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9 de agosto de 2017

Eleições Autárquicas 2017 - O que se vai lendo, vendo e ouvindo - III

A reforma administrativa imposta em 2013 extinguiu 10 das 31 juntas de freguesias do nosso Concelho, o que veio acrescentar dificuldades no que diz respeito à mobilidade, principalmente da população idosa, devido à extinção de diversos serviços administrativos.
Fomos contra essa reforma administrativa e continuamos contra uma decisão que consideramos prejudicial para os feirenses. Temos propostas concretas para reverter alguns dos problemas causados por essa reforma!

Margarida Rocha Gariso - Candidata do Partido Socialista à Câmara Municipal de Santa Maria da Feira - in página de candidatura no Facebook

5 de agosto de 2017

Eleições Autárquicas 2017 - O que se vai lendo, vendo e ouvindo II

Por estes dias, na Rádio Clube da Feira, ouvi Margarida Gariso, a candidata à Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, pelo Partiudo Socialista, entre outras acusações a algumas das políticas do actual executivo camarário, liderado pelo recandidato Emídio Sousa, a abordar a questão do abastecimento de água. Disse o que considero serem algumas verdades, mas rematou dizendo que na negociação com a Indáqua a Câmara tem sido fraca, em contraponto com uma posição de força adoptada para com os contribuintes e consumidores, ou seja, "fraca com os fortes e forte com os fracos".
Nem tudo o que a candidata disse será exactamente como o dissem mas pela parte que me toca, e como muitos milhares de feirenses, tendo sido obrigado a pagar pela medida grande os ramais de ligação e agora vendo que outros deixaram de pagar, não posso deixar de estar de acordo. Mas pior do que isso, é o facto dos consumidores que pagaram os ramais serem agora penalizados com o aumento das tarifas tendentes à compensação à Indáqua por agora deixar de se encher comas taxas dos ramais. Não é novidade nem afirmado por qualquer Zé Ninguém que o preço da água no nosso concelho é do mais alto praticado na área metropolitana do Porto. Posto isto, tem razão quem o afirma e denuncia estas "mãos na carteira", seja a Margarida Gariso, o Zé da Esquina ou Toninho das Iscas. A razão é sempre ele própria.

3 de agosto de 2017

O que se vai lendo e ouvindo - Viagem Medieval

Em véspera do arranque de mais uma edição da Viagem Medieval, ouvi na Rádio Clube da Feira, o Dr. Emídio Sousa, presidente da Câmara de Santa Maria da Feira, naturalmente a exaltar as virtudes do evento, da sua internacionalização e do seu impacto na economia no concelho e na região. Também referiu que o evento é uma oportunidade para muitas associações e colectividades do município para ali arrecadaram as receitas necessárias às suas actividades anuais.
No que se refere à questão das associações, certamente será verdade. Infelizmente, não custa acreditar que a larga maioria das colectividades fica de fora do generoso bolo e as que participam serão repetentes, não largando, literalmente, o osso do que sobra das dezenas ou centenas de porcos vendidos em sandes, o que não surpreende quando um dos vários critérios da selecção será o da "experiência", ou seja, quem a não tiver, nunca terá oportunidade para a vir a ter a não ser por obra e graça da divina vontade de alguns organizadores. Quando assim é, quando se sabe que a coisa gera muito muito dinheiro, está assim criada a cola que agarra alguns interesses e mesmo dirigentes.

28 de julho de 2017

Brincar aos títulos

Foi o jornal "Terras da Feira", um semanário de prestígio no nosso concelho durante pelo menos três décadas  e que de semanário cresceu até chegar ambiciosamente a tri-semanário.  No entanto, normalmente quando se dá passos maiores que as pernas, os tropeções são consequência e daí o jornal ter recuado novamente a semanário, numa descida que não augurava bom desfecho. Assim, num enredo de interesses de propriedades, de proprietários e de títulos, comum a tantas empresas em dificuldades, de um dia para  a noite passou a ser o "Terras Notícias" e passados poucos meses a coisa voltou a dar uma volta e já é o "N-Notícias da Terra". Não tarda terá outro título qualquer e eventualmente a pertencer a outra qualquer empresa. Em muitos casos semelhantes, na imprensa ou em outras áreas de negócios, estas alterações consecutivas não são mais que o princípio do fim. Fosse eu anunciante, assinante ou mesmo leitor assíduo e não me agradariam de todo estas mexidas e as consequentes perdas de identidade e referência, por mais que se apregoe o contrário com promessas de renovada imagem e dinâmica.
Felizmente, e como contraponto a este vai-e-vem, vamos tendo por cá, no concelho, um jornal centenário, o "Correio da Feira" que apesar das naturais alterações de estrutura social-empresarial e exigências de mercado, vai continuando fiel a si próprio e a prestigiar a imprensa regional concelhia e até nacional, já a caminho dos 130 anos. 

10 de julho de 2017

Eleições Autárquicas 2017 - O que se vai lendo, vendo e ouvindo - I

"Mais no marketing, menos nas pessoas"

Luís Sá é o candidato do Bloco de Esquerda à Câmara Municipal nas próximas eleições autárquicas de 1 de Outubro de 2017. Em entrevista dada ao jornal semanário "Terras Notícias", entre outras considerações menos positivas para com o actual exuecutivo PSD, liderado por Emídio Sousa, sublinha que "..a autarquia tem como prioridade o marketing em detrimento das pessoas".

Critica, igualmente o modelo empresarial seguido pelo executivo PSD: "O Bloco de Esquerda quer fazer em Santa Maria da Feira aquilo que está a fazer no país. Queremos criar mais emprego, mais rendimento para as pessoas, aumentar os apoios sociais e melhorar a qualidade de vida de todos. Pretendemos aplicar tarifas sociais para baixar o preço da água e queremos construir mais espaços verdes e de lazer, promovendo uma melhor mobilidade no Concelho. É também nossa ideia melhorar os serviços públicos e cortar nas rendas e nos negócios que têm sido lesivos para a população e que muito pesam no orçamento da Câmara Municipal".

É evidente que o candidato Luís Sá debita as orientações habituais do Bloco de Esquerda e de quem naturalmente pretende contrariar a posição e a política de quem está no poder. É natural que assim algumas das suas considerações sejam exegeradas, porque é sempre bem mais fácil falar de fora. Seja como for, no que diz respeito à consideração que dá título à sua entrevista ao "Terras Notícias", creio que há por ali um pouco de verdade. Efectivamente é notório o grande gasto que a Câmara tem em situações de marketing, sobretudo ligado aos grandes eventos que promove de forma centralizada, como o caso da Viagem Medievel, Imaginárius e Perlim. Se essse gasto tem sido um investimento com retorno, não temos dúvidas que em grande parte sim, mas se esse retorno tem beneficiado de forma homogénea o território, para além da sede do concelho, aí já me parece que não totalmente, e isso constata-se em muitas freguesias, incluindo a nossa de Guisande e a União onde se insere, com muitas pequenas e simples coisas por resolver, algumas abaixo do custo de produção de algumas simples publicações de marketing e um qualquer outdoor. 

Em resumo, o investimento em marketing promocional não é negativo quando visa um retorno para as pessoas e para um território, como um todo, e não apenas para algumas pessoas ou entidades e quase sempre para os mesmos sítios. Há por isso muitas coisas a melhorar, pequenas e grandes, e essas não se resolvem apenas com a venda da imagem  de um concelho ou de uma sede que orbitam à volta do castelo. Já é, pois, tempo de se efectivar o chavão de campanha "Mais pelas pessoas". Bem sabemos que slogan de Emídio Sousa para as eleições que se aproximam é "O concelho À FRENTE", mas num amplo território como o de Santa Maria da Feira também há realidades laterais e até mesmo atrás. Seguir em frente, sim, mas também olhando para os lados e para o retrovisor. Em algumas ruas da nossa União, e nomeadamente em Guisande, seguir apenas em frente pode descambar em alguns grandes buracos no meio da rua ou em zonas alagadas com águas pluviais a convidar à inversão de marcha. Há, pois, que resolver estes "pequenos grãos de areia" na engrenagem, para então, poder seguir-se em frente. E para isto não é preciso marketing.

15 de maio de 2017

Adaptação, conhecimento e respeito

 
Na edição desta segunda-feira, 15 de Maio, o semanário feirense “Terras Notícias  num especial dedicado a Caldas de S. Jorge, dá voz ao presidente da Junta da União de Freguesias de Caldas de S. Jorge e Pigeiros.
José Martins, entre outras considerações relacionadas ao território que gere, refere que “…nunca fazemos aquilo que gostaríamos de ter feito, mas também temos a noção de que em três anos tivemos uma nova realidade com a agregação de freguesias e isso obrigou-nos a alterar os nossos pressupostos.”.
 
Esta constatação é óbvia e reflecte uma realidade que por enquanto o grosso da população certamente ainda não assimilou e por conseguinte ainda não a compreende. Ora se isto é verdade para uma união de duas freguesias, como Caldas de S. Jorge e Pigeiros, ainda é mais notória  quanto às dificuldades inerentes para uma união com três freguesias, como Canedo, Vale e Vila Maior ou, ainda mais, para quatro freguesias, como a nossa, com Lobão, Gião, Louredo e Guisande.
 
Num sentido geral às diversas uniões de freguesia do nosso concelho,  nestes primeiros tempos de uma nova realidade decorrente de uma atabalhoada reforma administrativa, em que ainda há muito caminho a arrepiar e mentalidades a mudar,  não surpreende que exista a tentação de predominância por parte da freguesia que encabeça qualquer união sobre as demais e que em face disso, de um modo geral, se perceba nas populações das freguesias integradas um sentimento de  desconsideração e descontentamento, sendo que este muitas vezes alheado das reais dificuldades financeiras das respectivas Juntas e das consequentes dificuldades em ampliar os quadros de pessoal ou contratar serviços para poderem dar resposta a necessidades tão básicas como a limpeza regular das ruas e jardins, para além de reparações e pequenas obras do dia-a-dia.
 
José Martins, mais refere que “…Tivemos de conhecer bem a outra freguesia e criam-se dinâmicas diferentes numa e noutra freguesia. Estas coisas levam o seu tempo. Para muita gente, três anos é muito tempo, mas para quem está numa nova realidade, é pouco tempo. Foi uma fase de adaptação.”.
O presidente da União de Freguesias das Caldas de S. Jorge e Pigeiros, diz aqui uma verdade indesmentível, mas na forma como a diz sub-entende-se que Caldas de S. Jorge teve que “conhecer bem” a freguesia de Pigeiros. Ora não teria que ser assim, porque este conhecimento deve ser mútuo porque uma não tem que ser predominante nem adaptar-se em relação a outra. Enquanto este sentimento de predominância se mantiver, seja em que união de freguesias for, a coisa não funcionará e as populações, porque não são tolas nem cegas, perceberão, e quem não adoptar uma postura e mentalidade de verdadeira união, mais cedo ou mais tarde não terá lugar nos órgãos de poder local.
 
José Martins, no entanto está certo na essência da questão, porque de facto uma verdadeira união de freguesias exige por parte de quem a comanda, um conhecimento de todas as freguesias mas também um respeito pelas particularidades sociais, culturais e históricas de cada uma e que isso naturalmente se traduza no relacionamento institucional e pessoal com a população, grupos e associações. Creio pessoalmente que a mais valia e riqueza de uma qualquer união de freguesias, a duas, a três ou a quatro unidades, como a nossa, é precisamente a diversidade das características de cada uma, geográficas ou humanas. Uma qualquer Junta ou um qualquer presidente que não percebam esta realidade nem tenham uma actuação condizente, nunca terão sucesso nem nunca serão bem acolhidos.
 
No caso da união de freguesias presidida por José Martins, sendo uma opinião de quem apenas está e olha de fora, até penso que tem havido um respeito mútuo e têm-se feito coisas interessantes no que diz respeito à dinâmica social e cultural entre ambas as freguesias. É claro que dificuldades e críticas existirão sempre e nem tudo tem sido positivo ou fácil, mas creio que esta União de Freguesias unidas pelo rio Uíma, passada a fase de adaptação, tem todas as condições para funcionar de forma muito positiva e inclusiva.
 
Em resumo e não dizendo nenhuma novidade, é fácil perceber que um qualquer presidente de Junta para uma qualquer união de freguesias, para além das qualidades inerentes à sua competência e da sua equipa , ainda de um estilo dinâmico, objectivo, determinado e não hesitante, inclusivo e agregador, tem que compreender e respeitar as características de cada uma das freguesias e não fazer contas em cada obra ou iniciativa em função do grau de importância eleitoral de cada uma delas ou, sendo natural de uma, não tratar as demais como enteadas ou filhas ilegítimas. Um qualquer presidente de Junta de uma qualquer união de freguesias tem que ser mais que um presidente da sua própria freguesia. Tem que saber ser e estar em consonância com as exigências e contribuir em todas as acções e momentos para o sucesso de cada uma das uniões, contribuindo para uma união plena e mesmo encurtar distâncias e assimetrias de desenvolvimento quando existam.
 
Se não for assim, não valerá a pena o esforço e a malfadada reforma administrativa, para além de muito mal ataviada, não terá, nem no presente nem no futuro, qualquer crédito a seu favor, para além de trazer à memória um mau político como o Sr. Relvas, e de fazer  poupar uns cobres ao Estado.

15 de abril de 2017

Correio da Feira–120 anos

 

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O jornal regional e semanário feirense “Correio da Feira”, completou 120 anos de existência. Comprei o número da sua edição especial de aniversário.

Este jornal é uma marco importante na imprensa feirense e mesmo com as naturais dificuldades inerentes à imprensa escrita no nosso país e de modo particular à regional, tem sabido adaptar-se e vai trilhando o seu caminho. É certo que com sobressaltos, altos e baixos, mas tem sabido manter-se, e nesta altura, pelo que vou vendo e lendo, é, em minha opinião, um jornal com muita qualidade e esta tem crescido nos tempos recentes, tanto em conteúdo como no aspecto gráfico e de imagem, mais parecendo um jovem.

Pena que a concorrência não tenha sido capaz de se aguentar nas canetas e com isso desbaratado um título e uma história de mais de três décadas, como era o caso do “Terras da Feira”. Um título que andou a dar passos maiores que as pernas, chegando a ser tri-semanário para voltar humildemente a semanário e, finalmente, acabar tristemente sem honra nem glória. Numa espécie de geringonça nunca bem explicada mas bem percebida, apareceu em seu lugar um semanário baptizado de “Terras Notícias” que agora não passa de um bebé a dar os primeiros passinhos, ainda de gatinhas, quando comparado com o vetusto título do “Correio da Feira”. Foi pena. Adivinhava-se, é certo, mas foi pena.

Parabéns ao “Correio da Feira”, e que continue agora até aos 150 anos.