10 de abril de 2022

Nota de falecimento

 


Faleceu com 98 anos, Maria Isaura Ferreira da Silva (conhecida como Ti Isaura do Vicente). Residia no lugar da Leira, cá em Guisande.

Uma longa e bonita vida e pela qual recebeu a graça de ter sido a mulher mais velha da freguesia.  Simbolicamente num Domingo de Ramos, deixou-nos, a nós e a uma numerosa família com membros a ela dedicados, desde filhos, genros, noras, netos e bisnetos.

Sentidos sentimentos a todos os familiares, de modo particular à filha Fernanda, que nos últimos anos foi o seu anjo da guarda. 

Paz à sua alma! Que descanse em paz!

Cerimónias fúnebres na Segunda Feira, 11 de Abril, pelas 17:00 horas, na igreja matriz de Guisande, indo no final a sepultar no cemitério local.

8 de abril de 2022

Livros escolares antigos - Colecção



Por variadíssimas razões, tenho um especial apreço e carinho por livros escolares, sobretudo pelos do ensino primário. Desde logo, num sentido geral, o gosto pelos livros, depois pelo facto de alguns deles terem sido para mim importantes no ensino das primeiras letras. Também um entusiasmo e afecto pelo lado artístico dos livros, tanto das ilustrações como do grafismo associado aos estilos dos diferentes tempos em que foram produzidos.

Desses livros escolares tenho especial atenção pelos referentes às décadas de 1960 e 1970, naturalmente por serem do período em que andei na escola primária e no ciclo preparatório, fui criança e adolescente. E ainda dentro desses muitos livros escolares, também comummente designados de manuais escolares, tenho preferência pelos livros de leitura, sendo que também me merecem atenção os de história, ciências geográfico-naturais e até mesmo de gramática, aritmética, etc.

Posto esta declaração de interesses, mesmo que a poucos interesse, sei que há quem tenha desses velhos manuais bons exemplares e mesmo excelentes colecções, tanto em número como em qualidade e estado dos exemplares, mas longe dessa importância, também tenho já uma vasta colecção e que abrage tanto as referidas décadas de 1960 e 1970 como outras, sobretudo anteriores.

De um modo geral, dos muitos títulos que foram sendo publicados e que se tornaram mais ou menos generalistas no país, alguns mesmo com carácter de livro único nacional, tenho seguramente uma grande parte e já não serão muitas as publicações a faltar. E se faltam, porque raras e por isso arredadas de alfarrabistas e de outros locais de vendas e leilões onde seja possível tentar a sua aquisição. Vou andando de olho mas pouco ou raramente nada aparece que já não tenha. Ainda por estes dias consegui juntar mais alguns exemplares à colecção.

Nestas coisas não temos certezas, até porque há sempre boas surpresas mesmo ao nosso lado, mas duvido que cá pela zona ou concelho alguém tenha uam colecção tão vasta como a minha quanto a antigos livros escolares do ensino primário. Creio que nem mesmo a Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira, pois tendo lá alguns exemplares, a maior parte dos quais também tenho, todavia, pelo que é possível observar pela consulta online, tenho muita coisa que por ali não consta.

À falta de melhor destino, porventura no futuro terei que equacionar a doação à Biblioteca Municipal, naturalmente havendo interesse da instituição. É uma coisa a considerar, mas por ora ainda não.

7 de abril de 2022

Dia dos moinhos e dos seus pecados




Hoje, dia 7 de Abril, celebra-se o Dia Nacional dos Moinhos.

Sendo certo que agora há dias para tudo e mais alguma coisa, a este, o dos moinhos, deveria ser dada mais importância. Assim, todos os anos, por cá a coisa é lembrada invariavelmente com uma visita e imagens do moinho do Casqueira, em Lobão, movido pelas águas nem sempre limpas do Uíma e o resto em rigor é quase só paisagem. Mesmo no concelho são poucos os exemplares a que se possam chamar de moinhos e  menos os funcionais. Em rigor serão pouco mais que ruínas ou até mesmo o sítio delas.

Cá em Guisande não existe nenhum moinho, conservado, funcional e ao serviço dos proprietários, de consortes ou da comunidade. O último a funcionar terá sido o da casa do Loureiro, na margem esquerda da ribeira da Mota. Contando com as ruínas ou vestígios deles, privados ou de consortes, dou comigo a contar pelo menos 8 exemplares. Alguns facilmente poderiam ser restaurados para lhes dar alguma dignidade e um ou outro a funcionar.

Mas para que tal aconteça é preciso vontade, sair da habitual centralidade à volta do castelo e fazer também uma coisa básica, como limpar as margens das ribeiras e colocá-las ao usufruto das pessoas, com ou sem passadiços, ou não estejam elas classificadas como de domínio público hídrico. Ou seja, o Estado e as entidades da administração pública classificam as coisas como suas mas depois pouco ou nada faz por elas, pela sua conservação e fruição.

É o que temos e quanto a isso é uma água que por ora poucos moinhos vai movendo. Mas é bom que mesmo só por moda se possam lembrar os moinhos, o seu inestimável valor patrimonial, a importância que tiveram para as nossas comunidades, como também no seu contexto, os rios, ribeiras e represas que contribuiam como sua força motriz.

Em todo o caso, este abandono e desmazelo dos moinhos não é só pecado nosso e um pouco por todo o lado o que não faltam é moinhos em ruínas. Se é certo que a alguns tem sido dada projecção regional, como os moinhos de Jancido, na zona do rio Sousa, à custa do esforço de um grupo de amigos, outros há, porém, com muito mais potencial que estão pouco mais que abandonados e pouco divulgados, como é o caso da carreira de moinhos na Barrosa, em Mansores - Arouca. Conheço poucos locais com tanta  beleza e enquadramento. Assim de memória serão pelo menos uma dúzia todos seguidos.  Um ou outro mais conservado mas no geral em ruínas. Mesmo assim a justificar uma visita ou passagem integrada no PR11 - Trilho das Levadas que faz parte do excelente menú de trilhos pedestres do nosso vizinho e bonito concelho de Arouca.

6 de abril de 2022

Anúncio de Páscoa

 


A fotografia de cima é de hoje. A de baixo é do mesmo dia mas de 2010, por isso já de há 12 anos. Em comum, a igreja, obviamente, até o mesmo tipo de céu nublado e a mesma azálea, uma bonita espécie que floresce antes de deitar folha. 

Desta planta arbustiva, conheço pelo menos outra variedade de folha caduca, mas com flores cor-de- laranja e essa recordo-a sobretudo sempre que pela véspera da Páscoa ia a Serradelo, à freguesia da Raiva, comprar o ali tradicional pão-de-ló, cavacas e melindres à Casa Doçaria Paivense. Existia, mas não sei se ainda lá está no jardim frontal, ali na Rua das Rosas daquela localidade.

Da casa, ouvi notícias de que já terá fechado, pelo que em rigor desconheço se assim foi ou se reabriu. Se foi, foi-se à vida uma casa com história e tradição e com ela muitas memórias associadas à Páscoa e a algumas das nossas boas romarias, como a de Santa Eufêmia.

Ainda quanto às fotografias, é notório o crescimento das árvores defronte da igreja, o azereiro (*) e a magnólia.

(*)nota: corrigi posteriormente de pilriteiro por azereiro, por indicação do Artur Costa. Obrigado!

Páscoa 2022 - Horários dos serviços religiosos

 


Pormenores


Apressados, em correria, a olhar para o relógio, para o telemóvel, para as médias e ritmos, tantas vezes passamos ao lado de alguns pormenores, mesmo que com uma lanterna na testa. 

Já nem falo das pessoas com quem nos cruzamos, às quais,  mutuamente, já não cumprimentamos, nem com palavras ou gestos ou olhares. Apenas uma indiferença maquinal.

Deste modo, como o da foto, na maior parte das vezes nem reparamos nos pormenores que nos surgem, como esta pedra na borda do caminho, envolvida por "aleluias". 

Uma pedra escavacada mas que nos diz muito. Foram umas alminhas, certamente, a que por motivos que se desconhecem ou puro vandalismo, retiraram os elementos interiores e porta. Há quantos anos, feita e colocada por quem?

Seja como for, este elemento na borda de uma das ruas na nossa freguesia está ali, para muitos apenas uma simples pedra, para outros, certamente menos, a merecer um olhar atento.  Quem sabe quantas histórias podem estar ali?

Mas queremos saber delas? No geral não! É passar e andar!

4 de abril de 2022

Sobre o meu livro (a caminho)

O meu livro de poesia e contos ("Palavras Floridas"), já em fase final de produção, o qual conto que me seja entregue ainda antes da Páscoa, ou não acontecendo, logo de seguida, não se destina à venda

Será sobretudo para oferecer a familiares e amigos e a outros guisandenses próximos que demonstrem esse interesse pelas coisas da poesia e cultura e, claro, dentro da disponibilidade e da quantidade que mandei imprimir.

Já quanto ao meu futuro livro, também já em preparação adiantada, e que tenho projectado que seja publicado lá mais para o  primeiro trimestre do próximo ano, porque relacionado a assuntos da freguesia e com uma publicação mais onerosa, já que estou a prever que tenha entre 250 a 350 páginas, nessa altura terei que equacionar pelo menos a venda de parte da tiragem, o que a acontecer será sempre a preço de custo. Mas claro que na altura as coisas serão melhor definidas.

Até lá ainda há trabalho pela frente, nomeadamente de composição, grafismo e revisão. Os conteúdos está praticamente definidos faltando seleccionar e complementar.