31 de janeiro de 2022

Legislativas 2022 - Day after


Confirmada que está a maioria absoluta do PS- Partido Socialista nas Eleições Legislativas do dia de ontem, importará fazer algumas considerações:

1 - Foi uma vitória incontestável de António Costa que não sofre qualquer dúvida e como tal o mérito é todo seu. Parabéns!

2 - Muitas leituras podem ser feitas mas em grande parte parece-me que tal vitória e sobretudo a maioria absoluta resultará da sua habilidade de ter extremado o discurso numa constante deturpação das propostas do PSD e de o colar constantemente, sem qualquer fundamento, ao partido Chega. A coisa terá resultado, sobretudo junto dos partidos à sua esquerda que assim, pelo voto útil, foram quase vaporizados.

3 - Rui Rio apesar de ser um político frontal, pouco dado a paninhos quentes, promovendo o interesse do país acima do do partido, não alinhou pelo estilo de uma manha e habilidade políticas que rendem votos. Se lhe fica bem como personalidade e frontalidade, perde como político que pouco ou nenhum proveito tirou dessa postura. 

Rio foi pragmático e realista, dizendo que primeiro era preciso crescer para depois distribuir. Por sua vez, Costa fala o que o povo na generalidade quer ouvir. Entre receber 50 no imediato ou 100 no futuro, a população prefere de longe a primeira opção.

4 - As sondagens, e todas elas, mostraram que valem zero e describilizam-se constantemente a elas próprias e a quem as faz ou encomenda. Se algum proveito têm, apenas o de confundir algum eleitorado indeciso. Pena que se lhes dê tanta importância, mas a comunicação social precisa delas para vender.

5 - Duplamente penalizado, o extremismo do Bloco de Esquerda vê o extremismo do Chega tornar-se a terceira força política e com ganas de continuar a crescer. O castigo foi duro mas merecido.

6 - Apesar do extremismo do Chega e sobretudo do seu líder, fica mal a Catarina Martins apelidar desde logo todos os deputados do Chega como de racistas. Dará motivo aos visados para um processo crime mas isso é outra história. Apesar do seu ar de descontração e pelas palmas e ruído na sala fazer parecer que o Bloco  tinha ganho as eleições, na realidade a derrota foi dura e merecida. 

7 - Os resultados e os números desta eleição demonstram que o nosso sistema eleitoral tem muito a mudar para que a representatividade seja proporcional aos votos. Um partido que chega a maioria absoluta sem a ter em percentagem de votos dá que pensar. Isso beneficia claramente os dois grandes pertidos e a bipolarização e daí não haver interesse em mexer nas coisas. 7% em Bragança ou na Guarda não elegem 1 deputado mas 1% em Lisboa, elege. Isto não está de todo correcto sob um ponto de vista de proporcionalidade para além de beneficiar partidos com implantação mais urbana, como os de esquerda.

8 - PSD, CDS têm agora processos internos para resolver e não vai ser fácil porque em quatro anos em que os futuros líderes serão apenas figura de corpo presente. Pessoalmente lamento o que está a suceder ao CDS, um partido fundamental da democracia em Portugal, com valores de uma direita democrática e cristã. Vai ser difícil reerguer-se, tanto mais que tem agora outros partidos que lhe disputam algum eleitorado. O mesmo problema para os partidos da extrema esquerda, embora por ali as coisas resolvam-se de forma quase disnástica ou mesmo mais à chinesa, tudo fechadinho e sem grandes tosses.

9 - Vamos ter agora quatro anos de estabilidade governativa. Esperemos que também social. O PS tem tudo para fazer bem o trabalho, sem empecilhos e sem mãos atadas por partidos menores que na geringonça agiam e reivindicavam como se tivessem a legitimidade de 20 ou 30 deputados ou 20% dos votos.

A ver vamos e oxalá que o país a partir de agora estabilize e cresça em todos os sectores. No final dos quatro anos não haverá desculpas para insucessos.

Quanto à União de Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande, venceu igualmente o Partido Socialista, tal como a nível do concelho e mesmo no distrito.

30 de janeiro de 2022

Legislativas 2022



O PS - Partido Socialista venceu de forma inequívoca as Eleições Legislativas realizadas hoje. A esta hora ainda não está fechado o processo mas pode até vir a conseguir a maioria dos deputados eleitos. O país objectivamente confiou em António Costa para a governação dos próximos tempos.

Também histórico para o PS em Guisande, pois venceu por uma diferença de 9 votos (283 votos contra 274 do PSD), já que antes (por percepção mas a confirmar) nunca havia vencido para estas eleições para a Assembleia da República.

De realçar, neste momento, a penalização do extremismo de esquerda, sobretudo do Bloco, que em larga medida havia contribuído para a antecipação deste acto eleitoral.

Parabéns aos vencedores, honra aos vencidos. Pede-se agora estabilidade.

No Facebook a meio-pau


Na alimentação, é sabido, não convém abusar do álcool, das gorduras, do açúcar e do sal.  Assim, também nas redes socias, e de modo particular no Facebook, torna-se saudável fazer pausas regulares e adoptar um regime de dieta, até mesmo de desintoxicação.

Assim, para já entrei em modo "Vou ali e já venho" no que se refere a uma intervenção directa e esgrimir de comentários, bem como à visualização de publicações de terceiros, isto é, numa merecida e apetecível pausa pelo que por algum tempo estarei em modo poupança. Por ora apenas o lugar à partilha dos links para temas publicados neste meu blog pessoal. 

Quem tiver algum interesse em acompanhar as coisas que por cá vamos publicando, que passe porque é bem vindo!

Colheita de Sangue em Guisande - 29 de Janeiro de 2022


Resultados da jornada:  


46 inscritos

17 suspensos

28 aprovados

1 eliminado.

Obrigado a todos quantos deram um pouco de si mas que pode significar muito para outros.

Obrigado à equipa que colaborou nesta jornada.

29 de janeiro de 2022

Amanhã


Amanhã é dia de Eleições Legislativas antecipadas. 

O único motivo da antecipação, o desentendimento da maioria de Esquerda, com a leitura que cada um dele queira retirar, importará, parece-me, ser tomado em conta.

Uma das vantagens da Democracia é que as estradas não têm sentido único. Importará escolher e respeitar os vencedores e dignificar os vencidos, mesmo que na diferença do que cada um de nós, em consciência e como cidadãos livres e independentes, considera como a melhor alternativa para a nação e para os portugueses.

Não perceber, não compreender e não aceitar isto, é um pouco como ir ao futebol e não reconhecer o mérito ao adversário mesmo que o nosso clube  jogue mal e porcamente.

28 de janeiro de 2022

Atoarda


Confesso que até tinha alguma admiração artística pelo Fernando Tordo. Todavia, com as suas recentes declarações ao Jornal de Notícias, pelo extremismo das mesmas, parece-me, borrou a escrita e pela minha parte perdeu toda a consideração.

Em resumo, disse o artista de 74 anos ponderar voltar a emigrar caso a Direita vença as eleições legislativas marcadas para o próximo dia 30 de Janeiro, e que nesse caso se vai embora, simplesmente, tal como já havia feito em 2014 pelos mesmos motivos.

Ou seja, o Sr. Tordo não se dá bem com a democracia. Ele que se arvora num democrata e que até cantou umas abriladas e umas touradas, tem todo o direito de emigrar e de dizer o que quiser de forma mordaz, crítica ou filosófica. Tem ainda o direito de não gostar da direita e das suas políticas e intervenientes, mas tem igualmente que saber compreender e respeitar a vontade dos portugueses que escolhem alternativas diferentes de forma livre  democrática. 

O país não é só de esquerda nem só de direita, mas de cidadãos que pensam diferente sem deixaram de ser portugueses, e por isso tem havido ao longo do percurso da nossa democracia uma alternância, ora à esquerda, ora à direita. Goste-se, ou não, é assim. Mal estávamos se fôssemos todos direitinhos ou esquerdinhos. 

Como homem livre o Sr. Fernando pode emigrar quando e para onde quiser, mas dizê-lo dessa forma pública e ressabiada, mesmo que em tom de pensador mainstrem, e a passar um atestado de "disparate" aos portugueses que pensam diferente e votam à Direita, é no mínimo um desrespeito.

De resto, se não se dá com a Direita, o Sr. Tordo tem excelentes locais para onde emigrar e continuar a fazer carreira apesar da sua idade. Coreia do Norte, China e Cuba são bons destinos e tem a garantia de que por lá a Direita não passa. Lá o pensamento é único e formatado e o Sr. Fernando sentir-se-á como peixe na água.

Que não perca tempo. Será menos um a receber subsídios pagos por inactividade, com contribuições de todos enquanto contribuintes, tanto os da esquerda, como os da esquerda caviar, que adora, como os do centro ou da direita, que desconsidera.

O mais certo é que a sua tão odiada Direita ainda não vença, mas se sim, já vai tarde! Siga! Pode ir cantando a sua canção:


Adeus tristeza, até depois

Chamo-te triste por sentir que entre os dois

Não há mais nada pra fazer ou conversar

Chegou a hora de acabar

Da Série: "Olhai para o que o Boris diz e não para o que o Johnson faz"


Quando na campanha eleitoral vemos arruadas com todos ao molho, incluindo políticos em ombros, e depois recebemos indicações oficiais para no processo eleitoral, nas secções de voto, respeitarmos o distanciamento e coisa e tal. 

Isto é brincadeira, gozo ou andamos todos na pré-escola?