3 de janeiro de 2022

Vacinação no Europarque - Um dia menos bom




Pode ter sido do dia, mas hoje a coisa não me parece que tenha corrido bem. Mais de duas horas e meia para o processo de vacina. Fila enorme e que no período das 13:00 às 14:00 horas não avançou um único metro, gerando-se descontentamento e impaciência dos muitos que esperavm an fila o frio. Mais valia encerrrar assumidamente para almoço.

Alguns mais exaltados a pedir justificações ao pessoal auxiliar, com estes a desculparem-se que a coisa "empancou nos enfermeiros". Já nos enfermeiros, com apenas algumas cabines a funcionar, os mesmos face às queixas desculpavam-se que os recursos humanos eram poucos face ao afluxo, mesmo que este já fosse previsto com a abertura do agendamento.

Também alguma desorganização, ou pelo menos com falta de controlo, com muitas pessoas a atravessarem e a cruzarem a fila para irem ao balcão de atendimento pedir explicações e esclarecimentos, entrando e saíndo pela mesma porta. Distanciamento, zero.

O sistema de Porta Aberta também não ajuda, mostrando que afinal de contas o prévio agendamento e o horário marcados de nada valem. Mesmo que apenas acessível a maiores de 60, o Porta Aberta não se devia sobrepor ao prévio agendamento porque prejudica sobremaneira quem tem que faltar ao trabalho ou se organiza em função do horário marcado. 

Em todo o caso, às 13:15 horas foi afixado na porta de entrada um aviso a informar que o Porta Aberta deixaria de funcionar a partir das 13:30 horas, devido ao excesso de afluência. 

Uma vez mais, tal como havia acontecido em Lisboa e noutros centros de vacinação, fica provado que o regime Casa Aberta é potencidador de afluxos imprevistos e que complicam a vida a toda a gente. 

Claro que quando abandonei as instalações já depois das 15:30 horas, a fila no exterior já deveria estar nos 100 metros. No interior uma outra serpenteava numa volta demorada.

Mas manda quem pode e o povo, manso cordeiro, acata. 

Coesão e coisa e tal...

Em 2012, um tal de Relvas (bom exemplo de um mau político), com a aprovação da dita cuja reforma administrativa, dizia que "...demos mais um passo para o aumento da eficiência dos serviços públicos, bem como a sustentabilidade do poder local. A coesão territorial sai reforçada. Esta é uma reforma para as pessoas e não para os políticos".

É certo que a coisa ainda é relativamente recente, mas para amostra, 8 anos e dois mandatos de gestão das novas autarquias, já deram para ver o que valia. Nada! Eventualmente na redução de custos para o Estado, mas para as pessoas, pelo menos por cá, nada vezes nada. Chega até a ser imoral esgrimir que esta reforma foi feita para as pessoas e não para os políticos quando a proximidade que apesar de tudo existia no anterior modelo, levou, com a mudança, um autêntico murro na barriga, ou até mesmo um pontapé nos tomates.

Felizmente, parece que vai ser possível desfazer alguma da cagada, mas pena que não totalmente revertida, pura e dura. Nestas coisas, os governos criticam-se uns aos outros, mas, como porcos esfomeados, empurram-se e esfocinham-se, mas em rigor comem da mesma pia.

Mas voltando à "...coesão territorial", só pode ser mesmo piada. Porque na verdade a lógica de investimento que tem regido estes dois mandatos não tem ido de encontro a um nivelamento dos diferentes territórios das uniões, mas antes acentuado a diferença no grau de importância populacional e dela a eleitoral.

Vejamos, no caso de Guisande: Ainda há ruas completamente às escuras, sem um único poste de iluminação. Mesmo a estrada que liga Louredo a Guisande, entre os lugares de Cimo de Aldeia e Igreja, tem uma grande extensão sem iluminação. Mesmo na rua de Estose que ligar ao território de Guisande anexado pelas Caldas de S. Jorge, no lugar de Azevedo, tudo é escuro como breu. Asssim, no mínimo a dita coesão territorial ainda não passou de um cinzento carregado. 

A nível do concelho é certo que muita coisa foi feita mas ainda padece de um centralismo exagerado e a sede e as freguesias do seu eixo poente são quem mais beneficia em projectos de monta. O resto, é quase paisagem e mesmo essa já para pasto de auto-estradas e centrais eléctricas. E ruas às escuras.... 

2 de janeiro de 2022

S. Mamede - Painel de azulejos

 


O revestimento da torre da nossa igreja matriz com azulejos terá ocorrido no ano de 1949. De resto, no painel de azulejos com a figura de Santo António, aplicado do lado nascente da torre, tem precisamente essa data inscrita. 

Ainda como prova de que terá sido nesse ano de 1949, há nas papeladas da paróquia uma factura com a compra de outro painel, no caso aquele que representa a figura do nosso padroeiro, S. Mamede (na imagem acima), aplicado no lado norte da torre da igreja. De resto há ainda mais facturas da compra de outros quadros em azulejos, também colocados no revestimento da torre de que falaremos noutra ocasião.

Quanto a este painel, foi pintado a partir da imagem do nosso padroeiro conforme existente no altar-mor, como se pode comparar pela foto abaixo.



Como se verifica pela cópia da factura acima, a data da compra foi em 15 de Junho de 1949. Informa-nos ainda o documento que o quadro custou 650$00, o que era bastante dinheiro para a época. 

Os azulejos e respectivos painéis foram fabricados e vendidos pela Fábrica Cerâmica do Carvalhinho, de Vila Nova de Gaia, na qual ao longo da sua existência saíram interessantes obras de arte de azulejaria portuguesa e de modo especial com motivos religiosos. De resto, todos os azulejos aplicados na nossa igreja, incluindo o interior e a fachada principal, foram fabricados pela respectiva fábrica. 

No nosso concelho da Feira são inúmeros os locais que têm azulejos produzidas por esta emblemática fábrica, nomeadamente junto à arcada no Museu da Cortiça em Santa Maria de Lamas, mas também no seu interior.


Sobre a Fábrica de Cerâmica do Carvalhinho, a primeira instalação ficava situada no Porto, junto à Capela do Senhor do Carvalhinho, local que inspirou o nome da fábrica, pertencente à Quinta da Fraga, junto à Calçada da Corticeira.

A sua fundação ocorreu em 1840, por Thomaz Nunes da Cunha e António Monteiro Catarino, seus fundadores, ambos então com experiência no campo da cerâmica. Em 1853 a fábrica sofreu ampliações que lhe permitiram lançar-se, definitivamente, no campo comercial.

Em 1870 Castro Júnior, que é genro de Thomaz Nunes da Cunha sucede-lhe e toma os destinos da fase seguinte de fábrica. Na viragem do século e em conjunto com a fábrica das Devesas, a fabrica resistiu à transição atingindo mesmo um elevado grau de desenvolvimento industrial.

Os azulejos de parede foram produzidos, pela primeira vez, nesta fábrica que recebeu ao longo dos quase 140 anos de existência diplomas de mérito nesta área, constituindo o maior exemplo disso a própria fachada de azulejos da Fábrica Carvalhinho, no Largo S. Domingos.

No início do século XX, as fábricas de cerâmica portuguesas debateram-se com dois problemas: o surgir de produtos cerâmicos estrangeiros (Inglaterra e França); e o atraso tecnológico das máquinas utilizadas, comparativamente com as concorrentes.

Em 1906 a fábrica é ampliada. Renovou-se a parte técnica conseguindo-se alcançar melhor e maior produção, exportando para o Brasil e África os seus produtos em grande escala.

Seguindo modelos de fábricas de cerâmica da Alemanha e Inglaterra nascem as novas e modelares instalações da fábrica do Carvalhinho, dotadas do mais moderno equipamento tecnológico da época.

Em 1930 o sócio A. Pinto Dias de Freitas vê-se obrigado a, devido a grandes dificuldades financeiras, associar-se à Real Fábrica de Louça de Sacavém de grande prestígio na época e para onde se transfere a sede da Carvalhinho sob a direcção do Sr. Herbert Gilbert. Nesta fase a fábrica atingiu o que se considerou "a idade de ouro".

Depois da morte de António Dias de Freitas, em 1958, é nomeado Frederick W. Sellers para gerente da fábrica de Gaia em colaboração com Eng.º António de Almeida Pinto de Freitas, um dos filhos do anterior sócio, que acaba por retirar-se mais tarde devido a desentendimento com aquele gerente.

Em 1965 juntamente com um irmão, compra à fábrica de Sacavém a sua parte no capital da empresa.

Não são, no entanto bem sucedidos, estes dois irmãos, uma vez que contraindo enormes prejuízos, vêem-se obrigados a entregar a fábrica em haste pública ao Sr. Serafim Andrade.

Esta encontrava-se já numa fase de total decadência, acabando por encerrar definitivamente em 1977 perdendo-se, assim, uma das mais notáveis unidades de cerâmica do nosso país.

1 de janeiro de 2022

Um Menino nos foi dado como nosso Salvador

 




Aspectos do presépio instalado na igreja matriz de Guisande - Natal de 2021

Nota de falecimento


Faleceu Maria Amália Henrique Pereira, de 96 anos (02 de Julho de 1925 - 01 de Janeiro de 2022), viúva de Manuel Gonçalves Porto, do lugar de Casaldaça - Guisande.

Cerimónias fúnebres  na igreja matriz de Guisande, na Segunda-feira, dia 03 de Janeiro de 2022, pelas 16:00 horas, indo no final a sepultar no cemitério local em jazigo de família.

Sentidos sentimentos a todos os familiares. Paz à sua alma e que descanse em paz!

Torneio de Futebol Juvenil "O Mês de Guisande" - 1982

 


Em 1982 o jornal "O Mês de Guisande" promoveu e organizou o seu 1º Torneio de Futebol Juvenil. Nos anos seguintes o torneio teve continuidade já sob a designação de "Guisandito".

Nesta edição de 1982, ainda no campo da Barrosa, participaram quatro equipas: Guisande-Jornal "O Mês de Guisande, organizada e dirigida pelo Américo Santos, e que ficou em 3º lugar, o  Caldas de S. Jorge,, que venceu o torneio, a do CIC - Lobão, em 2º lugar e uma equipa do lugar de Azevedo_Caldas de S. Jorge, que ficou com o 4º e último lugar.

Equipa de Azevedo - 4º lugar

Equipa do CIC-Lobão - 2º lugar

Equipa do Caldas de S. Jorge - 1º lugar

Guisande F.C. - Equipa de 1982

 


Uma das equipas do Guisande F.C., do ano de 1982 - Ainda no velhinho Campo da Barrosa.