A avaliar pelas opiniões e comentários expressas nos média online e redes sociais, parece que muita gente ficou desiludida ou até mesmo revoltada com o facto de Cristiano Ronaldo ter perdido o troféu de melhor futebolista mundial pela FIFA, para o seu ex-colega de equipa no Real Madrid, Luka Modric.
Certo é que depois do croata ter vencido recentemente o troféu de melhor jogador para a UEFA, adivinhava-se que Ronaldo não teria hipóteses de somar o seu sexto troféu (tem 5 tal como Lionel Messi).
Pode ser apenas uma teoria, mas o facto de Cristiano Ronaldo ter deixado o Real Madrid no contexto em que o deixou, pode ter feito toda a diferença. Há quem garanta que se o CR7 ainda estivesse no Real o troféu não lhe fugiria. Não custa nadinha a acreditar.
Certo é que, como Messi, que nem sequer estava nomeado, Cristiano Ronaldo certamente pré-avisado do resultado, nem se dignou a aparecer à cerimónia. Verdade se diga, para além de todas as grandes qualidades de Ronaldo, tanto quanto atleta como homem, o saber perder nunca foi uma das suas boas qualidades. Daí, mesmo que com as habituais e legítimas desculpas, acabou por não aparecer. Ora é bom saber ganhar mas mais importante saber perder, independentemente dos critérios e do sentido de justiça da atribuição do troféu a Modric.
Pessoalmente acho sempre uma piada que os defensores de Ronaldo esgrimam a seu favor o número de golos e de títulos. Ora por estes critérios, pode-se pôr de lado a possibilidade de atribuição do troféu a um jogador na posição de defesa e mesmo a um guarda-redes (coitados, poucos ou nenhuns golos marcam). Por conseguinte, dito isto, creio que a atribuição de tal troféu não pode de todo corresponder tão somente aos golos e aos títulos mas à classe e qualidade intrínseca de um futebolista, em suma, a genialidade (no que Messi tem de sobra). Ora a conquista do "The Best" por Luka Modric veio de alguma forma fazer jus ao nome do troféu, mostrando que os golos não podem nem devem ser factor decisivo. Caso assim não fosse seria preferível e menos hipócrita que a FIFA tivesse um prémio semelhante para cada um dos sectores do futebol conforme a sua organização, ou seja, o melhor avançado, o melhor médio, o melhor defesa e o melhor guarda-redes. Seria preferível porque mais consentâneo com as características próprias de cada atleta na respectiva posição. Eventualmente até um prémio para cada posição específica, no que resultaria em 11 troféus.
Mas manda quem pode e afinal de contas este tipo de troféus e cerimónias a eles associadas não passam de show-off e entretenimento à volta de quem ganha milhões a dar chutos numa bola. Portanto merece a importância que merece ou aquela que cada um de nós lhe quiser dar. Por mim, dou pouca.