21 de agosto de 2017

Festa de Canedo - Tudo à grande

A Festa em Honra de Nossa Senhora da Piedade, em Canedo, é seguramente uma das maiores do concelho de Santa Maria da Feira tendo em conta o afluxo de visitantes, o número de dias do evento e o valor do orçamento. Eventualmente, quanto à notoriedade, apenas com a excepção da festa das Fogaceiras, esta com características bem diferentes e organizada pela Câmara Municipal de Santa Maria da Feira e por isso supostamente paga com o dinheiro de todo o concelho.
Infelizmente, e esta é apenas uma opinião pessoal de quem por lá passa todos os anos, a Festa de Canedo tem tanto de aparatoso e grandioso como de espalhafatoso e não raras vezes com situações muito esquisitas, desde logo o incumprimento dos horários programados para os diferentes artistas. Veja-se o caso deste ano em que no Domingo à tarde, o habitual concerto com duas bandas de música (Banda de Música de Pinheiro da Bemposta e Banda Marcial do Vale) de forma inédita foi deslocado para palcos montados na zona entre a capela e o salão, com o  público a ter que ficar numa zona de sol, com escassas sombras. Claro que com uma temperatura a rondar os 38 graus, poucos foram os que aguentaram mesmo que recolhidos  nas laterais onde havia alguma pouca sombra. Mesmo dentro dos palcos, sem a protecção de qualquer sombra, o ambiente era de autêntica sauna. Pobres músicos, ainda por cima engravatados. Para agravar a situação já por si lamentável, uma barraquinha de crepes estava montada no enfiamento do ângulo de visão de quem assistia mais de lado. Já para não falar na habitual poluição sonora pelas pistas e carroceis, a perturbar as bandas e quem as pretendia ouvir e apreciar.
Enquanto isso, no palco principal, no local habitual, com uma sombrinha mais fechada, estava a ser montada a estrutura dos grupos que actuariam à noite. Pela dimensão do palco e do aparato técnico, fiquei a pensar que ali iria actuar os U2 ou os Rolling Stones. Mas parece que não. Era mesmo só aparato.
Mas isto é apenas uma opinião. Há naturalmente quem goste e aprecie a desordem e a confusão desde que seja à grande e em Canedo, quase sempre, é mesmo tudo à grande.