7 de novembro de 2019
33 anos
14 de agosto de 2019
Nas riscas do tempo...
Veja-se abaixo a reportagem do evento, publicada na época no jovem jornal "O Mês de Guisande", na edição de Setembro de 1981.
O torneio que se prolongou pelo mês de Setembro, terminou no dia 4 de Outubro desse ano. A equipa vencedora foi o J.C.A.R. Romariz. O torneio foi disputado em sistema de "poule", jogando todas contra todas, mas com as duas primeiras a disputarem uma final na qual a equipa da casa defrontou a de Romariz, tendo a decisão sido resolvida por grandes penalidades já que no tempo regulamentar o resultado ficou empatado (1-1).
Assim a equipa do Guisande F.C. Juvenil apesar de favorita acabou na 2ª posição. Seguiram-se as equipas do F.C. Azevedo, S. Jorge S.C. e Arcozelo (Caldas de S. Jorge).
7 de agosto de 2019
Aprender sobre a Escola do Viso
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O contrato de concessão eventualmente poderia contemplar uma cláusula em que a mesma cessaria caso o edifício deixasse de ter a função de escola, por demolição ou por abandono. É uma questão a verificar caso ainda exista algum contrato da concessão, mas creio que não. De resto, mesmo tendo passado para a alçada do Centro Social, o edifício continua ainda a poder beneficiar da água, mesmo que já com ligação à rede pública.
Como se poderá perceber, à altura da edificação da escola do Viso, este abastecimento já existia há muitos anos e era à altura dos consortes referidos, dos quais se inclui o meu avô paterno. De resto a parte da água a ele pertencente ainda existe embora já dividida em quatro partes, uma das quais herdada pelo meu pai. A divisão da água pelas diferentes partes e consortes acontece num depósito distribuidor existente sobre o muro à face da habitação da Sr. Laurinda Almeida, minha tia. Dali parte para os diferentes consortes.
Depois do viaduto segue sempre enterrado até desembocar nos diferentes destinos. Entre o ponto mais alto (nascente) e o ponto mais baixo (Casa do Santiago) a rede tem um desnível de aproximadamente 60 metros (cota 290 até às cota 230). Já em relação à escola o desnível é de 40 metros. Em relação à caixa distribuidora o desnível é de 34 metros.
Consortes da referida água são os seguintes: Joaquim Gomes de Almeida; Manuel Pereira dos Santos, António Alves Santiago e Elísio Ferreira dos Santos, fizeram esta concessão mediante a importância de (...) cujo a qual foi entrege pelo empreiteiro da mesma escola, tendo os referidos proprietários declarado que deixariam seguir para o tubo que a lá conduz cerca de 500 litros por dia, excepto aos Domingos, dias santificados e feriados, isto é, naqueles em que não há aulas, e além disso também durante todas as férias, só no caso se for preciso para lavagem da mesma. (---)
À sombra do velho sobreiro,
Ecos de alegria e riso
Ressoam de um tempo primeiro.
Contas, ditados e escritas,
Tuas paredes guardam segredos
Memórias doces e bonitas.
Nos livros que ainda guardo,
A fazer contas, a escrever
No caderno o ditado.
Rostos que ainda retenho;
Corridas, pião, cabra-cegas
Mas nas aulas, sempre empenho.
Saudades já tenho de ti,
Dos livros e lápis na sacola,
Letras e contas que aprendi.
De tantos que partiram,
Quantas crianças acolheste,
Quantas lições te ouviram?
Regressam a ti de verdade;
Falta-lhes a cor da meninice,
Sobra-lhes a doce saudade.
27 de julho de 2019
Outros tempos, outros olhares - 1
Na foto de baixo, também algo mudou, neste caso o cruzeiro bem como os muros e acessos ao campo próximo.
Guardamos muitas coisas na nossa memória mas as fotografias, sejam a cores ou sem elas, ajudam a definir essas recordações, esses olhares.
25 de outubro de 2018
Bem a mim que és pequenino
11 de outubro de 2018
Parecendo que não, de hoje a um mês é S. Martinho
10 de outubro de 2018
Coralistas
28 de setembro de 2018
Olha o passarinho...
27 de setembro de 2018
E a mocidade de Guisande foi à praia
10 de setembro de 2018
Saudades
8 de abril de 2018
Meninos, é hora do recreio
Adenda 1: Já depois desta publicação e partilha no Facebook, ali alguém perguntou se a professora aqui de costas, seria a D. Célia Azevedo. Sem ter certezas, até porque esta fotografia em princípio será dos anos 50, mas sem confirmação se da primeira ou segunda metade, respondi que tenho indicações que não será a Prof.ª Célia Azevedo, já que esta terá começado ali a leccionar apenas pelo início dos anos 60.
Assim, e estando de costas, o que não ajuda a identificação, poderá ser a Prof. Noémia, que ali deu aulas nos primeiros tempos, ou ainda a Prof.ª Georgina, que por ali também leccionou nos anos 50. Mas, dependendo da real data da fotografia, não está posta de parte a possibilidade de ser a Prof.ª Célia, logo no início da sua actividade. É uma interessante dúvida e que certamente havemos de resolver. Ainda por esses tempos também ali leccionou a Prof.ª Balbina, a qual em Guisande conheceu e veio a casar com o Custódio da Casa do Santiago.
É claro que durante todo o tempo em que funcionou como tal a escola primária do Viso, foram muitas as professores e professores que ali passaram. Pela parte que me toca, mesmo tendo nascido quase à sombra da escola, apenas ali leccionei a primeira classe, seguindo depois para a então recente escola primária da Igreja onde completei o ensino primário. Nessa minha primeira classe tive como professora a D. Lúcia, de Gião, ainda minha parente. Esta professora leccionou ainda durante vários anos em Guisande.
Adenda 2 - Lançada a curiosidade sobre a eventual identificação da professora que na foto acima aparece de costas e, mais do que isso, sobre o interesse histórico e documental, conversei pessoalmente com a Prof.ª D. Célia Azevedo, a qual, sem prejuízo de uma futura conversa com mais calma e mesmo biográfica, deu algumas interessantes informações. Desde logo que acabada a sua formação iniciou a sua carreira de professora precisamente na Escola Primária do Viso. Começou no dia 1 de Outubro de 1960 e por ali andou até 1970, altura em que passou para a então novinha Escola Primária da Igreja, onde leccionou mais 23 anos, por isso com uma carreira de ensino de 33 anos.
Nesse começo na Escola do Viso, dava aulas aos rapazes na parte da tarde enquanto que as raparigas tinham como mestra a professra Noémia, natural de S. Roque - Oliveira de Azeméis (que viverá actualmente em Milheirós de Poiares).
Por sua vez, na parte da manhã eram professoras A D. Brilhantina Porto, de Louredo e Maria Balbina, a tal que veio a conhecer e a casar com o Custódio da Casa do Santiago, das Quintães.
A professora Georgina, natural do Porto, muito falada entre os mais velhos, foi de facto a primeira a leccionar na Escola do Viso, logo após a sua construção, por isso aproximadamente de 1950 até quase 1960.
É certo que, como já dissemos, pela Escola do Viso foram passando muitas professoras ao longo dos anos, mas a D. Célia do seu tempo no Viso recorda-se também de professoras como a D. Fernanda, de S. João de Ver, a Alcinda, essa sim, filha do professor Cabral, de Duas Igrejas - Romariz e ainda de uma colega a quem a rapaziada, pela forma muito disciplinadora, com muitos castigos à mistura, chamavam de "Preta". Na altura da nossa conversa não tinha a memória fresca quanto ao seu nome, mas com uma ideia de que se chamaria Fernanda, vinda de Grijó - Vila Nova de Gaia.
Aos poucos procuraremos aprofundar mais esta questão, mas penso que algumas peças do puzzle estarão já encaixadas.
5 de março de 2018
A alegre casinha
28 de fevereiro de 2018
Bate leve, levemente
Batem leve, levemente,
como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.
É talvez a ventania:
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho…
Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza.
Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria…
– Há quanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu!
(...)
A Balada da Neve - Augusto Gil
26 de fevereiro de 2018
Perceber da poda
24 de outubro de 2017
24 de Outubro de 1954–Inundação na ribeira da Mota
Hoje, dia 24 de Outubro de 2017 tivemos um dia quase de Verão, com céu azul e temperatura bem alta. Mas se recuarmos no tempo, mais precisamente 63 anos, por isso a 24 de Outubro de 1954, abateu-se sobre a nossa freguesia de Guisande e freguesias vizinhas, sobretudo do lado sul e poente, como Pigeiros, Caldas de S. Jorge, Fiães e Lobão, uma chuva forte e persistente, designada de tromba-de-água, que em poucas horas, naquele Domingo de manhã, galgou as margens da ribeira da Mota, arrastando dos campos, com a sua impetuosidade, toda a vegetação e medas de palha ou de canas de milho.
Em resultado, com a pressão da água e dos detritos dos campos e margens arrastados, a ponte da Lavandeira, entre os lugares do Reguengo e Viso, acabou por ceder, desmoronando-se, sendo, pouco depois, edificada a ainda actual ponte. Provisoriamente, como se vê na foto acima, foi realizado um estrado em vigas e tábuas de madeira para assegurar a passagem de carros e pessoas.
Ainda hoje, as pessoas mais idosas recordam-se desse Domingo chuvoso e daquela que foi certamente a maior cheia da ribeira da Mota de que há memória, o que de resto também sucedeu no rio Uíma
. Mesmo a cheia de 2001 terá sido apenas uma humilde amostra quando comparada com a de há 63 anos.
Neste foto acima vê-se o paredão norte totalmente demolido. Curiosamente percebe-se que o caudal da ribeira era quase diminuto, pelo que se deduz que estivesse a ser desviado pelos regos das levadas a montante, de modo a permitir a intervenção provisória na ponte. Também pode sugerir que essa cheia teve de facto características muito concentradas pelo que logo que passou a tromba-de-água, o caudal voltou ao seu normal.
24 de setembro de 2017
A sineta da capela de Nossa Senhora da Boa Fortuna no monte do Viso
Se não me falha a memória de criança, que ainda se recorda das obras, tenho a ideia (a confirmar) de que até essa data a sineta estava instalada numa estrutura de ferro sensivelmente na parte central da cobertura, na zona da transição da nave principal para a nave da capela-mor, sendo accionada por uma corda ligada directamente ao compartimento poente da sacristia (divisão que em dias de festa do Viso é ocupada pela Comissão de Festeiros), junto à reentrância onde há uns anos a comissão assentava o pipo de vinho com que, servido a copo, brindava quem ia pagar a promessa.
Foi pena que nas obras posteriores, nomeadamente em 2003 quando se procedeu à reformulação da estrutura da cobertura e reconstrução do coro, não se tivesse desmontado este sistema ou pelo menos mudado as cornetas para um local com menos impacto visual, eventualmente na zona mais central da cobertura. Em todo o caso, como se disse, este relógio sonoro toca a cada quarto de hora e é ouvido em quase toda a freguesia, dependendo da direcção do vento e já há muitos anos que é companhia de quem vive a contar as horas.
Também em 2016, o arco sineiro sofreu uma intervenção, sendo ligeiramente alteado de modo a ajustar o sistema mecânico de accionamento da sineta anteriormente instalado.
Por esta data, 1874, fica-se a saber que a sineta só foi instalada na capela cinco anos após a sua construção (1869).
Tudo indica, pois, que as tais obras acima referidas se realizaram durante o resto do mês de Junho e Julho. Creio que por esta altura da Comunhão Solene já estariam terminadas as obras na parte interior, nomeadamente o restauro/pintura dos altares e colocação do revestimento do tecto.
Prova disso, ou equivocado, certo é que Pinho Leal, no seu "Portugal Antigo e Moderno" de 1873, a páginas 370 do vol. III, referindo-se a Guisande diz que "...tem uma capela dedicada a Santo Ovídio onde se fazem três festas no ano, muito concorridas. A quem tiver padecimento nos ouvidos, tem (segundo a crença da gente d´aqui) um óptimo remédio. É furtar uma telha e levá-la de presente a este santo; fica logo bom e a ouvir perfeitamente. É medicamento muito experimentado e aprovado pela gente da terra da Feira. A telha há-de ser furtada senão não o vale".
Mas admite-se que Pinho Leal (que casou com Maria Rosa de Almeida, do lugar do Carvalhal, freguesia de Romariz, onde construiu casa e nela ali morou) tivesse feito confusão porque na sua descrição referente à freguesia de S. Tiago de Lobão também lhe atribui a pertença da capela do Santo Ovídio. Não nos parece, pois, que a capela fosse meeira das duas freguesias vizinhas nem que existissem duas distintas capelas sob a mesma invocação. Seja como for, essas referências de Pinho Leal, mais do que dissipar dúvidas, porventura aumentou-as.
De resto, tal como acontece no lugar de Azevedo, em que a freguesia de Caldas de S. Jorge se apropriou de uma ampla parcela do lugar de Estôze, reclamando-a como sua a pretexto de não perder uma parte das habitações ali edificadas entre os anos 80 e 90, os anteriores e sucessivos presidentes de Junta dessas freguesias nossas vizinhas nunca quiseram admitir a apropriação indevida de território mesmo que desmentidos perante factos. Daí que este tipo de disputas sejam antigas e comuns a muitas outras freguesias por esse nosso Portugal fora, e que invariavelmente não têm solução a não ser por imposição administrativa dos tribunais, o que raramente acontece. Em todo o caso, é tudo Portugal.
21 de julho de 2017
27 de fevereiro de 2017
Festa do Viso - Anos 80 - Procissão
4 de outubro de 2014
Pe. António Alves de Pinho Santiago
Em 15 de Agosto de 2011 festejou as Bodas de Ouro Sacerdotais, cuja celebração decorreu na igreja matriz de Guisande.
Manteve-se na paróquia de Palmaz durante 55 anos e na de Travanca durante 26 anos. A despedida aconteceu no final de Setembro de 2018. Para assumir as suas funções pastorais, o Bispo nomeou em 25 de Julho de 2018 o Pe. André Bruno Teixeira de Olim, como administrador paroquial de Palmaz e Travanca. Este jovem padre, nascido em 11 de Setembro de 1985, foi ordenado em 12 de Julho de 2015 e anteriormente esteve colocado na Madeira como Vigário Paroquial das paróquias do Caniço e Santo da Serra, no Arciprestado de Machico e Santa Cruz.
Concluída para além das suas forças a sua longa missão de pastor, com o peso das vicissitudes da velhice, regressou à sua terra natal, à casa paterna no lugar das Quintães, onde passou a viver na companhia de alguns dos seus irmãos.
Que Deus o conserve entre nós por mais anos.
Abaixo várias outras fotografias de momentos diversos e importantes, como a cerimónia da ordenação na Sé do Porto, missa nova em Guisande e respectiva boda, grupo de irmãos em diferentes datas e ainda alguns momentos na sua paróquia de Palmaz.
Na foto acima, em 2016, com o então presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, Dr. Hermínio Loureiro, na assinatura de um contrato-programa que permitiria um apoio de 30 mil euros para as obras de requalificação da envolvente da igreja matriz de Palmaz, umas das últimas e várias obras dinamizadas pelo Pe. Santiago. [foto: fonte: cm oaz]
Na foto acima, a ser entrevistado para o jornal "Correio de Azeméis", durante a festa de convívio e homenagem na despedida das suas funções pastorais, em Palmaz, em Setembro de 2018.
Nota final: Um agradecimento ao Alberto Santiago, irmão do Pe. António, por nos facultar algumas das fotografias que ilustram este artigo. Bem haja!