Eu já nem sei nem quero saber o que tem a Junta da União de Freguesias previsto quanto a obras e a repavimentação de algumas das reles ruas da nossa freguesia de Guisande. Falar muito sobre isso seria chover no molhado e não será por aí que o profeta irá à montanha. Mas, se há alguma verdadeira vontade de por aqui se aplicar algum do dinheiro que nos calharia em sortes, por favor incluam as ruas ou parte delas que na altura própria, sem êxito, pedi que tivessem em consideração. Mas, mesmo que já fora desses palcos, relembro: Rua do Outeiro, Rua das Barreiradas, Rua do Jardim de Infância, Rua Nossa Senhora da Boa Fortuna (parte), Rua da Leira e Rua da Zona Industrial. Pelo menos essas, para não pedir muito, mas outras reclamam igual pão para a boca.
26 de janeiro de 2019
Significâncias
Hoje, Sábado, é dia de recolha de sangue em Guisande. Como nas últimas edições, nas excelentes instalações do Centro Cívico, no Monte do Viso, das 09:00 às 13:00 horas.
Continua a haver dadores generosos, mas longe vão os tempos em que os que apareciam eram mais que a centena. Os motivos para o decréscimo são vários, mas, certamente, que também por alguma indiferença e por comodismo. Os dias, por ora, são de Inverno e frios lá fora e a cama, cá dentro, é quente. Não deixa, por isso, de ser significativo que nesta primeira hora os dadores tenham aparecido em reduzido número e que lá por fora, no arraial, já se visse a fazer a sua caminhada o homem mais velho da freguesia, quase como a querer dar o exemplo e a demonstrar que há novos que parecem velhos e velhos que parecem novos. É apenas uma significância mas que não deixa de ser motivo de alguma reflexão. Apenas isso.
Por mim, dever cumprido!
24 de janeiro de 2019
Recolha de sangue - Sábado dia 26 de Janeiro de 2019
Será já neste próximo sábado, dia 26 de Janeiro de 2019 que o Instituto Português do Sangue - Coimbra estará em Guisande para mais uma recolha de sangue. Será nas instalações do Centro Social, no Monte do Viso, das 09:00 às 13:00 horas.
Nunca é demais apelar à participação e à generosidade dos dadores guisandenses. É um bem que pode salvar salvar vidas. Todos não são demais.
23 de janeiro de 2019
Pausa para café
Quando algo nos intoxica, o melhor a fazer é fugir do ambiente com ar poluído e procurar a saúde de espaços abertos onde melhor se possa respirar.
Assim, com esta naturalidade, volto a fazer uma pausa na utilização da rede social Facebook. Apenas uma pausa terapêutica, nada mais. É que por ali tem-se respirado muito mal e a decadência da coisa não está longe. As pessoas é que fazem a coisa mas a própria rede tem dado uma enorme ajuda, intoxicando a casa com demasiada publicidade e partilhas patrocinadas que nos invadem sem qualquer controlo. De resto esse controlo supostamente existe mas sempre que tapamos um buraco são abertos dois. Pode ser da idade, mas começa já a faltar paciência ou pachorra para algumas coisas. Vão-se foder!
Em contrapartida, vou explorar algumas outras redes, nomeadamente o Twitter.
Em contrapartida, vou explorar algumas outras redes, nomeadamente o Twitter.
Quem tiver algum interesse no que vou dizendo, fotografando ou rabiscando sabe que é por aqui neste espaço que vou estando.
18 de janeiro de 2019
Rui, dá-me a tua camisola
E aí está. Toneladas de defensores da verdade e moralidade a colocar num pedestal o suposto hacker Rui Pinto, para todos não um criminoso mas sim um herói a merecer estátua, por "revelar a corrupção". Ora este heroísmo sabe bem quando, por enquanto, os acusados de corrupção e esquemas manhosos moram para o lado da 2ª circular lisboeta. Em resumo, a nobre aplicação do ditado de que "pimenta no cu dos outros no nosso é refresco".
Pessoalmente eu não tenho certeza nenhuma, nem quanto a Rui Pinto e suas motivações, nem quanto ao resto. Porque ainda nada foi provado, julgado e condenado em Rui Pinto, nem a propalada "corrupção" por parte de algumas entidades afectadas com o ataque informático, nem ainda houve julgamentos ou condenações. A presunção de inocência e acção da polícia e depois da Justiça aqui para estes moralistas são meros amendoins. Peanuts.
Com a mesma leviandade poderíamos tecer aqui muitos cenários e especulações desde a "encomenda" do trabalho, a quem interessaria, a sua motivação se por dinheiro e ou clubismo, a suposta chantagem, etc, etc. Mas deixemos isso com a polícia e a justiça, sabendo que, olhando para o passado, nem tudo o que se escuta, se vê ou se diz é coisa dourada.
Todavia, este cenário de defesa dos meios justificarem os fins é uma faca de dois gumes e preocupa-me que veja nele tantos defensores. Afinal, este suposto hacker, com os seus conhecimentos e eventuais apoios de outros como ele, pode, com a mesma facilidade que suposta e ilegitimamente acedeu a dados e informações privados, do Benfica mas não só (fala-se mesmo de organizações do Estado), podia ou pode, porque terá demonstrado ter capacidade para isso, aceder aos nossos dados pessoais, mesmo aos mais íntimos, até aos financeiros e fiscais e mesmo aceder a contas bancárias e nelas movimentar a seu favor dinheiros das nossas poupanças. Casos destes são mais que muitos. Em resumo, Ruis Pintos que podem de um momento para o outro destruir vidas não só de supostos e eventuais "criminosos" como de pessoas inocentes. Mas como não foi esse o caso, mas sim dirigido de modo incisivo e massivo ao clube nosso rival, estamos todos bem, de consciência tranquila a ver o fogo na casa do vizinho. - Fez bem o incendiário porque esse vizinho era a nossa fonte de preocupações e insónias. Se o fogo acabar por alastrar à nossa própria casa, logo se verá. - pensarão.
Não. Por mim não quero este cenário de menorização do acto criminoso e não me parece que todos os meios justifiquem os fins. Em países civilizados um crime não pode justificar outro, assim como um assassino, mesmo que de várias pessoas e de modo premeditado, não é condenado com a pena de morte. Mas, parece que há quem pense assim, que o crime deve ser recompensado, sobretudo quando afecta os nossos inimigos e adversários.
Travessias
Já votei ao centro, à direita e à esquerda e até em coisa nenhuma, e continuo ainda a achar que esta discriminação de posicionamento partidário resulta apenas de uma prática histórica iniciada algures no pós-revolução francesa e que em rigor não tem qualquer valor. Apenas semântica. Há, pois, valores que não são exclusivo da direita ou da esquerda e por isso na politica o que importará são as ideias e os projectos e a qualidade das pessoas a eles associadas e que juntos correspondam ao que acreditamos ser o melhor para nós próprios, para os nossos e para a sociedade. Movimento e ordem são importantes, mas pouco se um sem a outra.
Tudo isto para dizer que não sou militante de coisa nenhuma mas militante de ideias, valores, projectos e pessoas. Neste não posicionamento clubístico, procuro ver estas coisas da politica com o distanciamento possível, incluindo esta situação recente vivida no PSD, em que o seu líder Rui Rio em resposta ao posicionamento de Luís Montenegro, dito notável do partido, convocou o seu Conselho Nacional para se sujeitar a uma moção de confiança. Foi já no alvor da manhã de hoje que se soube que Rui Rio passou na moção, merecendo a confiança da larga maioria dos conselheiros, com percentagem até reforçada comparativamente à das eleições directas de há um ano. Clarificada esta questão, julga-se, o líder clama agora por tranquilidade e que o deixem trabalhar.
Todavia, visto de fora, não me parece que vá ter tranquilidade, até porque as vozes contra são muitas e mostram um ressabiamento que já vem do antes da vitória inequívoca nas anteriores eleições directas.
Montenegro, que quem o melhor conhece diz não ser grande "rifa", de resto na linha dos políticos com muita prosápia mas pouca substância, ainda o líder mal tinha acabado de ser empossado e contra ele já se levantava dizendo que ia estar por aí. Por isso adivinhava-se que a travessia do deserto do menino Luís seria curta, apenas até que lhe desse ganas de confrontar e desafiar o chefe, em resumo no momento em que achasse mais adequado. Assim, a meio do jogo, como as jogadas não lhe estavam a agradar, decidiu desafiar Rio a recomeçar o jogo e a submeter-se a uma nova equipa, bem ao jeito do tempo da escola em que o menino rico quando estava a perder decidia parar o jogo, formar a sua equipa com os melhores e voltar a começar o jogo a zeros.
Em todo o caso, Luís Montenegro e seus pares adeptos de golpes palacianos até podem ter razões quanto à estratégia de Rui Rio e da sua aparente fraca oposição à geringonça, mas pretender mudar as regras do jogo e questionar e desafiar a liderança legitimada por eleições directas, não é coisa que fique bem na fotografia. Mas é lá com eles. De resto, como as coisas estão, mesmo com uma liderança "mais forte e mais incisiva" ao gosto do Montenegro e parceiros, o mais certo é que não seja suficiente para destronar Costa e seus pares nos próximos actos eleitorais. Porque é ciclíco e porque gostamos de rebuçados, pelo menos enquanto os não enjoarmos.
Finalmente, creio que de facto Rui Rio tem um grande ou mesmo enorme handicap contra ele e que lhe pode ser fatal nas eleições que aí vêm, e que reside no facto de ser um político objectivo e sério, coisa que, mesmo não generalizando, não casa bem com a classe política. A esse nível ganhariam mais, ele o partido, se fosse mais astuto, mais demagogo, mais antes parecer do que ser. Ora esse é de facto um grande problema até porque nós, portugueses, por mais que os tenhamos em baixa estima, temos uma predisposição para apostar nos políticos mais polítiqueiros, com tudo o que de pernicioso possam ter.
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