29 de julho de 2019

Monte do Viso - Ante-Projecto "Nova Face"


Com maior ou menor interesse, de um modo generalizado todos reconhecemos no Monte do Viso e na sua respectiva zona envolvente à Capela de Nossa Senhora da Boa Fortuna e Santo António e edifício da Escola Primária, actualmente integrado no Centro Cívico do Centro Social S. Mamede de Guisande, um dos locais mais aprazíveis da freguesia e palco comunitário de muitas iniciativas  de índole recreativo, cultural e religioso, incluindo a nossa maior festividade popular, a qual dentro de dias, já no próximo fim-de-semana, volta a ter lugar.

Todavia, o arraial ou parque do Monte do Viso, apesar do empenho depositado nele por várias juntas de freguesia e indiferença de outras, como a anterior e a actual, é fruto de uma dinâmica de interesses colectivos e singulares que não é de agora, nem das duas últimas décadas, mas bem mais de trás. 

Neste contexto, muitos já estarão esquecidos, mesmo os mais velhos, mas toda a reformulação do arranjo do Monte do Viso tal como o conhecemos na actualidade, a partir do seu aspecto anterior, tal como vemos parcialmente na foto acima, datada de 1982, tem as suas raízes numa ideia apresentada em 1986 na Assembleia e à Junta de Freguesia de então, encabeçada pelo Sr. Manuel Alves, pelo jovem deputado Rui Giro em representação da lista  FJI - Força Jovem Independente que, recorde-se, concorreu às Eleições Autárquicas de 1985 e 1989.

Essa ideia traduzia-se num ante-projecto designado de "Monte do Viso - Nova Face", cujo esquema de apresentação (reproduzido abaixo) foi publicado no jornal "O Mês de Guisande" em Novembro de 1987, cuja capa abaixo se estampa.



É certo que a solução que veio a desenvolver-se não seguiu à risca a ideia plantada no ante-projecto (nem era isso que se pretendia), que desde logo previa uma circulação marginal e envolvente, ao arraial, mas dela nasceu o interesse colectivo pela importância de dar uma nova face a esse bonito local. e fazer dele uma das nossas salas de visita.

A ideia foi bem recebida tanto pela Junta como pela Assembleia de Freguesia e depois disso foi também envolvida a Câmara Municipal, a qual veio a dar seguimento ao levantamento topográfico,  estudo e projecto. As juntas de freguesia seguintes, lideradas por Rodrigo de Sá Correia, Manuel Ferreira e Celestino Sacramento corporizaram essa ideia e aos pouco o parque chegou à configuração actual, conforme foto área abaixo. De resto, o arraial até já esteve com melhor aspecto, pois já com alguns ano decorridos notam-se naturalmente os desgastes nas pavimentações, coreto e jardins. As obras de conservação  nunca tiveram lugar e as pedras da calçada vão por ali andado ao rebolo. 

No nosso entendimento e no da FJI de então, a solução adoptada não foi a melhor e isso comprova-se pelo constrangimento viário que se verifica em dias de eventos no local. Por outro lado, o percurso da capela até ao fundo do monte deveria ser directo e apenas pedestre e não misto, com uma transição mal conseguida. Adoptou-se uma solução com menos arruamento e mais zona de parque,é certo, mas na altura mandou quem podia e quem pode manda, mesmo que mal. 

Mesmo na actualidade podia-se melhorar os aspectos de circulação com uma postura de trânsito em sentido único a envolver a Rua Nossa Senhora da Boa Fortuna e Rua de Santo António, mas tal obrigaria à sua requalificação, com alargamentos e pavimentações e o poder local agora organizado numa mistura incaracterística de freguesias, cada uma a olhar para o seu próprio umbigo, não tem estado para aí virado, apesar de na Rua de Santo António, a nascente da capela, os proprietários terem chegado a acordo para ceder terreno para o alargamento o que em muito beneficiaria o local e a circulação, sobretudo em dias de eventos, tanto mais que mesmo que a meio gás,  por ali vai estando de portas abertas o Centro Cívico. 



De lá para cá, as juntas que se sucederam não deram importância ao local e as obras estagnaram e muito há a fazer. De minha parte, enquanto membro da Junta, elenquei o local como palco de intervenção e requalificação, mas, para meu desalento e decepção, sem êxito. Fala-se, agora, que estão previstas intervenções nos pavimentos e passeios, mas o mandato vai a meio e para já nada, nem sequer limpeza. Mas haja esperança porque o dinheiro quando não se gasta deve andar por algures.

Mas estas são histórias que já não são lembradas e seria bom que procurássemos saber a origem das coisas e das suas raízes. E esta do arraial do Monte do Viso tem uma, ou mesmo várias. Por aqui, aos poucos, vamos tentando contá-las, a quem interessar.

Grafismo do cabeçalho do jornal "O Mês de Guisande"

Em qualquer jornal, do mais simples e local ao mais sofisticado e global, o grafismo do título ou o seu cabeçalho, a fonte ou tipo de letra, é um elemento de imagem e identidade importante. Há jornais que o mantêm inalterado ou quase, desde os seus primeiros tempos, como é o caso do centenário "O Correio da Feira", mas é igualmente comum que de tempos a tempos e normalmente coincidindo com a data de aniversário de fundação, se altere esse mesmo grafismo, com maior ou menor amplitude. Mais do que apenas o próprio título e cabeçalho, hoje em dia os jornais renovam periodicamente todo o seu esquema gráfico e aspectos de composição, incluindo as próprias fontes (estilo de caracteres) para os cabeçalhos, títulos e artigos. Diz-se por agora que se renova a "imagem".

Neste contexto, apesar da sua simplicidade original, o jornal "O Mês de Guisande" durante os anos em que foi publicado também foi sofrendo alterações tanto no seu aspecto gráfico como no formato. Essas alterações, como já foi dito em anteriores apontamentos, decorreram em grande medida dos diferentes equipamentos de composição, maquetagem e impressão. Não surpreende, pois, que nas primeiras edições todos esses aspectos fossem muito simples, básicos até. Basta relembrar que os cabeçalhos, títulos e ilustrações eram todos produzidos à mão, um processo muito complicado sobretudo nos primeiros tempos em que a matriz era um simples stencial em papel delicado. Daí nem sempre com o rigor gráfico adequado.

Assim, ao longo dos anos em que foi publicado, o jornal teve vários designs ou estilos no cabeçalho e que mudavam a cada ano a partir do mês de Agosto, altura em que o jornal fazia aniversário.
Com as actuais ferramentas gráficas que instaladas nos nossos computadores tudo facilitam, procuramos agora reproduzir digitalmente os diferentes cabeçalhos utilizados, desde as primeiras às últimas edições. Seguem abaixo, com a ordem temporal. Qualquer imprecisão nas indicações temporais que se venha a detectar será corrigida.

Todos os grafismos, excepto o último que usa apenas a fonte "Times New Roman", foram desenhados por mim, Américo Almeida.



De Agosto de 1981 a  Julho de 1982


De Agosto de 1982 a Julho de 1983


De Agosto de 1983 a Julho de 1984



De Agosto de 1984 a Julho de 1985


De Agosto de 1985 a Julho de 1992 - Este foi o grafismo que mais tempo durou e que de algum modo se traduziu no grafismo padrão.


De Agosto de 1992 a até 1994 e depois em 2006 e 2007


Olhares - 27072019



27 de julho de 2019

Outros tempos, outros olhares - 1




Outros tempos, outros olhares. Algumas coisas, inalteradas, outras nem por isso. É o caso destes olhares no início dos anos 80 em que a nossa igreja matriz não tinha na sua frente a actual alameda nem ao lado a capela mortuária, antes um sanitário incaracterístico.
Na foto de baixo, também algo mudou, neste caso o cruzeiro bem como os muros e acessos ao campo próximo.
Guardamos muitas coisas na nossa memória mas as fotografias, sejam a cores ou sem elas, ajudam a definir essas recordações, esses olhares.

25 de julho de 2019

Dia Metropolitano dos Avós - 2019



Decorreu ontem, dia 24 de Julho de 2019, na parte da tarde, nas instalações do Europarque em Santa Maria da Feira, o Dia Metropolitano dos Avós.
Trata-se de  uma iniciativa anual organizada pela AMP - Área Metropolitana do Porto, com  o objectivo de valorizar o papel dos avós enquanto cidadãos activos e privilegiados na transmissão de valores sócio-culturais na sociedade, bem como o seu papel fundamental no contexto familiar como apoio à educação dos netos e ajuda na sua educação e formação.
Segundo dados da organização a edição deste ano de 2019 contou com 6 mil avós e muitos acompanhantes.
A animação musical decorreu até às 17:00 horas, e contou com a presença do duo "Blue & White", seguindo-se a actuação do cantor "Emanuel",  "o rei da música pimba", que animou o resto da tarde, para gáudio dos seniores que aproveitaram o ambiente de alegria e convívio.
Os avós da freguesia de Guisande contaram com a organização do Centro Social.

Recolha de Sangue - Centro Cívico - 27 de Julho de 2019