17 de junho de 2025

Visto de fora - António Cardoso avança por Pigeiros

 


Não sou amigo de peito do Eng.º António Cardoso, mas com uma amizade e respeito suficientes para conhecê-lo o bastante, e de há anos, para ter a certeza de que, independentemente do que em consciência e liberdade decidirem os pigeirenses  lá para Outubro próximo, no rescaldo de uma campanha eleitoral que promete ser positiva para a renascida freguesia, ele conhece e gosta como poucos da sua terra de Pigeiros, mesmo que até já tenha andado por Guisande a defender as suas redes. Coisas da bola e de outros tempos.

Sei que, pela idade e trajecto já percorrido em cidadania, como autarca e deputado, seria bem mais fácil e apetecível manter-se alheado destas lutas que, mesmo que decorram dentro do melhor espírito democrático e respeito mútuos pelas diferenças de visão para uma mesma terra e comunidade, são sempre desgastantes, mas também sei que não vira a cara à luta e terá sido nesse sentimento, espírito e quase dever, que aceitou o repto de concorrer ao cargo de presidente de Junta de Freguesia de Pigeiros, depois de uma infrutífera e penosa relação no contexto da União de Freguesias em que estava inserida com Caldas de S. Jorge.

Falo, pois, de fora, mas com a simpatia por Pigeiros e com uma imparcialidade não obrigatória mas de respeito pelas partes que vão estar em disputa, na certeza de que o António Cardoso será uma excelente opção. Tivesse Guisande gente dessa qualidade e com essa disponibilidade para defender os interessas da terra e sua gentes, na recuperação de uma dúzia de anos em que se andou como o caranguejo, de marcha atrás.

Sei, porque falamos sobre isso aqui há uns tempos, quando se começava a ver a luz ao fundo do túnel no processo sinuoso da desagregação, que também ele partilhava a mesma e minha opinião de que neste recomeço, seria vantajosa uma lista independente, a congregar gente de ambos os lados, numa forma de unir e não o contrário. Por motivos e contornos que desconheço e nem são da minha conta, as coisas não terão ido nesse sentido e devido a isso, temos assim o António Cardoso a encabeçar uma lista proposta pelo Partido Socialista, que certamente também terá gente jovem, a surgir como uma boa alternativa aos pigeirenses.

Pelo PSD, concorre o jovem Tiago Afonso, que conheço apenas circunstancialmente, mas de quem tenho referências também positivas quanto ao gosto e interesse que demonstra pela freguesia e suas gentes. 

Naturalmente que serão duas visões diferentes, até porque também de gerações, mas estou certo que ambos com Pigeiros e suas gentes como foco central. O resto será luta partidária e, o Cardoso, melhor que ninguém, sabe o que isso é, para o bem e para o mal. Portanto, parte prevenido.

Em suma, é uma luta que vou apenas ver da bancada, e que apenas os pigeirenses decidirão, mas fico satisfeito em ver que o António Cardoso diz presente à freguesia num momento importante depois da tão ansiada desagregação pela qual foi voz e figura activa.

Votos de boa campanha a ambas as partes, mas pela amizade que tenho para com o Eng.º António Cardoso, faço votos que o trabalho que o espera seja recompensado pelos pigeirenses, na certeza que serão sempre estes quem decidirão!

Comissão de Extinção da União de Freguesias - O meu balanço

 


Ao fim de quatro longas reuniões, terminaram os trabalhos da Comissão de Extinção da União de Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande, nas condições, competências e critérios definidos pela Lei n.º 25-A/2025, de 13 de Março, nomeadamente pelos artigos 6.º e 7.º.

Como balanço pessoal de membro desta Comissão de Extinção, e porque é coisa pública e que a todos e todas deve interessar, considero que, no geral, a distribuição do quadro de pessoal com vínculo à União de Freguesias, a partilha dos bens imobiliários, veículos, equipamentos, ferramentas e outros bens móveis de maior ou menor valor, bem como de outros aspectos de organização e gestão, como a individualização e independência do sistema informático, inerentes a uma adequada transição para as futuras freguesias resultantes da desagregação, ficou estabelecida de forma pragmática, dentro das propostas gerais apresentadas pelo presidente da Junta de Freguesia, Sr. David Neves, e que, no geral, com a excepção que à frente referirei, foi consensual na maioria das matérias que competiam decidir.

Porventura, a partilha não seguiu outros critérios possíveis, como os da proporcionalidade entre número de eleitores e territórios, previstos pela alínea a) do art.º 7.º da referida Lei, os quais, embora tendo, de logo de início, sido por mim suscitados, não chegaram a ser formalmente discutidos e definidos como base para todo o processo, mas apenas como critério para a distribuição do eventual saldo positivo que se venha a verificar no final do exercício do actual mandato. Tivesse a Comissão seguido estritamente esse caminho, para além do apuramento rigoroso do número de eleitores e das áreas geográficas reais, importaria também estabelecer critérios para determinar o peso de cada um dos factores, o que não seria de determinação linear, tendo em conta apenas os números, mas de outros factores considerados importantes como a extensão e natureza das redes viárias, espaços públicos, equipamentos públicos, infra-estruturas, etc.

Exceptuando a partilha dos bens imóveis, prédios rústicos ou urbanos, que não ofereceu qualquer dificuldade à Comissão, por estarem, por natureza, já integrados nas respectivas áreas geográficas de cada freguesia, efectivamente todos os demais bens repartíveis poderiam ser partilhados em função do potencial valor comercial que lhes fossem atribuídos. Todavia, o curto prazo entre a data da nomeação e tomada de posse da Comissão de Extinção, que ocorreu em 10 de Abril de 2025, com a primeira reunião realizada apenas em 19 de Maio, e a data fixada por lei para aprovação dos mapas finais de transferência de bens móveis e imóveis, de universalidades, direitos e obrigações e de trabalhadores para cada freguesia a repor, 15 de Junho de 2025, mostrava-se francamente insuficiente para levar a cabo uma avaliação exaustiva, pura e dura. Para tal, teria que se consultar o mercado, eventualmente de forma dupla, e estabelecer o potencial valor de mercado ou comercial de cada um dos itens a partilhar. Por outro lado, mesmo a consulta e confirmação atenta de cada um dos artigos constantes nos inventários fornecidos pela Junta seria, só por si, uma tarefa não impossível mas demorada de concretizar.

Na consideração do que previa a alínea e) do art.º 7.º da Lei n.º 25-A/2025, de 13 de Março, poderiam também ter sido adoptados outros critérios que a Comissão de Extinção, fundamentadamente, entendesse considerar. A meu ver, para além do apuramento dos valores dos bens, poderia fazê-lo no sentido de procurar uma partilha justa e proporcional, contabilizando todos os investimentos em obras e melhoramentos e apoios directos a cada uma das quatro freguesias, ocorridos durante os anteriores mandatos e o actual até à data. Seria possível, porque, por princípio, tudo está documentado, mas seria igualmente uma tarefa com alguma complexidade, porventura com factores subjectivos e susceptíveis de diferentes pontos de vista de análise, por isso pouco prática e, sobretudo, morosa. Neste aspecto, face ao curto prazo com que se deparava a Comissão, tal critério não foi adoptado, mesmo que daí, a jusante e já fora do âmbito da Comissão de Extinção, possam naturalmente suscitar-se diferentes pontos de vista mas que já não importarão ao processo.

Por conseguinte, face a todas as limitações de prazo e de praticabilidade de apuramento de valores, considero que a forma pragmática proposta desde o início pelo Sr. Presidente da Junta foi a que melhor se adequou ao processo, aos objectivos da Comissão de Extinção e, reitera-se, sobretudo devido ao escasso tempo de decisão. Para além disso, no geral, e mesmo com algumas discussões, por vezes laterais e até descontextualizadas ao aobjectivo e competências da Comissão, concordou-se com o princípio definido pela alínea d) da Lei, que expressa a alocação à freguesia reposta dos bens, direitos e obrigações que se encontravam na esfera da freguesia extinta, através da Lei n.º 11-A/2013, de 28 de Janeiro.

Quanto à questão da eventual divisão de dinheiros da Junta, considerou-se que fugia da competência desta Comissão, uma vez que o mandato da actual União de Freguesias termina apenas com a tomada de posse dos futuros órgãos das quatro freguesias e, por conseguinte, com um Plano de Actividades em curso e cingido ao orçamento respectivo. Ou seja, nesta fase, não será possível determinar se, no final do mandato, de acordo com o grau de execução do Plano, haverá ou não saldo a distribuir e qual o seu montante. Quanto a este aspecto, como já o referi acima, considerou-se, e bem, apenas estabelecer critérios de divisão, constantes em acta, caso tal venha a acontecer e depois de saldados todos os compromissos e obrigações da União de Freguesias, nomeadamente no cumprimento das despesas correntes e encargos com pessoal. Para tal, e de forma mais directa e tangível, acordou-se o critério de número de eleitores inscritos em cada freguesia, já que a considerar as populações teria que se recuar aos Censos de 2011 uma vez que os de 2021 considera a população como um todo da União.

Em resumo, pela parte que me cabe enquanto membro desta Comissão de Extinção, considero que a partilha, se não a ideal nem rigorosamente justa e proporcional, foi a possível, pragmática e num equilíbrio relativamente consensual, bem como ajustada às várias condicionantes e também o facto de a Lei n.º 25-A/2025, de 13 de Março, ser muito sintética e até vaga, o que não ajudou ao processo nem ao entendimento de alguns aspectos inerentes. Poderia, de facto, a Lei, ser mais detalhada, prevendo e dando resposta a todos os aspectos susceptíveis de serem colocados num processo de partilha, com respostas a algumas particularidades, nomeadamente na definição de alguns assuntos burocráticos e financeiros que importarão às futuras quatro freguesias logo no dia seguinte à tomada de posse dos respectivos órgãos executivo e deliberativo.

Para além do resultado no seu todo, o que a mim e aos demais colegas da Comissão pareceu o possível, só lamento que a proposta inicial apresentada pelo Sr. presidente da Junta quanto à distribuição dos veículos, no caso, de duas carrinhas entre Louredo e Guisande, acabasse por gerar oposição de alguns elementos e viesse mesmo a ser contrariada. Por conseguinte, infelizmente, até à reunião final, foi o único ponto onde não houve consenso geral. A minha presunção inicial de haver no processo a possibilidade de algum sentido de solidariedade entre as partes, caíu por terra.

Sem sobressaltos ou atitudes intempestivas, como a de alguém que, infelizmente, sem razões compreensíveis, acabou por abandonar os trabalhos na última reunião, por se mostrar contra a partilha de um veículo e da votação inerente, quando pelo seu papel de representatividade partidária no contexto de todas as freguesias, se lhe exigiria mais contenção e diplomacia, Pelo contrário, Guisande, numa demonstração de bom senso e de pacificação, acabou, ainda que resignado, por aceitar, mesmo sem votação, a proposta menos favorável, mesmo que com o sentimento de sair a perder. 

No meu entendimento sai a perder porque, como já o escrevi há tempos, Guisande antes da União de Freguesias, estava com orçamentos anuais na casa dos 150 mil euros, ou seja,  600 mil euros por mandato. Em 3 mandados, 12 anos, é legítimo considerar 1 milhão e 800 mil euros em orçamentos, mesmo sem contar com o natural aumento anual e com a majoração das verbas do Estado que ocorreu no primeiro ano do primeiro mandato. Por alto, considerando, por absurdo, o gasto de metade desse valor em despesas correntes e das insuficientes limpezas dos espaços públicos, e até mesmo a liquidação dos cerca de 150 mil euros de dívidas com que a freguesia entrou na União, pergunta-se, onde, como e quando foi aplicado o remanescente? Quem tiver tempo e queira fazer as contas, que as faça, sobretudo os cépticos e contrários à desagregação. Que sejam esses a fazer contas. 

Para além da liberdade deste meu pensamento, que admito possa ser sujeito a contraditório quanto a essa visão sobre as contas, fico com a convicção de que em 12 anos Guisande nada ganhou, para além do muito que perdeu em aspectos tão importantes como a proximidade dos eleitos aos eleitores, e que a curto prazo, se não já no próximo, seguramente nos futuros mandatos, a freguesia e a sua população sairão a ganhar, porque na certeza de que cada euro do orçamento será aplicado e gerido em Guisande onde e melhor convier, sem serem outros a decidirem por nós.

No geral, mesmo que desalinhado com algumas das opções de gestão da actual Junta, não obstante, no que se refere à sua postura neste processo de partilha e do que estava em causa dividir, só tenho a dar nota positiva ao Sr. presidente da Junta, que procurou ter sempre uma postura de entendimento e procura de consensos. Pessoalmente lamento, apenas, que a sua proposta inicial quanto à divisão dos veículos, e no que tinha proposto para Guisande, não tenha sido respeitada e merecido concordância por algumas das partes. Tivesse havido esse respeito e compreensão e dentro dos vários condicionalismos, poder-se-ía dizer que a partilha tinha sido, senão exemplar, pelo menos adequada e até com uma componente solidária. Da Comissão, creio que não se pode dizer que neste processo Guisande foi obstáculo ou a exigir mais do que o merecido ou justo. 

Agora, dado este passo, o processo seguirá. Entretanto os mapas da partilha aprovados por esta Comissão, serão ratificados em Assembleia de Freguesia, marcada para o dia 24 de Junho, pelas 21:00 horas, no polo da sede da Junta em Louredo. Serão, também, nessa sessão, empossadas as comissões instaladoras às quais competirá preparar os actos elitorais e determinar as sedes das juntas..

Pessoalmente, e preferia, sinceramente, não ter tido esta tarefa, mas que uma vez assumida procurei corresponder, apenas, repito, saio triste pela particularidade acima referida,  mas que apenas confirma as minhas baixas expectivas e a prova provada de que esta, na realidade, nunca foi uma verdadeira União de Freguesias. Porventura não tanto pelas pessoas, mas pelas particularidades de cada freguesia, circunstâncias e premissas subjacentes à criação da União, que já nasceram tortas e ao arrepido da vontade das populações.

Encerrado que fica este capítulo, importa, agora, andar para a frente por nossa conta e responsabilidade, sendo que até às eleições e tomada de posse dos novos órgãos da Assembleia e Junta, ainda há caminho a percorrer, nomeadamente na formação de listas concorrentes, de que, em contexto partidário não farei parte, desejando, contudo, votos de bom trabalho a quem venha a tomar essas responsabilidades.

16 de junho de 2025

Nota de Falecimento - Mário Ferreira de Pinho

 


Faleceu Mário Ferreira de Pinho, de 80 anos, nascido em 24 de Maio de 1945.

Natural de Guisande, vivia em Arrifana - Santa Maria da Feira.

O funeral será em Guisande, amanhã, Terça-feira, 17 de Junho de 2025 pelas 11:00 horas, indo no final a sepultar no cemitério local.

Filho de Miguel de Pinho e de Etelvina Maria Ferreira, que viveram junto à ponte da Lavandeira ao fundo do lugar do Viso, no Monte do Castanheiro. Teve outros irmãos, como um com o seu próprio nome, ainda o José, que casou em Fiães, e o Custódio, que casou em Caldas de S. Jorge. Dos familiares de Guisande, entre outros é sobrinho do José de Pinho e por isso primo do Ramiro de Pinho, que vive em Gião, pai da Marisa Pinho.

Sentidos sentimentos aos familiares. Paz à sua alma!

Jubileu Diocesano da Família - 15 de Junho de 2025 - Gondomar

 


O Multiusos de Gondomar foi palco, neste fim de semana, de duas grandes celebrações promovidas pela Diocese do Porto, que convidaram à comunhão, à solidariedade e à valorização da vida familiar e comunitária. A Peregrinação Jubilar dos Frágeis e do Mundo da Saúde teve lugar no sábado, 14 de Junho, enquanto o Jubileu Diocesano da Família se realizou no domingo, 15 de Junho.

A primeira celebração, dedicada às pessoas em situação de fragilidade e aos profissionais de saúde, teve início com o acolhimento dos participantes, seguindo-se a celebração penitencial e um período de confissões individuais. O ponto alto foi a Eucaristia, momento de conforto espiritual e forte vivência comunitária.

No domingo, as atenções centraram-se nas famílias. O Jubileu Diocesano da Família começou pelas 10h00, com um piquenique partilhado e momentos de animação de rua dinamizados pelas diversas vigararias da diocese. A Eucaristia final, celebrada às 15h30, incluiu uma homenagem simbólica aos casais a assinalar 10, 25, 50 e 60 anos de matrimónio, num gesto que reuniu, como habitualmente, cerca de 4000 pessoas. Cada casal jubilado recebeu um diploma alusivo à data, assinado pelo bispo do Porto, D. Manuel Linda, como sinal de reconhecimento e gratidão pelo testemunho de vida conjugal.

Em nota enviada à Agência ECCLESIA, a Diocese do Porto destacou que estes encontros tiveram como objectivo reforçar os valores da fé, da família e da união, constituindo um contributo relevante para a edificação de uma comunidade mais solidária e espiritual.

Da paróquia de Guisande, apesar da pouca aderência dos casais elegíveis e convidados, estiveram representados 3 casais, um com 60 anos, Arménio Costa e Conceição Santos, e dois com 25 anos, Alcino Pinto e Marisa Pinho e Filipe Santos e Paula Cristina Gomes de Freitas.

Para o próximo ano o evento diocesano está marcada para Penafiel.










13 de junho de 2025

23.º Encontro da Família Gonçalves - Guisande

 


Será já amanhã,  Sábado, 14 de Junho de 2025, que se realizará o 23.º encontro de um dos ramos da família Gonçalves, de Guisande.

Terá lugar no Parque de Lazer da Várzea - Pigeiros.

Desde 2001, com paragens em 2020 e 2021 devido à pandemia da Covid 19, que este encontro reúne uma boa parte da família. Já se realizaram em Guisande, no Monte do Viso, no Santo Ovídio, na Várzea - Pigeiros, em Ovar, Espinho, Famalicão, Coimbra e outros mais locais por onde a família está ramificada.

O ramo familiar em causa, remonta ao casal José Custódio Gonçalves e Rosa Maria de Jesus e depois aos descendentes dos seus filhos, nomeadamente os que casaram, António Custódio Gonçalves que foi casado com Delfina Gomes da Silva, Américo Custódio Gonçalves, que foi casado com Bebiana Pinto, Maria Custódio Gonçalves, que foi casada com Eduardo Vidal, Rosária Custodio Gonçalves, que foi casada com Joaquim Caetano dos Santos, e Manuel Custódio Gonçalves, que foi casado com Bernardina Jesus da Conceição. 

Ainda outros filhos que não casaram ou faleceram menores: Tomázia, Rosa Custódio Gonçalves, Justina Gomes da Silva, Rosária Custodio Gonçalves (1ª de nome).

Outros ramos há, nomeadamente do irmão do José Custódio Gonçlaves, o António Custódio Gonçalves, que casou com Joaquina Maria de Jesus (curiosamente irmã da esposa do José Custódio Gonçalves, por isso dois irmãos casados com duas irmãs) e tiveram vários filhos pelo lugar de Estôze, nomeadamente o Tomáz Custódio Gonçalves, a Filomena, o Delfim e o José. Todavia, que se saiba, este ramo, também numeroso de descendentes, não tem feito parte deste encontro familiar.

Sendo que esta família Gonçalves tem origens no lugar de Estôze aqui em Guisande, em rigor as origens antecedentes são de Duas Igrejas, então freguesia, e actualmente um lugar da Freguesia de Romariz.

De facto, o José Custódio Gonçalves era filho de Custódio Gonçalves, natural de Duas Igrejas e de Maria Rosa de Jesus, do lugar de Estôze - Guisande. A mãe desta Maria Rosa de Jesus era Tomázia de Jesus e o pai era o António Francisco Palheiro, também ele de Duas Igrejas. Daí, a alcunha com que ainda são conhecidos alguns destes Gonçalves, como os do "Palheiro".

9 de junho de 2025

Nota de falecimento - Margareth de Oliveira

 


Faleceu Margareth de Oliveira, de 71 anos de idade, viúva de Inácio Resende de Oliveira (conhecido como Inácio "das Pombas" devido à sua ligação profissional à columbofilia), este falecido em Março de 2017. Vivia no lugar de Arosa, Lobão, 

O funeral será amanhã, Terça-Feira, 10 de Junho, pelas 16:00 horas, em Guisande, sendo no final sepultada no cemitério local em capela-jazigo da família.

Missa de 7.º Dia em Guisande no dia 13 de Junho, Sexta-Feira, pelas 19:30 horas.

Sentidos sentimentos a todos os familiares, de modo particular a seus filhos.

8 de junho de 2025

Tão bem que leem....

 


Quando ouço as nossas crianças a ler em diferentes situações de celebrações religiosas, ligadas à Catequese, e presumo que o mal é geral, pergunto a mim próprio o que é andam a fazer nas escolas ou se têm professores a sério quanto ao grau de exigência, ou se apenas no regime de quanto baste. É que, tirando da equação as mais novas e ainda nas primeiras classes e até algum nervosismo, em regra leem mal, muito mal, sem os pressupostos a uma boa leitura, coisa que os professores de outros tempos ensinavam e obrigavam. Mas eram outros tempos e hoje em dia a disciplina e rigor estão substituídos pelo “deixa andar” e ao “sabor do vento”. Deste modo são desleixados os princípios fundamentais como, ler com clareza, compreensão do que se lê, respeitar a pontuação, entoação, ritmo e expressividade, e outros mais, desde logo a prática regular de leitura em voz alta e não apenas interiormente.

Seja como for, com as actuais tecnologias em que bastará apenas saber accionar botões e dar ordens para se apresentar contas e textos, convenhamos que a tarefa é difícil para os professores e o grau de pouca exigência tantas vezes já reside nos pais e educadores, também eles com falta desses atributos de leitura e escrita.

Mas se no geral leem mal, não é difícil supor que escreverão pior. Mas isso é outra história. Além do mais, muitos adultos também têm tanto que aprender no que se refere à leitura pública, sobretudo no contexto litúrgico. Eu próprio não me sinto o melhor dos exemplos, embora me esforçe.

Retomando ao ponto das crianças lerem as leituras em missas  mais ou menos solenes, onde a importância do ministério exige que se observem certas condições: idade, preparação, capacidade de ler bem, entendo eu e vários especialistas, que preferível seja que a iniciação das crianças, ao acto da leitura, seja feita em celebrações da Palavra que lhes sejam especialmente destinadas. 

Em resumo e em contrapartida,  há quem considere que as criancinhas a ler nas missas ficam sempre bem na fotografia, os papás gostam e os responsáveis acham que com isso poderá a árvore dar frutos. A experiência diz-nos que quase nunca, até porque terminada a catequese, ou antes, a larga maioria deixa de frequentar, mas, continuamos todos a ter essa esperança. Pode ser que na cidade de Nínive desta reallidade de alheamento, residam um ou dois leitores futuros. Se assim for, poderá ter valido a pena alguns sacrifícios de os ouvir ler tão mal a ponto de muitas vezes pouco ou nada se perceber quanto mais entender.

Haverá opiniões contrárias, legítimas, considerando que não é tanto assim, ou que devemos relevar, mas é precisamente esta desculpabilização, esta condescendência que faz com que o nosso grau de exigência ande nivelado por baixo. Para estas e para outras coisas. De resto, o bom sempre foi inimigo do óptimo, dirão!


[imagem: aleteia.org]