1 de fevereiro de 2020

Centro Social - Assembleia Geral 31 de Janeiro de 2020

Teve lugar, ontem, 31 de Janeiro, uma sessão ordinária da Assembleia Geral do Centro Social S. Mamede de Guisande. O acto decorreu pelas 21:30 horas nas instalações do Centro Cívico, no Monte do Viso e teve na ordem de trabalhos a apresentação e  aprovação do Plano de Actividades e Orçamento para o ano de 2020. Ambos tiveram aprovação por unanimidade dos sócios presentes.

Os documentos que estiveram disponíveis para todos os presentes  podem ser consultados junto da Direcção ou da Assembleia Geral.

Quanto ao segundo ponto da agenda de trabalhos, a Direcção presidida por Joaquim santos comunicou que com a intermediação da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, chegou-se a um acordo de pagamento com empreiteiro da obra, com o pagamento remanescente em dívida em prestações mensais durante um ano, no que em muito vem ajudar nesta responsabilidade que se mantinha.

A Direcção apresentou ainda valores como receita expectável, nomeadamente o apoio da Junta da União de Freguesias, bem como o recebimento do valor em falta ainda detido e na posse particular de dois ex-autarcas. Estas verbas, consideradas na processo de candidatura à obra de construção, são importantes e a Direcção tem a legítima expectativa de a vir a receber.

28 de janeiro de 2020

Nem sempre se escreve direito por linhas tortas


Eu faço por perceber as motivações de alguns dos defensores desse "mártir" da Justiça, Rui Pinto, mas, confesso, faz-me alguma confusão porque, de algum modo, irracional ou pelo menos ligeira.

A questão, e não sou eu que o digo, mas concordo com o que, entre muitos, disse ontem na RTP 3 o camarada comunista Eng.º Honório Novo: "...se o Estado, ele próprio, não pode usar meios de prova recolhidos pelas suas entidades de forma não legítima, como escutas telefónicas, sob coacção ou invasão de propriedade e privacidade sem mandato claro e específico do Poder Judicial, como é que se pode agora, no caso do hacker Rui Pinto, inverter-se esse legítimo direito, e pensar-se como normal usar toda a informação, por mais relevante que seja, obtida num contexto de crime e ilegitimidade?".

Que essa "lebre" levantada do matagal pelo "podengo" Pinto, possa e deva servir de ponto de partida para investigações próprias dos poderes da Justiça, parece normal e legítimo. Já a usar elementos e documentos de prova recolhidos à margem das leis não pode ser normal, porque, para o bem e para o mal, goste-se ou não, estamos num chamado Estado de Direito. Talvez num Estado autoritário de atropelo aos elementares direitos à privacidade isso fosse normal, mas não, para já, em Portugal.

Com tudo, podem, incluindo as anas gomes, continuar a adorar o Rui Pinto e a fazerem-lhe procissões, invocando satánicas figuras da corrupção portuguesa como exemplos paradoxais do tratamento ao hacker, este preso e aqueles à solta, mas um pouco mais de distanciamento não fará mal a ninguém.

Eu que até já tive uma conta de email hackeada e a partir de um ilícito dela fui envolvido em negócios fraudulentos, a que felizmente e por sorte consegui estancar a tempo, não posso de modo algum apoiar quem nos entra pela porta adentro sem permissão, invadindo a nossa privacidade, a nossa intimidade, mesmo que, porventura, tenhamos alguns "podres" a esconder.

Cada coisa no seu lugar e é nessa diferenciação que se distingue um Estado de Direito e de salvaguarda de direitos fundamentais. Para a criminalidade existe a Justiça e a polícia. Se assim não for, estamos na lei da selva.

26 de janeiro de 2020

Ao toque de clarim, é festa em Louredo





Na simplicidade, até porque o mês é avesso a festas, S. Vicente Mártir, que não o Ferreira, tem a sua festividade a 22 de Janeiro. Em Louredo, quando não ao Domingo, no Domingo seguinte, como hoje.

25 de janeiro de 2020

A porta que importa abrir



Da Sr.ª Lúcia, sobra a saudade. Que Deus a tenha! Do Ti Alcino, ainda por cá na caminhada da vida. Permitir-me-á que partilhe um momento que certamente foi de felicidade para ambos, então jovens, acabados de casar. Foi em 20 de Outubro de 1962, num Outono soalheiro. Por esses dias, estava eu a espernear,  para ver a luz dali a poucos dias.

Não deixa de ser curioso que o Ti Alcino esteja a abrir a porta do carrão conduzido pelo saudoso Elísio Santos, que os aguardava, sabendo-se que na sua profissão, como ajudante de motorista e revisor da empresa de transportes de passageiros "Feirense", tenha, pode-se dizer, levado a vida a abrir as portas  a senhoras, como bom profissional e cavalheiro. Até mesmo nos muitos passeios de autocarro que organizou, ajudou a abrir as portas dos fundos para o assalto aos farnéis.

Gente nossa. Gente boa!

21 de janeiro de 2020

Os sebastiões dos nossos dias


Depois da devoção ao mártir S. Sebastião, que hoje em dia em grande parte vai-se confundindo com uma coisa doce chamada fogaça, porque como humanos tendemos a valorizar mais o estômago que o espírito, a semana de trabalho começa nesta Terça-Feira, bem fria,  por isso mais curta. 

Assim, retomam-se as rotinas, cada um na medida da sua vida, desde crianças aos mais velhos. Uns, poucos e cada vez menos, para a creche, outros, também cada vez menos, para a escola, outros para o trabalho e outros, também poucos, para lares, porque os nossos idosos, podendo mexer-se, mesmo queixando-se dos ossos,  preferem a horta, o quintal, o jardim, para se irem ocupando. É compreensível pois são as suas zonas de conforto, como agora é moda dizer-se. Muitas vezes numa zona de conforto desconfortável porque na solidão, é certo, que se disfarça quando o tempo vai de feição e o sol é companhia permitindo deambular por entre flores e legumes, mas que se melancoliza quando a chuva os retém entre quatro paredes. 

Mas são opções e se a alguns não resta outra solução, a outros há a alternativa de frequentarem o Centro Cívico e ali encontrarem companhia entre outros semelhantes e com isso, na partilha da amizade e dos males e memórias muitas vezes comuns, certamente o dia passará melhor. Mas, como disse, são opções a quem nem todos recorrem, sendo que o essencial é que cada um esteja onde melhor se sinta, mesmo que isolado em casa, bem como é importante que exista alternativa.

Certamente que as agora gerações mais novas terão no futuro outro entendimento quanto a usufruírem desse espaço de convívio e partilha, o que será natural ,pois em grande parte tudo passa por forças culturais e identitárias que nos moldam. Cada um no seu tempo. Os nossos pais têm uma matriz, nós temos outra.

Neste sentido, e para que exista essa alternativa na nossa freguesia, não há como negar o apreço a todos aqueles que no processo de levantamento do nosso Centro Social têm desde há longos anos, lutado com esforço e dedicação para que as nossas gentes, querendo, possam usufruir de um espaço comunitário, de partilha e convívio inter-geracional, que ajude a alegrar os dias numa fulcral etapa do natural declínio da vida. Calha a todos. 

Nem sempre apoiados, nem sempre compreendidos, nalguns aspectos e por alguém até criticados e censurados, é de justiça salientar nomes como os de Joaquim Santos e Celestino Sacramento, mas muitos outros, claro, que têm, contra muitas dificuldades, tanto na freguesia como de entidades institucionais, aguentado o barco, na esperança que dias melhores  virão, não tanto para eles, mas para a comunidade e sobretudo para as gerações mais velhas.

Como em muitas situações na vida e na História, tais actos e obras só lhes serão valorizados postumamente. Mas se até Jesus foi maltratado na sua Nazaré, não surpreende que mesmo nos dias de hoje, salvo as devidas diferenças e distâncias, ainda hajam alguns "mártires", alguns "sebastiões", não com a dimensão do S. Sebastião, pois não, mas na nossa medida de gente pequena, em que as setas que se nos cravam no peito não sendo mortais, são dolorosas pela indiferença e mesmo pela desconsideração.

Bem hajam!