8 de dezembro de 2023

Comeres 08122023

 



Vitela assada no forno, com legumes - Rabanada de vinho passada na frigideira

7 de dezembro de 2023

Natal sempre, mas do verdadeiro

 


Entrados em Dezembro e com o início do Tempo do Advento, como caminho de preparação para o dia grande e renovado do Natal, em que Jesus renasce como modelo de um caminho novo, já estamos em contagem decrescente. Ao Natal mercantilista e mesmo desprezado nos seus valores constituintes, como se fora apenas um banal entretenimento e comércio, há que responder com a preservação dos bons velhos e sempre actuais valores do Evangelho.

A imagem acima é da coroa do Advento feita cá por casa. Simples e com os elementos vegetais tão tradicionais, incluindo o azevinho e outras bagas cá do próprio jardim.

Vou pôr as poupanças na serra da Freita

Poderia aqui dizer que este caso passou-se com o Timóteo Barnabé, mas na realidade passou-se comigo: Num certo Banco, onde tenho uma ridícula poupança, uma funcionária na altura aconselhou-me a fazer uma aplicação de Plano Poupança Reforma, a 10 anos, com baixo risco e com garantia do capital investido. O resto da poupança continua lá desde há mais de 10 anos e apenas como dinheiro à ordem, por isso sem dele receber um cêntimo de rendimento. 

Certo é que a tal aplicação começou por acumular algum ganho mas com a garantia de pelo menos o retorno do capital investido, deixei de me preocupar e de seguir a sua evoluação. Por estes dias fui ver como estava e percebi que de uma altura em que esteve a dar lucro passou, com o despoletar da guerra na Ucrânia, a uma situação de dar prejuízo e já mesmo sem a tal garantia do capital investido. Isto é, como tantas vezes já vimos este filme, nomeadamente no antigo BES, em que os clientes são enganados ou mal informados e as muitas letras pequeninas não ajudam à compreensão das condições. E isso já tinha acontecido com uma outra aplicação embora nessa eu tivesse noção do risco e que depois de estar em ganho acabou em perda devido ao impacto da pandemia. Logo que recuperou pelo menos para o capital investido, resgatei.

Apesar disso, desengane-se quem pensa que, logo que estas aplicações começam a perder e com tendência negativa devido a factores como conflitos e crises globais, os clientes são avisados ou alertados pelos ditos gestores de conta de modo a tomarem acções e mitigar perdas. É esquecer! Dali ninguem alerta ninguém porque o Banco nunca perde e os funcionários já não são da escola antiga e também eles são tratados abaixo de cão pelas administrações e administradores. Um vez feita qualquer aplicação em qualquer Banco é mesmo com total responsabilidade e risco do cliente. O Banco esse ganha sempre.

Resumindo, neste momento apesar de em ligeira recuperação a dita aplicação ainda está a dar prejuízo e  isto ao fim de meia dúzia de anos. Como disse é uma aplicação com trocos mas dá que pensar a quem as tem em grandes montantes. Mas, em verdade se diga, quem tem grandes valores, em rigor não precisa destes extras e pode assumir com relativo à vontade um maior risco nos seus investimentos. Mas mesmo assim, sem um acompanhamento regular e atento, os lucros podem ser amplos mas os prejuízos também em grande escala.

Certinha e direitinha é a comissão de conta que todos os meses, a horas certas, o Banco retira da conta. São quase 7 euros o que dá quase 90 euros anuais.

Posto isto, vou resgatar a aplicação, mesmo em perda e anular a conta nesse Banco mudando os trocos para outro onde já tenho conta, dispensando assim o pesado encargo de pagar duas comissões.

Em resumo, eu como muitos pequenos clientes de pequenas poupanças, nunca recebemos um cêntimo de rendimento deste e doutros Bancos. Antes pelo contrário, somos nós a ajudar a que apresentem grandes lucros e em muito em face destas comissões escandalosas, tanto mais que hoje em dia quase não há atendimento personalizado e humano e apenas por canais manhosos e burocráticos. Já nem sequer gastam dinheiro em papel e correspondência visto ser tudo electrónico ou digital. Tempos modernos.

A este propósito dos contactos, usei um email de atendimento aos clientes homebanking e não foram capazes de esclarecer a questão nem sequer de a encaminhar para o canal adequado. Ou seja, terei mesmo que ligar directamente para o Banco e o mais certo é ter que perder tempo do emprego para lá ir pessoalmente no reduzido horário que têm disponível.

Infelizmente, por questões várias e administrativas, temos quase que obrigatoriamente ter conta em Bancos, mas de facto como as coisas estão compensa e muito em ter o dinheiro enterrado no quintal ou numa caixa hermética  debaixo de umas pedras na serra da Freita, como alguém me disse que tinha. Convém é não perder o tino ou coordenadas geográficas do sítio. 

Tempos modernos a pedirem medidas à antiga!

5 de dezembro de 2023

O professor Marcelo reprovou

No caso mediático do tratamento das gémeas brasileiras com o medicamento mais caro do mundo, pago pelos contribuintes portugueses, no que parece ter sido um processo de claro favor e favorecimento e de contornos ainda em investigação, ontem o presidente da república veio dar explicações, desdizendo o que antes havia dito, ou seja, que afinal houve contactos com o seu filho, Nuno Rebelo de Sousa, sobre o tema. Desvalorizou e disse ter encaminhado o assunto como o faz em relação em milhares de outros pedidos mas isso não o iliba de ter estado envolvido. E porque é que o filho abordou o pai, presidente, nesse assunto? Certamente porque sabedor de que isso poderia abrir portas e desbravar caminhos na tal autorização de nacionalidade e dela o tratamento. Ou somos todos anjinhos, puros e inocentes?

Não me convenceu com as suas explicações e nem parece ter convencido os analistas porque no essencial ficam ainda muitas dúvidas que esperemos que o Ministério Público venha a esclarecer. Todavia, será mais um caso em que dará em coisa nenhuma, e que coisa e tal foram cumpridos todos os requisitos e que coisa e tal foi tudo limpinho, limpinho, e que uma vez mais quem paga (pagou) as favas é o Zé Contrbuinte. Andamos para aqui a adiar consultas, exames e tratamentos por meses e anos, tantas vezes contribuindo para agravamento de doenças e mesmo mortes e depois vem gente estrangeira, com bons padrinhos e intermediários, beneficiar de processos apressados de nacionalidade para colher tratamentos onerosos, literalmente de milhões de euros. 

Não está em causa, obviamente, o julgamento moral da necessidade e importância de tratamento das bebés gémeas mas a forma como administramos os nossos recursos em benefício de estrangeiros ou portugueses por via administrativa. Quem dera que pudéssemos pagara tratamentos de milhões a todos os doentes do mundo, mas isso é uma impossibilidade, a começar pelos nossos próprios. Haja, pois, bom senso e sentido da realidade.

Neste contexto, de processos pouco claros ou mesmo obscuros, não temos de todo alguém em quem confiar e mesmo o presidente que deveria ser uma figura de confiança a toda a prova, mesmo acreditando que sem responsabilidade directa, mostra que é apenas, mesmo que usado, mais um elo da importância de se ser importante e capaz de mexer uns cordelinhos ou lubrificar os mecanismos que decidem os processos. Afinal, a mola impulsionadora, o princípio de todos os actos de corrupção e tráfico de influências neste nosso pobre país. 

Em resumo, há sempre alguém da esfera pessoal e política a procurar tirar partido do nosso presidente e ser-lhe agradável. Foi nesse sentido, aqui há uns meses atrás, que alguém com ligações ao Governo PS, no caso  o ex-secretário de Estado das Infraestruturas Hugo Mendes ao pedir à CEO da TAP, uma tal de demitida Christine, para adiar um voo de Moçambique que tinha como passageiro o Presidente da República - que, alegadamente, precisava de ficar mais dois dias em Maputo e com a justificação "...Ele tem sido um apoio para nós em relação à TAP, mas, se o humor dele se alterar, tudo fica perdido. Uma palavra dele contra a TAP/o Governo e ele empurra o país todo contra nós. Não estou a exagerar: ele é o nosso principal aliado político, mas pode transformar-se no nosso pior inimigo", respondeu Hugo Mendes.

Como se vê, o que não falta (faltava) no Governo do PS, era gente disposta a agradar ao presidente Marcelo. Vai daí este caso do tratamento milionário das gémeas brasileiras, nacionalizadas á pressa, pode ter sofrido da mesma "boa vontade".

4 de dezembro de 2023

Livros, tempo e vontade


Estou em falha para comigo e para com os meus leitores, na publicação do livro de apontamentos monográficos sobre a freguesia de Guisande, que havia perspectivado para a primeira metade deste ano que está quase a terminar. Razões? Várias, mas sobretudo por alguma preguiça, porque no essencial tenho quase todo o conteudo que quero incluir e mesmo em quantidade que daria para um segundo volume. O principal trabalho prende-se com a paginação e correcção ortográfica já que não tenho dinheiro que me permita dispensar esse serviço e pagá-lo à editora.

Por outro lado, e sabendo que até é possível uma candidatura ao programa de apoio cultural da Câmara Municipal, o mesmo ainda está bastante burocratizado e por isso desmotivante. Creio e  parece-me, que neste tipo de situação, publicação de livros, os mesmos poderiam ser apoiados já depois de publicados, mesmo que mediante uma análise qualificada ao seu eventual interesse cultural e importância. Mas isto é apenas uma opinião e de resto a minha vontade de publicar não dependerá de qualquer apoio monetário, prévio ou à posteriori. De resto assim foi com os meus dois livros já publicados em que não recebi um cêntimo que fosse da Câmara Municipal. Além do mais, foi manifestada a vontade de apoio o meu livro infantil com a aquisição de 50 exemplares para a rede pública da Biblioteca Municipal mas tal nunca se concretizou. Nem o espero, diga-se.

Posto isto, serve este apontamento para dizer, até porque o têm perguntado, que a intenção mantém-se mas para já sem data definida. Eventualmente para o próximo ano. A ver vamos se reúno vontade e tempo de finalizar a parte editorial, paginação, correcção, estudo de capa, etc porque no que toca a investimento e gastos terá que ser, naturalmente, à minha custa. Em todo o caso, ao dar mais algum tempo à coisa até permite-me amadurecer e melhorar um ou outro assunto a incluir no livro e há sempre coisas novas e interessantes a surgirem e que será importante incluir.

Para além deste livro de apontamentos monográficos, há ainda a vontade de publicar um segundo livro de poemas, pequenos contos e outros textos, que até poderá acontecer ser publicado antes. A ver vamos!

Segunda-Feira, feira da ladra...

Depois de um fim-de-semana prolongado, com um bonito dia de sol pelo meio, regresso à rotina e monotonia do trabalho. Pelo meio as coisas habituais e corriqueiras. Sondagens sobre a nossa política reveladas aos bocadinhos, como num concurso televisivo, a ampliar  o suspense e a expectativa. Mais coisa menos coisa, candidatos do plano A ou do Plano B do lado do PS, tudo indica o que todos esperamos, uma disputa entre o PSD e o PS, mas este, apesar de tudo quanto tem envolvido o Governo e que levaram à sua queda, parece manter ritmo e poder vir a vencer de novo as eleições embora, sem maioria. O que voltaria a ser surpreendente mas não totalmente.

De tudo isto, e com as constatações do estado das coisas quanto à Sáude e serviço de urgência, aumento da pobreza, aumento da carga fiscal, guerra com professores, crise de habitação, etc, etc, a quase maioria dos portugueses parece gostar destes doces e do estado de coisas e com mais arroba menos quintal em 10 de Março próximo vai dizer democraticamente que quer que tudo continue na mesma. Sintomático! Faça-se a sua vontade democrática!

Por cá, no nosso querido terrão, também tudo na mesma. O positivo voluntarismo da Comissão de Festas já trabalha com azáfama no que toca a angariar fundos para a festa que há-de ser lá para Agosto. A padaria de Fornos, voltou a abrir depois de ter fechado, depois de ter aberto e depois de ter fechado. O Guisande F.C. veteranos promoveu neste Sábado o seu glamoroso jantar de Natal, bem participado e alegre. Parabéns! O Grupo Solidário também irá organizar a Ceia de Natal Solidária, a ter lugar em 16 de Dezembro, no Centro Cívico, já com lotação esgotada, pelo que também de parabéns pela dedicação. A missa do Galo neste ano, porque alternadamente com Guisande, será nas Caldas de S. Jorge.  O Natal, esse será no dia 25, também uma Segunda-Feira. O bacalhau está pela hora da morte mas como bom amigo na vida não faltará fielmente na ceia mais saborosa do ano.

Desportiva e entretidamente um dia destes eu, o LB e o HA vamos fazer uma corrida no Epic Awsome Challanger Trail da Aletria, em Santo Isidoro do Mazouco, Queixo-de-Espada-à-Cinta, que como todos sabem fica na ilha do Faial nos Açores, ali ao lado de Sevilha. 

O Sérgio Godinho cantava que "É Terça-Feira, Feira da Ladra..." mas bem pode ser mudada a feira para um dia antes. Vai dar ao mesmo! Boa semana!

2 de dezembro de 2023

Há dias de sorte...

 


Calhou-me em sorte um bom conjunto de vinhos sorteado pelos sócios do Guisande F.C. Veteranos.