubro de 2016
Fiães, 0 -  Veteranos Guisande F.C., 1
22 de Outubro de 2016
Veteranos Guisande F.C., 1 - S.J. de Ver, 5


26 de Novembro de 2016 - 1ª Eliminatória da Taça
Cucujães 0 - Veteranos Guisande F.C., 2

Classificação:


14 de agosto de 2019

Nas riscas do tempo...


As feições, a pinta, da maior parte desta rapaziada equipada às riscas, não enganam. Alguns continuaram a "deitar corpo" e estão hoje mais altos, alguns mais barrigudos, outros mais carecas e grisalhos. Mas que se conste, todos por aí. Enfim, carregam o peso de quase 40 anos passados após esta fotografia datada de 1981, nos primeiros tempos no Campo da Barrosa, cenário deste "boneco". 

Esta equipa de rapaziada adolescente, treinada pelo Américo Santos, participava então num torneio de futebol juvenil de Verão, organizado pela malta do jornal "O Mês de Guisande", designado de "2º Torneio Emigrante 81", com o apoio do Guisande F.C.. A equipa apresentava-se por isso como Guisande F.C. Juvenil. Uns anitos mais tarde, esta ideia de um torneio juvenil  deu origem ao popular torneio "Guisandito".

Entre outros, para além do treinador e co-organizador Américo Santos, estão ali o Rui Giro, o Maximino Gonçalves (Minito), o Fernando Neves, o Vitor "Teixeira", o Pedro da Natália, o Orlando Santos, o Rui Costa, o Américo Silva (guarda-redes), o António Alves, o Domingos Sousa, o António do "Zarelhas", etc.

Veja-se abaixo a reportagem do evento, publicada na época no jovem jornal "O Mês de Guisande", na edição de Setembro de 1981.

O torneio que se prolongou pelo mês de Setembro, terminou no dia 4 de Outubro desse ano. A equipa vencedora foi o J.C.A.R. Romariz. O torneio foi disputado em sistema de "poule", jogando todas contra todas, mas com as duas primeiras a disputarem uma final na qual a equipa da casa defrontou a de Romariz, tendo a decisão sido resolvida por grandes penalidades já que no tempo regulamentar o resultado ficou empatado (1-1).

Assim a equipa do Guisande F.C. Juvenil apesar de favorita acabou na 2ª posição. Seguiram-se as equipas  do F.C. Azevedo, S. Jorge S.C. e Arcozelo (Caldas de S. Jorge).


31 de outubro de 2023

Manuel Rodrigues de Paiva e o Guisande F.C.


Quando uma instituição celebra aniversário é comum recordar pessoas que já partiram e que a ela estiveram ligadas e ajudaram à sua fundação ou crescimento. Por conseguinte o aniversário é um momento e pretexto para fazer elogios e enaltecer figuras.

Mesmo sabendo desse lugar comum, também entendo cá para mim que neste dia em que o clube da nossa terra celebra 44 de vida oficial, é justo que se recorde certas figuras, algumas que felizmente ainda são vivas e andam por cá e outros que já deixaram de percorrer este caminho terreno.

Assim, desde logo, e porque no acto fundador encabeçou e foi o primeiro subscritor da escritura pública do Guisande Futebol Clube, conforme o atesta o recorte publicado ao fundo, trago à memória a figura e o papel do Manuel Rodrigues de Paiva, que faleceu em 27 de Janeiro de 2021 e que à data da constituição do clube, em  31 de Outubro de 1979, tinha apenas 36 anos, completando 37 apenas no mês seguinte, no dia 20, pois nasceu em Novembro de 1942.

Manuel Rodrigues de Paiva, apesar de natural da freguesia de Romariz, foi uma figura com relevante intervenção cívica na freguesia de Guisande, tendo sido dirigente e presidente do Guisande F.C., sendo, como atrás referi, uma das figuras marcantes na fundação oficial do clube e da construção do Campo de Jogos "Oliveira e Santos". Foi secretário da Junta de Freguesia de Guisande, depois das eleições autárquicas de 16 de Dezembro de 1979, e ainda, em diferentes mandatos, elemento da Assembleia de Freguesia de Guisande, em representação do PSD e também da FJI - Força Jovem Independente no mandato de 1989/1993.

Como qualquer um de nós, a começar por mim, tinha alguns defeitos ou feitios que por vezes eram obstáculos para quem com ele colaborava, já que tantas vezes com a sua vontade de fazer depressa e avançar nas decisões e nas obras tinha tendência de contornar as etapas e não ter em conta o papel e a importância de quem tinha ao lado, isto, claro, na parte da sua intervenção cívica, abstendo-me de considerações fora dessa esfera.

Mas na sua intervenção de cidadania em Guisande tinha de facto esse voluntarismo. Mas se é certo que por vezes arrepiava caminho de forma mais ou menos unilateral, também é verdade que noutras tantas vezes se assim não fosse as coisas, as vontades e as obras não avançavam, à espera, tantas vezes, de quem não decidia. E dessa forma, por si ou bem ajudado, e outros mais velhos saberão disso melhor que eu, certo é que contribuiu para se fazer muitas coisas, porventura grandes demais para a pequena dimensão da freguesia. O Manuel Paiva tinha essa matriz, de pensar de forma objectiva e sempre para a frente. Foi nesse espírito que no plano pessoal foi sempre um homem de comércio e negócios bem sucedido, tendo até ficado com o apelido de "Manel do Negócio" e logo bem cedo na nossa terra quando instalou a pequena "Casa Notícia", ali no Largo de Casaldaça, no que era um pequeno espaço de garagem de um automóvel. 

Por tudo isto, pela sua forma de fazer as coisas no que diz respeito à freguesia, tinha de muitos  o justo reconhecimento do seu valor mas também alguns que tinham um entendimento diferente e pouco apreciadores desse estilo muito individualizado. Disso poderá falar bem melhor e com conhecimento de causa quem com ele directamente trabalhou, sobretudo no que diz respeito ao Guisande Futebol Clube. Nesse plano, apesar de termos tido sempre uma boa relação pessoal e de consideração mútuas, não tive a oportunidade de com ele trabalhar. Mas não foi por acaso que teve o papel que teve na vida do clube e se há várias outras figuras que também deram contributos valiosos, dedicados e resilientes, ninguém de boa fé, e sobretudo com o filtro do tempo, pode negar ou apoucar o papel e importância que teve o Manuel Rodrigues de Paiva na vida do Guisande Futebol, Clube, sobretudo nesses anos que remetem para a fundação e para as obras do actual campo de jogos e da sua consolidação.

Deste modo, sem esquecer outras importantes figuras que tanto deram ao clube, como directores, sócios e atletas, parece-me justo trazer hoje e aqui à memória a figura do Manuel Rodrigues de Paiva.


Já agora e a propósito da data, relembro aqui os subscritores da escritura de fundação do Guisande F.C. em 31 de Outubro de 1979:

Assinaram Manuel Rodrigues de Paiva, Júlio César dos Santos Alves, José Pires de Almeida Saraiva, Elísio Elísio Alcino Ferreira dos Santos, António de Oliveira Bastos, José de Almeida Peixoto, Valdemar Ferreira de Pinho, Domingos da Conceição Lopes e Elísio Gomes da Mota.

Certamente que poderiam fazer parte do grupo de subscritores nesta escritura outras figuras importantes no clube, mas não constam apenas porque na data ou estariam ausentes ou impossibilitados por outros motivos. Isto para salientar que há nomes que tiveram igual ou maior importância na vontade e acto fundador do nosso clube mesmo que não constem no documento. De resto, dos que assinaram, até vejo ali um ou outro cujo papel ao serviço do clube terá sido meramente circunstancial e sem qualquer relevo na vida e obra do clube. Seja como for, constam do momento e do documento e a história por vezes também se faz destas circunstâncias mesmo que na prática tenham tido pouca relevância no fundamento.

23 de junho de 2025

Visto de fora - David Neves candidato pelo PS à Junta de Freguesia de Lobão


Adivinhava-se e confirma-se: David Neves, actual presidente da Junta da União de Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande, apresentou-se publicamente como candidato pelo Partido Socialista à futura Junta de Freguesia de Lobão. 

Visto de fora, e ainda sem conhecer os candidatos pelas demais listas concorrentes, nomeadamente pelo Partido Social Democrata, não tenho dúvidas que será o vencedor das próximas eleições autárquicas e o futuro presidente da Junta daquela freguesia, num novo ciclo, depois da desagregação da União de Freguesias.

Conheço o David Neves ainda antes destas coisas da política e nutro por ele uma simpatia e consideração pessoal, que creio que é recíproca. Mas nestas coisas da política procura-se não se misturar as questões e considerações pessoais e sob esse ponto de vista, e por conseguinte, quaisquer impressões aqui expressas são  apenas nesse sentido de opinião política.

Para contextualizar e em retrospectiva, eu fiz parte da Junta no primeiro mandato da União de Freguesias (2014/2017), num cenário de muitas dificuldades, tanto pela novidade e particularidades do que era uma nova realidade, um novo ciclo, bem como, ainda, da pesada carga de dívidas, obrigações e compromissos herdados de algumas freguesias, nomeadamente de Guisande e Gião, que em muito limitaram a acção da Junta, ainda com o facto de terem sido apenas três anos. Apesar disso, desse leque de dificuldades e entraves, a Junta no geral fez o trabalho possível e creio que razoável e ainda transmitiu um saldo positivo à futura Junta do segundo mandato.

Por opção  pessoal, essencialmente por não me rever em alguns dos aspectos seguidos no modelo de gestão da União de Freguesias, muita centralizada na figura do presidente, em que os representantes das freguesias eram meros moços de recados, sem competências atribuídas para chamar a si algumas das ideias e projectos que tinhm para cada uma das freguesias, contrariamente ao que tinha como expectativa quando decidi participar e dar a cara por Guisande, naturalmente que não aceitei fazer parte da lista concorrente a um segundo mandato. Do modelo seguido no primeiro mandato, nada concorria para sequer pensar em mudar de opinião. Estava mesmo fora de questão.

Ora esse segundo mandato que se seguiu, ainda pelo PSD, que voltou a vencer as eleições com maioria, foi, a meu ver, o mais pobre e ineficaz dos três mandatos de vigência da União de Freguesias, mesmo considerando que ainda faltam alguns poucos meses para a conclusão deste terceiro, já sob a governação do PS. 

Como "o algodão não engana", esse segundo mandato do PSD, sobretudo em Guisande, foi tão oco de obras e melhoramentos e com um agravamento na proximidade dos eleitos aos eleitores, que só podia ditar o afastamento de quem, pelo mesmo partido, se propunha a um terceiro mandato e como tal, David Neves, de novo candidato pelo PS, mesmo derrotado nos dois anteriores processos eleitorais, pode, finalmente, vencer e governar a Junta da União de Freguesias, com maioria. Como "prenda" ou "herança" da ineficácia da Junta anterior, que nem sequer soube gastar o seu dinheiro em obras e melhoramentos, recebeu um saldo superior a 300 mil euros, como um filho de papá que ao fazer 18 anos recebe de prenda um Ferrari.

Foi, pois, neste contexto, de casa orientada e cofre cheio, que o David Neves e a sua equipa socialista, entrou a governar a Junta da União de Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande. Tinha tudo para fazer um bom mandato, desafogado e com isso marcar a diferença. 

Procurando fazer um resumo, pessoalmente, no geral e do que me é possível percepcionar, acho que tem feito um bom trabalho e sobretudo valorizou muito a questão da proximidade e fez por ser um presidente presente, ao lados dos grupos e das pessoas, num estilo e registo político e de gestão  totalmente diferente do estilo da anterior Junta.  Consolidou a estrutura da Junta e da sua eficácia e mostrou que, a continuar a União de Freguesias, como era sua forte vontade, haveria margem para melhorar.

Apesar disso, e agora olhando apenas para a sua acção em Guisande, e do esforço exclusivo do orçamento da Junta, no aspecto de obras e melhoramentos, e já lho disse pessoalmente, parece-me que se fez pouco, sobretudo no contexto de um mandato com todas as condições financeiras, de organização e estrutura favoráveis. Há ainda situações por resolver mas no cenário confirmado da desagregação,  já duvido que sejam resolvidas até ao final do mandato, feitas obras de monta ou realizados melhoramentos ainda que ligeiros, até porque o tempo já é escasso e o presidente vai passar andar ocupado com questões de campanha e promoção de imagem. Mas oxalá que me engane e que ainda seja possível concretizar alguma coisa, em obras ou apoios.

E eu teria esta mesma apreciação se o que foi feito em Guisande tivesse sido apenas no âmbito de uma própria Junta de Freguesia de Guisande, com um orçamento anual inferior, mesmo que apenas na casa dos 150 mil euros. Continuaria a ser pouca a obra e escassos os melhoramentos.

Para além disso, no que seria algo de valor significativo no mandato quanto à nossa freguesia, acabou por recuar no seu compromisso público de apoio financeiro à obra do relvado sintético no campo de jogos do Guisande F.C., ficando-se agora e apenas com uma parte do que seria o valor total previsto. Todos, principalmente o Guisande F.C. lamentam esta inversão de compromisso assumido. Até posso tentar compreender a sua posição e justificação já dada, mas parece-me que será uma nota negativa na apreciação do seu mandato, sobretudo no que se refere a Guisande. 

No resto, no global, parece-me que o David Neves esteve quase sempre bem, próximo, atento, e respeitando as freguesias e as suas particularidades identitárias, sociais e culturais, num registo totalmente diferente do anterior mandato de gestão do PSD. Já o escrevi noutra altura, o David Neves mostrou ser um bom exemplo de um presidente com atitude e perfil mais adequados  à presidência da Junta de uma União de Freguesias. De resto, continuasse a União de Freguesias,  não teria eu problema em trabalhar com ele, caso fosse convidado a fazer parte da sua lista. Digo-o sem qualquer hipocrisia e na certeza de que seria feito um bom trabalho, incluindo em Guisande. Todavia, sabemos que o caminho não será esse e que as freguesias da União a partir de Outubro próximo iniciarão uma nova realidade, cada uma por si.

Não obstante, mesmo com esta apreciação positiva e global da acção da actual Junta da nossa União de Freguesias e particularmente do seu presidente, obviamente que nem sempre concordei com alguns aspectos da gestão, a meu ver muito focalizada em acções de eventos, medidas mediáticas e entretenimentos, que reconheço que são populares e dão votos, como o Corga da Moura (um êxito), mas que pela sua natureza e efemeridade, sem o justo equilíbrio levaram a comprometer outras necessidades conjunturais ou estruturais de obras e melhoramentos, como o caso do relvado sintético no campo de jogos do Guisande F.C. a que acima fiz referência. 

Mesmo quanto à sempre problemática questão das limpezas das ruas e espaços públicos, apesar de uma óbvia melhoria na primeira metade do mandato, parece-me que nesta parte final as coisas não têm sido muito diferentes dos anteriores mandatos. Neste momento, e olhando apenas para Guisande, são várias as ruas com necessidades de limpeza, algumas de forma notória, como na Rua Nossa Senhora de Fátima (Leira, Pereirada e Estôze),  Rua de Trás-os-Lagos, Rua da Fonte, Rua 1.º de Maio, e outras. Do mal o menos, tem correspondido e actuado nos espaços e ruas em momentos de actividades ou eventos o que não é mau. De resto, sempre foi assim e sempre assim será, porque há dificuldades que se repetem e quem na oposição as criticou ou critica, uma vez no poder não conseguem fazer muito diferente. É, afinal, o resultado quando não há recursos nem meios suficientes para o tamanho das necessidades.

Agora a realidade é outra, e recuando ao primeiro parágrafo, não tenho dúvidas que o David Neves sairá vencedor das próximas eleições e que irá ser o presidente da Junta de Freguesia de Lobão. Tem experiência, competência e perfil de próximidade da população e das suas forças vivas e bom conhecedor do território e suas potencialidades.

Até lá, faço votos de uma boa campanha e mesmo votos de vitória, mas que não se esqueça que tem ainda um mandato por completar ao serviço de uma União de Freguesias e que há trabalho por fazer em todo o território, incluindo aqui em Guisande. Que não se distraia no papel de candidato, agora assumido.

27 de outubro de 2023

Guisande F.C. Veteranos na Liga Masters da AFA


Depois de várias épocas a disputar o Campeonato da Associação de Atletas Veteranos Terras de Santa Maria, desde 2013, o Guisande F.C. Veteranos vai iniciar a Liga Masters sob a tutela da AFA - Associação de Futebol de Aveiro.

Depois de várias épocas desligado da estrutura do futebol no nosso distrito, o clube optou pela regularização da dívida que havia ficado pendente e assim retomar o regresso a competições oficiais. Segundo o presidente da Direcção do clube, Vitor Henriques, a honra do clube será restaurada e para além disso esta competição tem uma melhor organização, com equipas de melhor qualidade e dispõe de árbitros também melhor qualificados, no que será uma mais valia.

Esta Liga Masters também destinada a atletas veteranos engloba 13 clubes. Depois da apresentação da nossa equipa que aconteceu no Sábado passado, 14 de Outubro, contra a congénere do C.D. Feirense, o Guisande vai iniciar a competição já com um dérbi contra a formação do A.D.C. Lobão. Será já neste Sábado, 28 de Outubro, pelas 15:30 horas mo Estádio Oliveira e Santos em Guisande.

Votos de um bom jogo e uma boa época e que o clube continue com a boa dinâmica desportiva para além, da não menos importante, camaradagem.

De seguida as classificações finais das participações do clube na respectiva competição. Note-se que a competição da época 2019-2020 não se disputou devido à situação de pandemia e a época de 2020-2021 foi interrompida à 20.ª jornada,  tendo sido atribuído o título ao S.C. S. João de Ver.

Analisando as competições nos diferentes anos, desde que nelas participou a partir da época 2013-2014, constata-se que o Guisande F.C. Veteranos teve um desempenho francamente regular e positivo.

Época 2022_2023

Época 2021_2022

Época 2020_2021 - Interrompida à 20ª jornada

Época 2018-2019

Época 2017-2018

Época 2016-2017

Época 2015-2016


Época 2014-2015

Época 2013-2014


15 de agosto de 2019

Guisande Futebol Clube - Campos de Jogos - 3


Na sequência dos meus anteriores apontamentos sobre os campos de jogos do Guisande F.C. (aqui e aqui), trago agora à memória o facto de que por Outubro do ano de 1981, por isso dois anos após a entrada ao serviço do Campo da Barrosa, ter corrido na freguesia o "boato" de que o Sr. Manuel Pereira dos Santos, do lugar do Viso, estaria na disposição de oferecer ao clube o terreno necessário para construir o seu campo de jogos de modo a substituir o Campo da Barrosa, este de utilização recente mas com carácter provisório, sujeito ao pagamento de renda mensal e com dimensões reduzidas. O terreno a doar estava localizado no lugar de Cimo de Vila, na encosta norte do Monte da Mó, próximo da localização do actual reservatório de água, ou mesmo ocupando parte do terreno onde agora se implanta essa infraestrutura.

Face a esse "boato", na altura o jovem jornal "O Mês de Guisande" , foi  entrevistar o próprio Sr. Manuel Pereira sobre a veracidade do que pela freguesia se ia dizendo.
Certo é que, conforme se pode ler no extracto acima publicado, o Ti Pereira, como era conhecido, confirmou essa vontade, mas dizendo, com reservas, "...não concordo somente com tantos metros de terreno que a Direcção pretende, pois eles querem as medidas máximas de um campo de futebol, que são 130 por 80 m (10400 m2), o que eu acho exorbitante. Talvez com 7 mil metros quadrados tudo se arranje."
Estas reservas do Ti Pereira indiciavam naturalmente que já existiam contactos com o clube.

Como contrapartida, o Ti Pereira exigia que lhe fosse construída uma estrada que ligasse o lugar do Outeiro (Casa do António da Catana", até ao mato das Fontelas (limite com Cimo de Aldeia - Louredo). Considerava ainda que a abertura da estrada ficaria barata e contaria com o apoio dos demais proprietários confinantes. Todavia, confessava que a sua esposa (Sr. ª Madalena) mostrava-se um pouco hesitante na oferta, já que considerava ser muito terreno.

Ainda na mesma edição do jornal, foi contactado a propósito do assunto, o dirigente do Guisande F.C., David Ferreira da Conceição, na altura com o cargo de Tesoureiro, que confirmava haver contactos nesse sentido com o Ti Pereira e que o clube pretenderia dotar o espaço com todas as condições, incluindo uma pista de atletismo. Louvava assim a atitude do Ti Pereira, como uma oferta que engrandeceria o clube e a freguesia.

Apesar desta vontade e aparente optimismo, certo é que a oferta do terreno nunca se veio a consumar. De resto, em entrevista concedida ao jornal "O Mês de Guisande" em Junho de 1982, o então presidente da Direcção do Guisande F.C., Domingos da Conceição Lopes, dava o assunto como encerrado. Apesar de afirmar que o clube, entusiasmado com a perspectiva do novo campo, já tinha ali desenvolvido trabalhos preparatórios, como o levantamento topográfico e alguns estudos preliminares, certo é que lhe foi comunicado para o clube parar com os trabalhos, pois o terreno não seria cedido, invocando-se como justificação o facto de nem todos os elementos da família estarem de acordo.

O presidente da Direcção afirmou que já tinham somadas despesas de cento e tal contos, valendo ao clube o facto do topógrafo Saraiva (genro do Sr. Abel Correia), não ter cobrado pelo seu serviço, caso contrário sobrecarregaria o clube com uma verba que na época era avultada.
Em resumo, Domingos Lopes ressalvou assim o empenho da Direcção do clube em levar avante essa pretensão de construção do novo campo de jogos, remetendo todas as responsabilidades do fracasso ao Sr. Pereira e sua família.


(acima, localização da zona onde seria o campo de jogos e projecção aproximada da estrada a abrir por exigência do proprietário)

Este foi, pois, um episódio marcante, na história do clube e dos seus campos de jogos. Em todo o caso, analisado o assunto com a distância temporal decorrida, quase quarenta anos, a perspectiva de construção de um campo de futebol no lugar de Cimo de Vila, em terreno na encosta do Monte da Mó, implicaria movimentações de terra bastante significativas para além da abertura de arruamentos que, pelo clube, pela Junta ou Câmara Municipal, ficariam dispendiosos. É certo que por essa altura, ainda sem Plano Director Municipal, poderia ter sido possível a construção, mas posteriormente toda aquela zona veio a ser trancada como florestal e sem capacidade de edificação. 

Assim sendo, o terreno onde hoje poderia existir um campo de futebol continua com mato e algum pinhal, sujeito aos recorrentes incêndios, por isso com pouco ou reduzido rendimento. É certo que parte dele veio uns anos mais tarde a ser vendido à Indáqua para implantação do reservatório de água. Mas, porventura se houvesse uma total vontade por parte da família e concretizada a obra, os terrenos sobrantes e servidos por arruamento teriam agora, eventualmente, um maior valor. Mas como tal nunca veio a consumar-se tudo o que se possa dizer é pura especulação.

Para a história fica apenas esse facto, a vontade de doar o terreno e depois a recusa. E porque o Ti Pereira já por cá não anda para confirmar os verdadeiros motivos, tudo indica que na génese da recusa terá estado essencialmente o diferencial de área, já que para o clube era necessária a área pretendida e para o doador entendia que tal era exorbitante.

O resto é passado.

7 de outubro de 2019

Guisande F.C. - A tremura dos 40



Como por aqui lembrei há algum tempo, o Guisande F.C., mesmo sem estar em actividade oficial e sem corpos dirigentes, mesmo na situação de devedor à Associação de Futebol de Aveiro, é um clube que tem uma história que, mesmo no contexto referido, importaria não esquecer mas antes reavivar.

Ora essa história, em termos oficiais, vai completar 40 anos no próximo dia 31 de Outubro de 2019, já que a sua oficialização jurídica aconteceu em 31 de Outubro de 1979.
Quarenta é um número redondo e por isso sempre mais propício a lembrança e a eventual comemoração. É certo que há sempre quem diga que o clube tem uma história com mais anos. Isso é verdade, como de resto é uma situação comum a muitos outros clubes, mas em termos oficiais e jurídicos o clube prepara-se para fazer 40 anos. Nem mais nem menos. Em termos oficiosos, podemos sempre argumentar que o clube tem mais 10, 15 ou 20 anos, mas em rigor não são conhecidos documentos ou elementos com uma data e a ela agregar algum acontecimento substancial que a determine como fundadora.

Quanto à eventual comemoração dos 40 anos oficiais, lancei o repto  no sentido de lembrar essa data e essa história, eventualmente num simples jantar convívio que reunisse ex-presidentes, dirigentes e associados, no que poderia ser um momento interessante de partilha e confraternização.
Infelizmente, mesmo depois de algumas diligências no apalpar do interesse junto de alguns, a ideia parece não ter despertado atenção nem motivação, o que de algum modo é compreensível face à situação de inactividade.

Assim sendo, e porque até ao momento ninguém demonstrou interesse, nomeadamente pessoas com peso na história do clube, como antigos presidentes e dirigentes que com essa legitimidade poderiam fomentar e organizar uma qualquer cerimónia, por mais informal que fosse, no sentido de dar ao aniversário a importância merecida, parece, pois, que a data vai passar em claro. Pelo menos fica aqui lembrada.

Num contexto de normalidade poderia ser a Junta de Freguesia a promover essa comemoração mas como nesse aspecto temos estado órfãos e reina o desinteresse de quem manda, não será por aí.
É, pois, com pena que se constata esta indiferença, esta falta de massa crítica e dinamizadora do que quer que seja, mas as coisas são como são.  Será a tremura (não ternura) dos quarenta? Será mais do que isso, como uma letargia geral?

Como bom exemplo contrário, o da dedicação e interesse na sua história, o nosso vizinho Caldas de S. Jorge S.C., clube oficial e ligeiramente mais novo que o Guisande F.C., prepara-se para no próximo dia 24 de Outubro comemorar o seu 39º aniversário, em jantar convívio marcada para o restaurante  "Angellus Eventos". Mesmo sem ser um número redondo, outra forma de encarar e preservar a história e, claro, com gente à altura.

28 de julho de 2014

Guisande F.C. - Regresso às competições oficiais?

 

image

Na edição desta segunda-feira, 28 de Julho, o jornal semanário “Terras da Feira”, noticia que o Guisande F.C. regressa ao futebol sénior. Informa ainda, e  transcrevemos: "...Jimmy Ribeiro foi eleito presidente do clube e já garantiu que a vontade da direcção vai no sentido de ter novamente uma equipa nos campeonatos distritais. O dirigente admite que tudo está dependente de uma decisão da AFA. "Estou a aguardar uma resposta do organismo que dirige o futebol aveirense, mas tudo indica que temos fortes possibilidades de voltar a ter uma equipa sénior. Vamos ter que fazer um esforço suplementar para que isso aconteça, mas esperemos que o pagamento da dívida não nos seja dificultado pela Associação de Futebol de Aveiro" - revela. A aguardar uma resposta, certo é que Jimmy Ribeiro já encontrou um teinador para comandar a equipa sénior. Trata-se de Carlos Fonseca que na época passada acumulou as funções de treinador e presidente do Romariz."

A ter fé nesta notícia, concluimos que ou andamos desactualizados e desinformados ou então algo está mal explicado ou noticiado. Como é que o Terras da feira pode noticiar que o Jimmy Ribeiro já foi eleito presidente da direcção do clube se por edital de convocatória afixado em alguns locais públicos, está marcada apenas para a próxima sexta-feira, dia 1 de Agosto, uma assembleia geral do clube com a finalidade de apresentação de candidaturas e eleições? Na mesma linha de pensamento, como é que já pode haver treinador escolhido?

Quanto à questão da dívida do clube à Associação de Futebo de Aveiro desconhecíamos a existência desse calote e em que circunstâncias.

Quanto à pretensão de relançamento de uma equipa sénior nas competições oficiais distritais, é sempre de louvar e apoiar quem pretende dinamizar associações e/ou clubes, sendo que, nos tempos que correm e com as sérias dificuldades com que os pequenos clubes regionais se debatem (de resto até mesmo os nacionais), é de supor que será uma tarefa complicada e muito difícil. Para além do mais é questionável nesta altura o interesse que os guisandenses em geral  têm para com o seu clube e para com uma equipa sénior, para mais depois dos útlimos barretes. Mas haja coragem e força de vontade!

Para além do mais, importa não ignorar que já existe uma equipa de veteranos, lançada na época passada, embora dentro de uma competição fora da alçada da Associação de Futebol de Aveiro, e que estava a merecer o apoio e carinho de muitos adeptos. Não seria suficiente à dimensão da nossa freguesia e seus recursos, manter e apoiar apenas a equipa de veteranos? É claro que há lugar para tudo e todos mas importa que uma equipa não seja prejudicada em detrimento de outra e vice-versa.

Finalmente, para concluir, e reconhecendo que desconheço com rigor os estatutos do Guisande F.C., mas sabendo-se que o clube não está activo e por conseguinte não tem corpos gerentes legitimamente eleitos, é de questionar a legitimidade de quem assinou a convocatória bem como a legitimidade de quem irá eleger os novos corpos gerentes sabendo-se que em rigor o clube não tem sócios, porque sócios são aqueles que têm o pagamento de quotas em dia. Confesso a minha ignorância em relação a este assunto mas há questões às quais seria importante responder, porque as coisas feitas de forma correcta e legítima têm sempre outro valor.

Em todo o caso, aparte as questões anunciadas e a confusão ou trapalhada que as mesmas revelam, é positivo e de louvar o interesse e voluntarismo demonstrado pelo Jimmy Ribeiro em prol do clube da nossa terra. Assim consiga reunir os apoios necessários e levar o seu projecto a bom porto..

15 de janeiro de 2014

Guisande F.C. – Veteranos – Jornada 14

 

image

 

Os rapazes do Guisande F.C. receberam no passado Sábado a equipa do Valcambrense mas apesar de muita luta não conseguiram evitar mais uma derrota caseira, desta vez por 3-4.

Na próxima jornada, a 15ª, os auri-negros deslocam-se ao terreno do S. Roque. Caso consigam vencer, ultrapassarão a equipa de Oliveira de Azemeís já que esta na tabela classificativa está um lugar acima e apenas com mais um ponto.

 

Resultados:

Fiães 1 - Lourosa 2
Sanjoanense 3 - Sandinenses 3  (jogo interrompido aos 85m por abandono da equipa Sandinenses)
S. J. Vêr 6 - S. Roque 0
Guizande 3 - Valcambrense 4
Arrifanense 2 - U. Lamas 3
Argoncilhe 2 - Pigeiros 2
Carregosa 2 - Sanfins 2
Serzedo 1 - Cucujães 2
Canedo 1 – Canelas

 

Classificação:

image

 

Próxima jornada (18/01/2014):

S. Roque – Guisande F.C.

 

(fonte e mais detalhes: link)

14 de maio de 2017

Veteranos Guisande F.C. - 27ª Jornada

 
Resultado da 27ª Jornada:

Veteranos Guisande F.C., 1 - Cucujães, 0


Na próxima jornada, 28ª,  folga a equipa do Veteranos Guisande F.C.

9 de fevereiro de 2014

Guisande F.C. – Veteranos – Jornada 18

 

Nesta jornada 18, excelente vitória (1-2) dos rapazes do Guisande F.C. em casa do Fiães. Em face desse resultado positivo a equipa auri-negra saltou na tabela classificativa, ocupando agora o 14º lugar com 10 pontos, portanto com 4 adversários para trás. Em caso de vitória no próximo jogo com o Serzedo e esperando-se um deslize dos adversários próximos (Canedo e Carregosense), poderemos dar mais um salto para cima. A ver vamos.

 

Resultados da jornada 18:

Canelas 1 - Pigeiros 2
U. Lamas 2 - Sanfins 0
Valcambrense 1 - Carregosa 1
S. Roque 0 - Argoncilhe 1
Sandinenses 1 -  Canedo 2
Cucujães 5 - Arrifanense 1
Fiães 1 - Guizande 2
Serzedo 2 - S. J. Vêr 2  ( jogo relativo á primeira jornada )
Sanjoanense 1 - Lourosa 1

 

Classificação:

image

Próxima jornada:

Guisande F.C. – Serzedo

 

(fonte e mais detalhes: link)

15 de dezembro de 2013

Guisande F.C. – Veteranos – Jornada 12

image

image

A equipa de veteranos do Guisande F.C. recebeu neste último sábado a equipa do Canelas, o primeiro classificado da tabela, conseguindo um empate e zero.

Diz quem viu, que os auri-negros dominaram o jogo e, para além de bolas aos ferros, foram espoliados em pelo menos duas grandes-penalidades. O Canelas não demonstrou, pelo menos neste jogo, qualidades que justifiquem o lugar cimeiro que ocupa. Garantidamente, os “Tenebrosos” continuam a subir de performance pelo que será natural a subida nos lugares da classificação. Na próxima jornada a equipa do Guisande F.C. visitará a congénere do U.Lamas.

- vídeo do jogo (Luis Bastos)

 

Resultados:

Cucujães 1 - Lourosa 1
Serzedo 2 - S. Roque 1
S. J. Vêr 1 - U. Lamas 3
Guizande 0 - Canelas 0
Arrifanense 0 - Pigeiros 2
Canedo 2 - Sanfins 1
Argoncilhe 3 - Carregosa 3
Fiães - Sandinense - ( Adiado )
Sanjoanense - Valcambrense ( Adiado )

 

Classificação:

image

(fonte e mais detalhes: link)

17 de novembro de 2013

Guisande F.C.–Veteranos

 

Guisande F.C.–Arrifanense–03-11-2013 - 1
 
Guisande F.C.–Arrifanense–03-11-2013 - 2

2 de setembro de 2017

Subsídios

Na última reunião de Junta da União de Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande, foi proposto pelo presidente a atribuição de um subsídio de 25 mil euros à Associação Desportiva e Cultural de Lobão, para apoio às obras de colocação de relva artificial e requalificação dos balneários.
Este apoio, depois de analisado e debatido, acabou por ser aprovado por unanimidade. Todavia, pela parte que me toca, como ressalva, considerei a obra importante e como tal merecedora de apoio bem como o valor proposto nem ser exagerado face ao montante a investir, mas fiz notar a discrepância quando comparado ao valor até aqui atribuído ao Centro Social S. Mamede de Guisande para apoio às obras de construção do Centro Cívico.
Para além de tudo, o apoio às obras do centro Cívico faziam parte do programa eleitoral da lista do PSD e assim considero que neste aspecto foi uma promessa cumprida apenas parcialmente.

Na mesma reunião, o presidente propôs a atribuição de um segundo subsídio ao Centro Social de S. Mamede de Guisande para apoio às referidas obras do Centro Cívico, no valor de 5 mil euros. Depois das naturais considerações e debate da proposta, este valor acabou por ser aumentado e aprovado por unanimidade, no montante de 7 mil euros. Em resumo, com o subsídio de 3 mil euros já anteriormente aprovado e concedido, cifra-se assim em 10 mil euros o apoio financeiro concedido ao Centro Social S. Mamede de Guisande para apoio às obras de construção do Centro Cívico.
Na mesma reunião foi ainda aprovado um subsídio de 2 mil euros para apoio à construção de um muro de suporte de terras junto ao arraial da  Capela de Vila Seca - Louredo, o qual foi solicitado pela Comissão Fabriqueira da paróquia de S. Vicente de Louredo.

Tendo em conta os compromissos assumidos aquando da elaboração do programa eleitoral há três anos, obviamente que considero que a verba atribuída ao Centro Social S. Mamede de Guisande é um valor que fica abaixo do que eu tinha perspectivado como um apoio condizente com a importância da obra e do equipamento para a freguesia de Guisande.

Veremos se ainda neste contexto de apoio ao melhoramento de um equipamento desportivo em Lobão, qual será, em contrapartida, o apoio a conceder ao Campo de Jogos do Guisande F.C. pela próxima Junta. Neste mandato, para além de uma ajuda muito positiva na atribuição de materiais por parte da Câmara Municipal, nomeadamente com tintas para pintura dos muros e exterior dos balneários e pó de pedra para a regularização do rectângulo de jogo, o investimento por parte da Junta foi nulo. Em todo o caso, paralelamente a qualquer investimento deverão ser criadas condições para a regular actividade do Guisande F.C., nomeadamente no que se refere ao pleno funcionamento dos corpos directivos, o que para já não acontece.

Quando há três anos aceitei integrar uma lista concorrente à Junta da União de Freguesias, referi publicamente que tinha expectativa e esperança de que dentro da grande asneirada política  do PSD-CDS que foi a reforma administrativa alinhavada por um mau político como o Sr. Relvas, pelo menos a nossa União de Freguesias servisse para aos poucos  serem limadas as diferenças entre as quatro freguesias de União de modo a que o investimento tivesse em conta um acertar de passo no progresso. Infelizmente neste mandato isso ainda não aconteceu, e esta disparidade na atribuição de subsídios bem como nos investimentos feitos em algumas poucas obras, é de algum modo demonstrativa. É certo que pelo meio esta Junta deparou-se com enormes dificuldades financeiras ao ter que cumprir responsabilidades e dívidas herdadas das anteriores Juntas de Guisande e Gião e com a agravante de um mandato encurtado, mas em rigor, e para minha desilusão, foram fracos ou mesmo inexistentes os sinais dados nesse sentido. Acredito, contudo, que com as contas regularizadas e a casa arrumada, qualquer Junta que venha a sair das eleições de 1 de Outubro próximo terá bem melhores condições para o fazer. Resta saber se existirá a vontade.

10 de agosto de 2019

Guisande Futebol Clube - Campos de Jogos - 2


Retomando os apontamentos à volta dos campos de jogos no historial do Guisande F.C., no anterior artigo referimos que o Campo de Jogos "Oliveira e Santos" foi inaugurado  em 2 de Novembro de 1986. Todavia, as obras realizadas até àquela data foram as estritamente necessárias para as condições mínimas na altura exigidas. Por conseguinte, depois dessa importante data, o campo de jogos, tal como o conhecemos hoje, foi resultado de várias obras durante diversos mandatos e dinamizadas por diferentes corpos gerentes.

As obras iniciais não foram fáceis porque desde logo as verbas então existentes eram escassas, como na altura, em Julho de 1985 o então presidente da Direcção, Sr. Manuel Tavares, dava conta em entrevista concedida ao jornal "O Mês de Guisande". 

De facto nesse mês de Verão, as obras iniciaram-se com a terraplanagem do terreno, realizada pelo empreiteiro de Paços de Brandão, Sr. Firmino Gomes, cujos trabalhos custaram 350 contos, mas tendo sido interrompidos porque não havia mais dinheiro. Em concreto existia numa conta do Banco Espírito Santo a quantia de 200 contos transitada da anterior Comissão de Obras e angariada para o campo de jogos anteriormente previsto noutro local da freguesia, mas cujo negócio deu em "águas de bacalhau" ou mesmo como então disse Manuel Tavares "...já haviam existido duas oportunidades para se criar campos de futebol e como é sabido ambas deram em fiasco e de uma maneira esquisita".

Como fonte de receita para as restantes obras necessárias à mudança de casa, Manuel Tavares esperava o apoio e colaboração da população, emigrantes, Junta de Freguesia e ainda da Câmara Municipal com o fornecimento de material e seu transporte.
Apesar dos constrangimentos financeiros face às necessidades da obra, o presidente da Direcção do clube dizia que "...isto não é para parar mas sim para prosseguir a todo o gás".

Como curiosidade do que Manuel Tavares declarou na referida entrevista ao jornal "O Mês de Guisande", as ideias ou projectos para o novo campo de jogos, incluiriam uma pista de atletismo e balneários subterrâneos. Ainda uma bancada central.
Estas boas ideias, excepto a bancada central, nunca vieram a ser concretizadas. Obviamente que o homem sonha e a obra nasce, diz o poeta, mas sem dinheiro e recursos as coisas ficam apenas pelos sonhos. Foi o que aconteceu. Em todo o caso, o Campo de Jogos tal como existe é de qualidade significativa e obviamente que custou muito do esforço da freguesia no seu todo.

A par das dificuldades financeiras da época, surgiram problemas com os aspectos legais do terreno doado pelo Sr. Américo Pinto dos Santos e sua esposa Maria Angelina Oliveira Gomes. A Câmara Municipal ter-se-á comprometido a tratar da legalização predial, nomeadamente junto das Finanças e depois na Conservatória do Registo Predial, pelo que seria complicado avançar-se com obras sem a doação estar devidamente formalizada e o terreno no nome do clube. 

Assim, de modo a adiantar o andamento das obras, em declaração que a seguir transcrevemos, e que na altura foi publicada no jornal "O Mês de Guisande", os doadores passaram um documento no qual declaram pública e oficialmente que "...para os devidos e efeitos legais, oferecem ao Guisande Futebol Clube uma parcela de terreno , sita no lugar do Reguengo, freguesia de Guisande, concelho da Feira, com a área de 12 mil metros quadrados, destinado ao campo de futebol do clube acima citado, não podendo a colectividade dar outro uso que não seja para o fim destinado e acima mencionado".

Mais declararam que o clube assim poderia dar início às obras que fossem destinadas à construção do campo de futebol e que desde essa data seriam da responsabilidade do clube. Mais ainda, que oportunamente, logo que as Finanças indicassem o Nº da inscrição matricial, formalizariam a doação por escritura notarial.
Esperamos vir a ter a oportunidade de publicar por aqui a escritura de doação. Para já, o recorte da publicação no "MG" da referida declaração.


Como se vê, no contexto das histórias relacionadas aos campos de jogos do Guisande F.C., há vários apontamentos de interesse e que se não forem anotados obviamente que acabarão por caír no esquecimento da nossa memória colectiva.

Voltaremos ao assunto.

2 de maio de 2025

Pedro Nuno dos Santos - Ascendência em Guisande


Confesso que não tenho documento que o confirme de forma segura, mas já tenho ouvido referências de que Pedro Nuno dos Santos, e das pesquisas que fiz, o actual secretário-geral do Partido Socialista, e candidato ao papel do próximo Primeiro Ministro, tem ascendência familiar paterna em Guisande.

Pedro Nuno de Oliveira Santos, nasceu em 13 de Abril de 1977. É filho de Américo Augusto dos Santos e de Maria Augusta Leite de Oliveira Santos.

O seu pai, Américo Augusto dos Santos será filho de Alberto Pinto dos Santos e de Rosária Augusta da Conceição, ambos naturais de Guisande a aqui casados. O avô sapateiro, que tem sido referido na comunicação social, como que a justificar a origem humilde da família do Pedro Nuno dos Santos, é o pai da sua mãe.

Alberto Pinto dos Santos, será então o avô paterno de Pedro Nuno dos Santos, e é filho de Jerónimo dos Santos e de Amélia Maria de Oliveira Pinto, esta, sobrinha materna do Cónego Dr. António Ferreira Pinto.

Entre outros, o Alberto é irmão do Américo Pinto dos Santos, que casou com a D. Maria Angelina, que ofereceram o terreno para o campo de futebol do Guisande F.C., ainda do Delfim Pinto dos Santos, pai do Marinho Ferreira Coelho e de Manuel Pinto dos Santos, que foi regedor em Guisande pelas décadas de 1950/1960. Era ainda irmã do Alberto Pinto dos Santos a Gracinda Amélia dos Santos, mãe da Maria Fernanda da Costa, esta esposa do Joaquim Correia de Paiva (Peita), moradores em Fornos - Guisande.

Alberto Pinto dos Santos, por Guisande tinha a alcunha de "Xará" e exerceu a profissão de camionista. O seu filho, Américo Augusto dos Santos, pai de Pedro Nuno dos Santos, é sócio da Tecmacal, de S. João da Madeira, uma empresa com estrutura accionista familiar e do ramo de maquinaria e equipamentos para a indústria de calçado. Esta empresa tem sido comprovadamente associada ao recebimento de avultados fundos europeus. Receberia mesmo que não tivesse um dos sócios a influência e peso político do filho? Não o podemos afirmar nem o seu contrário, mas sabemos que neste país quem tem poder e influência política, tem mais vantagens. Sempre assim foi e sempre assim será.

Este Américo Augusto dos Santos, pai do Pedro Nuno, em solteiro chegou a fazer parte de uma banda rock em S. João da Madeira e esteve ligado a um partido de extrema esquerda a Frente Eleitoral dos Comunistas Marxistas-Leninistas (FEC ML). Talvez daqui venha a costela política de Pedro Nuno Santos, indicado por muitos como da ala da esquerda mais radical do PS.

Sabe-se que, devido à posição industrial e social dos pais, o actual lider do partido Socialista já nasceu em berço de ouro e vivia como tal, sendo conhecido o caso de ter conduzido o carro de luxo do pai, um Mesarati, e foi proprietário de um Porche, que acabou por vender por supostamente tal imagem de viver à patrão não ajudar a sua carreira política, nomeadamente pela contradição aos valores de esquerda que apregoava. Aliás, nesta contradição, mesmo defendendo a Escola Pública, o líder do Partido Socialista tem o filho numa boa escola privada.

Em resumo, sem moralismos ou julgamentos de valor, mas apenas num sentido geral, os nossos políticos, da esquerda à direita, nem sempre têm vidas simples e modestasm condizentes com os valores que dizem defender. São, por isso, muitas as contradições dos nossos políticos. Pedro Nuno dos Santos é apenas um entre muitos.

O seu perfil político e ideológico, bem como o seu estilo pró radical, não me fazem, de todo, seu seguidor e simpatizante político, mas também aqui pouco importa. A razão deste apontamento é mesmo o dar a conhecer essa tal ligação de ascendência familiar em Guisande., que, acredito, será do desconhecimento da larga maioria dos guisandenses e, quiçá, até mesmo de alguns dos familiares desse ramo genealógico.

8 de setembro de 2025

Algumas propostas, ideias e sugestões para a futura Junta de Freguesia

 


Algumas propostas, ideias e sugestões para quem vier a governar a Junta de Freguesia.

Considero que em sede de campanha eleitoral para uma Assembleia de Freguesia, devem todas as forças concorrentes e seus elementos, nomeadamente aqueles que, vencendo, assumirão funções executivas, estar receptivos a sugestões e propostas dos cidadãos, de modo a que possam, querendo e achando-as válidas, integrá-las nos seus programas ou nos planos  de actividades durante o mandato.

Também considero, e porque já fiz parte de uma Junta - mesmo que num papel menor, de vogal sem competências - que pelas dificuldades próprias de uma pequena Junta de Freguesia, sem grandes recursos financeiros e logísticos, não é possível fazer tudo o que se deseja, por mais válidas que sejam as ideias e os projectos. Importa, pois, mesmo que com alguma ambição, haver realismo.

Não obstante, também sei que há várias coisas, procedimentos, iniciativas e eventos que podem ser realizados sem grandes custos, dependendo apenas de vontade, dinamismo e acção.

Quanto às obras e melhoramentos, atendendo às características da freguesia de Guisande, não é difícil estabelecer as prioridades e o que deve ser feito. É a minha opinião mas creio que será também a de qualquer futura Junta:

- Obras e melhoramentos, arruamentos e espaços públicos: Onde se mostre necessário, nomeadamente:

- No monte do Viso:

Requalificação dos espaços envolventes da capela do Viso e arraial, requalificando espaços de circulação, passeios e espaços verdes. 

Não sendo uma prioridade, será de se equacionar o revestimento da bancada do terreiro, conferindo-lhe mais qualidade e estética.

No coreto deverá ser feita a obra de pintura da cobertura, que começa a mostrar desgaste e oxidação.

Ainda no monte do Viso, criar condições para o alargamento do troço da Rua de Santo António, do lado norte, onde em dias de eventos o trânsito flui com dificuldade. Creio que há condições para a concordância dos proprietários. De resto, este alargamento só não foi realizado no segundo mandato do PSD da União de Freguesias por manifesta falta de vontade da Junta, já que pelo final do primeiro mandato, eu próprio obtive a concordância dos proprietários de ambos os lados da rua e faltava apenas formalizar o protocolo com a Câmara..

- Na Igreja matriz e envolvente:

- Requalificação de toda a zona envolvente da igreja matriz e sede da Junta de freguesia. Será uma obra dispendiosa,  de mandato ou até para dois, e só com o apoio da Câmara Municipal será possível. Não obstante, se noutras freguesias foram investidos milhões, por justiça alguma verba deve haver para esta obra.

- Requalificação da zona onde existe os eco-pontos na zona do Ribeiro: Fosse eu a decidir e os ecopontos seria mudados para outro local na freguesia onde o impacto de uma má utilização e falta de civismo, não seja tão negativo face à proximidade da igreja matriz, a zona nobre da freguesia. Um espaço que me parece adequado será na Rua do Outeiro, junto ao cruzamento com a Rua da Igreja e Rua Nossa Senhora da Boa Fortuna, ao lado da A32.

- Ponte da Lavandeira na Barrosa:

- Na ponte propriamente ditam considero que pelo pouco trânsito e de carácter local, não é uma prioridade significativa, mas havendo margem é de pensar no seu alargamento e rectificação da parte da estrada, essa sempre em mau estado, sobretudo do lado poente.

- Pavimentação de passeios públicos:

Há na freguesia vários troços de passeios públicos, nomeadamente na Barrosa e Quintães, já definidos com guias mas sem pavimentação. Sendo espaços públicos, devem ser devidamente tratados e pavimentados. Onde for possível, fazer o tratamento de algumas bermas de ruas, com meias canas em betão de modo a reduzir o crescimento de vegetação e a permitir um melhor escoamento de águas pluviais.

- Rua das Quintães:

Com negociação com o proprietário, e refazendo o muro de suporte, creio ser possível alargar a curva  mais apertada,  que estrangula a estrada e assim melhorar a circulação, incluindo de autocarros.

- Rua da Zona Industrial:

- Está mais que visto que esta estrada, a mais degradada da freguesia, não foi nem vai ser requalificada no presente mandato. A instalação das redes de água e saneamento foi sempre adiada, em detrimento de investimentos mais vistosos e já se percebe que vai ficar apara a futura Junta. 

- Rua Nossa Senhora da Boa Fortuna:

Com o tempo a esgotar-se, em fim de mandato, também me parece que as sarjetas para escoalmento de águas pluviais  realizadas na Rua Nossa Senhora de Fátima, entre os lugares da Leira e da Gândara, e que ficaram sem os respectivos remates de pavimento, também irão passar ao lado do actual mandato e será mais uma herança para a futura Junta. Logo que possível deve fazer-se os remates porque como estão facilitam o acidente e ainda há semanas houve ali um despiste grave.

- Rua dos Quatro-Caminhos:

Por via das instalações de redes de águas e saneamento, algumas ruas apresentam depressões significativas, como a Rua dos Quatro-Caminhos. Importará chamar à responsabilidade a Câmara e a Indáqua para repor estas situações bem como adoptar uma política de exigência de bom acabamento em todas as intervenções pela concessionária nas ruas, pois invariavelmente os remates são feitos grosseiramente e assim se mantêm por meses e anos, ou com lombas, com depressões ou com rebaixos com arestas, como na rua das barreiradas e outras. Quem estraga deve consertar devidamente.

- Abrigos de passageiros:

Remodelar ou requalificar alguns abrigos de passageiros, vandalizados, deteriorados ou com aspecto de barracos, como no lugar de Estôze. Se necessários, requalifiquem-se. Se desnecessários, que se removam.

- Apoio ao Centro Social e Centro Cívico:

Como equipamento agregador e adequado a muitas das acções cívicas e comunitárias, é legítimo que a associação e o seu equipamento recebam apoios anuais adequados à conservação e subsistência. De que modo e em que peso, merecerá uma análise adequada e de acordo com a disponibilidade financeira da Junta, mas de modo justo equilibrado. Procurar envolver nesse esforço o município nomeadamente na alocação de um(a) funcionário(a). 

Mesmo para a própria Junta, procurar na Câmara e do seu quadro de pessoal. a alocação de um funcionário operativo, nomeadamente para serviço de coveiro e limpezas, des resto como já acontece na União de Freguesias..

- Associativismo: Guisande F.C., Guisande Trail Running, outros:

Apoiar todos os grupos, formais ou informais que tenham acções positivas no desenvolvimento de eventos e iniciativas que envolva a comunidade. manter e melhor por protocolos a utilização de espaços da Junta como pontos de encontro ou sedes dos grupos, como os já existentes.

Apoiar o Guizande FC: nomeadamente na limpeza e conservação do campo de jogos e instalações, também de forma equilibrada.

Face ao recuar da palavra dada pelo actual executivo da União de Freguesias quanto ao apoio à obra de instalação do relvado sintético, procurar forma e um plano de apoio, mesmo que pluria-anual para que a obra se faça, aproveitando a parte que à Câmara Municipal cabe apoiar.

Apoiar a continuidade da organização do evento do Trail do Viso, organizado pelo Guisande Trail Runnig e estudar a implementação de outros eventos similares no âmbito da prática desportiva, nomeadamente no aproveitamento das instalações do polidesportivo de Casaldaça, recentemente requalificada pela Câmara Municipal, mas a precisar de requalificação ao nível das instalações do balneário.

Para além das obras referidas e outras que se mostrem oportunas ou urgentes, bem como do apoio ao Centro Social e Centro Cívico e ao Guisande F.C., deixo algumas sugestões de algumas obras, melhoramentos e de pequenas mas significativas coisas e acções que gostaria de ver a futura Junta de Freguesia de Guisande a implementar ao longo do mandato. Concerteza que nem tudo poderá ser feito, mas há várias coisas que pelo seu baixo investimento podem perfeitamente ser concretizadas, até porque dependem apenas de vontade própria em agir e a capacidade de dinamizar:

Outras sugestões:

1 – Procurar requalificar o edifício da sede da Junta, dotar o mesmo com condições de acessibilidade ao piso do Andar, substituir a cobertura em fibro-cimento com amianto e dotar a fachada principal com elementos que emprestem uma estética de modernidade, como uma solução adoptada na sede da Junta em Louredo, por exemplo. Melhorar a qualidade de conforto térmico do edifício da sede da Junta, nomeadamente no salão de sessões de assembleia de freguesia e do espaço de arquivo e atendimento. Os móveis existentes na secretaria e arquivo já não se adequam a uma imagem de modernidade.

2 - Tratamento e organização do arquivo documental da freguesia e sua digitalização. Quando estive na Junta pude comprovar o mau estado do arquivo e acondicionamento de documentos importantes, como os livros de actas, antigos e mais recentes. Na altura já estava perdido um importante livro de actas, do período anterior à união de freguesias. Lamentavelmente, no acto da transmissão de poderes entre a Junta de Freguesia e a Comissão Administrativa, não foi feita a verificação da existência dos livros de actas e outros importantes documentos. Lamentável e injustificada essa perda. Alguém, com propósitos desconhecidos, tratou de o fazer desaparecer. Tlavez por algumas actas incovenientes. Creio que, volvidos oitos anos ainda não apareceu esse livro de actas, o que se lamenta e só por falta de controlo e defesa desses valores.

Também me apercebi que as actas das reuniões de Junta, mais recentes do paríodo anterior à União, estavam mal organizadas para além de elaboradas de forma muito básica e amadora, com assuntos importantes a serem registados de forma básica e resumida. Neste contexto, será importante adoptar critérios. procedimentos adequados e rigorosos na elaboração de actas, que devem ser tão exaustivas quanto possível e haver cuidado noutros documentos institucionais, de comunicação e imagem.

Será interessante começar a formar um acervo fotográfico de todos os aspectos da paisagem urbana e natural para memória futura, bem como procurar, mesmo que com doações ou autorizações de duplicação por parte de terceiros, de fotografias antigas da comunidade, que sejam um acervo e testemunho visual das nossas raízes. Se possível, com as devidas autorizações, formar um registo das nossas gentes, sobretudo dos nossos mais velhos, também para memória futura.

Procurar adoptar procedimentos de levantamento fotográfico de todas as obras, o antes e o depois, para registo futuro. De minha parte contribuirei com o que tenho.

3 – Em diálogo e concordância com a família proprietária, afixar uma lápide, em granito ou metálica, na fachada exterior da casa da Sr. ª Natália, em Casaldaça, a evocar que ali durante décadas existiu o principal Posto Escolar antes da construção da Escola Primária do Viso. Também na casa da esposa do Manuel Tavares do Viso, onde também funcionou uma escola de raparigas antes da Escola do Viso.

4 – Em diálogo e concordância com a família proprietária, afixar uma lápide, em granito ou metálica, na fachada exterior da casa na Rua Cónego Ferreira Pinto, em Casaldaça, anteriormente propriedade da Sr.ª Amália e agora de um sobrinho, o Sr. Agostinho, a evocar que ali durante vários anos funcionou a sede da Junta de Freguesia de Guisande, desde o 25 de Abril de 1974 até à edificação da actual sede da Junta.

5 – Criar um prémio ou evento anual de reconhecimento a uma figura ou grupo da freguesia que de algum modo tenha tido uma acção meritória na área da cidadania, defesa e valorização da freguesia, acção social, cultural, desportiva, recreio e entretenimento, etc.

O prémio para além da referência em Assembleia de Freguesia e atribuição de um voto de reconhecimento, poderia incluir um valor monetário, mesmo que simbólico, ou um qualquer elemento artístico a elaborar, como uma medalha, troféu ou diploma.

6 – Criar um evento anual de entretenimento e defesa e divulgação de gastronomia, promovendo um festival de sopas, que seriam elaboradas por pessoas mais velhas da freguesia e que integradas num evento de convívio e gastronomia seria alvo de escolha por um júri ou votação alargada entre os visitantes. Tentar promover a tradição da regueifa à moda de Guisande ou preservar as memórias associadas.

O evento teria um valor de entrada e pelo qual se poderia provar as diferentes sopas. Outros produtos como bebidas e sobremesas seriam vendidas e com receita para o Centro Social ou outra colectividade ou grupo a determinar. O prémio poderá ser monetário ou simbólico.

7 – Criar uns dois ou três elementos de geocaching, interligados, que permitam trazer gente praticante dessa actividade à freguesia e dar a conhecer alguns pontos ou património do nosso território.

8 – Promover concursos de arte com temas ligados à freguesia nos seus diferentes aspectos, como fotografia, desenho, poesia e prosa. Promover acções de arte urbana e de rua, apoiando pinturas ou murais em espaços desaproveitados, públicos ou privados, com concordância dos proprietários, com carácter efémero ou definitivo.

9 – Promover actividades recreativas direccionadas para o conhecimento da história da freguesia, património natural e edificado, junto da população e de fora da comunidade.

10 – Promover intercâmbios inter-freguesias, a nível do concelho e fora dele, com troca de experiências. Procurar, em parceria com as juntas de Lobão, Gião e Louredo, manter o formato da “Corga da Moura” como ponto de convívio inter-local e apoio às colectividades.

11 – Apoiar iniciativas de promoção à leitura e poesia bem como apoiar eventuais publicações de livros ou livretos de autores da freguesia.

12 – Envidar esforços junto dos jovens para reactivar a Associação Cultural da Juventude de Guisande e apoiar a activação do jornal mensal “O Mês de Guisande”, em papel opu formato digital. Apoiar os grupos e associativismo como o Guizande F.C. e Guisande Trail Running. Promover a utilização regular do rinque polidesportivo em Casaldaça.

13 – Incentivar programas de reconhecimento por intervenções de cidadania, como limpeza das ruas defronte das próprias casas, etc.

14 – Mesmo que sem qualquer filosofia de incentivo à natalidade, porque na realidade não resulta apenas com tais iniciativas, deve-se manter o programa similar levado a cabo pela União de Freguesias, que poderá ter a designação de “Bébés da nossa terra” com um valor monetário simbólico e um cabaz de produtos adequados aos primeiros tempos do bebé e da mãe.

15 – Na rotunda da Farrapa, no entroncamento da Rua Cónego Ferreira Pinto e Rua da Igreja, eliminar o cimentado, ajardinar e no centro plantar uma oliveira e dar ao espaço a designação de ´”Largo da Independência” em memória da obtenção da independência da freguesia em seguimento da desagregação da união de freguesia.

16 – Em parceria com o Guisande Trail Running, desenvolver esforços para realizar um percurso pedestre ao longo das margens da ribeira da Mota e mesmo pelo interior das matas, aproveitando caminhos e trilhos da freguesia, com sinalização e manutenção e limpeza regulares e fazer a sua promoção para um autilização de visitantes.

17 – No âmbito das actividades do Centro Social e Grupo Solidário, desenvolver iniciativas de proximidade e convívio dos nossos mais velhos, como apoiar a Ceia Solidária de Natal, manter o passeio convívio, promovendo visitas, convívios, tertúlias, etc. combatendo a solidão, isolamento e esquecimento Podem-se fazer coisas bonitas por pouco, mas apenas com o envolvimento de todas as forças vivas e paroquiais.

18 - Apoiar a organização da Festa do Viso e outras de carácter paroquial e comunitário.

Em resumo, outras mais sugestões poderiam ser aqui propostas, e cada cabeça sua sentença, mas enquanto comunidade devemos ser positivos e procurar desenvolver iniciativas diferenciadoras ou que pelo menos possam contribuir para uma comunidade mais inclusiva e solidária. Muitas delas, como justifiquei, envolverão poucos recursos financeiros mas antes vontade de fazer e capacidade de mobilizar e incentivar.


Guisande 7 de Setembro de 2025

Américo Almeida

28 de setembro de 2023

Marinho Ferreira Coelho - Gente nossa

Dizem-nos na rede social Facebook, que o Marinho Ferreira Coelho está de parabéns neste dia! Pois que se repita de forma feliz por muitos mais anos junto dos seus. Dizem que faz setenta e picos pois nasceu em 28 de Setembro de 1947. Um jovem.

Filho de Maria Rosa Ferreira Coelho, e de pai incógnito, é neto materno de Joaquim Ferreira Coelho e de Maria Rosa de Jesus. Tem vários irmãos de que conheço o Delfim, a Emília, esposa do Abel Rodrigues de Paiva, o António, a Cisaltina e a Isaura, esposa do Fernando Santiago. A sua mãe veio a casar com Delfim Pinto dos Santos.

Pessoalmente, mesmo que um pouco mais novo, tenho por ele uma elevada estima e consideração porque reconheço e valorizo  o seu papel de cidadania na sua e nossa freguesia. Tem os seus defeitos, pois tem, e quem os não tem, começando por mim? mas tem mais virtudes e estas é que pesam na balança do deve e haver. 

Se não estou atraiçoado pela memória, ainda me lembro dele, novo, quando chegava com a sua mota a Casaldaça quando já namorava a sua esposa, a Felisbela (casaram a 31 de Agosto de 1974), quando ela vivia com a sua família junto ao caminho que é hoje a Rua da Fonte. Quando ali passava em recado à mercearia da Senhora Amélia, ficava eu a admirar aquela moto que na altura me parecia imponente. De resto, já com o Marinho com toda aquela altura, que ainda hoje tem, não ficaria bem em qualquer motorizadeca. Logo só mesmo uma moto. De resto, do seu porte físico, recordo-me de em algumas situações comunitárias impor o seu respeito e era homenzinho para pegar nalgum desordeiro pelas golas e pô-lo no olho da rua.

Sei que fez pela vida e esteve emigrado por terras de França, onde lá terá nascido a sua filha a Carina, que assim é francesa. Voltou passados uns anos e tomou conta do pequeno negócio do Joaquim Ferreira Coelho, que vendia adubos, sementes, rações e pesticidas, mas que logo tratou de ampliar e dinamizar e hoje é um bom estabelecimento que explora com o seu filho Filipe, servindo toda a freguesia de Guisande e não só, num apoio imprescindível ao cultivo das terras, alimentação de animais, sementes e tratamento de plantas e muito mais, numa grande variedade de produtos e artigos.

O Marinho foi sempre uma pessoa envolvida com a freguesia fazendo parte do Guisande F.C. um seu  interessado sócio, adepto e patrocinador. Para ele pintei no campo de jogos do Guisande F.C. um painel publicitário à  sua loja. Já passaram pelo menos 35 anos. Também pintei a inscrição que tinha na fachada do seu estabelecimento, no tempo em que os números dos telefones tinham 6 algarismo.

Marinho Ferreira Coelho também se envolveu na política a nível da freguesia,  tendo sido tesoureiro da Junta de Freguesia de Guisande no mandato de 1993/1997, trabalhando com o Manuel Ferreira (presidente) e o Rodrigo Correia (secretário). No mandato anterior, de 1989 a 1993 foi presidente da Assembleia de Freguesia. Não era político mas apenas um interessado no desenvolvimento da freguesia e por isso, avesso a certas coisas da política, optou por não continuar.

Por tudo isto e não só, o Marinho Ferreira Coelho, mesmo com aquele ar de quem está zangado com ele próprio e com o mundo, é uma alma generosa, e creio, a avaliar pelos sinais dos seus, um bom marido, um bom pai e avô. Ainda, como eu, adepto do Benfica. Merece o nosso reconhecimento por em diferentes tempos ter dado o seu contributo à nossa freguesia e comunidade, continuando a ser um guisandense de corpo e alma apesar de ter feito casa e estabelecido o negócio ali no limite com Lobão, o que para ele e para nós é irrelevante. 

Parabéns, pois, Sr. Marinho e que venham mais anos e bons junto dos seus e de todos nós!